Lições Bíblicas Dominical Adultos 1° Trimestre 2025 CPAD

Lições Bíblicas Dominical Adultos 1° Trimestre 2025 CPAD Título da Revista Dominical: EM DEFESA DA FÉ CRISTÃ : Combatendo as Antigas Heresias que se Apresentam com Nova Aparência Comentarista: Esequias Soares | Classe: Adultos TEMAS DAS LIÇÕES Lição 1 – Quando as Heresias Ameaçam a Unidade da Igreja Lição 2 – Somos Cristãos Lição 3 – A Encarnação do Verbo Lição 4 – Deus É Triúno Lição 5 – Jesus é Deus Lição 6 – O Filho É igual com o Pai Lição 7 – As Naturezas Humana e Divina de Jesus Lição 8 – Jesus Viveu a Experiência Humana Lição 9 – Quem É o Espírito Santo Lição 10 – O Pecado Corrompeu a Natureza Humana Lição 11 – A Salvação não É Obra Humana Lição 12 – A Igreja Tem uma Natureza Organizacional Lição 13 – Perseverando na Fé em Cristo

Jesus foi pregado nas mãos ou nos punhos?

💡 Ouvi dizer que as mãos não aguentariam o peso. Isso contradiz o texto bíblico ou não?

O relato dos Evangelhos não descreve com precisão o local dos cravos nas mãos ou nos punhos de Jesus. Isso acontece porque o termo usado para “mão”, yad, no Antigo Testamento hebraico e cheir, grego, que na Septuaginta e no Novo Testamento tem significado amplo, além de “mão” e “braço” (Êx 4.2; Jr 38.12; Jo 20.25).

 

A FORMA DA CRUZ

Primeiro é necessário identificar a forma da cruz em que o Senhor Jesus foi crucificado. O termo grego stauros, usado no Novo Testamento para “cruz” pode ser uma viga transversal apenas ou uma estaca, ou ainda os dois juntos, levando em conta data, local e governo.

 

Nos dias de Cristo existiam três tipos de cruz, a saber:

👉 cruz de Santo André, do formato de um “X”;

👉 cruz comissa, ou de Santo Antônio, da forma de um “T”, e 

👉 a cruz immissa, a mais familiar no simbolismo cristão.

 

O livro De Cruce Libri Tres, escrito em latim por Justo Lipsio, publicado em Antuérpia, em 1629, apresenta cerca de 15 ilustrações para mostrar as várias formas de crucificação na antiguidade.

 

Plauto, teatrólogo romano (254-184 a.C.), foi quem mais escreveu sobre a cruz e a crucificação em Roma. Em sua peça, Miles Gloriosus, “O Soldado Fanfarrão”, descreve o processo de crucificação aplicado pelos romanos. Ele faz menção a duas peças de madeira, o stipes, tronco, estaca vertical, fincada no solo e o patibulum, a viga transversal: “a ti, que hás de morrer fora da porta, de mão estendida, depois de trazeres o patibulum” (359, 360).

 

Essa descrição de Plauto é confirmada, mais tarde, pelo apologista Justino, o Mártir (100-165 d.C.). Ele compara a cruz com o cordeiro assado na instituição da páscoa, Êxodo 12 (Diálogo com Trifão 40.3)., com a posição de Moisés de braços estendidos, na guerra contra os amalequitas, Êxodo 17 (90.4) e, finalmente, descreve a forma da cruz de Cristo: “Com efeito, uma haste da cruz se ergue verticalmente e dela surge a parte superior, quando se ajustou a haste transversal”.

 

Um pesquisador francês, Rohault de Fleury, ajudou a esclarecer muita coisa sobre a cruz em que Jesus foi crucificado. Ele fez viagens e consultas em obras antigas, descrições e iconografias, o resultado de sua pesquisa foi publicado em Paris, em 1870.

 

MADEIRA E MEDIDAS DA CRUZ

Segundo ele, a madeira da cruz era uma espécie de pinheiro oriental e consistia numa haste vertical e outra transversal. Sua altura era de 4,80m e a viga transversal de 2,30m e as duas partes juntas pesavam cerca de 100 quilos (Mémoire sur les Instruments de la Passion de N.-S. J.-C., p. 73). É considerado o estudo mais completo sobre o assunto.

 

💢 A estaca, como querem as testemunhas de Jeová, está completamente descartada. Resta agora saber como os cravos nas mãos podem suportar peso do corpo.

 

Há diversas explicações na obra de Justo Lipsio. Mas, uma tese recente apresentada por um pesquisador de Israel é que os braços do Senhor Jesus teriam sido colocados por trás da viga transversal. Nesse caso, o peso estaria apoiado nos seus braços e não necessariamente nos punhos ou na palma das mãos. É uma possibilidade, mas não é possível saber como exatamente tudo isso aconteceu, contudo, nenhum cristão deve questionar o fato de que se trata de algo perfeitamente exequível.

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Artigo: Pr. Esequias Soares | Reverberação: Subsídios EBD

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