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“Até que
ponto o Espírito Santo age em uma vida? Estou muito confuso, pois nestes últimos dias tenho visto muito
isso na igreja, sendo que, em várias vezes, interrompendo o bom andamento do
culto”.
Nós ainda falhamos quanto à manifestação
espiritual em nossas vidas. Isso porque o Espírito fica sujeito ao crente, por
meio do espírito de cada um (1Co 14.32).
Equivale afirmar que todo o possível
exagero depende de nós, pois Deus não está na confusão (v. 33). A repartição
dos dons sim é feita pelo próprio Espírito. Esse domínio é Dele, conforme 1Coríntios
12.11. A partir deste capítulo até o 14 a Bíblia trata justamente desse
assunto.
🎯 1) Primeiro é bom saber que a manifestação do Espírito Santo na vida da pessoa é para sua edificação (14.4), como o falar
em línguas estranhas. As línguas estranhas fazem bem ao espírito, mas se não
houver interpretação não há aumento do conhecimento do' crente (1Co 14.14).
Elas expressam o acesso direto entre o crente e Deus (1Co 14.2): falar línguas
humanas (desconhecidas); línguas desconhecidas (estranhas) e línguas dos anjos
(1Co 13.1). Também não é uma língua aprendida (1Co 14.14);
🎯 2) As línguas estranhas sem interpretação
devem ser faladas entre a pessoa e Deus, conforme ensino sobre o assunto, pois
o indouto (ignorante sobre o assunto) vai achar que a pessoa está louca
(14.23). Portanto, a pessoa deve falar “consigo mesmo e Deus” (14.28).
🎯 3) Falar em línguas só deve ser expressa a
todos quanto houver interpretação do que se diz em línguas estranhas. A
mistura, o amontoado de manifestação demonstram confusão. Paulo diz que “Deus
não é Deus de confusão” (14.28-33). “Mas faça-se tudo decentemente e com
ordem”, v40;
🎯 4) Ninguém por expressar línguas estranhas
(sinal externo) pode pensar ser mais santo que outro por aquele não proceder
como ele, ou que não exterioriza o seu dom. Esse não é o objetivo do dom. A
manifestação do Espírito tem como objetivo levar o homem a se humilhar diante
de Deus e não se exaltar. A grandeza divina leva o homem a reconhecer-se
pequeno e exaltar ao Senhor e não a si próprio;
🎯 5) Possuir dom espiritual não indica
aprovação de tudo o que a pessoa diz, aconselha ou faz;
🎯 6) Dom espiritual não é o mesmo que fruto do
Espírito - aquilo que o Espírito, operando em nós, nos faz produzir;
🎯 7) Não devemos dar crédito a todas as
manifestações como sendo espirituais, mas provar para saber se o espírito
procede de Deus (1Jo 4.1 e 1Ts 5.21), pois o Diabo também pode imitar (2Co 11.13-15
e 2Ts 2.9-10);
🎯 8) Falar em línguas não significa que a
pessoa fica fora de si (em êxtase) com perda de controle (14.26-30);
🎯 9) No caso de profecia ela deve ser julgada
por outros (14.29);
🎯 10) Os dons ministeriais (de quem ministra,
lidera, dirige - o culto) está acima de qualquer dom espiritual e, portanto,
este não pode sufocar ou sobrepor aquele. O líder tem que ter o domínio do
culto e não perder de vista a direção para quaisquer que sejam a manifestação,
mesmo com todo o ardor espiritual. Não quer dizer que ele deve proibir, mas
saber que a Palavra tem prioridade sobre os dons (14.31-33,36-40; 19-20);
🎯 11) Os dons espirituais são para a edificação
da igreja e não para uso ou benefício pessoal (14.12);
12) Toda
a manifestação do Espírito tem que ter um fim, utilidade, proveito (1Co 12.7),
enquanto as línguas estranhas sem interpretação refletem o falar ao ar, sem
nenhum significado (14.11,14).
Por fim, devo dizer que o irmão deve
interferir com amor e sabedoria (1Co 13). Isso deve ser feito não no próprio
culto, a não ser que o irmão esteja dirigindo-o e possa falar, ministrar,
ensinar sobre o assunto. Fora disso, não iria ajudar senão criar ainda mais
confusão em função do orgulho que há nas pessoas. Essas nem sempre querem
aprender, não leem a Bíblia e não buscam o ensino da Palavra.
Tenha muito cuidado e aja com temor, não
sem antes orar e ter a certeza de que o Senhor está na direção.
Pr. Antônio Mesquita | Mensageiro da
paz, maio de 2007