Lições Bíblicas Jovens e Adultos – 1° trimestre
de 2003, CPAD. Comentarista: Pr. Claudionor de Andrade | Reverberação: www.subsidiosdominical.com
Texto
Áureo
“Então,
Jó se levantou, e rasgou o seu manto, e rapou a sua cabeça, e se lançou em
terra, e adorou, e disse: Nu saí do ventre de minha mãe e nu tornarei para lá;
o SENHOR o deu e o SENHOR o tomou; bendito seja o nome do SENHOR” (Jó 1.20.21).
VERDADE
PRÁTICA
Adorar
a Deus em meio ao sofrimento é a maior evidência do verdadeiro culto que lhe é
devido por seus filhos individualmente.
🎯 Veja também:
Lição 1 - Um Homem Chamado Jó, AQUI
Lição 2 - A Aparente Felicidade
de Jó, AQUI
Lição 3 - As Calamidades de Jó, AQUI
Leitura
Bíblia em Classe
Jó 1.20-22; 13.14-18
LEITURA
DIÁRIA
Segunda
- 2 Sm 12.18-20:
Adorando a Deus em meio ao luto
Terça
- Is 38.9: Adorando
a Deus na enfermidade
Quarta
- Hc 3.17-19:
Adorando a Deus na necessidade
Quinta
- At 7.55-60:
Adorando a Deus nas perseguições
Sexta
- SI 50.15:
Adorando a Deus na angústia
Sábado
- Fp 4.4:
Alegremo-nos e adoremos sempre a Deus
INTRODUÇÃO
É
a adoração o ponto central do Cristianismo (SI 96.9). Através dela, o crente
demonstra aceitar incondicionalmente a soberania divina sobre a sua vida. Isto
significa submeter-se, de maneira absoluta e irrestrita, ao plano que Deus nos
traçou, quer implique este em bonanças, quer implique na própria morte (Dn
3.17,18).
Vejamos o singular exemplo de fé de
Jó.
I.
ADORAÇÃO - O MOMENTO MAIS SUBLIME DA RELIGIÃO DIVINA
1.
Adoração no Cristianismo.
A
adoração não se restringe a uma mera liturgia; abrange a absoluta e amorosa
obediência com que acatamos os mandamentos divinos (Rm 12.1-3). À samaritana,
disse o Senhor Jesus que a verdadeira adoração não estaria centrada nem em
Jerusalém, nem no monte Gerizim, mas teria como base o coração daqueles que, em
verdade, buscam a Deus através de seu Unigénito (Jo 4.23,24).
2.
A adoração de Jó.
Quão
grande é o exemplo de Jó! No auge da provação, confessa que, mesmo que Deus o matasse,
nEle confiaria (Jó 13.15). Isto é adoração! Isto é o mais provado dos amores!
A
adoração de Jó foi completa tanto em atitudes quanto em palavras: Ele
levantou-se, rasgou o manto, rapou a cabeça e lançou-se em terra. Não era a
atitude de um desesperado; e, sim, a de alguém que esperava contra a própria
esperança (Rm 4.18). Em seguida, professa o seu credo: “Nu saí do ventre de
minha mãe e nu tornarei para lá; o SENHOR o deu o SENHOR o tomou; bendito seja
o nome do SENHOR” (Jó 1.20.21).
Neste
exato momento, selava o patriarca a sua vitória sobre toda a tormenta que se
abatera e que ainda se abateria sobre si. Era a fé que leva à adoração; era a
adoração que conduz à vitória. Leia Hebreus 11.33-38.
3.
Como estamos adorando a Deus?
Supunham
os contemporâneos de Isaías estivesse a adoração a Deus restringida a uma liturgia
pomposa e circunstancial. Por isso, repreende os o Senhor: “Este povo me honra
com os lábios; seu coração, porém, acha se distante de mim” (Is 29.13).
A
adoração não pode estar limitada a um intercâmbio mercantil. Devemos adorar a
Deus não em virtude dos bens que dEle recebemos; e, sim: porque Ele é o que é.
Ele criou-nos; dEle somos. Ainda que de Deus nada viéssemos a receber, a Deus
deveríamos prestar todas as honras. E se Ele nos matar, adorá-lo-emos" com
a nossa morte (SI 116.15). Aleluia!
II. O QUE LEVOU JÓ A ADORAR ADEUS
O momento mais sublime do Livro de Jó não se encontra em seu epílogo; acha-se no
prólogo. Fosse esta porção das Sagradas Escrituras aqui encerrada, já teríamos
um grande final. Pois o adversário, que tanto caluniara o patriarca diante do
Senhor, já estaria derrotado pelo fato de Jó, agora em ruínas, haver adorado a
Deus exatamente quando todas as calamidades caíam sobre si. Sua vitória
cristaliza-se naquele gesto de adoração.
Deseja
você vencer todas as provações? Adore a Deus!
1.
A adoração a Deus implica o reconhecimento de sua soberania.
Por
que Jó adorou a Deus de maneira tão singular? Porque jamais deixou de
reconhecer lhe a soberania sobre todas as coisas (SI 24.1). Ora, se Deus, de fato,
é soberano, tem Ele inquestionável direito de agir como lhe apraz. Por isso,
professa o patriarca: “Nu saí do ventre de minha mãe e nu tornarei para lá; o
SENHOR o deu e o SENHOR o tomou; bendito seja o nome do SENHOR” (Jó 1.20.21).
O
relacionamento de Jó com o Todo-Poderoso não era uma mera troca de favores.
Mesmo se Deus viesse a tirar-lhe a vida, ele ainda o adoraria. Aleluia! De que
forma você adora a Deus? Você o adora em espírito e em verdade? Ou porque dEle
recebe bênçãos e favores materiais? O que fará você se for surpreendido pelas
provações? Continuará ainda a adorá-lo?
2.
A adoração a Deus implica o reconhecimento de que Ele está no comando de tudo.
Jó
sabia que, não obstante todas as agruras, estava o seu Redentor no comando de
tudo: “Porque eu sei que o meu Redentor vive, e que por fim se levantará sobre
a terra” (Jó 19.25). Eis por que ele o adorava até às últimas consequências.
Se
lermos os salmos de Davi, ou as cartas de Paulo, verificaremos que ambos os
santos, quanto mais atribulados, mais ardentemente adoravam a Deus. Pois sabiam
que o Senhor estava no controle de tudo. O que dizer desta declaração do
apóstolo: “Segundo a minha intensa expectação e esperança, de que em nada serei
confundido; antes, com toda a confiança, Cristo será, tanto agora como sempre,
engrandecido no meu corpo, seja pela vida, seja pela morte” (Fp 1.20). Leia o
Salmo 27, e veja quão excelsa era a adoração que Davi santificava ao seu
Senhor.
3.
A adoração a Deus implica o alegrar-se continuamente nEle.
O
profeta Habacuque confessou que, mesmo que lhe viessem a faltar os insumos
básicos, alegrar-se-ia ele no Deus de sua salvação (Hb 3.18). Quanto ao rei
Davi, professa: “Puseste alegria no meu coração, mais do que no tempo em que se
multiplicaram o seu trigo e o seu vinho” (SI 4.7).
Voltemos,
porém, ao nosso patriarca. Em que momento de sua dor, veio Jó a manifestar
alguma alegria? No entanto, o justo, quer esteja alegre, quer atribulado, de
uma coisa tem certeza: o seu Redentor vive. Isto é mais do que alegria; é o
mais alto regozijo.
CONCLUSÃO
Chegou
o momento de virmos a adorar a Deus na beleza de sua santidade. Infelizmente,
achamo-nos contaminados por uma fé tão mercantilista e afeita aos escambos, que
falamos com Deus como se fosse Ele um mero homem de negócios, e não como o
Senhor de quanto existe. Não podemos cultivar um relacionamento comercial com o
Todo-Poderoso; isso lhe é abominável. Temos de adorá-lo porque Ele é o Deus
Único e Verdadeiro, e não por aquilo que nos dá. Mesmo que nada nos dê, Ele
ainda é o nosso Deus.
QUESTIONÁRIO
1.
O que é a adoração?
2.
Como devemos adorar a Deus?
3.
Como Jó adorava a Deus?
4.
Qual a base de nossa adoração?
5.
Tem você adorado a Deus na beleza de sua santidade?