Lições
Bíblicas Jovens e Adultos – 1° trimestre de 2003, CPAD. Comentarista: Pr.
Claudionor de Andrade | Reverberação: www.subsidiosdominical.com
Texto Áureo
“Em tudo somos
atribulados, mas não angustiados: perplexos, mas não desanimados; perseguidos,
mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos; trazendo sempre por toda
parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus
se manifeste também em nossos corpos” (2 Co 3.8-10).
VERDADE PRÁTICA
Quando as provações
chegarem. não se desespere. Deus está no controle de tudo... até do mais
estranho e intenso sofrimento?'
🎯 Veja também:
Lição
1 -
Um Homem Chamado Jó, AQUI
Lição
2 -
A Aparente Felicidade de Jó, AQUI
Leitura Bíblia em Classe
Jó
1.13-22
LEITURA DIÁRIA
Segunda - 1 Rs 17.10-12:
A aflição da viúva
Terça
-
2 Rs 4.8-37: A aflição de uma mãe
Quarta - 2 Rs 4.42-44:
A aflição de um servente
Quinta
-
2 Rs 20.1-11: A aflição de um rei
Sexta
-
2 Rs 1-6: A aflição de um ajudante
Sábado - 2 Rs 5.1-13: A
aflição de um ajudante militar
INTRODUÇÃO
Nesta
lição, acompanharemos as calamidades que se abateram sobre Jo. foi ele
experimentado em iodas as áreas de sua vida; nenhuma provação lhe faltou. Ao
Senhor agradou acrisolá-lo, a fim de que viesse a sair, de todo aquele
sofrimento, um homem incomparavelmente melhor. Acredito que a sua dor,
excetuando a de Cristo, foi a maior que uma pessoa já se viu obrigada a
suportar (Jó 2.13).
Caso
esteja você sendo submetido a alguma prova, não se deixe levar pela angústia.
Deus sabe como trabalhar a espiritualidade de seus filhos.
I. CALAMIDADES SOCIAIS
A
primeira calamidade que se abateu sobre Jó foi a conturbação social. Naqueles
dias, muitas eram as quadrilhas especializadas em roubar gados. Entre esses
bandos, os sabeus eram os mais ousados. Atentemos ao relatório que o mensageiro
entregou a Jó: “Os bois lavravam, e as jumentas pasciam junto a eles; e eis que
deram sobre eles os sabeus, e os tomaram, e aos moços feriram ao fio da espada;
e eu somente escapei, para te trazer a nova” (Jó 1.14,15).
1.
Quem eram os sabeus.
Eram
eles descendentes de Sebá, neto de Cam e bisneto de Noé (Gn 10.7). Supõe-se
estivesse o seu território no Norte da Etiópia. De quando em quando, cruzavam
as fronteiras para roubar e pilhar os reinos de Canaã. E, assim, foram eles
acumulando uma proverbial riqueza (Is 45.14). Eram conhecidos também por sua
elevada estatura.
2.
Os sabeus atacam Jó.
Deduz-se
do texto bíblico que os sabeus já eram bem conhecidos em Canaã em virtude da
violência de suas rapinagens. Até aquele momento, porém, não haviam feito
qualquer incursão às propriedades de Jó, por se acharem estas sob a proteção do
Senhor; era como se Ele as tivesse cercado de sebes (Jó 1.10).
Um
dia, contudo, sentiram-se livres para invadir as terras do patriarca. E, daqui,
levam-lhe os bois e as jumentas. Não bastasse, ainda passam ao fio da espada os
que cuidavam dos rebanhos (Jó 1.5).
3.
Como reagiríamos nós?
Pode
ser que você, querido irmão, seja uma vítima da violência. Quer urbana, quer
rural, deixa-nos profundos traumas. Alguns têm suas terras tomadas por
demagogos (1 Rs 21.15). Outros são alvos de assaltos e sequestros (Lc 10.30). E
ainda outros têm seus entes queridos covarde e impiedosamente assassinados (At
12.1,2). É exatamente neste momento que não podemos evitar a pergunta: “Por que
Deus o permite?” A única coisa que sabemos é que todos os atos de Deus são atos
de profundo e inexplicável amor.
II. CALAMIDADES SOBRENATURAIS
Não há como descrever a
segunda tragédia que se abateu sobre Jó. Do ponto de vista do mensageiro que
lhe trouxe a notícia, parecia algo vindo diretamente do Todo Poderoso: “Fogo de
Deus caiu do céu, e queimou as ovelhas e os moços, e os consumiu; e só eu
escapei, para te trazer a nova” (Jó 1'.16).
1. O fenômeno.
Tratava-se de um raio?
Ou de uma combustão que, embora descida do céu, não provinha de Deus? (Ap
13.13). De qualquer forma, não era aquele um fenômeno natural; assemelhava-se
ao fogo que calcinou as impenitentes Sodoma e Gomorra (Gn 19.24).
2. O prejuízo.
O fogo acabou por
destruir os rebanhos que haviam restado ao patriarca. Sua ruína era completa.
Além dos animais, perdera também toda a gente que estava a seu serviço com
exceção daquele que lhe trouxe a notícia.
Você já foi vítima de
algo semelhante? De repente, alguma coisa inexplicável destrói-lhe todos os
bens, deixando-o endividado e sem perspectivas. Como agir nessas
circunstâncias? Não se desespere! O nosso Deus está no comando de tudo.
III. CALAMIDADES METEOROLÓGICAS
Os filhos de Jó,
distraídos com o banquete na casa do primogênito, ainda não se haviam apercebi-
do
das calamidades que se abatiam sobre a família. A desgraça, porém, não
demoraria em lhes sair ao encalço.
1. O tufão que matou os
filhos de Jó.
Registra o autor
sagrado: “Eis que um grande vento sobreveio dalém do deserto, e 1 deu nos
quatro cantos da casa, a qual caiu sobre os jovens, e morreram; e só eu
escapei, para te trazer a nova” (Jó 1.19).
O fenômeno em muito se
parecia com aqueles furacões que, no Oriente Médio, se originam no deserto e,
rapidamente, alcançam as áreas habitadas, deixando em sua passagem, um rastro
de destruição e morte. Tão veemente era aquele vento que, de acordo com a
narrativa bíblica, atingiu em cheio a casa onde se encontravam os filhos do
patriarca, derrubando-a sobre eles. Sobreviveu apenas o mensageiro que relatou
a tragédia ao patriarca.
2. Deus e a
meteorologia.
Não controla o
Todo-Poderoso os fenômenos meteorológicos? Então, por que haverá Ele de
permitir que tais forças se levantem contra os seus servos?
O fato de sermos
crentes não significa estejamos livres dos raios ultravioletas do Sol nem dos
respingos da chuva (Mt 5.45), nem que venhamos a escapar, necessariamente, das
calamidades naturais. Em consequência da seca, agricultores piedosos
eventualmente perdem promissoras colheitas; pecuaristas tementes a Deus veem,
de vez em quando, seu gado quedar sem vida por causa da estiagem. E aqueles
homens e mulheres que, apesar de sua intensa vida de oração, não logram salvar
os filhinhos de uma inundação súbita?
IV. CALAMIDADE FÍSICA E PSICOLÓGICA
Não obstante todas
essas calamidades, Jó ainda retém a sua integridade (Jó 2.10). O Diabo,
todavia, alega ao Senhor que, enquanto Jó estiver saudável, manter-se-á firme
em sua fé; mas, enfermo: virá certamente a negá-la. Veja quão sentencioso e
ousado é o maligno: “Pele por pele, e tudo quanto o homem tem dará pela sua
vida. Estende, porém, a tua mão, e toca-lhe nos ossos e na carne, e verás se
não blasfema de ti na tua face!” (Jó 2.4,5).
Demonstrando quão fiel
era o seu servo, 0 Senhor permite ao adversário enfermar a carne de Jó, desde
que não lhe tire a vida: “Então, saiu Satanás da presença do SENHOR e feriu a
Jó de uma chaga maligna, desde a planta do pé até ao alto da cabeça. E Jó,
tomando um pedaço de telha para raspar com ele as feridas, assentou-se no meio
da cinza” (Jó 2.6,7).
1. A doença de Jó.
Que doença era aquela?
Alguém sugere a elefantíase - uma hipertrofia da pele e do tecido subcutâneo,
obstruindo a circulação linfática devido à forte infecção. A enfermidade, que
evolui de forma crônica, atinge principalmente as per- I nas e a genitália
externa.
O texto bíblico
descreve-a como uma chaga maligna; uma doença de tal maneira terrível, cuja
etiologia ainda não pôde ser determinada com precisão. Seria a lepra em seu
mais adiantado estágio? O fato de o patriarca se coçar com um caco de telha
sugere que todo o seu corpo ficou não somente inchado, mas coberto de uma
crosta supurante. Eis porque seus amigos tiveram dificuldades em reconhecê-lo
(Jó 2.12). Além disso, o hálito tornara-se-lhe insuportável, evidenciando uma
rápida e implacável metástase (Jó 19. 17). Era algo pior que o câncer.
Tão aflitiva era a
condição física de Jó que a esposa chegou a sugerir-lhe a eutanásia (Jó 2.9).
CONCLUSÃO
De que maneira reagiria
você em meio a todas essas provações? Jó sabia perfeitamente que, apesar da
angustia daquela hora, havia um Deus no céu que a tudo contemplava. Assim, pôde
ele manter-se íntegro; não negou a fé, nem optou pelo caminho que, para alguns,
parece o mais fácil: o suicídio.
A prova a que nos
submete Deus, por mais dolorosa e desconfortável, redunda sempre num
crescimento espiritual que acaba por descortinar-nos todas as belezas do amor
divino. Glória a Deus!
QUESTIONÁRIO
1. O que aconteceu a Jó quando tudo lhe
parecia ir bem?
2. Em que consistiu a calamidade social?
3. O que são as calamidades sobrenaturais?
4. Como definir as calamidades naturais?
5. Em que consistiu a calamidade física de Jó?
6. Como explicar a calamidade psicológica de
Jó?
***