Lições
Bíblicas Jovens e Adultos – 1° trimestre de 2003, CPAD. Comentarista: Pr.
Claudionor de Andrade | Reverberação: www.subsidiosdominical.com
Texto Áureo
“Sobrevieram-me
pavores; como vento perseguem a minha honra, e como nuvem passou a minha
felicidade” (Jó 30.15).
VERDADE PRÁTICA
A verdadeira felicidade
vai além das posses materiais; inclui, necessariamente, as riquezas de natureza
espiritual. Jesus é o nosso mais precioso bem!
🎯 Veja também: Lição 1 - Um Homem Chamado Jó
Leitura Bíblia em Classe
ROMANOS
8.31-39
LEITURA DIÁRIA
Segunda
- SI 1.1:
A verdadeira felicidade
Terça
- SI 128.2:
A verdadeira felicidade doméstica
Quarta
- SI 34.8:
A base da felicidade é confiar
Quinta
- SI 84.5:
A felicidade é ter em Deus a nossa força
Sexta
- SI 94.12:
Felicidade é ser disciplinado pelo Senhor
Sábado
- Sl 112.1:
Felicidade é temer a Deus
INTRODUÇÃO
Tudo
ia bem com Jó. A esposa e os filhos eram o retrato da felicidade. Seus bens
alongavam-se naquelas terras que não tinham começo nem fim. Os rebanhos e
manadas, sempre nédios e fortes.
Cada
um de seus empreendimentos dava-lhe certo. O dinheiro? Não havia operação
cambial que o desvalorizasse. Quanto a gente a seu serviço, aplicava-se esta
fiel e zelosamente no crescimento de suas muitas empresas.
Enfim,
não podia haver homem mais abastado e próspero! (1.3) Amigos e admiradores não
lhe faltavam. Era o patriarca reverenciado como se fora o mais assinalado dos
príncipes (29.7-10).
Apesar
das aparências, começava Jó a viver um drama silencioso e quase imperceptível
aos que, de fora, o observavam. Mas o Senhor, atento a tudo, achava-se prestes
a mudar-lhe radicalmente o curso da vida (Rm 8.35).
I. A FELICIDADE QUE TRAZ TEMORES
Mesmo
cercado de tantas venturas, tinha Jó os seus temores e receios. Ele mesmo o
confessa: “Por que o que eu temia me veio, e o que receava me aconteceu?” (Jó
3.25).
1.
O medo de Jó.
Quais
os temores do patriarca? Temia viessem a lhe faltar os haveres? Ou os filhos?
Ou que a esposa, num repente de provação, perdesse a fé em Deus? Ou que o
Todo-Poderoso o abandonasse? De qualquer forma, o medo traz as suas penas
(lJo 4.18). E o Senhor não queria estivesse o seu servo dominado por tais
pensamentos.
2.
Lançando sobre Deus as ansiedades.
Estará
você atormentado por algum medo? Teme que o seu mundo, tão belo e perfeito,
venha a desaparecer como se tudo não passasse de sonho?
Se
você se deixa prender por esses temores, o seu mundo não é belo nem perfeito; é
o mais feio e imperfeito dos universos. Aprenda com Paulo a entregar todas as
suas ânsias ao Senhor Jesus. Embora prestes a ser executado pelas autoridades
de Roma, exortou os seus leitores a se manterem placidamente em Cristo: “Não
estejais inquietos por coisa alguma; antes, as vossas petições sejam em tudo
conhecidas diante de Deus, pela oração e súplicas, com ação de graças. E a paz
de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os
vossos sentimentos em Cristo Jesus” (Fp 4.6).
Se
as lutas o envolverem, Deus é a sua vitória. Se as lágrimas lhe banharem o
rosto, Ele é o seu consolo. Em meio à mais renhida peleja, a sua proteção não
lhe faltará. Portanto, não se deixe abater pelo medo! Eis o que aconselha
Pedro: “Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de
vós” (1 Pe 5.7).
II. A APARENTE FELICIDADE DE 10 EM SED
LAR
Apesar
de se mostrar bem constituída, a família do patriarca já havia sido contaminada
pelo vírus da desunião e da apostasia. Não estaremos nós, também, às voltas com
problemas semelhantes? Vejamos como se encontrava o seu lar.
1.
Os filhos de Jó.
Periodicamente,
eles se reuniam nas casas uns dos outros para se banquetearem. Não sabemos o
que se passava naquelas festas que, segundo o texto bíblico, durava um certo
turno de dias (Jó 1.5). Mas Jó estava ciente de que seus filhos corriam sério
perigo. Pois, ao invés de adorarem a Deus, ajuntavam se certamente para
festejar os deuses e ídolos da gente pagã que os rodeava.
Terminados
os festins, levantava-se o patriarca de madrugada, a fim de interceder por seus
filhos. Ele temia que estes, no auge da exaltação, acabassem por blasfemar o
nome de Deus.
Tem
você se preocupado com o que os seus filhos fazem longe de suas vistas? Eles
carecem de seus conselhos e orações. Não transija com os seus deveres paternos.
Você é responsável pela alma de cada um de seus filhos, sejam eles crianças,
sejam adolescentes, quer jovens, quer adultos. A maioridade deles não o isenta
de suas responsabilidades.
2.
A esposa de Jó.
Se
os filhos de Jó assim procediam, como não lhe andava a esposa? Ele mesmo chegou
a descrevê-la como “qualquer doida” (Jó 2.10). Chegara ela, de fato, a
converter-se ao Senhor, ou acostumara-se a usufruir os bens divinos como se não
passassem estes de coisas banais? Talvez seu amor pelo marido não fosse tão
intenso e verdadeiro. Pois na hora da provação sugeriu-lhe, inclusive, a
eutanásia: “Amaldiçoa a Deus e morre” (Jó 2.10). Embora não lhe menosprezemos
as angústias, somos levados a concluir que ela jamais experimentara um encontro
real e marcante com o Senhor.
Querida
irmã, qual tem sido a sua postura nas provações? A de uma doida, ou a de uma
sábia esposa que se desfaz em oração e jejum na edificação espiritual e moral
de sua casa? (Pv 14.1) Marido, e a sua esposa? Já teve uma genuína experiência
com Cristo?
3.
Jó, um homem ilhado no próprio lar.
Encontrava-se
o patriarca ilhado em sua própria família; isolado no próprio lar. Jó, um refém
na própria casa! Entretanto, Deus a tudo via, e estava prestes a intervir,
dolorosamente, naquela situação. Até esse momento, Jó não tivera ainda a
ventura de dizer: “Eu e a minha casa serviremos ao Senhor” (Js 24.15). E você
que estuda esta lição?
III. A
APARENTE LEALDADE DOS AMIGOS DE JÓ
O
rico não precisa de esforço para ter amigos; eles simplesmente aparecem (Pv
14.20). Não estamos a duvidar da sinceridade daqueles homens que, tão logo
souberam da desdita do patriarca, dispuseram-se a consolá-lo. Todavia, Elifaz,
Bildade e Zofar vinham, de há muito, colocando em suspeição a integridade da fé
que Jó professava no Todo-Poderoso. É o que se infere de seus discursos.
1. Amigos insensíveis. No auge de sua
angústia, o patriarca chegou a classificá-los de consoladores molestos (Jó
16.2). Antes, como se comportavam eles? Talvez até bajulassem a Jó. Vindo a
crise, porém, demonstraram indelicadezas e falta de sabedoria para entender as
provações que consumiam o mais sincero e piedoso homem daquela época (Rm 8.34).
2. Como tratar os amigos? Seus amigos não são
perfeitos. Entretanto, são seus amigos. E Deus tem um plano na vida de cada um
deles. Os amigos de Jesus também não eram perfeitos. Ele foi negado por um,
traído por outro e, no jardim da agonia, abandonado por todos. Amava-os,
contudo, com o mais terno e intenso dos amores.
Amigo
não é sinónimo de perfeição; é um substantivo que temos de encaixar na sintaxe
de nossa paciência e na conjugação de nosso amor. Por isso, suporte-os, como
eles o suportam, porque você também não é perfeito.
IV. A COMUNHÃO INCOMPLETA DE JÓ PARA COM
DEUS
Conforme
testemunhara o próprio Deus, não havia em toda a terra homem tão íntegro e tão
perfeito quanto Jó. Sua fé, contudo, ainda não havia ultrapassado o terreno da
contemplação. Mais tarde, ele mesmo o confessará (Jó 42.5).
Requer
Deus tenhamos um continuado crescimento espiritual (Os 6.3). Isto significa
conhecê-lo experimentalmente. Então, por que iria você se conformar com um mero
conhecimento teórico? A fim de que venhamos a desenvolvermos na graça,
submete-nos Ele ao crisol dás provas. Todavia, jamais nos abandonará, pois
conhece a fragilidade de nossa estrutura (SI 103.14). Ele não permitirá que as
provações nos ultrapassem as forças. Consolemo-nos nestas palavras de Paulo:
“Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que vos não deixará
tentar acima do que podeis;, antes, com a tentação dará também o escape, para
que a possais suportar” (1 Co 10.13). Ler Romanos 8.36,37.
Como
você conhece a Deus? Teórica ou experimentalmente? Isto não significa, todavia,
devamos colocar a experiência acima da Palavra de Deus. Implica em desfrutar a
presença divina não apenas nos momentos de bonança, mas principalmente nas
agruras e na dor (SI 119.71).
CONCLUSÃO
A
felicidade de Jó não era perfeita nem completa. Todavia, como Deus muito o
amasse, desejava que seu filho fosse em tudo completo e perfeito. Não bastassem
os problemas referidos, ainda havia o adversário que, com suas insistentes
calúnias e acusações levianas, vinha colocando em dúvida a integridade de Jó.
Foi por isso que o Senhor permitiu caíssem todas aquelas calamidades sobre o
patriarca. Não queria o Todo-Poderoso brincar com o seu servo nem agir com ele
de modo gratuito e irresponsável; visava, antes de mais nada, o seu
aperfeiçoamento espiritual (Rm 8.31-39).
Neste
momento, talvez esteja você passando pelas mais ardentes provações como se
coisa estranha lhe estivesse acontecendo (1 Pe 4.12). Você ainda não sabe
porque se acha envolto em tantas lutas; sem estas, entretanto, jamais chegará à
estatura de varão perfeito (Ef 4.13).
Questionário da lição
1.
Segundo a lição, por que a felicidade de Jó não era completa?
2.
Que problemas enfrentava Jó em sua família?
3.
Os amigos do patriarca agiam de maneira sincera com ele?
4.
Como explicar os temores de Jó?
5.
O que aconteceria a Jó se Deus não o submetesse a todas aquelas provações?
***