Lições Bíblicas Dominical Adultos 1° Trimestre 2025 CPAD Título da Revista Dominical: EM DEFESA DA FÉ CRISTÃ : Combatendo as Antigas Heresias que se Apresentam com Nova Aparência Comentarista: Esequias Soares | Classe: Adultos TEMAS DAS LIÇÕES Lição 1 – Quando as Heresias Ameaçam a Unidade da Igreja Lição 2 – Somos Cristãos Lição 3 – A Encarnação do Verbo Lição 4 – Deus É Triúno Lição 5 – Jesus é Deus Lição 6 – O Filho É igual com o Pai Lição 7 – As Naturezas Humana e Divina de Jesus Lição 8 – Jesus Viveu a Experiência Humana Lição 9 – Quem É o Espírito Santo Lição 10 – O Pecado Corrompeu a Natureza Humana Lição 11 – A Salvação não É Obra Humana Lição 12 – A Igreja Tem uma Natureza Organizacional Lição 13 – Perseverando na Fé em Cristo
Subsídios Lição 6: A Condição dos Gentios sem Deus
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Subsídio bíblico para a Lição dos
Adultos (CPAD). Lição: 6 | 2° Trimestre de 2020 | Peça a Continuação deste Subsídio - Acesse
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Em Efésios 2,11,12, Paulo concentrou-se nos
gentios, apelando aos cristãos gentios para que se lembrassem da sua condição
anterior.
Na carta aos Efésios 2.11,12 (ARC), vemos qual era
a condição dos gentios sem Deus, “cinco coisas são ditas sobre o nosso passado:
(1) naquele tempo estávamos “sem Cristo”, não tendo
direito às esperanças messiânicas de Israel por sermos gentios;
(2) éramos “separados da comunidade de Israel, não
tendo parte na herança do povo escolhido;
(3) éramos “estranhos às alianças da promessa”, não
participando das provisões da aliança com Israel pelo nascimento; (4) não tínhamos
“esperança”, pois era separado desse Messias-Salvador, não havia esperança para
o homem em geral ou para os homens como indivíduos; e
(5) estávamos “sem Deus no mundo”, por não possuir
o verdadeiro conhecimento de Deus.”[1] Éramos verdadeiros
“gentios”!
1.O conceito de “gentios”.
A palavra grega ethnê (como seu equivalente
hebraico goyim) ora é traduzida por “nações”, ora por “gentios”, ora por
“pagãos”.[2] O
termo gentio deriva-se da palavra latina para “nações”; no uso comum,
aqueles que não eram judeus (Exemplos Bíblicos: Salmos 2.8; Isaías 11.10; Lucas
2.32; Atos 9.15; 10.45; 11.18; Romanos 2.14; Gálatas 3.28; Efésios 2.11-19; Apocalipse
7-9).[3]
Os gentios eram politeístas e idólatras,
acreditavam e adoravam muitos “deuses”, mas estavam sem o conhecimento do Deus
que se havia revelado a Israel (Êx 30.2). No seu paganismo, viviam em total desconhecimento
do Deus único e verdadeiro.[4]
2. A situação espiritual dos gentios antes e de
pois de Jesus Cristo.
a) O que os gentios eram?
O comentarista Wiersbe relata que os gentios “eram
estrangeiros, e não "o povo de Deus". Eles eram estranhos, não tinham
esperança[5] nem
a verdade de Deus no mundo. Os judeus gozavam de uma posição de grande privilégio
perante Deus (Rm 9.4-5). Já os gentios eram apenas um estrangeiro. Para poder
adorar o verdadeiro Deus, tinha de se converter ao judaísmo (como fizeram, por
exemplo, Raabe e Rute).
O problema dos gentios, em particular, era a
distância em que estavam de Deus e de suas bênçãos, ao mesmo tempo que o dos
pecadores, em geral, era a morte espiritual (Ef 2. 1-10)”.
Os judeus chamavam os gentios de incircuncisos
(Ef 2.11). Isso queria dizer que não traziam na sua carne o sinal físico que
distinguia os israelitas como o povo com quem Deus fizera uma aliança.
As palavras “incircunciso” e “incircuncisão”
eram termos de desprezo étnico semelhantes àqueles usados hoje em dia para se
referir a nacionalidades que os homens menosprezam. A força dessa palavra pode
ser sentida na frase dita por Davi sobre o gigante Golias: “Quem é, pois, esse incircunciso
filisteu, para afrontar os exércitos do Deus vivo?” (1Sm 17.26). Em contraste
com isso os judeus chamavam-se os circuncisos. Tinham muito orgulho
desse nome, pois os identificava como um povo separado de todas as demais
nações da terra.
b) O que Deus fez por meio de Cristo em relação a
situação espiritual dos gentios (Ef 2.13-16)?
“Agora, porém, estão em Cristo Jesus. Antigamente,
estavam distantes de Deus, mas agora foram trazidos para perto dele por meio
do sangue de Cristo. Porque Cristo é nossa paz. Ele uniu judeus e
gentios em um só povo ao derrubar o muro de inimizade que nos separava. Ele
acabou com o sistema da lei, com seus mandamentos e ordenanças, promovendo a
paz ao criar para si, desses dois grupos, uma nova humanidade. Assim, ele os
reconciliou com Deus em um só corpo por meio de sua morte na cruz,
eliminando a inimizade que havia entre eles” (Ef 2.13-16 – NVT[6]).
Nos primórdios do cristianismo, a Igreja era, principalmente,
composta de judeus. Mas, pela ação do Espírito de Deus, os cristãos
testemunharam sobre Jesus aos gentios (At 10), que se converteram e excederam o
número de membros judeus.
3. Aplicações do termo gentio em o Novo Testamento.
No NT, o conceito também tem uma ampla utilização. Em
muitos casos, o termo traduzido como “gentio” pode também ser compreendido como
“nação”. Em geral, este vocábulo refere-se aos não israelitas, da mesma
maneira que no A.T.
As vezes refere-se a uma região que não faz parte
de Israel (Mt 4.15). Frequentemente é usado como um termo de contraste
étnico e cultural. Se os gentios fazem algo, é uma maneira de dizer que o mundo
realiza aquilo também (Mt 5.47; 6.7, 32; Lc 12.30). Muitas vezes, quando este
vocábulo é usado dessa maneira, é como exemplo negativo ou uma observação de
que tal comportamento não é comum nem recomendável.
O termo pode ter também a força de designar alguém
que não faz parte da Igreja (Mt 18.17).Às vezes
descreve os que ajudaram na execução de Jesus ou opuseram-se ao seu ministério
(Mt 20.19; Lc 18.32; At 4.25- 27).
Cornélio é uma figura que ilustra o relacionamento
dos gentios com Deus (At 10 e 11). Esse centurião é apresentado como a pessoa
escolhida para revelar a verdade de que o Senhor agora alcança pessoas de todas
as nações e que as barreiras étnicas foram derrubadas, por meio de Jesus.
Assim, a quebra dos obstáculos culturais é a ação à qual Lucas constantemente
se refere em Atos, ou seja, a maneira como a Igreja trata da incorporação dos
judeus e gentios na nova comunidade que Cristo tinha formado (At 15.7-12). Ao
trazer a salvação aos gentios, Deus levou sua mensagem até os confins da Terra
(At 13.47).[7]
[4] BAPTISTA,
Douglas. A Igreja Eleita - Redimida Pelo Sangue de Cristo e Selada com o
Espírito Santo da Promessa. 1ª edição de 2020 - CPAD. Rio de Janeiro.
[5]
A palavra esperança significa “confiança”, e o seu principal uso nas
Escrituras é de confiança nas promessas divinas (Sl 130.5; Jr 17.7).