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MISTÉRIO - Do hebraico “sõd”, “rãz”
e do grego “mystêrion”.
O sentido bíblico da palavra
mistério não é exatamente igual à interpretação que em geral se dá a essa palavra.
Entre os povos pagãos, o conceito da palavra mistério amedrontava
aqueles que a ouvissem. Para eles, tratava-se de um enigma tão difícil de
entender, que evitavam comentá-lo ou desvendá-lo.
No Antigo Testamento, a palavra
aparece no trecho que fica em Daniel 2.18-28, falando dos segredos de Deus em
relação à vida de Nabucodonosor, e que foram revelados a Daniel, a fim de que
ele e seus companheiros não perecessem.
1. O uso do termo “mistério” no Novo Testamento (Ef
1.9; 3.3,4,9; 5.32;6.19).
No Novo
testamento “mistério” refere-se a uma verdade divina, antes oculta, mas agora
revelada de forma sobrenatural aos homens, e que só pode ser totalmente entendida
pelos indivíduos salvos através da iluminação do Espírito Santo.
a)
Diferentes maneiras para se usar a palavra mistério.
O Novo
Testamento usa o termo para se referir ao Evangelho, às vezes no seu sentido
mais amplo, incluindo o plano de Deus de redenção, existente desde tempos
eternos (Rm 16.25,26; 1 Co 2.7; 4.1; Ef 1.9,10; 6.19; Cl 1.26,27; 4.3; 1 Tm
3.9; Ap 10.7).
b) É também aplicável a aspectos específicos do
evangelho.
· A encarnação (Cl 2.2,9; 1 Tm
3,16);
· A igreja como o Corpo de Cristo
incluindo os judeus e os gentios (Ef 3,3-6,9; 5.32);
· As características do reino
espiritual atual (Mt 13.11; Mc 4.11; Lc 8.10);
· A cegueira temporária de Israel
(Rm 11.25) e
· A transformação do crente na
volta de Cristo (1Co 15.51).
O termo
também é usado para se referir a qualquer verdade oculta que tenha que ser
entendida de forma sobrenatural (1 Co 13.2;14,2), à verdade simbolicamente
retratada (Ap 1.20; 7.5, 7), e ao mistério da influência do Anticristo ainda
não revelado (2 Ts 2.7).
c) Em o Novo Testamento, há três sentidos
principais quanto à palavra mistério.
1) Os
feitos memoráveis de Deus, isto é, como Ele interfere no estabelecimento de seu
reino, sua sabedoria escondida e depois revelada em Jesus Cristo, que é o
mistério por excelência (Rm 16.25; 1 Co 2.7; Ef 1.9; 3.3; 6.19; Cl 1.25-27; 1
Tm 3.16; Ap 10.17).
2) As
revelações secretas (Ap 1.20; 17,7).
3) O sentido
profundo de certas realidades como:
ü o destino de Israel,
ü a atividade do Anticristo e
ü o matrimônio (Rm 11.25; Ef 5.32;
2 Ts 2.7).
d) A
revelação do mistério.
O
“mistério revelado (Ef 3.3)” é a Igreja. A revelação começa pela declaração que
o Pai idealizou tudo desde sempre (Ef 1.14; 3.11); prossegue com a execução da
obra de Cristo (Ef 1.7; 2.15); a criação de uma nova humanidade (Ef 2.1-10); a
união de judeus e gentios como família de Deus e corpo de Cristo (Ef 2.11-22; 3.6);
e a comunicação dessas verdades aos santos apóstolos e profetas (Ef 3.3,5).
Paulo
explica o mistério: os cristãos gentios encontram-se unidos aos cristãos judeus
em um só corpo, a Igreja (Ef 3.6). De uma
maneira milagrosa Deus revelou a Paulo o seu plano de uma igreja composta de
judeus e gentios convertidos. O apóstolo aludiu a esse mistério brevemente em
1.9-14, 22-23 e 2.11-22.
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Estudo
Publicado em Subsídios EBD –
Site de Auxílios Bíblicos e Teológicos para Professores e Alunos da Escola Dominical.