
Subsídio bíblico para a Escola Dominical - classe
dos Adultos. Subsídio para a Lição: 12
| Revista do 1° trimestre de 2019 | Fonte: E-book
Subsídios EBD Vol. 19
| VEJA aqui OS SUBSÍDIOS.
JESUS,
VERDADEIRO HOMEM
1.
O nascimento de Jesus.
A
Bíblia diz que Jesus foi concebido pelo Espírito Santo (Lc 1.31-35). O Verbo se
fez carne e habitou entre nós (Jo 1.1).
Jesus tem as duas naturezas, a humana e a divina. Como homem Ele pode
nos compreender, amar e nos aceitar, como Deus pode perdoar os nossos pecados e
nos dar a vida eterna.
Por
meio de seu nascimento, Jesus teve um corpo visível. Deus, o Pai, não pode ser
visto, conforme Paulo escreve a Timóteo: "Ora, ao Rei dos séculos,
imortal, invisível, ao único Deus seja honra e glória para todo o sempre.
Amém!" (1Tm 1.17). O apóstolo João destaca que mesmo sendo invisível, Deus
foi conhecido por meio de Jesus: "Deus nunca foi visto por alguém. O Filho
unigênito, que está no seio do Pai, este o fez conhecer" (Jo 1.18). A
partir do nascimento de Jesus, Deus foi revelado de forma especial (Lc 7.16).
2.
Jesus nasceu e cresceu.
A
Bíblia nos ensina que Jesus nasceu e cresceu como qualquer ser humano (Lc
2.40,52). Jesus em tudo era, semelhante a nós, mas sem pecado (Fp 2.6,7; Hb
4.15). Como todo ser humano, Ele possuía um corpo físico que era limitado pelo
tempo e pelo espaço.
A
palavra grega helikia, traduzida em português como estatura, no
versículo 52, ocorre oito vezes no texto grego do Novo Testamento, com o
sentido de tamanho ou idade. É a mesma palavra usada por Lucas quando se refere
à pequena estatura de Zaqueu, o publicano (Lc 19.3) e, também, a mesma palavra
usada pelo apóstolo João para se referir à idade do cego a quem Jesus curou (Jo
9.21,23). A Escritura, de forma alguma, nega a dimensão corpórea e física de
Jesus como fazem as heresias.
3.
A Família de Jesus.
a)
Seus irmãos.
“Não
sabemos muito sobre a família de Jesus; entretanto, fica claro, conforme o
relato dos Evangelhos, que os pais, irmãos e irmãs de Jesus eram muito
conhecidos na cidade de Nazaré (Mt 13.54-56). Os primeiros anos da vida de
Jesus foram tão normais que as pessoas que o viram crescer ficaram surpresas
com o fato de que Ele pudesse ensinar com autoridade sobre Deus e fazer grandes
milagres — achavam que era apenas um carpinteiro como José”.[1]
b)
A infância de Jesus.
Não
existe nenhuma narrativa extensa sobre a infância de Jesus na Bíblia. E se não
está na Bíblia, principalmente nos Evangelhos, não há outra fonte digna de
confiança e merecedora de crédito quanto à narrativa da infância de Jesus
Cristo narrada nas Sagradas Escrituras. Com essa afirmação queremos dizer que
não há informação digna de confiança porque os documentos extras bíblicos, que
reclamam tal status, e tentam dar conta desse lapso de tempo da infância de
Jesus, são bem posteriores aos Evangelhos, e foram influenciados pelo gnosticismo,
uma heresia combatida pela Igreja do primeiro século, fundamentalmente por
intermédio das cartas apostólicas.
Em
segundo lugar, por falta de material sobre a infância de Jesus, muitas são as
especulações sobre ela, não contribuindo em nada para o nosso conhecimento
sobre o Senhor e a sua história como menino.
É
importante ressaltar na ministração da lição, a intenção do evangelista em
destacar a infância de Jesus. Ao analisarmos o contexto das passagens que
envolvem a infância e a adolescência do nosso Senhor, vemos que Lucas não tem o
objetivo de descrever a infância de Jesus numa perspectiva biográfica. Embora
haja dados biográficos no conteúdo, os Evangelhos não são relatos
preponderantemente biográficos. E não apresenta uma preocupação cronológica com
a estruturação das narrativas, embora o escrito lucano seja considerado, entre
os Evangelhos, o mais cronológico.
O
Evangelho de Lucas narra tudo o que sabemos sobre a infância e a adolescência
de Jesus. O objetivo de o evangelista narrá-lo é o de apresentar a paternidade
divina de nosso Senhor, pois Ele foi concebido no ventre de Maria pelo Espírito
Santo. Nessa narrativa está presente “o anúncio do anjo Gabriel a Maria sobre o
nascimento de Jesus” (Lc 1.26-38); “a história do nascimento de Jesus e a
presença de anjos juntamente com os pastores de Belém” (Lc 2.1-20). Nosso
Senhor foi uma criança comum, crescendo e desenvolvendo-se como qualquer
criança da Antiga Palestina. Assim o texto lucano destaca a humanidade do nosso
Senhor desde a tenra infância: “a apresentação do menino ao Senhor no Templo”
(Lc 2.21-40); “e a única história do texto bíblico sobre Jesus na adolescência”
(Lc 2.41-52). Portanto, a narrativa do nascimento de Jesus Cristo está alocada
no Evangelho de Lucas como uma introdução de quem é a pessoa do meigo nazareno,
destacando sua paternidade divina e a sua característica humana.
4.Características
humanas.
Os
Evangelhos revelam que Jesus possuía atributos próprios do ser humano. Embora
gerado por ato sobrenatural do Espírito Santo, o Mestre nascera de uma mulher
(Mt 1.18,20; Lc 1.35) e teve irmãos e irmãs (Mt 12.47; 13.55-56).
Sentiu sono,
fome, sede e cansaço (Mt 21.18; Mc 4.38; Jo 4.6; 19.28).
Sofreu, chorou,
angustiou-se (Mt 26.37; Lc 19.41; Hb 13.12) e, por fim, passou pela agonia da
morte. Mas,
ressuscitou glorioso, poderoso e triunfante ao terceiro dia (1 Co 15.3,4).
5.
O perfeito homem e o perfeito Deus.
Convém
ressaltar que Jesus não é metade Deus nem metade homem. Ele é o perfeito homem
Jesus Cristo (1 Tm 2.5), e o perfeito Deus, em toda a plenitude “porque nele
habita corporalmente toda a plenitude da divindade” (Cl 2.9).
O
JESUS ENSINADO NAS IGREJAS ASSEMBLEIAS DE DEUS
CREMOS, professamos e ensinamos que o Senhor
Jesus Cristo é o Filho de Deus( Jo 20.31) e o único mediador entre Deus e os
seres humanos (1 Tm 2.5; Jo 14.6), enviado pelo Pai para ser o Salvador do
mundo (1 Jo 4.14), verdadeiro homem e verdadeiro Deus: "e dos quais é
Cristo, segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente.
Amém" (Rm 9.5). Cremos na concepção e no nascimento virginal de nosso
Senhor Jesus Cristo, conforme as Escrituras Sagradas e anunciado de antemão
pelo profeta Isaías (Is 7.14; Mt 1.23), e que ele foi concebido pelo Espírito
Santo no ventre da virgem Maria (Mt 1.20; Lc 134,35). Gerado do Espírito Santo
no ventre dela (Mt 1.18), nasceu e viveu sem pecado: “como nós, em tudo foi
tentado, mas sem pecado" (Hb 4.15); que foi entregue nas mãos dos
pecadores para ser crucificado pelos nossos pecados, mas ressuscitou
corporalmente dentre os mortos ao terceiro dia (1 Co 15.3,4) e ascendeu ao céu
(Lc 24.51), onde está à direita do Pai, e de onde intercede por nós (Rm 8.34) e
voltará para buscar a sua Igreja (Jo 14.3). [2]
[1] Guia
Cristão de Leitura da Bíblia, CPAD
[2]
Declaração de Fé das Assembleias de Deus, p.49 - CPAD
Estudo
Publicado em Subsídios EBD –
Site de Auxílios Bíblicos e Teológicos para Professores e Alunos da Escola Dominical.