Trimestre: 2° de 2020 | Revista: Professor | Lições Bíblicas de Jovens, CPAD – Aula: 21/06/2020
TEXTO DO DIA
"Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro
bem presente na angústia." (Sl 46.1)
SÍNTESE
Assim como as cidades de refúgio de Israel, Jesus é
o nosso abrigo em todas as circunstâncias da vida.
SUGESTÃO DE LEITURA:
Agenda de leitura
SEGUNDA - Nm 35.1-8
As cidades dos levitas
TERÇA - Nm 35.9-34
As cidades de refúgio
QUARTA - Js 20.2
Deus ordena a instituição das
cidades de refúgio
QUINTA - Sl 9.9
Deus, alto refúgio em tempos de
angústia
SEXTA - Sl 10.12
Deus não se esquece dos
necessitados
SÁBADO- Is 32.1,2
Cristo, abrigo seguro nas
intempéries
Objetivos
I - MOSTRAR porque Deus ordenou
estabelecer as cidades de refúgio;
II - ENTENDER o porquê da
demora na concessão da herança dos levitas e a fidelidade de Deus;
III - ANALISAR como aconteceu
a despedida das tribos transjordânicas e quais as suas consequências.
Interação
Querido (a) professor(a), estimule seus
alunos para que, no encerramento do trimestre, eles convidem o maior número
possível de parentes e amigos à Escola Dominical, crentes ou não. Com isso,
pontes sociais serão estabelecidas, familiares não crentes podem ser atraídos a
Cristo, e cada aluno se sentirá valorizado. Cuide para que todos visitantes
sejam apresentados à igreja com bastante efusividade. Se eles se sentirem
amados, com certeza, retornarão. Premie os alunos mais esforçados, na medida do
possível. Sugestões de brindes: caixas de bombons que possam ser compartilhadas
por seu aluno com os familiares, livros, etc. A Escola Dominical deve ser,
sempre, um momento de aprendizado e de celebração da unidade.
Orientação Pedagógica
A sugestão de atividade dessa lição depende muito
da imaginação e criatividade dos alunos. A ideia é montar uma encenação para
representar o julgamento de um homicídio culposo, cometido por alguém abrigado
em uma cidade de refúgio. Lembre-se, ele já foi aceito na cidade e, agora, será
julgado se deve morrer ou não. Combinando previamente com os alunos, eles
pensarão no figurino apropriado, sobre as nuances do crime a ser julgado, os
argumentos do vingador do sangue e do réu, bem como sete alunos podem ser
convidados para comporem o "conselho de sentença", - grupo que vai
dizer se o réu será morto ou passará a morar definitivamente na cidade de
refúgio. O trabalho deve ser feito, ainda que não exista a possibilidade da
criação de um ambiente compatível com a época. O mais importante é a
participação do maior número de discentes.
Texto bíblico
Josué 20.1-6
1 Falou
mais o SENHOR a Josué, dizendo:
2 Fala
aos filhos de Israel, dizendo: Apartai para vós as cidades de refúgio, de que
vos falei pelo ministério de Moisés;
3 para
que fuja para ali o homicida que matar alguma pessoa por erro e não com
intento; para que vos sejam refúgio do vingador do sangue.
4 E,
fugindo para alguma daquelas cidades, pôr-se-á à porta da cidade e proporá as
suas palavras perante os ouvidos dos anciãos da tal cidade; então, tomarão
consigo na cidade e lhe darão lugar, para que habite com eles.
5 E, se
o vingador do sangue o seguir, não entregarão na sua mão o homicida; porquanto
não feriu a seu próximo com intento e o não aborrecia dantes.
6 E
habitará na mesma cidade, até que se ponha a juízo perante a congregação, até
que morra o sumo sacerdote que houver naqueles dias; então, o homicida voltará
e virá à sua cidade e à sua casa, à cidade de onde fugiu.
INTRODUÇÃO
Chega ao fim a distribuição da terra entre as
tribos. Então o Senhor determina o estabelecimento das cidades de refúgio;
deveriam ser seis ao todo. Em seguida, os cabeças dos pais dos levitas pedem as
cidades que o Senhor havia ordenado, pelo ministério de Moisés, para a tribo de
Levi. Tudo foi realizado conforme a Palavra do Senhor. Concluída essa etapa
importante, Josué despediu as tribos transjordânicas, as quais cumpriram com
muita galhardia sua missão.
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I - DEUS ORDENA ESTABELECER CIDADES DE REFÚGIO
1. Deus cuida dos que praticarem um homicídio
culposo.
Na Terra Prometida não deveria existir qualquer
traço de injustiça (Dt 19.10). Para tanto, o Senhor determinou que seis cidades
dos levitas tivessem o caráter de "fortalezas judiciais", para que as
pessoas que matassem alguém involuntariamente não sofressem nenhuma agressão ou
vingança (Nm 35.6), sendo que três dessas cidades já haviam sido determinadas
por Moisés antes da entrada em Canaã (Dt 4.41-43).
O acusado de assassinato, então, por seu livre
arbítrio, iria à cidade de refúgio (lugar de salvação) o mais rápido possível,
antes que o vingador do sangue lhe alcançasse. Lá, apresentaria seu caso à
porta da cidade, - a "sala de audiência" - e, havendo a
admissibilidade de sua defesa prévia, seria submetido ao "júri
popular". Caso fosse absolvido, o agressor moraria na cidade de refúgio
até a morte do sacerdote (Nm 35.10-25; Js 20.1-6). Analisando esses detalhes,
maravilhamo-nos com o tratamento sobremodo justo, misericordioso e amoroso que
o Senhor Deus dispensa ao "pecador arrependido", demonstrando o
significado mais profundo da palavra "justiça".
2. O significado espiritual das cidades de refúgio.
Nessas cidades de refúgio, a vida do agressor não
era protegida necessariamente por um forte esquema de segurança com soldados,
armas, etc., mas, sobretudo pelo próprio Deus que, na sua palavra, garantia-lhe
o salvo-conduto. Assim são tipos do Senhor Jesus Cristo, pois quando as
pessoas, cansadas e sobrecarregadas vão a Ele arrependidas, buscando segurança
eterna, Ele lhes tira o fardo pesado das acusações, coloca-lhes um senso de
responsabilidade para que não pequem mais (um "fardo leve"), e, em
contrapartida, oferece-lhes alívio e refrigério (Mt 11.28-30).
3. O perigo de sair da cidade de refúgio.
A vida do acusado de cometer homicídio culposo (Nm
35.22-28), seria tranquila na cidade de refúgio, desde que ele nunca a
deixasse. Entretanto "se de alguma maneira o homicida deixasse os limites
da cidade de refúgio, onde se tinha acolhido, e o vingador do sangue o achasse
fora dos limites da cidade de seu refúgio, e o matasse, não seria culpado do
sangue" (Nm 35,26,27). Observa-se que ninguém seria sequestrado da cidade
de refúgio, o que se assemelha à promessa de Jesus de que as suas ovelhas não
seriam arrebatadas de sua mão (Jo 10.18); todavia inexistia a proibição para
que o homicida saísse da cidade; ele poderia, usando seu livre arbítrio,
transpor os portões externos e seguir seu caminho, o que seria muito perigoso,
diante da fúria do vingador do sangue (Dt 19.6). Da mesma maneira, sair da "Cidade de
Refúgio" chamada Jesus Cristo, não é uma sábia conduta, antes, pelo
contrário, põe a "ovelha desgarrada" em risco iminente de morte
eterna.
II - OS LEVITAS EXIGEM SUA HERANÇA
1. A demora em conceder a herança dos levitas.
Deus falou com Josué para que fossem separadas as
cidades de refúgio (Js 20.1), no que foi obedecido. O Senhor estava lembrando,
indiretamente, a necessidade de fazer a "oferta" aos levitas, pois as
cidades de refúgio deveriam estar entre a herança deles, mas nada foi feito
nesse sentido. Infelizmente, a liderança somente deu as cidades aos levitas depois
que eles as reivindicaram (Js 21.2,3). O que aconteceu em Israel acontece no
seio da igreja. Por isso, deve-se ter todo o cuidado para que não fiquemos
seduzidos com os bens recebidos e desprezemos o princípio divino: "Mais
bem-aventurada coisa é dar do que receber" (At 20.35).
2. O estabelecimento das cidades dos levitas.
Os levitas receberam 48 cidades, e, em volta delas,
ficaria resguardada uma faixa de terra de 450 m, a partir da muralha, para o
pasto, e mais 450 m após, 900 m ao todo
de cada lado (norte, sul, leste e oeste) - e a cidade no meio (Nm 35.4,5 NTLH),
para ali morarem e cuidarem de suas famílias e seus animais. Os levitas se
dedicavam completamente a Deus e ao seu
serviço, por isso, o Senhor os colocou em lugares estratégicos, de honra,
espalhados por toda a Terra Prometida. Deus, em sua sabedoria, porém, deu aos
sacerdotes as cidades nas terras de Judá e Benjamin, próximas à Jerusalém, que
seria a cidade do grande Rei (Mt 5.35), e ali se edificaria o Templo do Senhor.
Todos os levitas tinham como única atividade servir a Deus e, por isso, eram
sustentados por Israel. Deus cuida daqueles que Ele chama.
3. A fidelidade de Deus.
Josué declarou a fidelidade de Deus, pois "deu
o SENHOR a Israel toda a terra que jurara dar a seus pais" e "palavra
alguma falhou de todas as boas coisas que o SENHOR falou à casa de Israel; tudo
se cumpriu" e que, enfim, chegara o tempo da paz, pois o Altíssimo tinha
dado "repouso de todos os lados […] e nenhum de todos os seus inimigos
pôde resisti-los" (Js 21.43-45). Todas as coisas que sucederam, desde o
dia que saíram do Egito, cooperaram para o bem dos israelitas que amavam a
Deus. Os rebeldes, porém, ficaram pelo caminho.
III - JOSUÉ ABENÇOA OS RUBENITAS, OS GADITAS E A MEIA
TRIBO DE MANASSÉS
1. Duas tribos e meia são despedidas.
Uma vez concluída a tarefa de distribuição das
terras, não obstante ainda houvesse muito território a ser conquistado, Josué
libera as tribos de Rúben, Gade e a meia tribo de Manassés para voltarem à
terra da possessão deles. Aqueles nobres guerreiros haviam passado muitos anos
longe de suas famílias, batalhando pela Terra Prometida e agora poderiam voltar
para os seus lares e abraçar seus familiares. A missão que lhes foi outorgada,
e que abraçaram com todo empenho, estava concluída. Na vida ministerial, muitos
são comissionados para realizarem algo importante para Deus, mas nem sempre,
todos conseguem completarem todo o seu designo, como foi o caso dessas tribos.
Uns plantam, outros regam e outros colhem. O certo é que os propósitos de Deus
sempre serão alcançados.
A conquista integral de Canaã, conforme prenunciado
pelo Senhor, cumpriu-se, séculos após, no auge da monarquia judaica.
2. Exortação à obediência.
Josué reuniu as tribos de Rúben, Gade e a meia
tribo de Manassés e agradeceu-lhes por terem lutado as guerras do Senhor,
conforme determinação de Moisés. Eles foram obedientes em tudo e não
desampararam nenhum de seus irmãos de outras tribos.
Josué os exortou a que "tão somente tende
cuidado de guardar com diligência o mandamento e a lei que Moisés, o servo do
SENHOR, vos mandou [...]" (Js 22.5). Ou seja, eles precisavam se manterem
fiéis. Que grande advertência para a igreja dos dias atuais.
3. O altar junto ao Jordão.
Ao chegarem às margens do Jordão, as três tribos,
movidas por um sentimento religioso ergueram um vistoso altar. Tal conduta foi
mal interpretada pelos líderes que partiram para confrontá-los. Ao explicarem
que não se tratava de um altar para oferecer sacrifícios, mas apenas de um
memorial, as tribos que ficaram a oeste do Jordão, capitaneadas pelo sacerdote,
aceitaram o monumento pacificamente. Esse episódio demonstra que, entre os
irmãos, deve haver comunicação, entendimento, cumplicidade no serviço do
Senhor. Nenhuma atitude autônoma, que traga divisão, conflito, controvérsia,
deve ser cultivada, pois Deus ama a unidade.
SUBSÍDIO 1
"Entre as 48 cidades dadas aos
levitas em Israel, seis, por ordem de Deus, foram indicadas como cidades de
refúgio, ou asilo, para o 'homicida' (Nm 35.6,7). O próprio Moisés escolheu
três delas no lado leste do rio Jordão: Bezer para os rubenitas, Ramote, em
Gileade, para os gaditas; e Golã, em Basã, para os manassitas (Dt 4.41-43).
Mais tarde, na época de Josué, as outras três foram indicadas na parte oeste do
Jordão: Quedes na montanha de Naftali, Siquém na montanha de Efraim, e Hebron
na montanha de Judá (Js 20.7). Elas estavam convenientemente situadas nas
regiões norte, central e sul da terra em que habitavam. Seriam construídas e
mantidas abertas estradas para essas importantes cidades (Dt 19.3).
Um costume antigo, que se diz existente
ainda hoje no Oriente Próximo, era o de que o parente mais próximo de um homem
assassinado deveria agir como 'vingador do sangue' (Nm 35.12,19; Dt 19.12).
Permitiu-se que esse costume continuasse durante a lei de Moisés, mas com
algumas restrições.
Em Hebreus 6.18 está indicado que as
cidades de refúgio eram um tipo de Cristo. 'O apóstolo faz alusão a isso quando
fala daqueles que fugiram procurando refúgio, e também da esperança oferecida a
eles'" (Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, pp. 417,418).
SUBSÍDIO 2
"Era preciso um novo governo para uma nova
nação em uma nova terra. Muitos anos antes Deus dissera a Moisés como esse
governo deveria funcionar. Uma das tarefas dadas pelo Senhor aos israelitas ao
entrarem na Terra Prometida era designar certas cidades como 'refúgio'. Elas
deveriam estar espalhadas por toda a terra. Seu propósito era prevenir a
injustiça, especialmente em casos de vingança. Por exemplo, se alguém
acidentalmente matasse uma pessoa, poderia fugir para uma cidade de refúgio onde
estaria salvo até que pudesse enfrentar um julgamento justo. Os levitas eram
responsáveis por estas cidades. Eles deveriam assegurar que os princípios de
justiça e benignidade de Deus fossem mantidos.
Os levitas
deveriam ministrar perante Deus em nome de todas as tribos. E, por isso,
receberam as cidades espalhadas por toda a terra. Embora Jerusalém fosse longe
das casas de muitos israelitas, quase ninguém vivia a mais de um dia de viagem
distante de uma cidade levita.
Deus provou
sua fidelidade ao cumprir cada promessa feita a Israel. A realização de algumas
profecias demorou vários anos, mas nenhuma delas 'falhou de todas as boas
palavras que o Senhor falara à casa de Israel; tudo se cumpriu' (Bíblia de
Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, pp. 303,304).
CONCLUSÃO
A principal lição que podemos aprender com o estudo
a respeito das cidades de refúgio é o fato de que o Senhor Jesus Cristo é o
nosso perfeito refúgio e fortaleza. Ele jamais nos desampara em meio as nossas
pelejas, mas nos auxilia e nos protege. Nele temos segurança e paz, mesmo
vivendo em um mundo violento e cercado de males.
HORA DA REVISÃO
1. Segundo a lição, qual tipo de criminoso poderia
ser abrigado numa cidade de refúgio?
O que cometeu homicídio culposo.
2. Dentre as 12 tribos, quantas cidades de refúgio
deveriam existir?
Seis.
3. Quantas deveriam ser as cidades dos levitas?
Quarenta e oito.
4. Conforme a lição, em quais tribos foram
sorteadas para serem cidades sacerdotais?
Judá e Benjamin.
5. As tribos de Rúben, Gade e Manassés, construíram
um altar em qual lugar?
Às margens do Jordão.
SUGESTÃO DE LEITURA:
Estudo
Publicado em Subsídios EBD –
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