Revista Cristão Alerta : Edição 20, 1° trimestre de 2025: EM DEFESA DA FÉ CRISTÃ Subsídios Bíblicos : EM DEFESA DA FÉ CRISTÃ A Revista Evangélica Digital é uma fonte confiável de subsídios bíblicos que oferece os melhores recursos para professores e alunos de Escolas Bíblicas, especialmente para as lições dominicais de adultos da CPAD. 📚 VOCÊ ENCONTRA NESTA EDIÇÃO Subsídios para todas as lições bíblicas, classe dos adultos: Subsídios Lição 1: Quando as Heresias Ameaçam a Unidade da Igreja Subsídios Lição 2: Somos Cristãos Subsídios Lição 3: A Encarnação do Verbo Subsídios Lição 4: Deus É Triúno Subsídios Lição 5: Jesus é Deus Subsídios Lição 6: O Filho É igual com o Pai Subsídios Lição 7: As Naturezas Humana e Divina de Jesus Subsídios Lição 8: Jesus Viveu a Experiência Humana Subsídios Lição 9: Quem é o Espírito Santo? Subsídios...
Lição 4 - A Iluminação Espiritual do Crente
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Lições Bíblicas do 2° trimestre de 2020 -
CPAD | Classe: Adultos | Comentarista: Pr. Douglas Baptista | Data da Aula: 26 de
Abril de 2020
Texto Áureo
“Para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o
Pai da glória, vos dê em seu conhecimento o espírito de sabedoria e de
revelação.” (Ef 1.17)
VERDADE PRÁTICA
A vocação do crente inclui a herança de preciosas
riquezas conferidas aos eleitos pela grandeza do poder de Deus.
Veja Também:
Lição 1 - Carta aos Efésios - Saudação aos
Destinatários – Acesse
Aqui
Lição 2 - A Sublimidade das Bençãos Espirituais
em Cristo – Acesse
Aqui
As coisas espirituais são
discernidas espiritualmente
Terça - 1 Co 13.12
O crente tem a promessa de conhecer
a Deus face a face
Quarta - 2 Pe 1.4
O poder divino é capaz de
transformar o homem
Quinta - 1 Co 15.56,57
O triunfo sobre a morte está
assegurado aos salvos
Sexta - 1 Ts 4.14
A ressurreição de Jesus é a
garantia da nossa ressurreição
Sábado - Mt 16.18
Nenhuma potestade do ar pode
prevalecer contra a Igreja
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Efésios 1.15-23
15 - Pelo que, ouvindo eu também a fé que entre vós
há no Senhor Jesus e o vosso amor para com todos os santos,
16 - não cesso de dar graças a Deus por vós,
lembrando-me de vós nas minhas orações,
17 - para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo,
o Pai da glória, vos dê em seu conhecimento o espírito de sabedoria e de
revelação,
18 - tendo iluminados os olhos do vosso
entendimento, para que saibais qual seja a esperança da sua vocação e quais as
riquezas da glória da sua herança nos santos
19 - e qual a sobre-excelente grandeza do seu poder
sobre nós, os que cremos, segundo a operação da força do seu poder,
20 - que manifestou em Cristo, ressuscitando-o dos
mortos e pondo-o à sua direita nos céus,
21 - acima de todo principado, e poder, e
potestade, e domínio, e de todo nome que se nomeia, não só neste século, mas
também no vindouro.
22 - E sujeitou todas as coisas a seus pés e, sobre
todas as coisas, o constituiu como cabeça da igreja,
23 - que é o seu corpo, a plenitude daquele que
cumpre tudo em todos.
HINOS SUGERIDOS: 300, 311, 491 da Harpa Cristã
OBJETIVO GERAL
Esclarecer a dimensão de nossa
chamada, as riquezas da herança divina e a grandeza do poder de Deus.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que
o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao
tópico I com os seus respectivos subtópicos.
I - Destacara
vocação e as riquezas da glória inclusas na herança divina;
II - Salientar a grandiosidade
do poder divino que opera em favor dos crentes;
III- Expressar o exemplo de
exaltação em Cristo.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
O plano de salvação divina revela uma
santa vocação, as riquezas da herança divina e a grandeza do poder de Deus. Uma
vez salvos, somos vocacionados para a santidade, o serviço e a participação
gloriosa no porvir. Uma vez salvos, desfrutamos das riquezas da glória divina
experimentando o perdão dos pecados, a adoção de filhos e as bênçãos a ser
desfrutadas no porvir. Uma vez salvos, seremos glorificados a exemplo de Cristo
Jesus. Nesta lição, estudaremos as bênçãos espirituais e a profunda esperança
que cada crente deve guardar em Cristo.
INTRODUÇÃO
Ainda no primeiro capítulo, o apóstolo Paulo inicia
uma longa sentença assim dividida: ação de graças (1.15,16), oração
intercessora (1.17-19) e confissão de louvor e exaltação (1.20-23). Nessa
sentença somos exortados a louvar ao Senhor pela nossa eleição, buscar a
iluminação do Espírito para compreender a dimensão de nossa chamada e herança
divina, bem como entender a grandeza do poder de nosso Deus.
PONTO CENTRAL
A herança de preciosas riquezas espirituais
conferidas aos eleitos faz parte da vocação do crente.
I – A ESPERANÇA DA VOCAÇÃO E AS RIQUEZAS DA GLÓRIA
O apóstolo ensina que os salvos precisam ser
iluminados para compreenderem quais são a esperança da vocação e as riquezas da
glória da sua herança.
1. Ação de graças e intercessão.
O apóstolo se alegra em dar graças a Deus pela vida
dos eleitos (1.16) e por todas as bênçãos espirituais recebidas, tais como: a
eleição, a predestinação, a filiação e o dom do Espírito Santo (1.3-14). Ele
intercede para que seja concedido aos seus leitores “o espírito de sabedoria e
de revelação” (1.17). Paulo estava ciente de quão maravilhoso é o Evangelho,
mas ao mesmo, de quão impossível é alguém perceber a glória dessas boas novas
sem ser ensinado por Deus (1 Co 2.14,15). Por isso, ele rogava para que os
crentes recebessem a capacidade de compreenderem, por meio do Espírito Santo, a
esperança da chamada, as riquezas da herança e a grandeza do poder de Deus
(1.18,19).
2. A esperança da vocação.
Em sua petição a Deus, Paulo intercede para que o
Espírito Santo ilumine os crentes a fim de saberem “qual seja a esperança da
sua vocação” (1.18). Assim, eles seriam capazes de experimentar e conhecer
profunda e espiritualmente os privilégios de serem vocacionados. Podemos dizer
que tal esperança divide-se em pelo menos três aspectos: a) Deus chamou pessoas
no passado (2 Tm 1.9), ou seja, uma chamada em que Ele teve a iniciativa por
meio da eleição em Cristo, da qual fazemos parte (1.3-14); b) a chamada abrange
serviço e santificação no presente (Fp 3.14), isto é, achar-se irrepreensível,
viver em comunhão e andar de modo digno (1.4; 2.11-18; 4.1); c) a participação
gloriosa no futuro (5.27), que compreende a vida eterna e a esperança de
conhecer Deus face a face (1 Co 13.12).
3. As riquezas da glória da sua herança.
Na oração, o apóstolo pede para que os crentes
entendessem “as riquezas da glória da sua herança” (1.18). A expressão “sua
herança” enfatiza o que Deus deu aos seus eleitos (Cl 1.12). Já o termo
“riquezas” refere-se às maravilhosas bênçãos que acompanham o plano da
salvação, tais como: o perdão dos pecados, a adoção de filhos e as bênçãos que
serão desfrutadas no porvir (Cl 1.27; 1 Pe 1.4,5), como por exemplo: vermos a
Deus, a Cristo e O adorarmos (Ap 22.3,4). Sim, no dia aprazado, os fiéis
estarão reunidos nas bodas do Cordeiro (Ap 19.7-9). Então, os salvos tomarão
posse da herança preparada desde a fundação do mundo (Mt 25.34).
SÍNTESE DO TÓPICO I
Os santos devem louvar a Deus pela eleição e ser
iluminados para conhecer a esperança do chamado e as riquezas que fazem parte
de nossa herança.
SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO
É importante introduzir esta aula lendo
com a classe os versículos 15-17. Esses versículos retratam a ação de graças e
a intercessão apostólica. Para introduzir este tópico, além do texto do
comentário, leve em conta o seguinte fragmento de texto: “Será muito importante
observar o relacionamento entre 1.3-14 e 1.15-23. O primeiro representa um
profundo hino de louvor pelas bênçãos redentoras de Deus em Cristo; o último é
uma oração de intercessão para que os olhos espirituais dos
Sim, no dia aprazado, os fiéis estarão
reunidos nas bodas do Cordeiro. Então, os salvos tomarão posse da herança
[...].
crentes se abram para, através da experiência,
alcançarem a compreensão da plenitude dessas bênçãos. Dessa forma, Paulo faz
junção do louvor com a oração, da adoração com a intercessão, como dois
componentes necessários ao verdadeiro conhecimento de Deus” (ARRINGTON, French
L.; STRONSTAD, Roger (Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento.
Vol.2. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, p.403).
II – A SOBRE-EXCELENTE GRANDEZA E FORÇA DO PODER
DIVINO
O poder divino é imensurável e nada pode detê-lo.
Em sua Carta, Paulo se esmera no esforço de traduzir a grandiosidade e a
eficácia desse poder que opera em favor dos crentes.
1. A sobre-excelente grandeza do seu poder.
O apóstolo orou para que os salvos pudessem
entender a “sobre-excelente grandeza do poder de Deus” (1.19). Perceba que a
palavra “sobre-excelente” é traduzida do grego uperballõ, que na forma
adjetivada significa “extraordinário” (2 Co 4.7). Já a expressão seguinte,
megethos (grandeza), objetiva enaltecer a magnitude do poder de Deus que a tudo
sobrepuja (Mt 26.64).
O termo dunamis, aqui traduzido por “poder”, indica
feitos miraculosos que requerem força “fora de medida” (At 8.13). Logo, a
repetição desses termos indica que apenas o maior de todos os poderes é capaz
de realizar a transformação e a salvação do homem (2 Pe 1.4); e que somente um
poder tão grande assim pode operar e concretizar as bênçãos inclusas na
“esperança da vocação” e nas “riquezas da herança” (1.18).
2. A força do poder divino.
Na sentença “segundo a operação da força do seu
poder” (Ef 1.19), o apóstolo faz uso de três vocábulos gregos concordes entre
si. Primeiro, a palavra “operação”, que é a tradução de energeia, e também
significa “eficácia”, sinalizando a ideia de “poder em atividade” (Cl 1.29).
Segundo, a expressão “força” vem do termo kratos,
que traz a ideia de “intensidade”. E, finalmente, ischus, que indica o “poder
inerente” de Deus (Jo 1.12; 2 Pe 2.11). A associação desses conceitos revela o
poder potencial de Deus que, inerente à sua natureza divina, opera em favor dos
que creem. Para aprofundar essa impressionante descrição, Paulo apresenta três
exemplos irrefutáveis da força desse poder: (1) A ressurreição de Cristo; (2)
sua ascensão à direita de Deus nos céus (1.20); e (3) sua elevação acima de
todo o domínio (1.21,22).
SÍNTESE DO TÓPICO II
O poder de Deus é extraordinário e supera todo e
qualquer outro poder. Esse maravilhoso poder opera no interesse de salvar a
humanidade caída.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“A
NATUREZA DE DEUS
O Deus onipotente não pode ser plenamente
compreendido pelo ser humano, mas nem por isso deixou de se revelar de diversas
maneiras e em várias ocasiões a fim de que o venhamos a conhecer. Deus não pode
ser compreendido pela mera lógica humana, e nem sequer sua própria existência
pode ser comprovada desta maneira. Com isso, queremos dizer que não de forma
alguma diminuindo os seus atributos, fazendo uma declaração confessional das
nossas limitações e da infinitude divina.
Nosso modo de
entender a Deus pode ser classificado em duas pressuposições primárias:
(1) Deus existe; e (2) Ele se revelou a
nós de modo adequado através da sua revelação inspirada.
[...] Além disso, Deus está sustentando
ativamente o mundo que criou. Na conservação, Ele sustenta a criação através de
leis estabelecidas (At 17.25). Na providência, Ele controla todas as coisas
existentes no Universo, com o propósito de levar a efeito seu plano sábio e
amoroso, de forma que não venha a interferir na liberdade das suas criaturas
(Gn 20.6; 50.20; Jó 1.12; Rm 1.24)” (HORTON, Stanley (Ed.). Teologia
Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2018,
pp.151,53).
III – CRISTO: NOSSO EXEMPLO DE EXALTAÇÃO
Nesse ponto veremos três aspectos da exaltação de
Cristo que atestam a grandiosidade do Poder de Deus disponível também aos
crentes.
1. Cristo: As primícias dos que dormem.
Paulo enfatiza que o poder de Deus se “manifestou
em Cristo, ressuscitando-o dos mortos” (1.20). De fato, o Novo Testamento
descreve a ressurreição de Cristo como obra do poder de Deus Pai (At 2.24;
3.26; 17.31). Ao ressurgir dentre os mortos, Cristo foi feito as primícias dos
que dormem (1 Co 15.20-22).Assim sendo,
a ressurreição de Jesus é a garantia de que seremos ressuscitados (1 Ts 4.14).
O mesmo poder que ressuscitou a Cristo está disponível também aos salvos (2.6).
Desse modo, os crentes vencerão a morte e se erguerão gloriosamente de seus
sepulcros para reinarem com Cristo eternamente (Jo 5.28,29; Fp 3.20,21).
2. Cristo elevado à direita de Deus.
Paulo reforça o poder de Deus quando da elevação de
Cristo ao trono: “Pondo-o à sua direita nos céus” (1.20). Aqui está em foco à
ascensão de Cristo em referência a promessa messiânica (Sl 110; At 1.6). O grau
de exaltação para uma posição de honra e autoridade indica o completo triunfo
de Cristo sobre o pecado e as forças do mal (Fp 2.9-11; Cl 2.15). Esse triunfo
também está assegurado aos salvos (1 Co 15.56,57) e endossa nossa participação
na vida celestial, conforme indica a expressão “nos fez assentar nos lugares
celestiais” (2.6). Assim, tanto a ressurreição como à ascensão de Cristo são
obras do poder do Pai.
3. Cristo exaltado sobremaneira.
Nesse ponto, Paulo ensina que o poder de Deus
exaltou Cristo “acima de todo o principado, e poder, e potestade, e domínio, e
de todo o nome que se nomeia” (1.21). Significa que Ele foi exaltado acima de
toda eminência do bem e do mal e de todo título que se possa conferir nessa era
e também no porvir. O resultado desse triunfo traz duplo benefício para a
Igreja: primeiro, que Deus fez Cristo o cabeça da Igreja (1.22); e, segundo,
que Deus designou a Igreja para ser a expressão plena de Cristo (1.23). Isso
significa que nenhum poder pode prevalecer contra a Igreja do Senhor (Mt
16.18).
Assim sendo, a ressurreição de Jesus é a garantia
de que seremos ressuscitados (1 Ts 4.14).
SÍNTESE DO TÓPICO III
Tanto a ressurreição como o assentar-se nos céus
está disponível aos crentes, e de semelhante modo à glorificação por meio do
grande poder de Deus.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“A ênfase no Novo Testamento recai mais
na ressurreição do corpo do que naquilo que acontece imediatamente depois da
morte. A morte continua sendo uma inimiga, mas já não é para ser temida (1 Co
15.55-57; Hb 2.15). Para o crente, o viver é Cristo e o morrer é lucro; isto
significa que morrer é receber mais de Cristo (Fp 1.21). Logo, morrer e estar
com Cristo é muito melhor que permanecer no corpo presente, embora devamos
ficar aqui enquanto Deus considera que isso seja necessário (Fp 1.23,24).
Depois disso, a morte nos trará o repouso ou cessação das nossas labutas e
sofrimentos terrestres, e a entrada na glória (2 Co 4.17; 2 Pe 1.10,11; Ap
14.13)” (HORTON, Stanley (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva
Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, p.621).
CONCLUSÃO
Embevecido com as bênçãos espirituais, Paulo mantém
adoração contínua ao Eterno Deus, atitude que deve ser seguida por todos os
salvos. A compreensão das dádivas da salvação demonstra o excelso valor daquilo
que Deus fez por nós. Seus atos poderosos viabilizam a transformação e a
glorificação dos que creem. Aleluia!
PARA REFLETIR
A respeito de “A Iluminação Espiritual do Crente”,
responda:
• Quais são as bênçãos espirituais recebidas que o
autor destaca na lição?
A eleição, a predestinação, a filiação e o dom do
Espírito Santo (1.3-14).
• Segundo a lição, qual o motivo da oração de Paulo
pelos salvos?
O apóstolo orou para que os salvos pudessem
entender a “sobre-excelente grandeza do poder de Deus” (1.19).
• Cite os três exemplos irrefutáveis que Paulo
apresenta acerca da “força do poder” de Deus.
Paulo apresenta três exemplos irrefutáveis da força
desse poder: (1) A ressurreição de Cristo; (2) sua ascensão à direita de Deus
nos céus (1.20); e (3) sua elevação acima de todo o domínio (1.21,22).
• Segundo a lição, como o Novo Testamento descreve
a ressurreição de Cristo?
O Novo Testamento descreve a ressurreição de Cristo
como obra do poder de Deus Pai (At 2.24; 3.26; 17.31).
• Qual o duplo benefício que o triunfo de Cristo
traz a Igreja?
O resultado desse triunfo traz duplo benefício para
a Igreja: primeiro, que Deus fez Cristo o cabeça da Igreja (1.22); e, segundo,
que Deus designou a Igreja para ser a expressão plena de Cristo (1.23).