Revista Cristão Alerta : Edição 20, 1° trimestre de 2025: EM DEFESA DA FÉ CRISTÃ Subsídios Bíblicos : EM DEFESA DA FÉ CRISTÃ A Revista Evangélica Digital é uma fonte confiável de subsídios bíblicos que oferece os melhores recursos para professores e alunos de Escolas Bíblicas, especialmente para as lições dominicais de adultos da CPAD. 📚 VOCÊ ENCONTRA NESTA EDIÇÃO Subsídios para todas as lições bíblicas, classe dos adultos: Subsídios Lição 1: Quando as Heresias Ameaçam a Unidade da Igreja Subsídios Lição 2: Somos Cristãos Subsídios Lição 3: A Encarnação do Verbo Subsídios Lição 4: Deus É Triúno Subsídios Lição 5: Jesus é Deus Subsídios Lição 6: O Filho É igual com o Pai Subsídios Lição 7: As Naturezas Humana e Divina de Jesus Subsídios Lição 8: Jesus Viveu a Experiência Humana Subsídios Lição 9: Quem é o Espírito Santo? Subsídios...
Lição 11 - A Cura Divina no Ministério de Jesus Cristo
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Classe: Jovens |
Trimestre: 1° de 2020 | Revista: Professor | Lições Bíblicas de Jovens, CPAD –
Aula: 15/03/2020
TEXTO DO
DIA
"Verdadeiramente,
ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e
nós o reputamos por aflito, ferido de Deus e oprimido."
(Is
53.4)
SÍNTESE
Para todos aqueles que possuem
necessidade de cura, Jesus continua sendo, hoje, o mesmo do passado, o Messias
que veio trazer saúde a todos os que estão enfermos da alma, mas também do
corpo e da mente.
AGENDA
DE LEITURA
SEGUNDA - Is 61.1-5
A profecia messiânica
TERÇA - Lc 4.16-21
O cumprimento de uma profecia
QUARTA - At 10.38
Ele curou os oprimidos do Diabo
QUINTA - Mc 16.17,18
A Igreja como anunciadora da cura
SEXTA - Lc 5.12,13
Aquele que quebra os protocolos para
curar
SÁBADO - Mc 2.11,12
A cura associada à obra da salvação
OBJETIVOS
1. APRESENTARa
origem bíblica das doenças;
2. DEMONSTRARa
possibilidade de relação entre salvação e curas;
3. REFLETIRsobre
o ministério de cura de Jesus.
INTERAÇÃO
Este é um excelente momento para programar a finalização do
trimestre. Você mais do que ninguém é conhecedor da dinâmica da Escola
Dominical de sua Igreja, deste modo, procure adequar seus desejos a suas
possibilidades. Todavia, independente daquilo que se faça coletivamente,
valorize seus educandos e pense, de preferência coletivamente com eles, a
melhor maneira de realizar uma atividade de conclusão do trimestre. A
comemoração simples, mas animada entre vocês, uma troca de presentes - quem
sabe livros, ou até mesmo a realização da última lição num outro local (uma
praça, um parque, um local arborizado e acolhedor).
Uma outra questão que você deve atentar é a avaliação e
autoavaliação do trimestre. Organize uma pesquisa, um conjunto de perguntas
onde os alunos possam avaliar o processo de aprendizagem como um todo, e também
a eles próprios. A pesquisa pode ser respondida como um momento de partilha em
sala, num questionário impresso, ou até numa pesquisa através de um formulário
online.
Inicie a sua aula indagando a seus alunos quando foi a última vez que
eles oraram por alguém enfermo. Conforme as respostas, faça desse momento um
instante de partilha de experiências e vivências espirituais - quem sabe aja
até algum de seus alunos que nunca teve a oportunidade de orar por alguém
enfermo.
De acordo com a dinâmica de sua aula, realize um momento de oração,
pergunte se há alguém enfermo ou com familiares/amigos doentes. Realize então
um fervoroso momento de intercessão por aqueles que estão enfrentando dores e
sofrimentos.
Incentive seus alunos a orarem uns pelos outros, lembre-os que nosso
Senhor Jesus continua o mesmo, e por isso, poderoso para curar toda e qualquer
enfermidade. Ao final deste momento de oração e intercessão, lembre seus
educandos que a presença de curas e milagres é um sinal distintivo da
verdadeira comunidade de discípulos de Jesus.
Texto
bíblico
Lucas
4.16-22
16
E, chegando a Nazaré, onde fora
criado, entrou num dia de sábado, segundo o seu costume, na sinagoga e
levantou-se para ler.
17
E foi-lhe dado o livro do profeta
Isaías; e, quando abriu o livro, achou o lugar em que estava escrito:
18O Espírito do Senhor é sobre mim, pois que
me ungiu para evangelizar os pobres, enviou-me a curar os quebrantados do
coração,
19
A apregoar liberdade aos cativos, a
dar vista aos cegos, a pôr em liberdade os oprimidos, a anunciar o ano
aceitável do Senhor.
20E, cerrando o livro e tornando a dá-lo ao
ministro, assentou-se; e os olhos de todos na sinagoga estavam fitos nele.
21
Então, começou a dizer-lhes: Hoje se
cumpriu esta Escritura em vossos ouvidos.
22
E todos lhe davam testemunho, e se
maravilhavam das palavras de graça que saíam da sua boca; e diziam: Não é este
o filho de José?
INTRODUÇÃO
Os
milagres de cura têm tornado-se cada vez mais raros em nosso meio. É bem
verdade que a ampliação do acesso aos serviços básicos de atendimento à saúde
preenche muito do espaço daquilo que antes era um campo exclusivo da ação de
Deus. Na época de Jesus, doenças que hoje consideramos simples ou controláveis,
oprimiam multidões inteiras. Para estes casos, Jesus revelou a glória do Pai.
Nossa lição de hoje refletirá a respeito dos efeitos da operação das doenças na
humanidade e sobre o ministério de cura exercido por Jesus durante sua atuação
pública.
I -
A ORIGEM E A NATUREZA DAS ENFERMIDADES
1. A origem das enfermidades.
O
mundo criado por Deus foi o melhor para a humanidade. Infelizmente, depois dos
eventos trágicos do Éden, Adão e aqueles que seriam seus descendentes tiveram
de aprender a conviver num ambiente diferente, numa realidade em que o pecado e
todas as suas consequências malévolas passaram a existir. As doenças são
resultado direto desta desestruturação da ordem primitiva da Terra. O mundo
criado por Deus foi um lugar sem enfermidades, dores ou sofrimento para a
humanidade, pois tudo o que Deus faz é perfeito (Tg 1.17). Se pensarmos na
perspectiva bíblica, é o pecado que traz consigo toda uma série de
consequências malévolas para a semente adâmica - sofrimento da mulher (Gn
3.16); desequilíbrio na natureza (v.18); e a própria morte (v.19). É evidente
que as doenças são um meio de operação da morte entre nós; desta forma, em
termos gerais, a origem das doenças está diretamente vinculada à Queda adâmica
(Rm 7.5).
2. Enfermidades do corpo.
Estas
são as mais evidentes e conhecidas por nós. Não é correto dizer que
enfermidades específicas sempre são originárias de pecados individuais.
Lembremo-nos de Jó, aquele que foi oprimido por uma enfermidade de origem
satânica (Jó 2.7), e do cego de nascença, uma vítima de doenças que alcançou
graça diante de Jesus (Jo 9.1-4), e até mesmo o lamentável caso de Mefibosete,
que sofreu consequências em sua vida em virtude de atos impensados dos outros e
de um acidente que ele não foi o culpado (2 Sm 4.4). Existem doenças que
oprimem pessoas durante anos (Jo 5.5; Lc 13.16; At 9.33) e outras são
devastadoramente rápidas (2 Rs 4.18-20; Jo 11.6,11,14). Desta forma, não é
justo dizer que doenças graves e agressivas seriam, necessariamente, castigos
divinos a determinadas pessoas; as múltiplas origens de algumas doenças físicas
devem levar-nos, todavia, a uma vida de comunhão intensa com Deus, para que
possamos permanecer firmes diante do dia mal (Ef 6.13).
3. Enfermidades da mente.
A
Bíblia não é um manual de Psicologia, muito menos um livro preocupado em
relatar quadros psicopatológicos de modo detalhado. No entanto, há vários
textos e episódios que apontam para pessoas com sofrimentos psíquicos. Por
exemplo, o sofrimento estarrecedor, e profeticamente anunciado, em virtude da
desobediência do povo de Israel (Dt 28.34); Amnom e seu desejo compulsivo por
Tamar (2 Sm 13.2); ou aquilo que Paulo chama de "tristeza para morte"
em 2 Coríntios 7.10. O texto de Provérbios 18.14, extraído da cultura sapiencial
judaica, demonstra-nos muito bem a relevância da saúde mental. Conforme afirma
o sábio, diante de seus sofrimentos físicos, se o indivíduo mantiver sua saúde
mental ele ainda terá meios para fortalecer-se; contudo, se houver um
adoecimento de seu aspecto psíquico-emocional, como ele se sustentará diante do
sofrimento?
II -
A CURA DIVINA COMO PARTE DA SALVAÇÃO
1. Naamã e seu mergulho na fé.
Existem
inúmeros textos nas Escrituras em que a palavra "salvar" deve ser
entendido num amplo significado, extravasando assim apenas um aspecto
soteriológico e atingindo também elementos da vida material dos indivíduos.
Um
dos casos clássicos dessa forte relação entre salvação e restauração física,
ainda que do Antigo Testamento, para tomarmos como analogia daquilo que Jesus
fez no Novo Testamento, é o do comandante do Rei da Síria, Naamã (2 Rs 5.1).
Diante do terrível caso de uma doença incurável, restava àquele bravo guerreiro
recorrer à última instância que poderia transformar sua sofrível situação: um
milagre. Mas o caso de Naamã revela algo mais profundo: existe uma cura,
contudo, também se manifesta uma conversão ao Deus de Israel. O homem que saiu
das águas turvas do Jordão não estava apenas curado da doença que atacava seu
corpo, mas também convicto de que apenas o Altíssimo Deus de Eliseu era o Deus
verdadeiro (2 Rs 5.15).
2. Salvação e restauração da saúde.
Em
textos como Mateus 9.22, Marcos 10.52 e Lucas 17.15-19, temos o registro de
curas e salvações que ocorrem em conjunto. Uma possibilidade de interpretar
estes textos, seria a de que Jesus não trata de salvação da alma neles, mas
apenas de "salvar" alguém dos efeitos tenebrosos de uma doença. Neste
caso, salvar teria um significado mais metafórico do que literal. Mas, quando o
texto sagrado diz, por exemplo, que após a cura o cego passou a seguir Jesus
(Lc 18.43), o sentido de "salvar" aqui não pode ser compreendido
apenas como "libertar da opressão de uma enfermidade", mas também
como conversão da alma.
3. Como deve um salvo cuidar de sua saúde.
Nossa
fé em Cristo jamais deve ser utilizada como argumento para justificar atitudes
irresponsáveis ou de descuidado para com nossa saúde. Proporcionar bem-estar ao
corpo é também um modo de glorificar e exaltar a Deus; por isso, em textos como
as Epístolas vemos Paulo orientando seus amigos a terem atenção a sua saúde (1
Tm 5.23; 2 Tm 4.20; Fp 2.25-30). Nossa mordomia do corpo deve estar ligada a um
ideal de vida saudável e equilibrada.
III
- JESUS CURA OS ENFERMOS
1. A dedicação a cura dos enfermos não foi uma
coincidência, mas parte de um plano eterno.
Estava
profetizado em Isaías que o Servo do Senhor exerceria um ministério de cura, e
Jesus declarou o cumprimento das palavras do Antigo Testamento através de sua
vida (Is 61.1-5; Lc 4.16-21). Jesus não seria o Messias, se não tivesse como
uma de suas tarefas ministeriais, providenciar soluções aos aflitos por
enfermidades e doenças. Em vários momentos dos Evangelhos temos o registro da
dedicação de Jesus aos doentes (Mt 10.8; 14.14,35; Mc 1.34; Lc 4.40; Jo 6.2).
Desta forma, o conjunto de milagres que vemos associado à vida do Salvador é um
dos fortes sinais que designam sua messianeidade.
2. Jesus, a única resposta para alguns enfermos.
Na
época de Jesus os recursos medicinais eram muito limitados e caros; boa parte
dos tratamentos eram muito mais místicos-esotéricos do que algo próximo aquilo
que chamamos hoje de científico. Por isso, em muitos casos, somente a
intervenção divina poderia mudar a vida daqueles que sofriam. Doenças que hoje
são completamente tratáveis, como a hanseníase - lepra -, ou condições físicas
que são plenamente adaptáveis - como problemas de mobilidade, visão e audição
-, naquela época eram circunstâncias terríveis para a vida de qualquer pessoa,
e vistas como uma maldição (Nm 5.2). Diante dessas situações-limites, Jesus era
a única resposta para o desespero de muitas pessoas (Mt 20.30; Lc 17.13).
3. Não há protocolos para a realização da cura.
Pessoas
inescrupulosas, com a intenção de extorquir a fé alheia - ou mesmo numa versão
contemporânea do farisaísmo - criam complexas exigências para que a cura de
Deus aconteça sobre a vida daqueles que sofrem. Isto é o que se pode chamar de
"estelionato religioso". Alguns constrangem enfermos a doarem valores
vultuosos em troca de uma cura que nunca virá; outros impõe pesadas rotinas com
sequência de vigílias, jejuns exagerados, orações que são verdadeiras torturas;
um último grupo ilude pessoas e as leva a uma verdadeira idolatria a pessoas,
lugares e objetos. Quando Jesus curava, Ele não seguia receitas
pré-programadas.
SUBSÍDIO
1
"As curas de Jesus confirmaram e ilustraram a verdade de seu
anúncio de que o Reino de Deus estava chegando para o povo por intermédio de
seu ministério. [...]Jesus atravessou a região da Galileia 'pregando o
evangelho do Reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo'
(Mt 4.23). As notícias dessas curas maravilhosas e libertadoras logo se
espalharam por toda a terra, e multidões de pessoas doentes reuniam-se em torno
de Jesus, aonde quer que Ele fosse (M t 4.24; Mc 1.32-34; Lc 5.15). Cerca de um
terço do Evangelho de Marcos é dedicado ao relato das curas, mas podemos ter
certeza de que há muitas outras curas não registradas nos Evangelhos, mas que,
ainda assim, trouxeram alívio e alegria para as pessoas que tiveram essa
experiência (veja Jo 21.25). As curas milagrosas de Jesus parecem tão
maravilhosas que muitas pessoas ao longo das eras presumiram que não passavam
de histórias inventadas pelos cristãos primitivos. Algumas pessoas hoje são
céticas de que o poder de Deus possa intervir na vida de uma pessoa a fim de
trazer cura física e integridade. Entretanto, há boas razões para aceitar os
relatos dos Evangelhos como verdadeiros, e afirmar que Jesus curava as pessoas.
Primeiro, os oponentes de Jesus nos Evangelhos não tentam negar as curas - o
conhecimento delas estava muito disseminado para que fossem capazes de afirmar
isso" (MANSER, Martin et al. Guia Cristão de Leitura da Bíblia. 1. ed. Rio
de Janeiro: CPAD, 2013. p. 72).
SUBSÍDIO
2
Segundo o seu costume, um segundo particípio ativo perfeito,
singular e neutro, de um antigo verbo, estar acostumado. Literalmente, de
acordo com o que era costumeiro para Ele (modo dativo). Esta é uma das
informações sobre o início da vida de Jesus. Quando menino, Ele tinha o costume
de ir à adoração pública na sinagoga, hábito que Ele conservou quando adulto.
Se a criança não adquirir o hábito de ir à igreja, é quase certo que quando ela
se tomar adulta não o terá. Nós já lemos, nos Evangelhos de Mateus e Marcos,
frequentes exemplos da palavra sinagoga, que teve uma grande participação na
vida dos judeus depois da restauração da Babilônia. Levantou-se para ler, um
segundo indicativo intransitivo ao Cristo, e um infinitivo. Era costume que o
leitor se levantasse, exceto quando o livro de Ester era lido, na Festa de
Purim, quando podia ficar sentado. Aqui não está escrito que Jesus tivesse tido
o hábito de se levantar, para ler aqui ou em outro lugar. Era seu costume ir à
sinagoga, para adorar. Desde que iniciou a sua obra messiânica, o seu costume
era ensinar nas sinagogas (Lc 4.15). Aparentemente, esta foi a primeira vez que
Ele fez isto em Nazaré. Podem ter pedido que Ele lesse, como pediram a Paulo em
Antioquia da Pisídia (At 13.15)” (ROBERTSON, A.T. Comentário Mateus e Marcos. À
Luz do Novo Testamento Grego. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2011. p. 86).
CONCLUSÃO
Enquanto
estivermos nesta vida terrena teremos de conviver com as consequências das
dores do mundo. Os milagres de Deus não cessaram, talvez nós, os cristãos,
tenhamos nos tornado mais insensíveis à graça de Jesus que é salvadora, mas
também que cura.
HORA
DA REVISÃO
1. Qual a origem das enfermidades?
As
enfermidades são derivadas do pecado e diretamente associadas à morte.
2. Que ligação podemos fazer entre o ministério de cura e
a messianeidade de Jesus?
Assim
como estava anunciado no Antigo Testamento que o Messias viria trazer um tempo
de cura e restauração, Jesus viveu para ajudar os aflitos por doenças.
3. As enfermidades atingem apenas o corpo? Justifique sua
resposta.
Não,
existem enfermidades que também adoecem a mente dos indivíduos; para não dizer
do pecado como um todo que é doença para alma.
4. Pode um salvo em Cristo ficar doente? Justifique sua
resposta.
Sim,
é possível, porque os efeitos danosos da Queda refletem-se sobre todos nós, até
que antes do fim de todas as coisas o salvador arrebate sua igreja.
5. Existe um protocolo para a realização de curas?
Não,
pois quando o poder de Deus se manifesta opera da maneira que for mais
conveniente à vontade do Senhor.