Revista Cristão Alerta : Edição 20, 1° trimestre de 2025: EM DEFESA DA FÉ CRISTÃ Subsídios Bíblicos : EM DEFESA DA FÉ CRISTÃ A Revista Evangélica Digital é uma fonte confiável de subsídios bíblicos que oferece os melhores recursos para professores e alunos de Escolas Bíblicas, especialmente para as lições dominicais de adultos da CPAD. 📚 VOCÊ ENCONTRA NESTA EDIÇÃO Subsídios para todas as lições bíblicas, classe dos adultos: Subsídios Lição 1: Quando as Heresias Ameaçam a Unidade da Igreja Subsídios Lição 2: Somos Cristãos Subsídios Lição 3: A Encarnação do Verbo Subsídios Lição 4: Deus É Triúno Subsídios Lição 5: Jesus é Deus Subsídios Lição 6: O Filho É igual com o Pai Subsídios Lição 7: As Naturezas Humana e Divina de Jesus Subsídios Lição 8: Jesus Viveu a Experiência Humana Subsídios Lição 9: Quem é o Espírito Santo? Subsídios...
Lição 7: A Queda do Ser Humano
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Lições Bíblicas do 1° trimestre de 2020 -
CPAD | Classe: Adultos
Texto Áureo
"Pelo
que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim
também a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram." (Rm 5.12)
Verdade
Prática
Ao
pecar contra Deus, o homem perdeu o completo domínio sobre a criação e
tornou-se vulnerável à morte; em Cristo, porém, temos o Reino e a vida eterna.
Leitura
diária
Segunda
-
Gn cap. 3: A história da queda
Terça
-
2 Co 11.3: A estratégia de Satanás
Quarta
-1
Tm 2.14:Eva é enganada por Satanás
Quinta
-
Jo 8.44:O Diabo é o pai da mentira
Sexta
-
Rm 5-12:Adão, o responsável pela queda
Sábado
-
Rm 6.23: A consequência da queda
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE
Gênesis 3.1-7
1
- Ora, a serpente era mais astuta que todas as alimárias do campo que o Senhor
Deus tinha feito. E esta disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis
de toda árvore do jardim?
2
- E disse a mulher à serpente: Do fruto das árvores do jardim comeremos,
3
- mas, do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Não comereis
dele, nem nele tocareis, para que não morrais.
4
- Então, a serpente disse à mulher: Certamente não morrereis.
5
- Porque Deus sabe que, no dia em que dele comerdes, se abrirão os vossos
olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal.
6
- E, vendo a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos
olhos, e árvore desejável para dar entendimento, tomou do seu fruto, e comeu, e
deu também a seu marido, e ele comeu com ela.
7
- Então, foram abertos os olhos de ambos, e conheceram que estavam nus; e
coseram folhas de figueira, e fizeram para si aventais.
HINOS
SUGERIDOS: 192, 334, 471
OBJETIVO
GERAL
Conscientizar
acerca da gravidade da queda do ser humano.
OBJETIVOS
ESPECÍFICOS
Abaixo,
os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada
tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos
subtópicos.
I
- Relacionar o livre-arbítrio com a soberania divina;
II
- Apresentar a Queda como um evento histórico e literal;
III
- Pontuar as consequências da queda de Adão.
•
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Alguma coisa deu muito errado com a natureza humana. A Palavra de
Deus diz que isso aconteceu por meio do advento da Queda. A doutrina bíblica da
queda humana é realista quanto à natureza humana. Ela testemunha a maldade no
interior do homem. Essa maldade só pode ser removida por meio de Cristo Jesus.
Assim, esse ensinamento é um antídoto para qualquer filosofia ou sistema de
pensamento que tenta impor-se alegando que a natureza humana é boa e agradável.
Pelo contrário, a Palavra de Deus mostra que o ser humano pode fazer as piores
maldades, embora seja capaz de executar empreendimentos maravilhosos.
PONTO
CENTRAL
A
queda humana representou a perda do completo domínio do homem sobre a criação.
INTRODUÇÃO
Estudaremos,
hoje, o capítulo mais trágico da História: a queda do ser humano. No
transcorrer da aula, mostraremos que a narrativa do pecado de Adão e Eva, longe
de ser uma parábola, foi um evento real, cuja literalidade não pode ser
questionada, pois acha-se referendada em toda a Bíblia.
Inicialmente,
examinaremos o livre-arbítrio e as suas implicações na experiência humana. Em
seguida, averiguaremos a queda em si. E, depois, focaremos as consequências da
rebelião adâmica. Trata-se, pois, de uma temática imprescindível ao estudo da
doutrina do homem, conforme a encontramos na Bíblia Sagrada.
Que
o Espirito Santo nos ilumine a compreender esta aula.
I -
LIVRE-ARBÍTRIO DO SER HUMANO
Neste
tópico, definiremos o livre-arbítrio. Em seguida, veremos o seu relacionamento
com a soberania divina, e, finalmente, trataremos da responsabilidade humana
frente às ordenanças divinas.
1.
O livre-arbítrio.
É
o dom que recebemos de Deus, através do qual podemos, desimpedidamente,
escolher entre o bem e o mal (Dt 28.1; Js 24.15; 1 Rs 18.21; Hb 4.7). Sem o livre-arbítrio,
não seríamos o que hoje somos: seres autônomos, conscientes da própria
existência e de nosso lugar no Universo criado por Deus.
2.
A soberania divina.
É
o direito absoluto, irrestrito e inquestionável, que possui Deus sobre toda a
sua criação (Êx 9.29; Dt 10.14; Sl 135.6). Portanto, o Senhor age como lhe
aprouver. Em suas mãos, somos o barro; Ele, o soberano oleiro (Jr 18.6). Não
nos cabe questionar a soberania do Todo-Poderoso (Rm 9.20). Ele é Deus e
Senhor!
Não
devemos, por outro lado, ver a soberania divina como algo despótico e tirânico,
porquanto todas as ações de Deus são fundamentadas em seu amor, justiça e
sabedoria. O que Ele faz agora só viremos a compreender mais à frente (Jo
13.7). Descansemos, pois, na vontade divina (Sl 37.5).
3.
A responsabilidade humana.
Entre
o livre-arbítrio e a soberania divina encontra-se a nossa responsabilidade (Jr
35.13). Não resta dúvida de que Deus permite-nos o direito de obedecer-lhe ou
nãos aos mandamentos (Dt 11.13). Todavia, Ele nos chamará, um dia, a prestar
contas quanto às nossas escolhas (Ec 11.9; 12.14). O Juízo Final não é ficção;
é a realidade que aguarda a espécie humana na consumação de todas as coisas (Ap
20.11-15).
SÍNTESE
DO TÓPICO I
Entre
o livre arbítrio e a soberania divina encontra-se a nossa responsabilidade
humana.
SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO
A soberania de Deus anula a responsabilidade humana? A soberania de
Deus e o livre-arbítrio são excludentes? Estas são perguntas que você pode
fazer para introduzir este tópico. A relação entre soberania divina e
livre-arbítrio está presente nas Escrituras Sagradas. Para enriquecer a
exposição deste primeiro tópico, consequentemente respondendo às perguntas
acima elaboradas, leve em conta o seguinte fragmento textual: "Há os que
perguntam, por exemplo, como pode Deus saber quem há de se perder, e mesmo
assim, permitir que os tais se percam. 0 conhecimento prévio de Deus, porém,
não predetermina as escolhas individuais, porquanto Ele respeita nosso
arbítrio. Em Efésios 1.3-14, temos o esboço da história predeterminada do
mundo. Mas esse vislumbre da predestinação do Universo não elimina as 'ilhas da
liberdade' que Deus nos reservou, pois Ele nos fez indivíduos e livres. Ele
permite que as pessoas escolham o próprio destino; Céu ou inferno"
(MENZIES, William W. (Ed.). Doutrinas Bíblicas: Os Fundamentos da Nossa Fé. Rio
de Janeiro: CPAD, 1995, p.41).
ll – A QUEDA,
UM EVENTO HISTÓRICO E LITERAL
A
apostasia de Adão e Eva deu-se em consequência do conflito entre o
livre-arbítrio humano e a soberania divina. Nesse episódio, houve a
possibilidade da queda, a realidade da tentação e a historicidade da queda.
1.
A possibilidade da queda.
Em
sua inquestionável soberania, Deus criou Adão e Eva livres, permitindo-lhes o
direito de obedecê-lo ou não. Todavia, a ordem do Senhor, concernente à árvore
da ciência do bem e do mal, era bastante clara (Gn 2.16,17). Se eles optassem
por ignorá-la, teriam de arcar com as consequências de seu ato: a morte
espiritual seguida da morte física.
2.
A realidade da tentação.
Ao
ser tentada pela serpente, Eva deixou-se enganar pela velha e bem arquitetada
mentira de Satanás - a possibilidade de o homem vir a ser um deus (Gn 3.1-6; 2
Co 11.3). No instante seguinte, Adão e Eva pecaram contra Deus (1 Tm 2.14).
Tendo em vista a representatividade de Adão, foi ele responsabilizado pela
entrada do pecado no mundo (Rm 5.12).
3.
A historicidade da queda.
A
narrativa da queda do ser humano tem de ser acolhida de forma literal, pois o
livro de Gênesis não é uma coleção de parábolas mitológicas, mas um relato
histórico confiável (2 Co 11.3; Rm 15.4). Tratemos, com temor e tremor, a
Bíblia Sagrada - a inspirada, inerrante, infalível e completa Palavra de Deus.
SÍNTESE
DO TÓPICO II
No
episódio da Queda humana houve a possibilidade da queda, a realidade da
tentação e a historicidade da queda.
SUBSÍDIO-TEOLÓGICO
“Um erro comum é considerar o pecado substância. Mas se o pecado
fosse uma substância ou coisa, então, sem dúvida, teria sido criado por Deus,
e, assim sendo, seria essencialmente bom. Mestres cristãos, através dos
séculos, em vista do ódio de Deus contra o pecado na Bíblia como um todo, têm
rejeitado a ideia de que o pecado tenha sua origem em Deus. Embora o pecado não
seja uma substância, não significa que seja destituído de realidade. As trevas
são a ausência da luz. Embora o pecado e o mal sejam, algumas vezes, comparados
com as trevas, eles são mais que a mera ausência do bem. O pecado também é mais
que um defeito. É uma força ativa, perniciosa e destruidora" (MENZIES,
William W. (Ed.). Doutrinas Bíblicas: Os Fundamentos da Nossa Fé. Rio de
Janeiro: CPAD, 1995, p.73).
Ill - AS
CONSEQUÊNCIAS DA QUEDA DE ADÃO
Devido
à sua rebelião contra o Senhor, a raça humana teve de arcar com pesados
encargos: a consciência do pecado, a perda da comunhão com Deus, a transmissão
do pecado às gerações subsequentes, a enfermidade da terra e, finalmente, a
morte física.
1.
A consciência do pecado.
Ao
tentar a mulher, a antiga serpente prometeu-lhe a onisciência divina, mas o que
os nossos pais herdaram foi uma consciência pecaminosa geradora de obras mortas
(Gn 3.1-6; Tt 1.15; Hb 9.14). O pecado leva-nos a perder o brilho do rosto e o
vigor físico (Sl 31.10; Sl 32.3). Eis porque o homem precisa nascer da água e
do Espírito (Jo 3.5).
2.
A perda da comunhão com Deus.
Em
consequência de seu pecado, Adão e Eva foram expulsos da presença de Deus (Gn
3.23,24). De agora em diante, não poderiam mais viver no jardim do Éden, onde,
diariamente, conversavam com o Senhor (Gn 3.8). Mas, apesar de haverem ofendido
a Deus, continuaram a ser alvo de seu imenso, eterno e infinito amor (Jo 3.16).
Desde
a queda, o ser humano, para reatar a comunhão com Deus, tem de aproximar-se
dele pela fé (Hb 11.6). Nesse retorno, não estamos sós. Jesus Cristo é o nosso
medianeiro eficaz (Rm 5.1). Ele é o Verdadeiro Deus e o Verdadeiro Homem (1 Tm
2.5).
3.
A transmissão do pecado à espécie humana.
Sendo
Adão o pai de toda a raça humana, o seu pecado acabou por alcançar a todos os
homens (Rm 3.23; 5.12). Aquilo que chamamos de “pecado original"
contaminou universalmente a humanidade. Até mesmo o recém-nascido já traz
consigo essa semente (Sl 51.5). Embora a criança, na fase da inocência, não
tenha a experiência do pecado, a iniquidade adâmica acha-se impregnada em seu
interior, prestes a ser despertada. Somente em Cristo podemos vencer tanto o
pecado original como o experimental (1 Jo 1.7).
Muitas
crianças são recolhidas por Deus, na fase de inocência, apesar da iniquidade
dos pais (1 Rs 14.13). Entre os que morreram sem a experiência do pecado
acham-se os inocentes assassinados por Herodes (Mt 2.16).
4.
A enfermidade da Terra.
Por
causa do pecado de Adão, até a própria Terra adoeceu. Expulso do Éden, Adão
teria de trabalhar, com redobrado esforço, a fim de prover o seu sustento
cotidiano (Gn 3.17). Desde então o nosso planeta vem sofrendo com fomes,
tremores de terra e inundações (Mt 24.7).
Em
sua Epístola aos Romanos, o apóstolo Paulo descreve a Terra como que gemendo
por causa das expectativas quanto às últimas coisas (Rm 8.22). Mas, quando o
Reino de Deus manifestar-se, logo após a Grande Tribulação, o planeta será
curado de todas as suas enfermidades (Is cap. 35).
5.
A morte física.
O
homem não foi criado para experimentar a morte física. Nesse sentido, podemos
dizer que fomos criados imortalizáveis; com a possibilidade de viver
indefinidamente (Gn 2.17). Não somente a eternidade, mas de igual modo a
imortalidade, achavam-se no ser humano.
A
morte é a mais triste consequência do pecado (Rm 6.23). Todavia, a pior morte
que alguém pode experimentar é a separação eterna de Deus; a segunda morte (Ap
2.11; 20.6). Quanto a nós, os que já recebemos Jesus Cristo como o nosso Senhor
e Salvador, a morte não terá efeito, porque Ele é a ressurreição e a vida (Jo
11.25).
SÍNTESE
DO TÓPICO III
As
consequências do pecado foram: a consciência do pecado, a perda da comunhão com
Deus, a transmissão do pecado às gerações subsequentes, a enfermidade da terra
e, finalmente, a morte física.
SUBSÍDIO-TEOLÓGICO
"O pecado de nossos primeiros pais teve diversas consequências.
Eles entraram em estado de culpa. E não somente se tornaram cônscios de seu ato
e da separação de Deus na qual haviam incorrido, mas sabiam que estavam
sujeitos à penalidade atrelada ao mandamento de Deus, em caso de desobediência.
Alguns, atualmente, confundem sentimento de culpa com a própria culpa. São
crentes que aceitaram o perdão outorgado por Cristo, mas ainda conservam restos
de sentimento de culpa. O sentimento de culpa resulta de uma consciência
maculada. A própria culpa é a responsabilidade legal pelo erro praticado aos
olhos de Deus, o que incorre em penalidade" (MENZIES, William W. (Ed.).
Doutrinas Bíblicas: Os Fundamentos da Nossa Fé. Rio de Janeiro: CPAD, 1995,
p.73).
CONCLUSÃO
Dois
fatos marcam a doutrina do homem nas Sagradas Escrituras: a criação e a queda.
À primeira vista, o pecado de Adão trouxe graves consequências a Criação. No
entanto, Deus jamais foi surpreendido por qualquer fato. Ele não é um ser
reativo, nem vive de improvisos. Nenhum processo, quer nos Céus, quer na Terra,
jamais o surpreendeu, porquanto Ele é o Ser Supremo por excelência. Ele é o que
é: o Deus bendito eternamente.
A
fim de sanear o pecado do homem. Deus, em sua presciência, já havia separado o
Imaculado Cordeiro, desde a fundação do mundo, para redimir-nos de todos os
pecados (Ap 13.8).
PARA
REFLETIR
A respeito
de "A Queda do Ser Humano", responda:
•O que é o
livre-arbítrio?
É
o dom que recebemos de Deus, através do qual podemos, desimpedidamente,
escolher entre o bem e o mal.
•Há alguma
incompatibilidade entre o livre-arbítrio e a soberania divina?
Não,
pois entre o livre-arbítrio e a soberania divina encontra-se a nossa
responsabilidade (Jr 35.13).
•O que está entre o
livre-arbítrio e soberania divina?
A
responsabilidade humana.
•O homem foi criado
imortalizável. Discorra sobre o assunto.
O
homem não foi criado para experimentar a morte física. Nesse sentido, podemos
dizer que fomos criados imortalizáveis; com a possibilidade de viver
indefinidamente (Gn 2.17). Não somente a eternidade, mas de igual modo a
imortalidade, achavam-se no ser humano.
•Deus foi surpreendido
pela queda do homem?
Deus
jamais foi surpreendido por qualquer fato. Ele não é um ser reativo, nem vive
de improvisos. Nenhum processo, quer nos Céus, quer na Terra, jamais o
surpreendeu, porquanto Ele é o Ser Supremo por excelência.