Lições Bíblicas Dominical Adultos 1° Trimestre 2025 CPAD Título da Revista Dominical: EM DEFESA DA FÉ CRISTÃ : Combatendo as Antigas Heresias que se Apresentam com Nova Aparência Comentarista: Esequias Soares | Classe: Adultos TEMAS DAS LIÇÕES Lição 1 – Quando as Heresias Ameaçam a Unidade da Igreja Lição 2 – Somos Cristãos Lição 3 – A Encarnação do Verbo Lição 4 – Deus É Triúno Lição 5 – Jesus é Deus Lição 6 – O Filho É igual com o Pai Lição 7 – As Naturezas Humana e Divina de Jesus Lição 8 – Jesus Viveu a Experiência Humana Lição 9 – Quem É o Espírito Santo Lição 10 – O Pecado Corrompeu a Natureza Humana Lição 11 – A Salvação não É Obra Humana Lição 12 – A Igreja Tem uma Natureza Organizacional Lição 13 – Perseverando na Fé em Cristo
Lição 6 – Estêvão, o primeiro Mártir (Subsídio)
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1. Estêvão, um dos
Sete.
Com o crescimento dos
crentes, houve a necessidade de organizar a ajuda social que estavam
realizando. Havia a distribuição diária, principalmente das viúvas, pois as
Escrituras ordenavam o cuidado dessas pessoas que não tivessem outro meio de
sustento e/ou ajuda de familiares.
Com essa alta demanda,
surgiu um problema: os helenistas alegavam que suas viúvas estavam sendo
esquecidas na distribuição diária. Esses helenistas eram os judeus de fala
grega da Diáspora58 que se haviam estabelecido em Jerusalém. Os 12 apóstolos
decidiram, então, que precisavam de homens específicos para cuidar dessa
atribuição, pois eles precisavam concentrar-se mais “na oração e no ministério
da palavra” (At 6.4). Acredita-se que o diaconato, que vem do termo diakonein
(servir), surgiu desse momento em diante.
Pelos nomes, em grego,
acredita-se que todos eram helenistas. Havia, ainda, um prosélito cristão. Mas
quem eram esses homens? Beers comenta:
O Novo Testamento nos
informa que Estêvão foi martirizado. Eusébio, o historiador, nos diz que Filipe
e as suas filhas profetisas se estabeleceram, mais tarde, em Hierápolis, na
Ásia Menor. Segundo a tradição, Prócoro foi secretário de João, quando ele
escreveu o quarto Evangelho. Clemente de Alexandria, um pai da Igreja
Primitiva, nos informa que Nicolau, de Antioquia, que se havia convertido ao judaísmo
antes de se tornar cristão, tinha muito ciúme de sua bela esposa. Outros Pais
da Igreja o identificam como o fundador de uma seita cristã não ortodoxa,
chamada nicolaítas. Essa seita é mencionada por João (Ap 2.6,15). A tradição
nos diz que Pármenas foi, em certa ocasião, bispo de Soli, uma cidade a oeste
de Tarso, na Cilícia, e que ele foi martirizado em Filipos durante o governo do
imperador Trajano. Diz-se que Pedro consagrou Prócoro como bispo da Nicomédia,
uma cidade a leste da atual Istambul, na Turquia, agora chamada Izmir. Doroteu,
de Tiro, nos diz que Timão era um dos 70 discípulos, e que posteriormente veio
a ser bispo de Bostia, uma cidade a leste de Samaria, onde acabou queimado como
mártir. Houve sugestões de que, da mesma maneira como o número 12 representa as
12 tribos de Israel para Lucas, também os números 7 e 70 representam o mundo. A
tradição hebraica diz que havia 70 nações no mundo. Lucas está dizendo que, da
mesma maneira como os doze apóstolos representam as 12 tribos de Israel, também
os sete, de certa maneira, representam o resto do mundo.
b) O Número Sete
Muitos não mediram
esforços para tentar encontrar um significado místico ou simbólico por trás
desse número sete. Essa busca exagerada por significados pode levar a
conclusões sem sentido. No entanto, podemos perceber que alguns números como 3,
7, 12 e 40 são usados em várias circunstâncias na Bíblia. O número 7, por
exemplo, foi usado nos números de dias da criação (Gn 2.2); no número de pares
de animais e aves no Dilúvio (Gn 7.1,2); no número de anos que Jacó levou para
casar com Raquel (Gn 29.16-30); no número de tranças do cabelo de Sansão (Jz
16.19); no número de vezes que mergulhou Naamã no rio Jordão (2 Rs 5.10-14); no
número de pães que Jesustinha para multiplicar e alimentar uma multidão, bem como no número de cestos
que sobraram (Mc 8.6-9) e no número de igrejas que João escreveu as cartas na
Ásia (Ap 1.4).
3. Estêvão, um Homem
Usado por Deus
Deusfez
grandes maravilhas e sinais por meio dos apóstolos, mas também através de
outros como, por exemplo, Estêvão, um dos servos escolhidos para ajudar as
viúvas. Estêvão foi usado por Deusporque estava cheio de fé e poder. Diz-se que, certa vez, D. L. Moody
(1837–1899) ouviu um pregador dizer que o mundo ainda estava por ver o que Deus
poderia fazer com e através de um homem que lhe fosse total e completamente
consagrado. Então, Moody disse para si mesmo: “Tentarei ao máximo ser esse
homem”. E Deus usou Moody, tornando-o um grande pregador que levou milhares de
pessoas a Cristo. Isso foi uma realidade na vida desse diácono Estêvão. Estêvão
debateu com os judeus da Sinagoga dos Libertos ou dos Libertinos, provavelmente
judeus levados cativos a Roma por Pompeu em 63 a.C. cujos filhos, quando libertos,
voltaram a Jerusalém e ali fundaram uma sinagoga. Capacitado pelo Espírito
Santo, Estêvão mostra uma sabedoria tal que aqueles homens não podiam
resistir (At 6.10).
Muitas vezes, fazemos
distinção de importância entre funções na igreja, mas a verdade é que todos que
prestam algum serviço na igreja precisam ser cheios do Espírito
Santo. Quando vemos a vida de Estêvão, o diácono, percebemos como essa
qualidade, que é exigida a todos nós, fez a diferença em seu ministério. Como
analisa Richards:
Você precisa
do Espírito Santo para ser motorista a serviço da igreja? Claroque sim. Qualquer atividade, por mais simples que seja,
deve ser desempenhado no poder do Espírito caso se proponha a ser um meio pelo
qual Deus vai abençoar sua igreja. Um dos ministérios mais significativos que
já tive foi quando eu era um jovem cristão, na Marinha, servindo como zelador
voluntário em nossa pequena igreja Batista. Que momentos alegres eram aquelas
manhãs de sábado, cantando enquanto eu empurrava minha vassoura e arrumava as
cadeiras no porão da igreja. [...] O motorista da igreja fazendo grandes sinais
e pregando com poder? Pode acreditar. Mais uma vez, que falsa distinção fazemos
ao classificar alguns ministérios como “mais importantes” do que outros. Tanto
o zelador que limpa a igreja quanto o pregador que fala à congregação são
servos de Deus. Ambos precisam ser homens bons, cheios do Espírito de Deus. Não
fique surpreso se um dia o zelador se tornar o pregador. Sirva a Deus bem nas
coisas pequenas. Lembre-se, Ele promove aqueles que já fazem parte do grupo.
Enfim, todos somos
chamados a ser cheios do Espírito Santo de Deus (Ef 5.18). As exigências para
trabalhar na casa de Deus hoje estão nesse relato de Atos, assim como as do
obreiro estão em outras passagens (1 Tm 3.1-13; Tt 1.5-9); e elas não mudam com
o tempo, nem com a cultura ou com a igreja.