Caráter é a índole que
o homem adquire através do meio em que nasce e vive (meio familiar,
social, religioso e escolar). Meio em que, num relacionamento favorável ou
desfavorável, pode influenciar consideravelmente sua formação e determiná-lo). O caráter constitui o
testemunho visível da estrutura de base da personalidade. O verdadeiro sinal
exterior de riqueza ou pobreza estrutural.
1. O homem é influenciado pelo meio
Podemos observar essa
influência desde a tentação e queda do homem no Jardim do Éden, quando a
serpente (o Diabo) que estava no Jardim, com sua astúcia, enganou Eva e,
consequentemente Adão, a fim de que desobedecessem a Deus e comessem do fruto da árvore
proibida. "Disse a serpente: Deus sabe que no dia em que comerdes do fruto
proibido se abrirão os vossos olhos e sereis como Ele, sabendo o bem e o mal. E
ouviram a voz do Senhor Deus que passeava no Jardim pela viração do dia; e
escondeu-se Adão e sua mulher da presença do Senhor Deus", Gn 3.5 e 8.
Veja também:
Antes do pecado, o
homem, imagem e semelhança de Deus, tinha um caráter irrepreensível. Após o
pecado de desobediência seu caráter ficou deformado. Daí, então, a imaginação
do seu coração ficou má desde a sua meninice (Gn 8.21). Essa natureza adâmica
tendente para iniquidade, vulnerável ao caráter repreensível, deixa o homem
dependente da remissão dos pecados em Cristo Jesus nosso Senhor. É na
conscientização de pecador e da necessidade de um Salvador, crendo em Jesus
Cristo que o homem tem esta grande oportunidade de possuir seu caráter transformado
pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo (Tt 3.5), pois é
Ele que tem o poder de convencer o homem do pecado, da justiça e do juízo (Jo
16.8).
2. Influência do meio familiar no
caráter da criança
Deus tem se
interessado desde o início da criação da família por sua preservação a fim de
que o caráter do homem seja restaurado por sua Palavra. E, para ser mantida
essa preservação, o Senhor encarregou os pais de ensinar suas crianças. Foi a
partir do nascimento de uma criança chamada Enos que a família começou a
invocar o nome do Senhor (Gn 4.26).
Numa forma de gratidão
e obediência o patriarca Abraão era conhecido de Deus como preservador do
caminho do Senhor à sua família (Gn 18.19). Neste relacionamento com Deus,
nessa ligação, passou-se a crer que dependeriam do Senhor e que esses filhos
seriam ensinados a servir, adorar, amar e obedecer ao nosso Senhor.
O Senhor se interessa
pelos filhos para que sua Palavra não fique encoberta a eles e que a soberania
de Deus e suas bênçãos sirvam-lhes de testemunho. "Não os encobriremos aos
seus filhos, mostrando à geração futura os louvores do Senhor assim como sua
força e as maravilhas que fez", SI 78.4.
O ensino da Palavra de
Deus aos filhos desde sua idade mais tenra é a melhor forma para formação e
preservação do caráter em Cristo Jesus nosso Senhor.
O caráter destrutivo
iniciou-se através do pecado de desobediência. Entretanto, quando o homem
começa a invocar o nome do Senhor e a adorá-lo, é a obediência que deverá ser
estabelecida e, para que isso ocorra, é organizada a essência do caráter: o
amor.
Disciplinar o filho
implica em amá-lo. Os pais têm a responsabilidade vital de disciplinar seus
filhos contribuindo assim para que eles cresçam em harmonia com a vontade de
Deus e respeito para com os homens. O programa da disciplina na vida da criança
é fundamental para a formação do caráter e deve começar antes de completar um
ano. Disciplinar significa literalmente "tornar discípulo". Deste
modo toda autêntica autoridade para disciplinar os filhos procede de Deus, sim,
Ele próprio, disciplina seus filhos.
"E já vos
esquecestes da exortação que argumenta convosco como filhos: "Filho meu
não desprezes a correção do Senhor e não desmaies quando por ele fores
repreendido", Hb 12.5.
Os pais devem castigar
com amor e com propósito. O Senhor corrige por amor e com amor. "E, na
verdade, toda correção, ao presente, não parecer ser de gozo, senão de
tristeza, mas depois produz fruto pacífico de justiça nos exercitados por
ela", Hb 12.11. Disciplinar os filhos não é puni-los impiedosamente, é
corrigi-los. Ao praticar a correção os pais deverão usar de bom senso, ser
moderados, disciplinando por amor e com amor e não com ira.
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Desde cedo a criança
mostra atitudes rebeldes, isto prova a capacidade inata que ela possui em
desobedecer, argumentar, discutir, chorar de raiva, bater o pé. Tudo para
alcançar objetivos egoístas. Aqui entra a disciplina como elemento formador de
bons hábitos, através, de "castigos administrativos" com sabedoria
pelos pais (Pv 22.15; 19.18; 29.15 e Ef 6.4).
A punição deverá ser
aplicada no momento certo em que foi praticada a desobediência. Não é
recomendável fustigar a criança em presença de colegas ou visitas.
Se o Espírito Santo
está no comando de sua família, você será orientado sobre como aplicar a
disciplina. À medida que os pais estão aplicando a disciplina, estão
construindo o caráter deles, tornando-os semelhantes a Cristo.
O exercício e o
privilégio de poder disciplinar o filho é ser participante como cooperadores do
Reino de Deus, coerdeiros da graça da vida. E, à medida que desenvolvem esta
valiosa tarefa, terão também oportunidade de trabalhar os seus próprios
sentimentos. Entretanto se não souberem, nem houver interesse para
disciplinarem seus filhos; como implantarão neles o caráter que precisam?
Disciplinar o filho é
investir em Deus. "Ensina a criança no caminho em que deve andar e ainda
quando envelhecer não se desviará dele", Pv 22.6. Em contratempo, se
usarem a vara desordenadamente, irão provocar à ira vossos filhos e o caráter
será prejudicado (Ef 61.4).
Podemos observar que
muitas vezes a criança ou o adolescente problema, trazido ao consultório
psicológico é resultado da ausência dos pais e da falta de
companheirismo. Pais ocupados que não têm tempo para os filhos e que, muitas
vezes, são colocadas nas mãos de pessoas despreparadas, que deturpam a mente
das crianças, ou as entregam nas mãos da "senhora mestra televisão",
que com seu poder persuasivo pode controlar os sentimentos da criança,
deixando-a à mercê de medos, fantasias, banalização do sexo, violência etc.
A índole dessas
crianças, prejudicada, poderá desestruturar seu ego e desorganizar seu caráter.
Edifique um altar em
sua casa, em seu apartamento, em seu casebre. Estabeleça nele um conserto com o
Senhor para que sua família possa ter alimento espiritual constante e nunca
venha desfalecer na caminhada para Canaã celestial! E, nessa adoração ao
Senhor, possa louvar com seus lábios, com seu coração, com sua alma, com seu
corpo. Que possam bendizer ao Senhor constantemente. "Bendize o minha alma
ao Senhor, e tudo que há em mim bendiga o seu Santo Nome", SI 103.1. E que
Cristo seja o interesse constante para perfeição de um caráter santo. Dê ênfase
ao culto doméstico com sua família.
Não podemos passar
muito tempo sem nos alimentar, porque logo nossas forças se acabarão. Nossas
forças espirituais precisam ser renovadas pelo Espírito Santo no culto
doméstico, com nossa família.
Onde está o interesse
do primeiro lugar para o Senhor? Atualmente o homem tem pensado em produzir
mais no trabalho material para ganhar mais e poder dar o melhor para sua
família. Em acordar muito cedo para trabalhar, em vestir o melhor, atualizar-se
em cursos etc.
E a formação do
caráter cristão de seus filhos? Pais modernos vivem na correria da vida, para
lá e para cá. Pouco tempo lhes sobra. "Mas buscai primeiro o reino de Deus
e sua justiça e todas as coisas vos serão acrescentadas", Mt 6.33. O
Senhor prometeu que estaria presente conosco todos os dias. O culto nos une em
Cristo Jesus. Ele se encarregará de providenciar o futuro de cada um de nossos
familiares dentro da sua vontade.
No culto doméstico, as
arestas das indiferenças serão aplainadas, outros familiares poderão ser
alcançados pelo Evangelho, Jesus poderá curar alguém enfermo, bem como batizar
no Espírito Santo e muitos problemas poderão ser solucionados. "Habite
ricamente em vós a palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente,
em toda sabedoria, louvando a Deus, com salmos e hinos e cânticos espirituais,
com gratidão em vossos corações", Cl 3.16.
Texto: Ediva Maria Daniel | Divulgação: Subsídios EBD