Ensina
a organização que o verdadeiro Deus não é onipresente e nem usa a sua
onisciência. Dizem ainda que ele não sabia o resultado da prova de Abraão, no
relato do sacrifício de Isaque. Isso mostra que o Jeová que eles pregam não é o
mesmo Jeová da Bíblia. Se Jeová não é onipresente e sua onisciência é tão
limitada, logo não pode ser Deus, o Todo-poderoso.
Veja também:
· As Falsas Profecias das
Testemunhas de Jeová – Aqui
· Charles Taze Russell –
Síntese da história - Aqui
A doutrina de Deus é uma questão de vida ou
morte.
O
ser humano pode até conceber conceitos errôneos sobre vários pontos da fé
cristã, menos na natureza de Deus. Jesus disse: "E a vida eterna é esta:
que te conheçam a ti só por único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo, a quem
enviaste" (Jo 17.13). Adorar e servir um deus errado vai terminar também
num céu errado.
A
Bíblia ensina que Deus é onipresente e enche todo o universo: "Eis que os
céus e até os céus dos céus te não poderiam conter" (1 Rs 8.27). Deus é
infinito de tal maneira que nem o infinito pode conter a sua glória. Não
existe em todo o infinito universo um lugar em que alguém poderia se esconder
de Deus "Sou eu apenas Deus de perto, diz o SENHOR, e não também Deus de
longe? Esconder-se-ia alguém em esconderijos, de modo que eu não o veja? — diz
o SENHOR. Porventura, não encho eu os céus e a terra? — diz o SENHOR (Jr 23.23,
24). As Testemunhas de Jeová, portanto, creem num Deus estranho ao revelado na
Bíblia.
Quanto
à doutrina bíblica da Trindade, afirmam que é uma crença pagã, desenvolvida por
Constantino, imperador romano, no quarto século. Dizem que a palavra
"trindade" não aparece na Bíblia e que é uma doutrina
incompreensível. Por essa razão negam e combatem essa doutrina. Nenhuma dessas
objeções levantadas pela organização das Testemunhas de Jeová é consistente e
nem tudo é verdadeiro.
Não é verdade que a Trindade é uma crença
pagã.
Se
há alguma doutrina cristã similar no paganismo, isso não significa necessariamente
que tal doutrina seja pagã. A organização afirma que o batismo cristão nas
águas era praticado no paganismo antes de Jesus vir ao mundo, entretanto
pratica o batismo nas águas. Esse é apenas um exemplo. A Trindade, conforme o
conceito bíblico apresentado no Credo Atanasiano, é sui generis, não existe no paganismo.
Não confundir trindade com tríades ou triteísmos.
A
doutrina em si é bíblica e a palavra "trindade", aplicada ao Deus
verdadeiro, já existia muito tempo antes de Constantino nascer. Tertuliano foi
o primeiro a usar essa nomenclatura quando combatia o monarquianismo, em sua
obra
Contra Praxeas,
isso entre o final do séc. II e início do séc. III. Além disso, Constantino
defendeu o antitrinitariasmo quando a situação lhe favorecia. Para ele era
importante a crença num só Deus absoluto, pois isso fortalecia o seu governo:
um só Deus, também um só imperador. O fato em si de Constantino apoiar ora os
antitrinitarianistas ora os trinitarianistas não significa que uma ou outra
crença seja de origem pagã. Não é, portanto, verdade que a Trindade foi
desenvolvida por Constantino.
Há
inúmeras palavras usadas pelas Testemunhas de Jeová que não estão na Bíblia,
por exemplo: Salão do Reino, Corpo Governante, Escola
Teocrática, etc. O fato de ser incompreensível não significa ser falso.
A organização ensina também que a eternidade de Jeová é incompreensível e nem
por isso essa eternidade é uma crença falsa. O argumento delas perece por
falta de consistência.
Veja também:
· Alerta Contra os Falsos Mestre e suas Heresias - Aqui
O QUE AS TESTEMUNHAS
DE JEOVÁ DIZEM SOBRE A TRINDADE?
Poucos
aspectos da doutrina cristã têm sofrido tantos ataques das
"testemunhas-de-jeová" quanto a doutrina da Trindade. O que eles
pensam e dizem sobre este tema é abundantemente mostrado nos seus livros,
revistas e palestras, como vemos a seguir.
1. O Cúmulo
do Absurdo
"Satanás deu origem à doutrina da
trindade" (Seja Deus Verdadeiro, p. 81).
"Um contemporâneo de Teófilo na África
Setentrional, o escritor latino chamado Tertuliano, da cidade de Cartago, defronte
a Itália, escreveu uma defesa de sua religião e introduziu nos seus escritos a
palavra trinitas, que quer dizer 'trindade'. Daquele tempo em diante a
doutrina trinitária veio a infectar cada vez mais a crença dos cristãos
professos. Tal doutrina é absolutamente alheia ao verdadeiro Cristianismo. Nem
se encontra a palavra trias nas inspiradas Escrituras gregas cristãs,
tampouco se acha a palavra trinitas, nem mesmo na tradução latina da
Bíblia, a Vulgata" (Que tem Feito a Religião Pela Humanidade? p.
261).
"Ninrode casou-se com sua mãe Semíramis, e
assim, num sentido, ele é seu próprio pai e seu próprio filho. Aqui está a
origem da doutrina da trindade" (Russell, Estudos nas Escrituras).
2. Conceito
Inconsistente
O ensino jeovista de que Tertuliano inventou a
doutrina da Trindade é injusto, tendencioso e mau. Viria ao caso perguntarmos:
"Newton inventou a lei da gravidade ou simplesmente elucidou-a?" A
mesma pergunta deve ser feita quanto à pessoa de Tertuliano relativamente à
doutrina da Trindade: "Tertuliano inventou a doutrina da Trindade ou
simplesmente interpretou-a?"
Por exemplo, o fato de Martinho Lutero ter
defendido a doutrina da justificação pela fé e a do sacerdócio universal dos
crentes não significa que ele as inventou.
É evidente que a palavra trindade não se encontra
na Bíblia, como também nela não se encontram expressões como
"testemunhas-de-jeová" e "Salão do Reino", porém, a Bíblia
contém a ideia básica da doutrina da Trindade. Não descartamos a possibilidade
de que Tertuliano tenha sido o primeiro dos escritores da Igreja a usar a
palavra Trindade (três em um), com o objetivo de dar forma a uma verdade
implícita do Gênesis ao Apocalipse. Devemos ter em mente, no entanto, que
descobrir uma verdade não é a mesma coisa que inventar a verdade. A verdade não
se inventa, descobre-se.
3. A Trindade nas Escrituras
A ideia da Trindade faz-se presente nos seguintes
casos mencionados na Bíblia Sagrada:
a. Criação do homem (Gn 1.26).
b. Conclusão divina quanto à capacidade do
conhecimento do homem a respeito do bem e do mal (Gn 3.22).
c. Confusão das línguas, em Babel (Gn 11.7).
d. Visão e chamamento de Isaías (Is 6.8).
e. Batismo de Jesus no Jordão (Mt 3.16,17).
f. A Grande Comissão de Jesus (Mt 28.19).
g. Distribuição dos dons espirituais (1 Co 12.4-6).
h. Bênção apostólica (2 Co 13.13).
i. Descrição paulina da unidade da fé (Ef 4.4-6).
j. Eleição dos santos (1 Pe 1.2).
1. Exortação de Judas (Jd vv.20,21).
m. Dedicatória das cartas às sete igrejas da Ásia
(Ap 1.4,5).
Tanto no Antigo como no Novo Testamento, títulos
divinos são atribuídos às três Pessoas da Trindade:
a) a respeito do Pai (Êx 20.2);
b) a respeito do Filho (Jo 20.28);
c) a respeito do Espírito Santo (At 5.3,4).
Cada Pessoa da Trindade é descrita na Bíblia, como:
·
Onipresente
·
Onipotente
·
Onisciente
·
Criador
·
Eterno
·
Santo
·
Santificador
·
Fonte da vida eterna
·
Mestre
·
Capacitado a ressuscitar mortos
·
Inspirador
·
Dos profetas
·
Salvador
·
Supridor de ministros à Igreja
O Pai
|
O Filho
|
O Espírito
|
Jr 23.24
|
Ef 1.20-23
|
Sl 139.7
|
Gn 17.1
|
Ap 1.8
|
Rm 15.19
|
At 15.18
|
Jo 21.17
|
1 Co 2.10
|
Gn 1.1
|
Jo 1.3
|
Jó 33.4
|
Rm 16.26
|
Ap 22.13
|
Hb 9.14
|
Ap 4.8
|
At 3.14
|
Jo 1.33
|
Jd 24.25
|
Hb 2.11
|
1 Pe 1.2
|
Rm 6.23
|
Jo 10.28
|
Gl 6.8
|
Is 48.17
|
Mt 23.8
|
Jo 14.26
|
1 Co 6.14
|
Jo 2.19
|
1 Pe 3.18
|
Hb 1.1
|
2 Co 13.3
|
Mc 13.11
|
Tt 3.4
|
Tt 3.6
|
Jo 3.8
|
Jr 3.15
|
Ef 4.11
|
At 20.28
|
Referências
· OLIVEIRA, Raimundo,
de. Seitas e Heresias – Um sinal do fim dos tempos. Edição 23ª de 2002 - CPAD
· SOARES, Esequias.
Manual de Apologética Cristã: Defendendo os Fundamentos da Autêntica Fé
Bíblica. 2ª edição de 2003. CPAD.