Nenhum movimento da
atualidade profetizou falsamente tanto quanto a organização das Testemunhas de
Jeová. Essa marca está presente ao longo de sua história. A Bíblia diz:
"Quando tal profeta falar em nome do SENHOR, e tal palavra se não
cumprir, nem suceder assim, esta é palavra que o SENHOR não falou; com soberba
a falou o tal profeta; não tenhas temor dele" (Dt 18.22).
Veja também:
·
Alerta Contra os Falsos Mestre e suas Heresias - Aqui
·
Charles Taze Russell – Síntese da história - Aqui
·
Joseph Franklyn Rutherford - Aqui
Russell
profetizou que a Batalha do Armagedom seria em 1914. Profetizou que até esse ano
viria um tempo de tribulação tal qual nunca houve desde que há nação. Seria
estabelecido o reino de Deus. Os judeus seriam restaurados, os reinos gentios
seriam quebrantados em pedaços como um vaso de oleiro, e os reinos deste mundo
se tornariam os reinos de nosso Senhor e do seu Cristo. Russell dizia em suas
publicações que se tratava de data estabelecida por Jeová. Colocava-se como
profeta com a mesma autoridade dos profetas da Bíblia e dos apóstolos. Falava
em nome de Jeová e nada, absolutamente, se cumpriu.
Anunciou
a vinda de Cristo para 1914; chegado o referido ano, nada aconteceu.
Depois ele mesmo refez o cálculo e estabeleceu o ano de 1915, também nada
aconteceu, vindo a falecer em 1916.
A crença de que os
tempos dos gentios terminariam em 1914 foi invenção de John Áquila Brown, na
Inglaterra, publicado em 1823. Nelson H. Barbour trouxe essa idéia de Brown e
Russell usou nas suas publicações. Rutherford protelou essas datas e marcou o
fim de todas coisas para 1918 e para 1920, na obra O Mistério
Consumado.
Ao longo de todos esses anos a STV conseguiu transformar o ano de 1914 de ponto
de chegada para ponto de partida. Para as atuais Testemunhas de Jeová tudo
começou em 1914, ao passo que Russell divulgava largamente em suas publicações
o ano de 1914 como o fim de todas as coisas.
Rutherford
também refez o cálculo e estabeleceu o ano de 1925 como o início do milênio. Esta profecia se
encontra no livro Milhões que Agora Vivem Jamais Morrerão, traduzido para 30
línguas, com tiragem de 3.500.000 exemplares. No livro O Mistério
Consumado
há a profecia do Armagedom para 1918 e que as repúblicas desapareciam da terra
até 1920.
No livro
Filhos, escrito também por Rutherford e publicado pela STY, está a
profecia do Armagedom para 1941. Esse mesmo livro ensinava que os jovens
não deveriam se casar, que esperassem para se casar só depois do Armagedom. No
seu outro livro intitulado Salvação, publicado em 1939, proibiu o casamento e de
os casais gerarem filhos, pois havia a profecia de que o Armagedom seria
naqueles dias.
Em 1946
a organização lançou o livro "A Verdade vos Tornará Livres", nele
está a base da profecia do Armagedom para 1975. O sucessor de Knorr, Frederick W.
Franz, na época vice-presidente, encarregou-se de propagar tal profecia. O que
se falou sobre 1975 foi muito mais do que se escreveu. Muitos venderam
propriedades, outros abandonaram estudos e carreira profissional. Nada
aconteceu.
Depois profetizaram
que o trabalho de pregação terminaria no século XX. Raymond Franz
responsabiliza seu tio por essa falsa profecia de 1975, na época era o
vice-presidente da organização. Raymond era um dos que não concordava com isso,
mesmo sendo membro do Corpo Governante na década de 70. Knorr parece que não se
importava muito com essa profecia. Mas na qualidade de presidente permitiu tal
divulgação e consentiu tudo isso.
Reação
da Sociedade Torre de Vigia
A organização sempre
responsabilizou as Testemunhas de Jeová pelos seus fracassos proféticos, isso
quando não apresenta outra versão dos fatos. Numa de suas publicações afirma:
"As Testemunhas de Jeová, devido ao seu anseio pela segunda vinda de
Jesus, sugeriram datas que se mostraram incorretas" (Despertai 22/03/1993, p. 4).
Isso nos parece desrespeito e falta de consideração com as Testemunhas de
Jeová.
Russell, Rutherford e Frederick
Franz inventaram todas as falsas profecias e criaram essas falsas expectativas
entre as Testemunhas de Jeová. Escreveram muitos livros e artigos, publicaram
na revista A Sentinela, e em outras publicações sobre a data e sobre
o evento. Marcaram o Armagedom para 1914, 1915, 1918, 1920, 1925, 1941, 1975.
Eles foram os únicos responsáveis pelo desapontamento, tristeza, e pela ruína
de inúmeras Testemunhas de Jeová, que confiaram na organização e nos seus
líderes. Agora vem lançar a culpa sobre as Testemunhas de Jeová? Se você quer
saber mais sobre os bastidores da Sociedade Torre de Vigia, basta ler o livro Crise de Consciência da autoria de Raymond
Franz.
Que se pese as divergências doutrinárias entre as Testemunhas
de Jeová e nós, todavia, devemos reconhecer o seu valor. São um povo bem
disciplinado, ordeiro, cumpridor de seus deveres. Amam a Deus e acreditam que
estão fazendo a sua vontade. Do contrário não se submeteriam de maneira
irrestrita ao Corpo Governante. O problema é que elas estão no engano e tudo o
que fazem é sob o terror psicológico. O que nós fazemos é pela atuação do
Espírito Santo. O mínimo que a organização deveria ter feito era um pedido
público de desculpas. Mas é mais fácil culpar os outros.
Essa é a técnica da
organização. A outra é quando ela faz menção desses fracassos, principalmente
os de 1914 e de 1925, o faz de maneira sutil e descontextualizada de modo que,
quem não conhece os fatos passa a admirar a organização. Ela não apresenta os
fatos como aconteceram, mas apenas alguns flashes adaptando-os a seu
modo.
De qualquer maneira,
falsas profecias não são "datas incorretas". A Bíblia diz que falso
profeta é aquele que prediz algo em nome de Jeová sem que tal palavra se
cumpra. A STV profetizou em nome de Jeová e além de se posicionarem na mesma
posição dos profetas do Velho Testamento. O tempo é o maior inimigo dos falsos
profetas. Reveja Deuteronômio 18.20-22.
A outra defesa da STV
é o argumento da "luz progressiva". A organização usa com muita
freqüência o argumento da "nova luz", interpretação errônea da
passagem bíblica de Provérbios 4.18, para justificar suas falsas profecias e
mudanças constantes de suas crenças. O texto sagrado diz: "Mas a vereda
dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia
perfeito". Para as Testemunhas de Jeová, essa passagem bíblica dá ao Corpo
Governante o direito de mudar o que quiser em suas crenças. Tudo isso em nome
da "nova luz".
Nenhuma religião no
mundo mudou tanto as suas crenças como as Testemunhas de Jeová. Mas a verdade é
que falsas profecias e mudanças doutrinárias não são "nova luz". Diz
a própria organização em uma de suas publicações: "Uma nova luz nunca
contradiz a outra, nem a extingue". Deus não muda. Veja Malaquias 3.6 e
Tiago 1.17.
A Sociedade Torre de
Vigia é uma organização que surgiu sob a égide da mentira e sua história foi
edificada sob o engano. Não consegue sobreviver sem o sensacionalismo para
atrair as pessoas. Russell só conquistou o número que conquistou de adeptos por
causa do sensacionalismo. É verdade que a Bíblia fala da Batalha do Armagedom,
Apocalipse 16.16. Nós cremos nisso e sabemos que isso mais cedo ou mais tarde
vai acontecer. E verdade também que as Escrituras Sagradas ensinam que
"daquele dia e hora ninguém sabe" (Mt 24.36; Mc 13.32) e que
"não vos pertence saber os tempos ou as estações que
O
Pai estabeleceu pelo seu própriopoder" (At 1.7).
SOARES, Esequias.
Manual de Apologética Cristã: Defendendo os Fundamentos da Autêntica Fé
Bíblica. 2ª edição de 2003. CPAD. Divulgação: Subsídios EBD