A literatura é a arma
mais poderosa das Testemunhas de Jeová usada para o trabalho de proselitismo.
1. A Sentinela
Inicialmente
se chamou Zion's Watch
Tower (Torre de Vigia de Sião), quando foi lançado em 1879.
Em 1931 Rutherford mudou o nome de The Watch Tower and Herald of Christ's Presence (Torre de Vigia e Arauto da Presença de Cristo) para The Watchtower and Herald of Christ's Presence (Torre de Vigia e Arauto da Presença de Cristo).
Em 1/01/1939
mudou para The Watchtower and Herald of Christ's Kingdom (Torre de Vigia e Arauto do Reino de Cristo), e em março do mesmo ano para
o nome que permanece até à atualidade The Watchtower Announcing Jehovah's Kingdom, em português adotaram o nome A Sentinela
Anunciando o Reino de Jeová.
Em 1919, a
organização publicou em 7 volumes todos os artigos publicados na Watchtower dos últimos 40 anos num total 6.622 páginas.
A
primeira edição de A Sentinela no Brasil aconteceu em 1923, com o nome de Torre de
Vigia.
Em 1940 o nome foi mudado para Atalaia. Depois de 3 anos a organização mudou o nome
para A
Sentinela,
pois os adventistas já tinham uma revista chamada Atalaia. Na mesma década de 20
sua publicação foi interrompida, voltando a ser publicada em 1937.
Hoje A Sentinela representa um papel
muito importante na vida das Testemunhas de Jeová. Publicação quinzenal, dias 1
e 15 de cada mês, oferecido pelas Testemunhas de Jeová, de porta em porta,
cujos artigos são estudados no salão do reino semanalmente.
Em
1910 Russell afirmou que ninguém podia compreender as Escrituras Sagradas sem
os seus seis volumes, conhecidos hoje como Estudos das
Escrituras.
Hoje a STV afirma que ninguém no mundo, independentemente de seus
conhecimentos em todas as áreas da Teologia, pode compreender a Bíblia, senão
com ajuda de A Sentinela. As Testemunhas de Jeová acreditam que o
referido periódico é o único canal de comunicação entre Jeová e o homem.
Costumam
comparar esse periódico com a caneca que tira água do poço, "sem a caneca
você morre de sede à beira do poço". O Problema é que o poço delas nunca
transborda. O suposto fundamento bíblico para essa interpretação é a passagem
de Filipe e do eunuco da rainha da Etiópia, registrado em Atos 8.30,31, que
diz: "E, correndo Filipe, ouviu que lia o profeta Isaías e disse: Entendes
tu o que lês? E ele disse: Como poderei entender, se alguém não me ensinar? E
rogou a Filipe que subisse e com ele se assentasse".
As Testemunhas de
Jeová se apropriam indevidamente dessa passagem bíblica e se consideram o
"Filipe" da nossa geração e, portanto, as únicas pessoas no mundo
autorizadas para ensinar as Escrituras. A primeira falácia dessa interpretação,
dentre muitas outras, é que o Eunuco não disse não compreender as Escrituras,
mas que apenas não entendia a passagem do profeta Isaías que estava lendo. A
segunda é que o eunuco não se tornou dependente de Filipe pelo resto de sua
vida, como as Testemunhas de Jeová são dependentes eternos da STV, cujo ensino
é veiculado pela A Sentinela.
Periódico
também quinzenal publicado nos dias 8 e 22 de cada mês, criado em outubro de
1919, sob o título The Gold Age (A Era de Ouro). Em 1937 o nome foi
mudado para Consolation (Consolação), e em 1946 para Awake!
{Despertai!).
Nessa revista a STV publica assunto de interesse pessoal, não religioso.
Veja também:
· As Falsas Profecias das Testemunhas de
Jeová – Aqui
· Charles
Taze Russell – Síntese da história
- Aqui
3. Conhecimento que conduz à Vida Eterna
É o manual de ingresso
na organização. Em 1982 a STV lançou a obra Poderá Viver
para Sempre no Paraíso na Terra para substituir a obra A Verdade que
Conduz à Vida Eterna. Com o fracasso da falsa profecia da batalha do Armagedom
para 1975, esse último livro significava um problema para organização. O livro
foi substituído em 1982. O livro Poderá Viver.... tornou-se incompatível quando Henschel mudou
as crenças da geração de 1914, do julgamento das nações, pois a nova crença se
chocava com o livro. Em 1995 a STV publicou a obra Conhecimento que
conduz à Vida Eterna substituindo o livro Poderá
Viver...
4. Estudo Perspicaz
das Escrituras
Publicado em cores
eml988 para substituir o livro Ajuda ao Entendimento da Bíblia que a STV lançou em
1971, escrito por Raymond Franz, a pedido do então presidente Nathan H. Knorr
para servir como dicionário bíblico para as Testemunhas de Jeová. A obra Estudo
Perspicaz
traz basicamente o mesmo texto da obra anterior, ampliando as ilustrações,
impresso em papel de qualidade superior do que o livro Ajuda..., e em cores.
Obra publicada
em 1985 para substituir o livro Certificai-vos de Todas as Coisas e
Apegai-vos ao que é excelente, publicado em
1953 e revisado em 1965. Trata-se de uma defesa de suas crenças atacando as
outras religiões, cujos temas vêm em ordem alfabética. Um trabalho muito bem preparado
que pode lançar dúvidas nos crentes menos avisados. E a mais perigosa de todas
as obras da STV.
É uma coletânea de
argumentos isolados e artificiais, que valem, muitas vezes, para uma situação
específica, aplicando-se os mesmos raciocínios em outras situações as coisas se
complicam para a organização. Na página 417 a Trindade não pode ser aceita e
uma das razões é porque é um "mistério", como se o incompreensível
fosse sinônimo de falso. Todavia, na página 123, ao falar sobre a eternidade de
Jeová, mesmo não havendo lógica, sendo também incompreensível, não é problema
para se aceitar a eternidade de Jeová.
6. Testemunhas de Jeová - Proclamadores do
Reino de Deus
A
organização lançou o livro Testemunhas de Jeová - Proclamadores do Reino de Deus, porque o Corpo
Governante vinha se desgastando com suas falsas profecias e suas constantes
mudanças das crenças da organização. Isso vinha deixando as Testemunhas de
Jeová em situação desconfortável. O livro apresenta a versão histórica da
organização, omitindo muitos detalhes importantes de sua história, para salvar
a organização de um descrédito generalizado pelas próprias Testemunhas de
Jeová. A eleição de Rutherford para o cargo de presidente e a sua administração
nos seus primeiros dias é apresentada de maneira distorcida da realidade.
Atenua o impacto da falsa profecia de 1925, e assim por diante.
É
o título de uma brochura de 32 páginas, produzida pela STV para combater a
doutrina bíblica da Trindade. As Testemunhas de Jeová acreditam muito em seu
conteúdo, pensando e ensinando que ela exprime a verdade sobre o assunto.
Trata-se de uma obra de caráter falso e fraudulento, pois cita muitas obras
fora do seu contexto.
As
páginas 5 e 6 se constituem de uma série de citações de dicionários,
enciclopédias e outras obras teológicas, mas fora do seu contexto. São obras
que defendem o trinitarianismo e, no entanto, a STV cita como se elas fossem
contra a doutrina bíblica da Trindade ou como reconhecessem a falta de
fundamento para essa doutrina.
Veja também:
· O que é A Trindade? - AQUI
· A Doutrina da Trindade no Novo Testamento
– AQUI
· A Santíssima Trindade: Um só Deus em três
Pessoas - AQUI
Os
pais eclesiásticos são lembrados como os que trabalharam e fizeram muito pela
igreja dos primeiros séculos do Cristianismo, e não como autoridade para a
nossa regra de fé e prática. Na verdade, às vezes suas crenças e opiniões
colidiam com a crença da igreja da era apostólica. Eles eram principalmente
apologistas e filósofos e se destacaram mais em virtude dessas atividades.
Justino,
o Mártir, era filósofo antes de sua conversão e destacou-se por suas duas
grandes obras apologéticas em defesa da igreja: Apologia — uma defesa da
igreja perante o imperador romano; Diálogo com Trifon — uma defesa da igreja perante os
judeus. O que há, todavia, de comum em todos os pais da igreja é justamente o
trinitarianismo. O Corpo Governante entretanto procura provar, na página 7 da
brochura, que os pais pré-nicenos foram antitrinitarianistas.
8. A Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas
Identificada
aqui pela sigla TNM. Dizem que ninguém pode compreender a Bíblia
sem a revista A Sentinela. Não creem em nenhuma versão da Bíblia, só na TNM. Muitas Testemunhas de
Jeová adquirem outras versões da Bíblia simplesmente porque se interessam por
alguns versículos delas para seu trabalho de proselitismo, para dar a impressão
de que conhecem outras versões. O Novo Testamento, identificado na TNM como Escrituras
Gregas Cristãs,
foi publicado em 2 de agosto de 1950 e a Bíblia completa em 1961.
A
primeira edição da TNM traz Hebreus 1.6 da seguinte forma: "E todos os
anjos de Deus o adorem". Essa passagem era um problema para a organização.
Como eles mudaram mais uma vez a sua crença, proibindo a adoração de Jesus, por
causa disso, na edição da TNM, revisada em 1971 (1984 em português), mudaram
o sentido da mensagem, traduzindo Hebreus 1.6 por "prestar homenagem".
É verdade que todos os editores da Bíblia mantêm comissões para manter sempre a
atualidade da linguagem, sem, contudo, mudar a mensagem. Eles, entretanto,
mudaram suas crenças, agora mudaram também as Escrituras.
A TNM foi preparada para contrabandear as crenças pré-fabricadas
da Torre de Vigia para o texto das Escrituras. E uma obra mutilada,
tendenciosa, viciada e cheia de interpolações. Seus tradutores são N. H. Knorr,
F. W. Franz, Albert D. Schroeder, G. D. Gangas e M. Henschel. Seus líderes
escondem seus nomes porque nenhum deles era erudito nas línguas originais.
Disse William Cetnar, que trabalhou na sede mundial das Testemunhas de Jeová:
"À parte do vice-presidente Franz (com preparo teológico limitado) nenhum
dos membros da Comissão tinha escolaridade ou antecedentes suficientes para
operarem como tradutores bíblicos críticos. A capacidade de Franz para realizar
um trabalho erudito de traduzir o Hebraico é bem questionável, porque nunca
teve curso formal de Hebraico." Esses nomes são confirmados por Raymond
Franz, em sua obra Crise de Consciência.
A TNM em português é uma
tradução de segunda mão, pois não vem diretamente dos originais hebraico, grego
e aramaico. Além disso, há ainda muita discussão se realmente a TNM é uma tradução dos
originais ou revisão de uma antiga versão inglesa da King James
Version (Versão do Rei Tiago). Não é possível alistar todas falsificações
aqui, conforme os exemplos a seguir.
Introduziram, por sua própria conta, o nome
"Jeová" 237 vezes no Novo Testamento, visto que em nenhum
dos manuscritos gregos existentes aparece uma vez sequer o Tetragrama YHWH,
"Yaweh" ou "Jeová". Isso mostra que não reconhecem a
autoridade dos manuscritos gregos. Basta uma olhada nas entrelinhas das obras The Emphatic
Diaglott,
ou na
Kingdom Interlinear Translation of the Greek Scriptures (Tradução Interlinear
do Reino das Escrituras Gregas), cada vez que se encontra o nome Jeová, você
verá que o Tetragrama não está presente no texto grego e nem nas entrelinhas.
Traduziram João 1.1 por: "E a Palavra
era [um] deus". Disse
o Dr. Bruce M. Metzger, da Universidade de Princeton, (Professor de Língua e
Literatura do Novo Testamento): "Uma tradução horripilante..., errônea...,
perniciosa..., repreensível. Se as Testemunhas de Jeová levam essa tradução a
sério, elas são politeístas". Como negam também a deidade e a divindade do
Espírito Santo, escreveram "Espírito Santo" com letras minúsculas
(espírito santo), além de substituir esse nome por "força ativa" em
Gênesis 1.2.
SOARES, Esequias. Manual
de Apologética Cristã: Defendendo os Fundamentos da Autêntica Fé Bíblica. 2ª
edição de 2003. CPAD. Adaptação: Subsídios EBD