Classe: Jovens |
Trimestre: 4° de 2019 | Revista: Professor | Fonte: Lições Bíblicas de Jovens,
CPAD
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TEXTO DO DIA
"E
Estêvão, cheio de fé e de poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o
povo." (At 6.8)
SÍNTESE
O
Espírito Santo concedeu a Estêvão poder para realizar prodígios e sinais entre o povo e sabedoria para pregar o
Evangelho.
AGENDA DE LEITURA
SEGUNDA - Lc 24.49
A promessa do revestimento de poder
TERÇA - Mt 10.20
O Espírito Santo nos capacita a falar
QUARTA - At 7.51
A resistência ao Espírito Santo
QUINTA - Is 6.1
A visão do trono de Deus
SEXTA - Dt 13.10
A morte por apedrejamento
SÁBADO - Sl 31.5
Entregando o Espírito nas mãos do Senhor
OBJETIVOS
DESTACAR as qualidades de Estêvão;
ANALISAR o martírio de Estêvão;
REFLETIR a respeito da forma nobre e honrada que
Estêvão se entregou aos seus algozes e como foi recebido no céu.
INTERAÇÃO
Algumas vezes, de forma equivocada, não damos a devida
importância para o trabalho que é feito fora dos púlpitos, nos "bastidores
da igreja", como a cozinha, a limpeza, a assistência social, a portaria,
etc. Porém, essas atividades são importantes para o crescimento do Reino de
Deus. O livro de Atos nos mostra que Deus ordenou aos apóstolos consagrarem
crentes para exercerem diferentes funções na igreja. É maravilhoso saber e
ver como Deus usa quem Ele quer e da
maneira que quer. Quando analisamos a vida Estêvão vemos essa verdade. Porém,
como nem sempre fazer a coisa certa traz boas consequências, Estevão foi levado
ao martírio por falar a verdade e servir a Cristo. O sucesso de um ministério
nem sempre vai ser reconhecido e recompensado aqui. No caso de Estêvão, ele viu
os céus se abrindo e o Senhor o recebendo. Que glória! Quem sabe você esteja
fazendo algo para o Senhor, contudo seu trabalho não é reconhecido como
deveria? Saiba que Deus vê tudo o que você faz e um dia o recompensará.
Orientação Pedagógica
A lição de hoje vai abordar o ministério de um diácono que foi
poderosamente usado por Deus. Pergunte aos alunos: "Existem tarefas na
igreja que muitas vezes não damos a devida relevância?" "O trabalho
dos diáconos tem o devido reconhecimento?" Ouça os alunos e em seguida
peça que leiam 1 Samuel 16.7. Diga que Deus não vê como o homem vê, porque o
homem olha o exterior, mas Deus vê o coração, as verdadeiras intenções. Mostre
que a Bíblia tem exemplos de pessoas como Raabe (escondeu os espias em Jericó),
Gideão (um medroso que se tornou um grande juiz de Israel), Pedro (sanguíneo e
de forte temperamento), mas que Deus usou para realizar grandes propósitos.
Todo trabalho em favor do Reino tem a sua importância. Podemos e devemos servir a Deus com nossos dons e
talentos.
Texto bíblico
Atos 6.8-15
8
E Estêvão, cheio de fé e de poder,
fazia prodígios e grandes sinais entre o povo.
9
E levantaram-se alguns que eram da
sinagoga chamada dos Libertos, e dos cireneus, e dos alexandrinos, e dos que
eram da Cilícia e da Ásia, e disputavam com Estêvão.
10 E não podiam resistir à sabedoria e ao
Espírito com que falava.
11 Então, subornaram uns homens para que
dissessem: Ouvimos-lhe proferir palavras blasfemas contra Moisés e contra Deus.
12 E excitaram o povo, os anciãos e os
escribas; e, investindo com ele, o arrebataram e o levaram ao conselho.
13 Apresentaram falsas testemunhas, que
diziam: Este homem não cessa de proferir palavras blasfemas contra este santo
lugar e a lei;
14 porque nós lhe ouvimos dizer que esse
Jesus Nazareno há de destruir este lugar e mudar os costumes que Moisés nos
deu.
15 Então, todos os que estavam assentados no
conselho, fixando os olhos nele, viram o seu rosto como o rosto de um anjo.
Atos 7.54-58
54 E, ouvindo eles isto, enfureciam-se em seu
coração e rangiam os dentes contra ele.
55 Mas ele, estando cheio do Espírito Santo e
fixando os olhos no céu, viu a glória de Deus e Jesus, que estava à direita de
Deus,
56 e disse: Eis que vejo os céus abertos e o
Filho do Homem, que está em pé à mão direita de Deus.
57 Mas eles gritaram com grande voz, taparam
os ouvidos e arremeteram unânimes contra ele.
58
E, expulsando-o da cidade, o apedrejavam. E as testemunhas depuseram as suas
vestes aos pés de um jovem chamado Saulo.
INTRODUÇÃO
O
número dos discípulos de Jesus ia aumentando a cada dia e o trabalho social
também aumentava, o que levou à necessidade de instituir diáconos que cuidassem
dessa área. Um dos eleitos para a função de diácono foi Estêvão, discípulo
cheio de fé e do Espírito Santo. Por meio dele, sinais e prodígios eram feitos
o que suscitou a inveja e a ira de alguns judeus que acabaram apedrejando
Estêvão. Este foi o primeiro mártir da
Igreja Cristã. Mas mesmo diante da morte, o Espírito Santo encheu o coração do
servo de Deus de paz e amor, e a glória de Deus foi vista pelos seus algozes de
forma sobrenatural.
I - ESTEVÃO, UM HOMEM
DE DEUS
1.
Prodígios e grandes sinais.
Dentre
os homens escolhidos para cuidarem da assistência social da igreja, destaca-se
Estêvão, homem cheio da graça, sabedoria e do poder do Espírito Santo. Esse
diácono supria as exigências estabelecidas pelos apóstolos: homens de boa
reputação, cheios do Espírito e de sabedoria (At 6.3). Como é maravilhoso ver
Deus levantar pessoas tementes e que se permitem serem usadas como canais do
Senhor para abençoar vidas. No Antigo Testamento, temos exemplos de profetas
como Elias e Eliseu, que realizaram grandes sinais entre o povo daquela época.
Esses profetas realizaram milagres como a multiplicação de alimento, fogo que
caiu do céu, abertura de rios, curas e ressurreições. No Novo Testamento, vemos
Deus usando os apóstolos com sinais e prodígios, curando os enfermos (At
5.12-16). Jesus afirmou: "E estes
sinais seguirão aos que crerem: 'em meu nome, expulsarão demônios; falarão
novas línguas; pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não
lhes fará dano algum; e imporão as mãos sobre os enfermos e os curarão"
(Mc 16.17,18).
2.
Sabedoria e autoridade.
Estêvão
não era somente cheio de poder para realizar sinais, mas ele também era dotado
de sabedoria divina. Diz o texto que alguns judeus helenistas, grupo a que
Estêvão pertencia, se levantaram para debater com ele. Entre eles, havia os da
sinagoga chamada dos Libertos (escravos libertos que haviam pertencido a
cidadãos romanos, alexandrinos e da Cilícia). Quando levantaram questões sobre
as doutrinas da fé cristã, foi Estêvão que respondeu aos opositores da igreja
(At 6.9). A Bíblia diz que não "podiam resistir à sabedoria e ao Espírito
com que falava" (At 6.10). Jesus já havia dito que Ele daria aos seus discípulos
boca e sabedoria a que ninguém poderia resistir, nem contradizer (Lc 21.15).
Com a descida do Espírito Santo receberiam também poder para testemunhar (At
1.8).
3.
Estêvão é acusado de palavras blasfemas contra Moisés e contra Deus.
Mesmo
com toda a sabedoria e autoridade com que falava acerca de Cristo, os homens de
dura cerviz resistiram ao Espírito Santo (At 7.51). Não satisfeitos eles
subornam algumas pessoas para que dissesse que ouviram Estêvão proferir
blasfêmias contra Moisés e contra Deus (At 6.11). Levam-no ao Sinédrio,
juntamente com falsas testemunhas. Podemos observar os mesmos ataques do
maligno que foram levantados contra Jesus (Mc 14.56-58) e, mais tarde, contra
Paulo (At 21.28). Muitos outros cristãos fieis ao Senhor, ao longo da história,
também foram injustamente acusados de atos que não cometeram e de coisas que
nunca disseram. Talvez você também tenha sido alvo de uma calúnia. Então, saiba
que da mesma forma que Deus foi com esses cristãos, Ele estará com você em
todos os momentos.
Pense
Será que você tem procurado seguir o
exemplo de Estêvão buscando ser cheio do Espírito Santo e de sabedoria
diariamente?
Ponto
Importante
Deus deseja que aqueles que estão
desenvolvendo qualquer ministério na Igreja sejam sempre cheios do Espírito
Santo.
II - A MANIFESTAÇÃO DA
GLÓRIA DE DEUS
1.Um
sermão memorável.
Depois
de ser acusado injustamente Estêvão profere um dos sermões mais belos de toda a
Bíblia (At 7.2-53). Ele narra desde a chamada de Abraão até a sua saída de Ur,
passando pelos patriarcas Isaque e Jacó até chegarem ao Egito e serem salvos
por intermédio de José. Estêvão discorreu a respeito do plano de Deus para a
humanidade. Em sua defesa ele destacou a universalidade do Evangelho. Na
verdade, as primeiras grandes revelações de Deus ocorreram em terras
estrangeiras (Ur, Harã, Egito e Sinai). Ele enfatiza também a história gloriosa
de Israel em que Deus usa Moisés para libertar o povo, passando por Davi,
Salomão, o Templo e os profetas que falaram acerca do Justo que viria. Uma
pregação maravilhosa e cheia de sabedoria e unção. Mas esse sermão não visava
apenas a informação dos fatos históricos. O objetivo de Estêvão era confrontar
os seus ouvintes quanto à prática de fé adotada por eles. O sermão bíblico e
ungido pelo Senhor não visa somente fazer com que as pessoas se sintam bem, mas
faz com que se sintam incomodadas e queiram melhorar o relacionamento com Deus.
2.
Injustiçado, mas cheio do Espírito Santo.
Ao
ouvirem o sermão de Estêvão, os homens de dura cerviz enfureceram-se e rangeram
os dentes contra ele (At 7.54). Infelizmente, muitos ainda hoje também não
aceitam a mensagem do Evangelho, pois ela vai de encontro ao estilo de vida
pecaminoso que preferem adotar. Mas Estêvão continuava pregando e era cheio do
Espírito Santo.
Como
é bom ver jovens que mesmo enfrentando provações e rejeição, até mesmo da
própria família devido à sua fé em Jesus Cristo, continuam cheios do Espírito
Santo.
3.
A visão dos céus abertos.
Quando
estamos cheios do Espírito Santo, podemos ser testemunhas de acontecimentos
sobrenaturais. É o que aconteceu com Estêvão.
Quando ele terminou seu sermão, fixou seus olhos no céu e viu a
"glória de Deus e Jesus, que estava à direita de Deus" (v. 55). E não
só viu, como também afirmou a todos: "Eis que vejo os céus abertos e o
Filho do Homem, que está em pé à mão direita de Deus" (At 7.56). No
momento em que estava sendo acusado e apedrejado, os céus se abrem para ele. A
Palavra de Deus fala de Jesus assentado à direita de Deus (Mc 14.62; Lc 22.69;
Cl 3.1), mas nesse caso Jesus estava em pé dando as boas-vindas ao primeiro
mártir da história da Igreja. Nosso Salvador recebe aqueles que lhe são
fiéis até à morte. Ele mesmo disse: "Portanto, qualquer que me
confessar diante dos homens, eu o confessarei diante de meu Pai, que está nos
céus" (Mt 10.32).
Pense
Como você reage diante
das oposições? Você desiste, se cala ou permanece cheio do Espírito Santo e
continua anunciando a Palavra do Senhor?
Ponto
Importante
Nosso alvo, foco deve
estar no céu, em Jesus Cristo.
III - O MARTÍRIO DE
ESTÊVÃO
1.
A fúria dos homens.
Quando
Estêvão exclamou que via os céus abertos e que contemplava Deus e Jesus, seus
algozes gritaram com grande voz, taparam seus ouvidos e se arremeteram contra
ele. O mundo não quer ouvir a Verdade, pois a Verdade denuncia a sua
pecaminosidade. Os acusadores de Estêvão não aceitaram a mensagem,
expulsaram-no da cidade e o apedrejaram até a morte (At 7.58). Aquele diácono,
cheio do Espírito Santo, sofreu o martírio de um profeta. O governo romano não
permitia que os povos sujeitos à sua autoridade executassem a pena de morte.
Porém, os inimigos de Estêvão estavam tão irados que o mataram, segundo eles,
de acordo com a lei judaica. Um fim trágico, humanamente falando, para um
obreiro fiel ao Senhor e à jovem igreja. No entanto, um fim glorioso, espiritualmente
falando, quando ele é recebido e honrado no lar eterno por Cristo.
2.
Um jovem chamado Saulo.
Segundo
a lei judaica o criminoso deveria ser despido antes de seu julgamento para
aumentar ainda mais a humilhação pública. Então, aqueles que mataram Estêvão
lançaram suas vestes aos pés de um jovem chamado Saulo, que consentira naquele
apedrejamento. Sem participar diretamente nessa execução, Lucas apresenta Saulo
como conspirador na morte de Estêvão. Alguns pensam que Saulo estivesse naquele
momento também como arauto anunciando aos transeuntes o crime do acusado.
3.
Perdão nos momentos derradeiros.
Ao
ser apedrejado, Estêvão invoca ao Senhor pedindo que receba o seu espírito. Ele
se coloca de joelhos e diz: "Senhor, não lhes imputes este pecado" (At
7.60). Ele estava seguindo o exemplo de Jesus para com seus algozes. Quem sabe
sua oração teve influência na conversão do próprio Saulo? Diante da injustiça,
do escárnio e da violência, Estêvão consegue perdoar. Embora brutalmente
sentenciado, morreu de forma digna de um cristão verdadeiro que não guarda
amargura, ira ou indignação (Ef 4.31). Perdoar a quem nos tem ofendido não é
fácil, mas viver o verdadeiro cristianismo também não o é, e o perdão é uma das
características do seguidor de Cristo.
Pense
Você consegue perdoar
aqueles que o maltratam e ofendem?
Ponto
Importante
O perdão não é um
sentimento, mas uma decisão. Também não é esquecer totalmente, mas de poder
lembrar sem ressentimento. É deixar o Espírito Santo fluir em toda a situação.
SUBSÍDIO
O Martírio de Estêvão
"E ouvindo eles isto enfureciam-se em seus corações, e
rangiam os dentes contra ele'. Estêvão viu chegar o seu fim. O discurso, ao
invés de levar seus juízes ao arrependimento,
encheu-os de fúria.
Mas, ainda que
seu corpo estivesse à
disposição dos seus
inimigos, sua alma
era inviolável (Mt 10.28).
Observe os dois indícios do seu
fim triunfante: Inspiração do
Espírito. Estêvão não tinha
medo, apesar de os juízes estarem enfurecidos. Seu poder no ministério
se deu pelo fato de ser ele 'cheio do Espírito Santo'(At 6.5,8),
e assim foi
até o fim:
'Mas ele, estando cheio
do Espírito Santo, fixando
os olhos no
céu...' Aos juízes, declara: 'Vós
sempre resistis ao Espírito Santo...' (7.51).
E seus rostos demonstravam isto (v.
54). Estêvão, cheio do Espírito,
tinha no rosto a glória de seu íntimo (6.15). Quem parecia mais com um
blasfemador: os juízes ou o acusado? 2. A visão de Cristo (vv. 55,56). Estêvão recebeu uma 'anestesia' celestial que
tirou o aguilhão da morte: os Céus foram abertos e Estêvão viu o Filho do
homem, em pé, à destra de Deus. Jesus se levantou como para olhar de perto a
situação do seu servo. E, para ajudá-lo, exercendo o ministério de consolação.
Ele conhece nossas fraquezas e quer nos consolar" (PEARLMAN, Myer. 1.ed.
Atos: E a Igreja se Fez Missões. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, pp. 83,83).
CONCLUSÃO
Nesta
lição, pudemos estudar a respeito do martírio de Estêvão, um homem de Deus,
cheio do Espírito Santo, que realizava maravilhas e pregava o Evangelho. Como
afirma Matthew Henry "ele se dedicou à tarefa de morrer com tanta
compostura, como se houvesse ido dormir; despertará novamente na manhã da
ressurreição para ser recebido na presença do Senhor, onde há plenitude de
gozo, e para compartilhar as bem-aventuranças que estão à sua destra, para
sempre."
HORA DA REVISÃO
1.
De onde vinha a autoridade e sabedoria de Estêvão?
Do
Espírito Santo de Deus (At 6.5). Tiago vai dizer que a verdadeira sabedoria vem
do alto (Tg 3.17). E Paulo diz que Cristo é o poder e a sabedoria de Deus (1 Co
1.23-25).
2.
Qual foi o tema do sermão de Estêvão?
Foi
sobre a história gloriosa de Israel desde a chamada de Abraão, passando pelos
patriarcas, pelo tempo no Egito e libertação por Moisés. Ele também discorre
sobre a peregrinação do povo no deserto, a construção do Templo por Salomão e
por fim falou da morte e ressurreição do Messias.
3.
Quem Estêvão viu em pé à direita de Deus Pai?
Ele
viu a Jesus.
4.
Aos pés de quem os algozes de Estêvão deixaram suas roupas?
Aos
pés de Saulo.
5.
Quais foram as últimas palavras de Estêvão antes de ser recebido na glória pelo
Senhor?
"E
apedrejaram a Estêvão, que em invocação dizia: Senhor Jesus, recebe o meu
espírito. E, pondo-se de joelhos, clamou
com grande voz: Senhor, não lhes imputes este pecado. E, tendo dito isto,
adormeceu" (At 7.59,60).
ATENÇÃO!
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