Introdução
No estudo de
hoje veremos o conceito de misericórdia, discorreremos sobre as boas obras e
saberemos como realizarmos as obras de misericórdia.
I – O CONCEITO
DE MISERICÓRDIA (Mt 6.7)
1. O
que é misericórdia?
É uma disposição
da alma, de ser semelhante a Cristo ao encarar amigos, inimigos, repudiados e
pecadores. É uma manifestação da conduta.
Ser
misericordioso quer dizer ter espírito bondoso e compassivo, pronto a perdoar e
livre de censura.
O
misericordioso usa de bondade ao julgar os outros; procura o melhor, não o
pior; é lento para condenar, rápido para recomendar. Como o bom samaritano, é
prestativo (Lc 10.30-37). Repudia o ódio e os ressentimentos, e perdoa aos que
o ofendem.
Veja também:
2. Como
tornar-nos misericordiosos?
Lembrando
nossas próprias falhas e de como dependemos da misericórdia de Deus, a ninguém
trataremos duramente (Mt 7.1-5; Gl 6.1-3).
Jesus
demonstrou misericórdia para com os aflitos quando os curou cegos (Mt 9.27-31;
20.29-34) e leprosos (Lc 17.11-19), libertou cativos por espíritos malignos (Mt
8.16; Mc 5.13) e evangelizou os pobres (Mc 8). Jesus ensinou o que esperava que
fosse praticado por Seus seguidores. Da mesma forma que Deus é misericordioso,
Ele pretende que também sejamos (Mt 5.7; Tg 1.27).
3. Por
que os misericordiosos obterão misericórdia?
Se o seu
desejo é que o próximo use de misericórdia para com você, então deve tratá-lo
com a mesma misericórdia (Mt 7.1,2). Se ninguém quer mostrar-se amigável para
conosco, é evidente que não nos temos mostrado amigáveis também. Se ninguém
sorri para mim, é porque não tenho sorrido também (compare Lc 6.38 com Lc
6.36,37). Ou o sentido mais próprio dessa bem-aventurança é que, se tratarmos o
próximo com misericórdia, Deus nos mostrará a mesma misericórdia (18.23-35).
II - OBRAS DE MISERICÓRDIA NA PRÁTICA
1. Como
as obras de misericórdia devem praticadas?
a) Ajudando
com roupas e alimentos.
Se um irmão
ou uma irmã estiverem com falta de roupa e necessitando do alimento diário, e
um de vocês lhes disser: “Vão em paz! Tratem de se aquecer e de se alimentar
bem”, mas não lhes dão o necessário para o corpo, qual é o proveito disso?
Assim, também a fé[1], se não
tiver obras, por si só está morta (Tg 2.15-17 -NAA).
Como chegar
ao lar de uma pessoa que se encontra em necessidades materiais e apenas orarmos
por ela dizendo “Deus está no controle de tudo”? Tal atitude é a que Tiago
chama de fé sem obras.
b) Ajudando
com os recursos que temos a disposição.
Ora, se
alguém possui recursos deste mundo e vê seu irmão passar necessidade, mas fecha
o coração para essa pessoa, como pode permanecer nele o amor de Deus? Filhinhos,
não amemos de palavra, nem da boca para fora, mas de fato e de verdade (1 Jo
3.17,18 – NAA).
c) Ajudando
através da prática do Bem.
“Aquele,
pois, que sabe fazer o bem e não o faz, comete pecado (Tg 4.17)”.
“[...] cada
um receberá do Senhor todo o bem que fizer, seja servo, seja livre (Ef 6.8)”.
d) Cuidando
dos abandonados e das viúvas.
“O cristão
puro e sem faltas, do ponto de vista de Deus o Pai, é aquele que cuida dos órfãos[2] e das
viúvas, e cuja alma permanece fiel ao Senhor – sem se contaminar nem se sujar
em seus contatos com o mundo (Tg 1.17 – Bíblia Viva)”.
III – A MANEIRA
CORRETA DE SE REALIZAR OBRAS DE MISERICÓRDIA
1. O
ensinamento bíblico sobre as boas obras.
ü Mateus 5.16: Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens,
para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos
céus.
ü Tito 2.14: O qual se deu a si mesmo por nós para nos remir de
toda a iniquidade, e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas
obras.
ü Tito 3.8: Fiel é a palavra, e isto quero que deveras afirmes,
para que os que creem em Deus procurem aplicar-se às boas obras; estas coisas
são boas e proveitosas aos homens.
ü Tito 3.14: E os nossos aprendam também a aplicar-se às boas
obras, nas coisas necessárias, para que não sejam infrutuosos.
ü Hebreus 10.24: E consideremo-nos uns aos outros, para nos
estimularmos ao amor e às boas obras.
2. A
maneira correta de se faz obras de misericórdia.
a) Não toque
a trombeta – Não faça publicidade.
Não é de
censura a instrução de Jesus acerca do auxílio aos menos favorecidos, ou seja,
os pobres devem ser ajudados e assistidos em suas necessidades por aqueles que
possuem mais condições (Mt 25.31-46; At 20.35).
A observação
do Mestre diz respeito não unicamente à motivação, mas também quanto à
discrição com que se deve fazer o bem, ou dar esmolas às pessoas necessitadas.
O Mestre utiliza expressivas figuras de linguagem ao falar de "tocar
trombetas" (motivação de fazer publicidade) e de "a mão esquerda não
saber o que faz a direita" (fala de discrição) (Mt 6.2,3).
Em outras
palavras, se a finalidade é ajudar e não se autopromover com a necessidade e o
problema alheio, então deve-se agir discreta e sigilosamente, pois do contrário
já se terá recebido a recompensa aqui mesmo, nada devendo esperar do Pai
celestial em seu tribunal de galardão (Mt 6.2,4 1 Co 3.12-15).
b) Ajude em segredo.
“[...] você quando ajudar alguma pessoa necessitada,
faça isso de tal modo que nem mesmo o seu amigo mais íntimo fique sabendo do
que você fez. Isso deve ficar em segredo; e o seu Pai, que vê o que você fez em
segredo, lhe dará a recompensa... (Mt 6.3,4 – NTLH)”.
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