Introdução
O dízimo é a “Oferta
entregue voluntariamente à Obra de Deus, constituindo-se da décima parte da
renda do adorador (Ml 3.10).
Como mordomos de Deus,
cabe-nos administrar, devocional e amorosamente, o que nos entregou Ele, visando
o serviço de adoração, a expansão de seu Reino e o sustento dos mais
necessitados.
A mordomia cristã,
por conseguinte, é a administração de quanto recebemos do Senhor. Por isso
requer-se de cada mordomo, ou despenseiro, que se mantenha fiel ao que Deus lhe
confiou (1 Co 4.2)”.
O DÍZIMO NO ANTIGO TESTAMENTO
1. Propósitos, princípios e verdades relacionadas ao
Dízimo.
ü Lv
27.30-32 - Os dízimos pertencem ao Senhor. O povo deveria dar os dízimos de
todos os produtos da terra e dos rebanhos.
ü Nm
18.21-32 - Um dos propósitos do dízimo era o sustento dos levitas em troca dos
serviços prestados na tenda da congregação; por sua vez, os levitas davam os
dízimos dos dízimos ao sacerdote.
ü Dt
14.28,29 - Outro propósito era auxiliar aos necessitados.
ü Dt
26.12-19; Ml 3.8,10 - Assim como Deus dera bênçãos a seu povo, os que as
receberam deviam reparti-las com os menos favorecidos. Dar o dízimo, portanto,
traria bênçãos divinas, retê-lo traria a maldição.
O DÍZIMO NO NOVO TESTAMENTO
– A NOVA ALIANÇA
1.
A prática do dízimo ensinada no Novo Testamento.
Há três referências do
dízimo no Novo Testamento. Duas delas são paralelas e se referem ao ensino de
Jesus dado aos fariseus (Mt 23.23; Lc 11.42). A terceira referência encontra-se
na carta aos Hebreus (Hb 7.1-10). Existe uma teoria anti-dizimista que utiliza
esse texto para rejeitar a prática do dízimo na dispensação da graça. O texto
está provando a superioridade de Cristo sobre a velha dispensação, e de modo
particular, sobre o sacerdócio judaico. O texto diz que Abraão pagou seu dízimo
a Melquisedeque, que era sacerdote do 'Deus Altíssimo'. Ora, isto foi muito
antes da instituição da Lei do Antigo Testamento. Se Melquisedeque era figura
de Cristo, Abraão lhe deu o dízimo. Assim sendo, hoje os crentes em Cristo lhe
dão os dízimos, pois Ele é Sacerdote Eterno, segundo a ordem de Melquisedeque.
Se Melquisedeque recebeu os dízimos de Abraão, por que Cristo não receberia o
dízimo de seus fiéis para a propagação do evangelho?
Paulo declara e ensina à
igreja em Corinto que os que trabalham no ministério cristão também devem viver
do ministério (1 Co 9.13). Destaca também que o princípio do sustento do
ministério sacerdotal na dispensação da lei é o mesmo da graça. Paulo estava
discutindo o seu direito ao seu sustento por parte das igrejas com as quais
estava trabalhando. Com esse argumento ele estabelece o princípio entre as duas
dispensações, a lei e a graça, e diz: 'Assim ordenou também o Senhor aos que
anunciam o evangelho, que vivam do evangelho'" (1 Co 9.14).
2.
As bases do dízimo na nova aliança.
O dízimo da Nova Aliança é
baseado em três requisitos: É contribuição voluntária; é contribuição metódica;
é contribuição proporcional aos rendimentos. (2 Co 9.7; 1 Co 16.2).
A igreja fundada no dia de
Pentecostes não tinha lei sobre contribuições dizimais. Eles davam 100% do que
possuíam. Vendiam suas propriedades e traziam tudo aos pés dos apóstolos.
Se alguém se nega a dar voluntariamente
o dízimo, então que siga o exemplo da igreja primitiva.
“(At 2.45) “E vendiam suas propriedades e fazendas, e repartiam com todos,
segundo cada um havia de mister.”
Vejamos
outro exemplo:
“E, estando Jesus assentado
defronte da arca do tesouro, observava a maneira como a multidão lançava o dinheiro
na arca do tesouro; e muitos ricos deitavam muito. (Marcos 12.42) – Vindo,
porém, uma pobre viúva, deitou duas pequenas moedas, que valiam meio centavo.
(Marcos 12.43) – E, chamando os seus discípulos, disse-lhes: Em verdade vos
digo que esta pobre viúva deitou mais do que todos os que deitaram na arca do
tesouro; (Marcos 12.44) – Porque todos ali deitaram do que lhes sobejava, mas
esta, da sua pobreza, deitou tudo o que tinha, todo o seu sustento.”
3.
A prática do dízimo no Novo Testamento.
A prática do Dízimo é válida
para os nossos dias, mesmo não tendo no Novo Testamento, as mesmas diretrizes
tão claras quanto tinham para os Judeus (Malaquias 3.7-12). “Jesus não condenou nem ab-rogou essa prática; apenas criticou o
comportamento hipócrita dos religiosos que davam dízimo para se autopromoverem,
sonegando o mais importante da Lei: o juízo, a misericórdia e a fé (Mateus
23.23)”.
4. Jesus e o dízimo.
Lc 11. 42 Mas ai de vós,
fariseus, que dizimais a hortelã, e a arruda, e toda a hortaliça, e desprezais
o juízo e o amor de Deus. Importava fazer estas coisas, e não deixar as
outras.
Claramente Jesus estava ratificando a prática do dízimo!
Jesus estava dizendo que
os fariseus não deveriam desprezar o juízo nem o amor a Deus, e jamais deixar
de serem dizimistas. Se ignorarmos essa doutrina sancionada por Cristo somente
porque ela era parte da Lei, então sobre a mesma base devemos ignorar outros
ensinamentos que também eram parte da velha aliança.
“Aqueles que ainda hoje
creem que o Antigo Testamento exige a prática do dízimo, mas que o Novo não
contém essa exigência, devem observar que a natureza do culto e seus
fundamentos no Novo Testamento não mudaram. Mudou apenas a forma do culto, mas
não a sua função. O culto levítico com seus milhares de rituais já não existe,
todavia o princípio do sacerdócio continua ainda hoje (1 Pe 2.9; Ap 1.6).
Passou o sacerdócio de Arão, ficou o sacerdócio cristão (Hb 4.14-16; 10.11,12;
1 Pe 2.5,9; Ap 1.6)”.
DÍZIMOS E OFERTAS
Definição de dízimo - Décima parte.
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Ordenado
pelo Senhor - Lv 27.30-32; Ml 3.10.
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Propósito
do dízimo no Antigo Testamento - O dízimo de Israel era entregue para o
sustento dos levitas (Nm 18.21) e dos sacerdotes (Nm 18.28), para ajudar nas
refeições sagradas (Dt 14.22-27), e para socorrer os pobres, os órfãos e as
viúvas (Dt 14.28,29).
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Qual a
lição a ser aprendida - Deus é dono de tudo - Êx 19.5; Sl 24.1; Ag 2.8.
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Propósito dos dízimos no Novo Testamento
- Promoção do Reino de Deus e ajuda aos necessitados (1 Co 9.9-14; Gl 2.10).
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Nossas contribuições devem ser
voluntárias e generosas, segundo o AT (Êx 25.1,2) e o NT (2 Co 9.7).
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