Classe: Jovens |
Trimestre: 3° de 2019 | Revista: Professor | Fonte: Lições Bíblicas de Jovens,
CPAD
TEXTO DO DIA
"Portanto,
deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos
uma carne." (Gn 2.24)
SÍNTESE
O
matrimônio feliz e duradouro é aquele no qual os cônjuges compreendem seus
respectivos papéis e responsabilidades à luz da Bíblia, respeitando-se
mutuamente.
AGENDA DE LEITURA
SEGUNDA - Gn
2.19-25: Deus cria a primeira família
TERÇA - Mc
10.7-9: O homem não deve separar o que Deus uniu
QUARTA - 1
Co 7.3-6: A responsabilidade mútua do casal
QUINTA - Tt
2.4,5: O perfil da esposa cristã
SEXTA - Cl
3.19: O perfil do esposo cristão
SÁBADO - Pv
31.30: O engano da beleza
OBJETIVOS
I
- DESCREVER a conduta da mulher cristã segundo as
Escrituras;
II
- EXPLICAR e incentivar à busca pelo padrão da verdadeira beleza;
III
- APRENDER sobre os deveres conjugais do homem cristão.
INTERAÇÃO
Nas
Escrituras o casamento e o relacionamento conjugal são temas altamente
valorizados. Isso porque, a família não é uma criação humana, mas divina. Foi
ela formulada para ser um centro de comunhão entre os cônjuges, a célula básica
a partir da qual as bênção de Deus brotariam e se espalhariam sobre a terra (Gn
1.28). Todavia, para que a família seja bênção, e não maldição, núcleo de
cooperação mútua e não de desavenças, requer-se que o matrimônio seja
construído com estrita observância aos princípios bíblicos, e que cada cônjuge,
esposo e esposa, desempenhem com fidelidade o respectivo papel que lhe foi
ordenado por Deus. O declínio da família nuclear e o aumento considerável de divórcios
nos tempos atuais resultam da dessacralização do matrimônio, assim como da
falta de compromisso e compreensão dos deveres pelos cônjuges. Por esse motivo,
os ensinamentos de Pedro sobre a vida em família permanecem relevantes.
Orientação Pedagógica
Prezado (a) professor (a), nesta lição você terá a oportunidade
de dialogar abertamente com as moças e os rapazes sobre família, casamento e
responsabilidades conjugais. Será uma aula ideal para ouvir deles a percepção
sobre tais temas, principalmente o matrimônio. Em um contexto social saturado
de valores invertidos sobre família, é crucial levá-los a compreender e
internalizar os ensinos bíblicos sobre o papel do homem e da mulher cristã
dentro do matrimônio. O jovem crente precisa ter em mente que o casamento é
algo sério, pois se trata de uma aliança sagrada entre duas pessoas. Não
obstante, se o homem e a mulher cristã estiverem cientes de seus deveres
conjugais, dispostos a se amarem e respeitarem mutuamente, colocando em prática
os princípios bíblicos para a vida em família, não há porque temer o casamento.
Ele será uma bênção para a glória de Deus!
Texto bíblico
1 Pedro 3.1-7
1
Semelhantemente, vós, mulheres,
sede sujeitas ao vosso próprio marido, para que também, se algum não obedece à
palavra, pelo procedimento de sua mulher seja ganho sem palavra,
2
considerando a vossa vida casta, em
temor.
3
O enfeite delas não seja o
exterior, no frisado dos cabelos, no uso de joias de ouro, na compostura de
vestes,
4
mas o homem encoberto no coração,
no incorruptível trajo de um espírito manso e quieto, que é precioso diante de
Deus.
5
Porque assim se adornavam também
antigamente as santas mulheres que esperavam em Deus e estavam sujeitas ao seu
próprio marido,
6
como Sara obedecia a Abraão,
chamando-lhe senhor, da qual vós sois filhas, fazendo o bem e não temendo
nenhum espanto.
7
Igualmente vós, maridos, coabitai
com ela com entendimento, dando honra à mulher, como vaso mais fraco; como
sendo vós os seus co-herdeiros da graça da vida; para que não sejam impedidas
as vossas orações.
INTRODUÇÃO
Na
lição deste domingo, iremos estudar uma porção da epístola em que Pedro profere
diversos conselhos sobre a vida familiar, na qual enfatiza os deveres conjugais
do homem e da mulher cristã. O valor que a Bíblia atribui ao matrimônio e as
obrigações que ela impõe aos cônjuges, dentro do plano de Deus, contraria
frontalmente os padrões adotados pela sociedade pós-moderna, padrões estes que
têm conduzido a família ao colapso.
I - A CONDUTA DA MULHER CRISTÃ
1.
A submissão da esposa cristã.
Ainda
se valendo do princípio da submissão, aplicado anteriormente ao governo e aos
superiores, Pedro dirige agora sua atenção para a família. Ele recomenda
inicialmente que as mulheres sejam sujeitas aos seus próprios maridos (v.1).
Evidentemente, tal orientação não significa uma subserviência cega, pela qual a
esposa deva se colocar numa situação de servidão ao seu cônjuge, nem sugere que
os homens sejam melhores que as mulheres. As Escrituras ensinam que a mulher
foi criada por Deus como a auxiliadora, a companheira do homem (Gn 2.18).
Em
termos bíblicos, a esposa se submete voluntariamente ao seu marido não porque o
sexo feminino seja inferior ao masculino, e sim porque o esposo recebeu de Deus
a autoridade do lar (Gn 3.16; 1 Co 11.3; Cl 3.18; Tt 2.5). Note que a submissão
da mulher, a que Pedro alude, é em relação ao marido, dentro do casamento, e
não ao sexo masculino em geral. Isso porque, a mulher é um ser criado por Deus
(Gn 1.26, 27), detendo a mesma dignidade e honra humana. Na perspectiva cristã,
portanto, não há distinção no status entre homem e mulher; somos um em Cristo
Jesus (Gl 3.28).
2.
O valor da mulher no Cristianismo.
É
válido recordar que o Cristianismo foi responsável por elevar a mulher à
condição de igualdade e dignidade social. Em muitas culturas antigas elas
ocupavam posição de inferioridade, eram excluídas da vida social e até mesmo
tratadas como objetos. Enquanto isso, com base nos princípios éticos extraídos
das Escrituras e, principalmente no exemplo de Cristo, a cristandade sempre
defendeu a valorização da mulher como imagem e semelhança de Deus. Tais
ensinamentos são suficientes para rejeitar tanto o machismo quanto o feminismo
presente na sociedade contemporânea. Enquanto o primeiro é uma postura que
supervaloriza o sexo masculino em detrimento do feminino, o segundo é uma
ideologia diabólica que distorce o papel da mulher, criando uma luta entre
sexos.
3.
Ganhando o esposo não crente.
A
conduta respeitosa da mulher cristã para com o seu esposo é importante
inclusive como uma forma de ganhar aqueles que ainda não conheciam ao Senhor.
Naquele contexto, na medida em que a comunidade cristã se expandia, era comum
que mulheres casadas se convertessem, enquanto seus cônjuges continuavam no
paganismo. Isso provocava tensão dentro do lar, pois os maridos viam isso como
uma forma de infidelidade e insubmissão. As mulheres cristãs, todavia, não
deviam desonrar os seu maridos e muito menos abandoná-los. Por meio de um temor
santo e um bom testemunho dentro do lar (v.2), a esposa poderia levar o seu
companheiro ao pés de Cristo, mesmo sem proferir qualquer palavra.
O
apóstolo preocupava-se com a salvação dos esposos incrédulos, mas também com a
preservação do matrimônio. Em nossos dias, em que a instituição familiar sofre
ataques de vários lados, e casais se unem em casamento como se fosse uma
aventura qualquer, os cristãos continuam defendendo que o matrimônio é uma
instituição sagrada. Por esse motivo, jovem, a decisão de constituir uma
família deve ser tomada com muita cautela e oração, pois não se trata de um
simples contrato, mas o solene ato pela qual homem e mulher se tornam uma só
carne. E o que Deus uniu, não separe o homem (Mc 10.7-9).
Pense
O
casamento é uma criação de Deus, e por isso deve ser valorizado como algo
sagrado.
Ponto Importante
A
esposa se submete voluntariamente ao seu marido não porque o sexo feminino seja
inferior ao masculino, e sim porque o esposo recebeu de Deus a autoridade do
lar.
II - A VERDADEIRA BELEZA
1.
O perigo da vaidade.
Dentro
da cultura pagã havia uma preocupação excessiva com a aparência exterior. As
mulheres se valiam de vários adornos e adereços, fabricados com pedras e metais
preciosos, com o propósito de seduzir os homens. Contrário a esse modelo, Pedro
orienta as servas de Deus a agirem de maneira diferente: "O enfeite delas
não seja o exterior, no frisado dos cabelos, no uso de joias de ouro, na
compostura de vestes" (v.3). A advertência é contra a conduta vaidosa, a
valorização excessiva da aparência exterior. Os dicionários definem vaidade
como a ostentação das próprias características pessoais, e também como a
qualidade do que é vão, inútil, sem valor. Eis o motivo pelo qual as Escrituras
insistentemente exortam contra este pecado (Sl 24.4; Jó 15.31; Jr 51.18).
O
envaidecimento pode se manifestar em todas áreas da vida, mas é na aparência
pessoal que ele mais se revela. Se o autor sagrado tinha motivos suficientes
para conscientizar a comunidade cristã ainda no primeiro século, vivendo numa
sociedade que ainda desconhecia os apelos da mídia e da moda, quanto mais tem a
igreja em atentar para os perigos da vaidade no Século XXI. Afinal, o tempo
presente é marcado pela busca da beleza efêmera, pela supervalorização do corpo
e da estética pessoal. O crescimento da indústria cosmética e dos acessórios de
embelezamento mostram a devoção excessiva das pessoas em busca da aparência e
do corpo ideal.
2.
A verdadeira beleza.
O
cerne do ensino do escritor bíblico é que a verdadeira beleza não está no
exterior, naquilo que é aparente, nas roupas de grife e nas joias caras e
extravagantes, e sim no interior do coração (v.4). Os adornos e as roupas da
moda com o tempo perecem e perdem o valor, assim como a beleza física um dia se
vai. Mas o encanto que brota do interior, consistente num caráter manso e
sossegado, que é precioso diante de Deus, nunca se deteriora. Por certo, isso
não significa que a mulher cristã deva descuidar da sua aparência e vestuário.
Afinal, uma vez que o corpo é o templo do Espírito Santo (1 Co 3.16),
precisamos zelar por ele como
verdadeiros mordomos, alimentando e cuidando (Ef 5.29), assim como usando as
roupas adequadas.
Na
vida cristã, caráter e conduta valem mais do que a aparência estética. Todavia,
aquilo que trajamos revela o que há dentro de nós, bom ou ruim. Assim, a mulher
cristã é aconselhada a se vestir com modéstia e discrição (1 Tm 2.9,10). Com
graça e elegância, pode-se revelar um viver lindo e transformado por Cristo,
tendo como modelo as santas mulheres de Deus.
Pense
A
verdadeira beleza de uma pessoa se revela nas suas atitudes.
Ponto Importante
A
verdadeira beleza não está no exterior e sim no interior do coração.
III - A CONDUTA DO HOMEM CRISTÃO
1.
A responsabilidade do esposo cristão.
Pedro
não restringe seus conselhos às mulheres; ele também se dirige aos maridos
cristãos. A palavra "igualmente' (v.7) denota que, assim como a mulher, o
homem tem as suas responsabilidades matrimoniais, porquanto o casamento exige
obrigações recíprocas entre os cônjuges. O fato de o homem ser o detentor da
autoridade familiar, aliás, lhe exige maiores responsabilidades, começando por
saber exercê-la com sabedoria. O esposo e pai cristão deve governar sua casa
com autoridade e não com autoritarismo, falta de respeito e truculência. O
homem é o líder, não o ditador do lar. Por meio do exercício correto do poder
que lhe fora confiado por Deus, o homem cumpre fielmente o papel de governante,
protetor e provedor do lar (1 Tm 3.4; 5.8), não somente no aspecto material,
mas também espiritual e emocional.
2.
Coabitar com entendimento.
Considerando
que o marido cristão ocupa a posição de autoridade do lar, Pedro os instrui a
conviver com entendimento com suas esposas, dando-lhes a devida honra, como
vaso mais fraco. O primeiro ensinamento que flui dessa passagem é a importância
da convivência familiar. O trabalho e os afazeres do dia a dia, até mesmo os
eclesiásticos, não podem tirar a atenção e o cuidado devido à esposa. Coabitar
com entendimento implica constante diálogo e comum acordo, visando o bem-estar
de toda a família.
Em
segundo lugar, o esposo cristão é instado a tratar sua mulher com consideração
e respeito, pois ela é merecedora de honra, como um verdadeiro presente de
Deus. Tal tratamento somente será possível se colocado em prática o mandamento
bíblico direcionado aos maridos de amarem suas esposas, tendo como referência
não o amor do mundo, mas o amor de Cristo pela Igreja (Ef 2.25).
O
terceiro aspecto subentendido no texto é que o marido cristão precisa
considerar as características femininas: a sua condição física e emocional. Ao
se referir à mulher como "vaso mais fraco" Pedro não está
desmerecendo o sexo feminino, e sim chamando a atenção para que o esposo cuide
com esmero e carinho da sua companheira, como um delicado vaso de porcelana, o
que sugere apoio, cortesia, cavalheirismo e compreensão. Isso se aplica a todos
os âmbitos do relacionamento, inclusive sexual (1 Co 7.3).
3.
A igualdade espiritual.
O
autor reforça a igualdade entre homem e mulher à luz das Escrituras ao dizer
que ambos são coerdeiros da graça divina. A salvação e as bênçãos espirituais
não são privilégios dos homens, pois Deus não faz acepção de pessoas. Mais um
motivo para Pedro advertir os homens sobre a importância do tratamento
dispensado à esposa, sob pena de as orações serem impedidas de chegar a Deus.
Em outras palavras, a relação matrimonial tem consequências espirituais. A
oração não tem efeito quando falta respeito e cumplicidade no lar!
Pense
"Tanto
os homens quanto as mulheres que são crentes são parceiros na graça da vida que
é dada por Deus - a vida eterna" (Comentário do Novo Testamento de
Aplicação Pessoal).
Ponto Importante
Por
meio do exercício correto do poder que lhe fora confiado por Deus, o homem
cumpre fielmente o papel de governante, protetor e provedor do lar, não somente
no aspecto material, mas também espiritual e emocional.
SUBSÍDIO
"A família tem sido atacada no lado espiritual, com as
investidas satânicas que propõem a sua destruição. Grande parte das famílias,
em todo o mundo, não tem estrutura para enfrentar as mudanças rápidas e
desintegradoras das famílias. A falta de Deus é o inimigo número 1 do lar. Ele
se revela quando o ambiente em casa é destituído de espiritualidade. Quando
Deus está presente no lar, sente-se uma atmosfera diferente, agradável e santa.
O pai e a mãe se unem aos filhos para servirem ao Senhor. Deus é o hóspede
invisível, mas real, que domina o ambiente da família. Em cada canto da casa,
pode-se sentir Deus. Há harmonia entre todos. Há louvores. Há devoção sincera
ao Senhor. As coisas de Deus são colocadas em primeiro lugar e o lar é uma
continuação da igreja. Por outro lado, quando Deus não está no lar, sente-se
que o ambiente é carnal, pesado, cheio de manifestações mundanas. As coisas
materiais estão em primeiro lugar. Só pensam em prazeres materiais, riquezas,
dinheiro, diversão e coisas mundanas! A casa é uma continuação mundo!
[...] É interessante que os que vão constituir família convidem
Jesus para se fazer presente no seu lar, mesmo antes de se casarem"
(RENOVATO, Elinaldo. A Família Cristã e os Ataques do Inimigo. 1.ed. Rio de
Janeiro: CPAD, 2013, p. 66).
CONCLUSÃO
Aprendemos
nesta lição que, não obstante o homem seja a autoridade do lar, ele tem a
responsabilidade de amar, honrar e respeitar a sua esposa. Enquanto isso, a
mulher, sujeita-se voluntariamente ao esposo, porque isso é agradável a Deus.
Desse modo, quando o casal se ama e se respeita mutuamente, dentro de um clima
de comunhão e de compreensão, a morada é abençoada por Deus (Pv 3.33).
HORA DA REVISÃO
1)
Por que a esposa cristã se submete ao esposo?
Porque
o esposo recebeu de Deus a autoridade do lar.
2)
Segundo Pedro, onde está a verdadeira beleza?
A
verdadeira beleza não está no exterior, naquilo que é aparente, nas roupas de
grife e nas joias caras e extravagantes, e sim no interior do coração.
3)
De que forma o esposo e pai cristão deve governar sua casa?
Com
autoridade e não com autoritarismo, falta de respeito e truculência.
4)
Qual a intenção de Pedro ao chamar a mulher de "vaso mais fraco"?
Sua
intenção é chamar a atenção para que o esposo cuide com esmero e carinho da sua
companheira, como um delicado vaso de porcelana, o que sugere cortesia,
cavalheirismo e compreensão.
5)
De que forma o cristão solteiro pode se preparar para o casamento?
Resposta
pessoal.