Lições Bíblicas Dominical Adultos 1° Trimestre 2025 CPAD Título da Revista Dominical: EM DEFESA DA FÉ CRISTÃ : Combatendo as Antigas Heresias que se Apresentam com Nova Aparência Comentarista: Esequias Soares | Classe: Adultos TEMAS DAS LIÇÕES Lição 1 – Quando as Heresias Ameaçam a Unidade da Igreja Lição 2 – Somos Cristãos Lição 3 – A Encarnação do Verbo Lição 4 – Deus É Triúno Lição 5 – Jesus é Deus Lição 6 – O Filho É igual com o Pai Lição 7 – As Naturezas Humana e Divina de Jesus Lição 8 – Jesus Viveu a Experiência Humana Lição 9 – Quem É o Espírito Santo Lição 10 – O Pecado Corrompeu a Natureza Humana Lição 11 – A Salvação não É Obra Humana Lição 12 – A Igreja Tem uma Natureza Organizacional Lição 13 – Perseverando na Fé em Cristo
Lição 3 - A mordomia da Alma e do Espírito
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Lições Bíblicas do 3° trimestre de 2019 - CPAD | Classe: Adultos
| Data da Aula: 21 de Julho de 2019.
Texto Áureo
“E
o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e
corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor
Jesus Cristo."(1 Ts 5.23)
Verdade Prática
Ao
lado do corpo, a alma e o espírito devem estar preparados para a vinda do
Senhor Jesus Cristo.
LEITURA DIÁRIA
Segunda
- Rm 5.12: O pecado atingiu a todos os homens
Terça
- Ec 7.20: Não há homem que não peque
Quarta
-1 Jo 1.7: O sangue de Cristo nos purifica de todo o pecado
Quinta
- 1Ts 5.23: A tricotomia do ser humano
Sexta-Hb
12.14: Sem santificação ninguém verá o Senhor
Sábado
- Cl 5.25: O cristão deve andar no Espírito
LEITURA BÍBLICA EM
CLASSE
Gaiatas 5.16-22,25
16-
Digo, porém: Andai em Espírito e não cumprireis a concupiscência da carne.
1
7 - Porque a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne; e
estes opõem-se um ao outro; para que não façais o que quereis.
18
- Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais debaixo da lei.
19
- Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: prostituição,
impureza, lascívia,
21
- invejas, homicídios, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas,
acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais
coisas não herdarão o Reino de Deus.
22- Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo,
paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.
25
- Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito.
HINOS SUGERIDOS: 5,
223, 324 da Harpa Cristã
OBJETIVO GERAL
Conscientizar
que, ao lado do corpo, a alma e o espírito devem ser preservados para a vinda
do Senhor Jesus.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
I. Conceituar alma
e espírito;
II. Relatar a
mordomia da alma;
III. Apresentar a
mordomia do espírito.
• INTERAGINDO COM O
PROFESSOR
Vivemos numa sociedade materialista em que o corpo, em quase
todas as esferas, é a prioridade. Muitos levam mais a sério malhar o corpo em
detrimento de exercitar práticas que desenvolvam mais a saúde da mente e a vida
espiritual. A mordomia da alma e do espírito implica desenvolver a esfera
material do corpo. Podemos desenvolver a nossa mente com as coisas boas com que
nos alimentamos (Fp 4.8,9), e também podemos tonificar o espírito com
exercícios de piedade os quais as Escrituras nos ensinam (Mt 6.9-13,16-18).
Portanto, nesta lição temos a oportunidade de falarmos acerca do bem-estar da
alma e do espírito.
PONTO CENTRAL
A mordomia da alma e do espírito deve ser levado muito
sério pelos crentes.
INTRODUÇÃO
Para
ser mordomo da alma e do espírito, o homem necessita, antes de tudo, da fé em
Deus, da entrega incondicional a Cristo Jesus e da ação poderosa do Espírito
Santo na sua mente, pensamento e maneira de viver diante do Criador. Para isso
é preciso ser "nova criatura" (1 Co 5.17)! Assim, além de conservar o
corpo, precisamos conservar a alma e o espírito. É o que veremos nesta lição.
I - CONCEITUANDO ALMA E
ESPÍRITO
1.O significado de alma.
No
Antigo Testamento, a palavra "alma" é nephesh. No Novo, o termo usado é psiquê, que tem o sentido de "alma" e de
"vida", e encontra-se ligado à palavra psíquicos, que significa
"pertencente a esta vida". Ela é "a base das experiências
conscientes", equivalendo, portanto, à própria vida, à personalidade ou à
pessoa mesmo (cf. 2 Co 1.23).
Assim,
o texto bíblico de Levítico 17.10-15 revela uma diversidade de sentidos para a
palavra "alma": A pessoa física (v.10), a vida de um animal (v.11), a
vida de uma pessoa (v.11). Do ponto de vista teológico, a alma é a sede das emoções
e dos sentimentos, conforme Jesus expressou num contexto de angústia: "A
minha alma está profundamente triste até a morte" (Mc 14.34).
2. A origem da alma.
A
alma está unida ao espírito, e, por isso, é humanamente impossível separá-los.
Só a Palavra de Deus pode fazê-lo (Hb 4.12). Assim, tanto a alma quanto o
espírito constituem a parte imaterial do ser humano. Em relação à origem da
alma, há pelo menos três teorias que tentam explicá-la: a teoria da
preexistência, do criacionismo e da participação.
2.1.
Teoria da preexistência.
Segundo
essa teoria, as almas existem nas diversas esferas do mundo espiritual e entram
no corpo gerado, num processo denominado "reencarnação". O objetivo
desse processo é levar a pessoa a sofrer pelos "pecados cometidos em
pretensas existências anteriores". Esse é um dos pontos fundamentais do
Espiritismo. Entretanto, não há fundamento bíblico para essa teoria. A Bíblia
revela que o "pecado original" passou a todos os homens (Rm 5.12) e
que vigora até os dias atuais, pois “não há homem que não peque" (Ec
7.20). Porém, o sangue de Cristo purifica o pecador (1 3o 1.7), quando este se
arrepende, confessa o seu pecado e o deixa (Pv 28.13).
2.2.
Criacionismo.
Segundo
esta teoria, baseada no pensamento filosófico grego, Deus dedica-se à criação
de almas diariamente, para que habitem nos corpos que forem sendo concebidos. É
um ponto de vista que carece de fundamentos bíblicos.
2.5.
Teoria participativa.
A
teoria expressa que Deus dá a vida a toda pessoa gerada de acordo com as leis
da reprodução biológica geradas por Ele. Assim, homem e mulher geram um novo
ser com a cooperação divina (At 17.28; Hb 1.3). É uma visão que tem base na
Bíblia e que está harmonizada com a Palavra a Deus: "Fala o SENHOR, o que
estende o céu, e que funda a terra, e que forma o espírito do homem dentro
dele" (Zc 12.1b).
Todavia,
como Deus age na criação de cada alma e espírito dentro do ser humano é um dos
muitos mistérios da fé pela qual devemos curvar-nos humildemente diante de sua
magnitude.
3. Conceituação de espírito.
Segundo
o Novo Testamento, a palavra que se refere a "espírito" é pneuma. O termo pode se referir a parte
imaterial da personalidade humana (cf. 1Co 7.1,34), o próprio ser da pessoa (1
Co 16.18; 2Tm 4.22) e, mais especificamente, a fonte do discernimento (Mc 2.8),
das emoções (3o 11.33) e da vontade (At 19.11) de uma pessoa. Assim, o espírito
humano regenerado, submetido a Cristo, torna-se sensível ao Espírito Santo e é
capaz de manifestar o fruto do Espírito, as virtudes do Reino de Deus (Gl 6.1; cf.
Mt 5 - 7).
Nesse
sentido, em termos espirituais, só há dois tipos de crentes: os espirituais e
os carnais (Rm 8.1). Os crentes espirituais caracterizam-se pelo seu
"espírito" dominado pelo Espírito Santo (Gl 5.16-18,22-25). Os
carnais vivem de acordo com a natureza carnal que não foi submetida nem
transformada por Cristo (Gl 5.19-21).
A
alma é a sede das emoções e dos sentimentos; o espírito, a fonte dessas emoções
e sentimentos.
SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO
Para a exposição deste primeiro tópico, sugerimos a leitura das
páginas 242-260 da obra "Teologia Sistemática: Uma Perspectiva
Pentecostal", editada pela CPAD. O assunto em estudo é altamente
teológico, por isso, consultar uma boa Teologia Sistemática será de ajuda
inestimável a fim de apresentar com maior segurança um assunto complexo. Tenha
atenção com o termo "tricotomia" (ponto a ser desenvolvido no tópico
2). Neste primeiro tópico você deve deixar claro o significado do termo
"alma”, as teorias acerca de sua origem e a conceituação do termo
"espírito". Boa aula!
II. A MORDOMIA DA ALMA:
"O HOMEM INTERIOR"
1. A tricotomia do homem.
Afirmamos
que o ser humano é um ser tricotômico. Ou seja. Deus o constitui de três partes
conforme revela-nos a sua Palavra: "e todo vosso espírito, e alma, e
corpo" (1 Ts 5.23). O corpo, a parte material, refere-se ao "homem
exterior" (2 Co 4.16). Já o conjunto imaterial formado pela alma e pelo
espírito, que é envolvido pelo corpo, a Bíblia denomina-o de "o homem
interior", conforme as palavras do apóstolo Paulo: "Porque, segundo o
homem interior, tenho prazer na lei de Deus" (Rm 7.22; cf. 2 Co 4.16).
2. A mordomia da alma.
A
Bíblia declara que a alma do homem, assim como o espírito e o corpo, deve ser
conservada irrepreensível para a vinda do Senhor Jesus Cristo. Essa é a
essência da mordomia da alma. Cada crente deve mantê-la íntegra e
irrepreensível. Alguns aspectos, porém, devem ser considerados na mordomia da
alma.
2.1.
A Necessidade da alma.
Essa
necessidade inclui a emoção e pode ser satisfeita no relacionamento com Deus. A
alma precisa de refrigério espiritual e da presença divina (Sl 23.1-3). No
salmo 42, o salmista expressa sinceramente a necessidade de sua alma:
"Como o cervo brama pelas correntes das águas, assim suspira a minha alma
por ti, ó Deus! A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo" (vv.1,2). Quanta
necessidade a alma tem por Deus?! A Bíblia revela que o Espírito Santo preenche
essa necessidade e produz em nós o "fruto do Espírito" (Gl 5.22-24).
2.2.
A santificação da alma.
É
uma necessidade da alma o "viver santo", sem o qual ninguém verá a
Deus (Hb 12.14). O ser humano é salvo pela "graça de Deus", e isso é
dom divino (Ef 2.8,9).
Mas
ele precisa também arrepender-se de seus pecados, confessar a Cristo como
Senhor e santificar-se integralmente em Deus, conforme o apóstolo Paulo ensina:
"Abstende-vos de toda aparência do mal. E o mesmo Deus de paz vos
santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo sejam plenamente
conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo" (1Ts
5.22,23).
2.3.A santificação dos pensamentos.
Vimos
que a alma é "a sede das emoções, dos sentimentos e dos pensamentos",
logo, sua mordomia deve zelar por tudo o que preenche o pensamento do crente,
conforme ensina o apóstolo Paulo (Fp 4.8).
Nesse
contexto, devemos atentar para a advertência de Jesus em relação ao coração do
homem (isto é, sua interioridade): "Porque do coração procedem os maus
pensamentos, mortes, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos e
blasfêmias" (Mt 15.19). Portanto, não podemos pensar só no que "não
fazer", mas também no que "não pensar". Toda ação ou reação
humana precede o pensamento, o sentimento e a emoção.
O
homem é um ser tricotômico, isto é, constituído de corpo, alma e espírito; e a
mordomia da alma envolve necessidades e santificação dos pensamentos.
SUBSÍDIO DOUTRINÁRIO
"Textos bíblicos que parecem apoiar o tricotomismo incluem
1 Tessalonicenses 5.23, onde Paulo pronuncia a bênção: 'E todo o vosso
espírito, e alma, e corpo seja plenamente conservados irrepreensíveis para a
vinda de nosso Senhor Jesus Cristo'. Em 1 Coríntios 2.14-3.4, Paulo refere-se
aos seres humanos como sarkikos (Literalmente: 'carnal' 3.1,3), psuchikos
(literalmente: 'segundo a alma', 2.14) e pneumatikos (literalmente:
'espiritual', 2.15). Esses dois textos parecem demonstrar de forma ostensiva
três componentes elementares. Vários outros textos parecem distinguir alma e
espírito (1 Co 15.44; Hb 4.12)" (HORTON, M. Horton (Ed.). Teologia
Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, p.248).
III - A MORDOMIA DO
ESPÍRITO
1. Andando em Espírito.
Na
mordomia do espírito, o crente deve procurar andarem Espírito, ou seja, na
submissão ao Espírito Santo. Diz o texto bíblico: “Digo, porém: Andai em
Espírito e não cumprireis a concupiscência da carne" (GL 4.16). Andar em
Espírito é viver em obediência à direção do Espírito Santo em todas as áreas da
vida. Há uma Luta interior entre a carne e o Espírito (Gl 4.17), mas uma vez
guiados pelo Espírito Santo não estamos sob a escravidão da carne (GL 4.18).
Portanto, "se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito" (Gl
5.25).
2. Frutificando no Espírito.
Quando
o crente produz frutos dignos da vida cristã, ele glorifica a Deus. Nosso
Senhor chamou-nos a dar "fruto" e escolheu--nos para permanecer dando
fruto (Jo 15.9,16). Frutificar no Reino de Deus é testemunhar Cristo com sua
vida, por meio de boas obras de amor que mostram o caráter de Deus em você (Jo
15.16; Mt5.16; G15.22).
SÍNTESE DO TÓPICO III
A
mordomia do espírito está amparada em duas esferas: andar no Espírito e
frutificar no Espírito.
SUBSÍDIO VIDA CRISTÃ
"Primeiro as coisas mais importantes
A intimidade da sala de estar que Maria teve com Jesus nunca
resultará da agitação da cozinha de Marta. Agitação, por si só, causa
distração. Vemos em Lucas 10.38 uma mulher com a virtude da hospitalidade.
Marta abriu sua casa para Jesus, mas isso não significa que ela automaticamente
tenha aberto seu coração. Em sua ânsia de servir a Jesus, ela quase perdeu a
oportunidade de conhecê-lo.
Lucas nos diz que 'Marta, porém, andava distraída em muitos
serviços'. Em sua mente, ela se preocupava em fazer o melhor. Tinha que fazer o
máximo por Jesus.
Podemos ser pegas pela mesma cilada de desempenho, sentido que
devemos provar nosso amor a Deus através de grandes feitos. Então, nos apressamos
em deixar a intimidade da sala de estar para nos ocupar por Ele na cozinha -
realizando grandes ministérios e projetos maravilhosos, no esforço de divulgar
as Boas Novas. Fazemos todo o nosso trabalho em seu nome. Nós o chamamos
'Senhor, Senhor'. Mas, no fim, será que Ele nos reconhecerá? Nós o
conheceremos?
O reino de Deus, como você vê, é um paradoxo. Enquanto o mundo
aplaude as grandes façanhas. Deus deseja comunhão. O mundo clama 'Faça mais!
Seja tudo o que puder!', mas nosso Pai sussurra: 'Aquietai-vos e sabei que eu
sou Deus'. Ele não procura tanto por trabalhadores como procura por filhos e
filhas - um povo no qual possa fluir" (WEAVER, Joanna A. Como ter o
coração de Maria no mundo de Marta: Fortalecendo a comunhão com Deus em uma
vida atarefada. Rio de Janeiro: CPAD, pp.9,10).
CONCLUSÃO
A
mordomia da alma e do espírito, juntamente com a do corpo, completa a
conservação integral do crente (1 Ts 5-23). Zelar pela nossa interioridade e
exterioridade diante de Deus é reconhecer que o Pai quer dominar tudo em nós e
não somente partes de nossa vida. Por isso, sinta-se encorajado a expressar
Cristo como seu Salvador. Esteja nele! Seja santo! Para isso Deus nos chamou.