Obs. Subsídio para a
classe de Jovens. Lição 4 – 2° trimestre de 2019.
I.
O Cristão Deve Viver de seu Próprio Dinheiro Fruto do Trabalho
Neste tópico, discorreremos sobre o
exemplo de Paulo e a advertência sobre o compromisso do cristão em viver do
próprio trabalho.
1.
O problema do abandono do trabalho pelos tessalonicenses
No primeiro século, nos tempos do
império romano, o trabalho era realizado primordialmente pelos escravos. A mão
de obra escrava era a base da economia do mundo greco-romano. Os cidadãos
livres dedicavam-se às atividades intelectuais, artísticas e políticas e
consideravam os trabalhos manuais vulgares, desonrosos e indignos. A cidade de
Tessalônica já era respeitável e uma das maiores em extensão e população. Ali,
encontrava-se um grande porto no mar Egeu, que produzia o acúmulo de riquezas e
fazia daquele lugar o destino de muitos comerciantes e de outras pessoas com
bom poder aquisitivo. Devido à característica da cidade, dois terços da
população eram constituídos de escravos, e o restante era formado por um seleto
grupo de cidadãos pertencentes às demais classes. Assim, para os trabalhadores
braçais, a vida era reduzida a um simples meio de sobrevivência. Para a maioria
dos trabalhadores do império, o trabalho não trazia satisfação e era uma forma
de lutar pela subsistência. O trabalho, portanto, não era algo visto de forma
positiva, tido mais como uma forma impositiva e de castigo. A comunidade cristã
em Tessalônica era composta somente de trabalhadores.
Paulo dá um sentido maior ao trabalho e
promove um novo propósito ao trabalhador, como algo digno. O ensino sobre o
comportamento do cristão em relação ao trabalho encontra-se principalmente nas
epístolas aos Gaiatas, aos Efésios, aos Colossenses, a 1 Timóteo, a Filemom e a
Tito.
O
trabalhador era orientado a:
a) dar o seu melhor (Ef 6.5);
b) executar as atividades sob sua
responsabilidade com satisfação e dedicação (Ef 6.7);
c) ser obediente aos seus patrões (Cl
3.23; Tt 2.9);
c) considerar seus senhores ou patrões
como dignos de respeito e honra (1 Tm 6.1);
d) ser honesto e leal aos senhores ou
patrões “para que, em tudo, sejam ornamento da doutrina de Deus, nosso
Salvador” (Tt 2.10);
d) ser obediente aos seus patrões (Cl
3.23; Tt 2.9), entre outras orientações que valorizam o trabalho honesto.
Outra referência é a Primeira Epístola
aos Tessalonicenses, onde Paulo trata sobre o abandono ao trabalho pelos
cristãos motivados por interpretações teológicas equivocadas. Para entender
como isso ocorreu, é necessário refazer o caminho feito por Paulo para fundar a
Igreja em Tessalônica e os fatos que sucederam esse encontro. Durante a segunda
viagem missionária, quando Paulo esteve pela primeira vez em Tessalônica, os
judeus levantaram-se contra a mensagem e a pessoa do apóstolo, de forma que ele
foi obrigado a fugir à noite para Bereia para salvar sua vida (At 17.1-15). Em
Corinto, após reencontrar com Timóteo, ele enviou-o à Igreja em Tessalônica
para auxiliar em problemas naquela comunidade. Timóteo voltou a Corinto com um
relato animador, pois os cristãos tessalonicenses mantinham a perseverança na
fé, e o testemunho deles já se espalhara por toda a Macedônia (1 Ts 1.8).
Entre o ano 51 e 52 a.C., Paulo escreveu
a Primeira Carta para responder a algumas perguntas que certos irmãos haviam
enviado por meio de Timóteo. Pouco tempo depois, ele escreveu a Segunda Carta
para corrigir alguns malentendidos sobre os finais dos tempos e rebater falsos
ensinos que se infiltraram na igreja. Um dos falsos ensinos foi a respeito da
volta de Cristo, a qual afirmavam que seria por aqueles dias (1 Ts 5.2). Esse
ensino provavelmente motivou alguns membros da igreja a abandonar o trabalho e ficar
esperando a volta de Cristo, vivendo na dependência dos outros que continuavam
trabalhando. Com o aumento da perseguição aos cristãos, essa crença tomou mais
força ainda. Richards afirma que “a ociosidade e a dependência dos outros não é
uma prática cristã. Os cristãos devem aceitar a responsabilidade de ganhar seu
próprio sustento e devem ganhar dinheiro para compartilhar com aqueles que são
verdadeiramente necessitados” (RICHARDS, 2008, p. 466). As dificuldades no
trabalho não justificam o seu abandono, pois alguém terá que trabalhar para
alimentar o ocioso. Essa atitude não é coerente com a doutrina judaico-cristã.
2.
Paulo chama atenção para seu próprio exemplo
Conforme citado, devido à precariedade
das condições de trabalho, os trabalhadores não se identificavam com o
resultado de suas atividades laborais, pois não tinham satisfação e sentiam-se
impotentes diante do sofrimento que estavam expostos. Falar dessa situação sem
citar Karl Marx (1818-1883) seria uma incoerência, pois ele popularizou o termo
conhecido como “trabalho alienado” para identificar a condição de alienação do
trabalho, um meio de subsistência semelhante à vida animal, como era a situação
dos trabalhadores e escravos no Império Romano do primeiro século, situação
semelhante à definição de Marx (2003, p. 116): “O trabalho alienado inverte a
relação, uma vez que o homem, enquanto ser lúcido, transforma a sua atividade,
o seu ser, em simples meio da sua existência”. Todavia, enquanto Marx propõe
uma revolução para a solução do problema, Paulo faz a relação do trabalho com o
serviço a Cristo. Nesse pensamento paulino, Cristo não provê somente a
reconciliação com Deus, mas também com o trabalho. John Stott (1921-2011) faz
uma análise comparativa entre as propostas de Marx e do apóstolo Paulo:
Karl
Marx também escreveu acerca do “novo homem” e da “nova sociedade”. E milhões de
pessoas captaram a visão dele e estão se dedicando à sua realização. Marx,
porém, via o problema humano e a solução em termos quase que exclusivamente
econômicos. A “nova sociedade” seria a sociedade sem classes que se seguiria
após a revolução, o “novo homem” emergiria como resultado da sua libertação
econômica. Paulo apresenta uma visão ainda mais grandiosa, porque vê que o
ponto chave da questão é ainda mais profundo do que a injustiça da estrutura
econômica, e então propõe uma solução ainda mais radical. Escreve acerca de
nada menos do que uma “nova criação”[...]. Assim, de acordo com o ensino de
Paulo, o novo homem e a nova sociedade são produtos da ação criadora de Deus. A
reestruturação econômica tem grande importância, mas não pode produzir estas
coisas. (STOTT, 2007, p. 10)
A proposta paulina, semelhante a de
Jesus, é de igualdade, embora as pessoas desempenhem papéis diferentes na
sociedade, em contraste ao modelo romano. Ele dissemina uma mensagem de
reconciliação por meio da rendição a Cristo, e não uma luta entre as classes.
Defende, portanto, que esse deve ser o modelo ideal aos nascidos de novo, ou
seja, aos membros da comunidade cristã. Outra diferença significativa era que
Paulo não era apenas um teórico, mas ele demonstrava por meio de seu próprio
exemplo a eficácia de sua mensagem. Para reforçar o que iria falar na sequência
da epístola, ele chama atenção para o seu próprio exemplo enquanto conviveu com
os tessalonicenses.
Tanto os gregos quanto os romanos
consideravam o trabalho manual exclusivo para escravos, enquanto os judeus
consideravam o trabalho uma prova de bom caráter e responsabilidade. Paulo,
enquanto esteve pregando entre os tessalonicenses, trabalhou tanto (dia e
noite) que afirmou ter chegado ao estado de fadiga. Fez isso para não ser
pesado a nenhum dos membros da igreja e evitar ser acusado de ganância ou de
ser aproveitador. Uma das ocupações de Paulo era fazer tendas, serviço realizado
em algumas ocasiões enquanto fazia missões (At 18.1-3). O apóstolo afirma que
teria autoridade para ser sustentado pelo seu trabalho missionário (1 Co
9.6-14; G1 6.6; 1 Tm 5.17,18). Ele, todavia, não fez uso desse direito.
Provavelmente, Paulo percebeu o comportamento de alguns membros que eram
irresponsáveis e tinham por hábito aproveitarem-se da boa vontade de
trabalhadores responsáveis, como acontece ainda hoje em várias comunidades
cristãs.
O comportamento do apóstolo não deu
margem para ninguém o usar como referência para justificar sua ociosidade ou o
acusar de aproveitador. Paulo era um missionário responsável e sempre
priorizava a pregação do evangelho; por isso, ele evitava atitudes que pudessem
criar obstáculos à sua divulgação e à salvação de almas (1 Co 9.12).
3.
A ociosidade dos tessalonicenses é condenada
A comunidade cristã em Tessalônica não
tinha nenhum patrono rico convertido ao cristianismo que pudesse prover as
necessidades do apóstolo.
Ele, sendo judeu, encarava o trabalho
como algo dignificante e não tolerava a ociosidade. O próprio Jesus, como
veremos em lição posterior, colocou-se no lugar de um escravo para demonstrar a
virtude em servir (Jo 13.4,5). Assim, Paulo combate com intensidade a
ociosidade dos cristãos em Tessalônica.
Em 2 Tessalonicenses 3.10, Paulo retoma
a expressão firme e autoritária do versículo 6, também utilizada em 2
Tessalonicenses 3.4,10,12, “[...] vos mandamos isto”, para reprovar a atitude
dos tessalonicenses que não queriam trabalhar.
E importante ressaltar que Paulo reprova a atitude de quem não queria
trabalhar, e não quem, por algum impedimento, não pudesse trabalhar (w. 10-12).
A expressão “[...] vos mandamos isto”
tem referência a uma ordem militar de execução obrigatória; se não obedecida,
seria pena de traição. A ordem era para afastar-se das pessoas ociosas, ou
seja, deixar de ter comunhão com elas, o que significava não participar da
festa da caridade e da Ceia do Senhor (1 Co 5.9-13). Paulo afirma que as
pessoas que não estavam dispostas a trabalhar não deveriam comer também. Para
algumas pessoas, pode parecer falta de amor e consideração pelos irmãos
rebeldes. Em algumas situações, porém, é necessário uma atitude mais enérgica
devido ao cuidado com a obra de Deus; caso contrário, o prejuízo será maior do
que a disciplina dessas pessoas. O fato de um líder ter que tomar medidas mais
radicais não significa que ele não tenha amor pelo grupo que está sob sua
responsabilidade, mas, sim, que demonstra zelo e submissão à tarefa dada por
Deus para liderar seu povo. Por esse motivo, líderes sérios, honestos e
comprometidos com o Reino de Deus devem ser respeitados, valorizados e
honrados.
A ociosidade gera desordem e divisão da
comunidade. Basta ver a atual situação de desemprego no Brasil e o consequente
aumento de violência, corrupção e assaltos. Paulo é enfático e rigoroso com os
desocupados: “A esses tais, porém, mandamos e exortamos, por nosso Senhor Jesus
Cristo, que, trabalhando com sossego, comam o seu próprio pão” (2 Ts 3.12).
Fica evidenciada a seriedade do assunto. As últimas palavras (v. 13) demonstram
que a preparação para a volta de Jesus é trabalho dedicado a fazer o bem às
pessoas; ou seja, o cristão deve estar ocupado e comprometido enquanto espera o
Dia do Senhor. As pessoas mal-intencionadas procuram sempre uma oportunidade
para viver na ociosidade. O apóstolo dá exemplo de como lidar com essas
pessoas.
II.
O Cristão não Deve Colocar sua Esperança na Incerteza das Riquezas, mas em Deus
Neste tópico, a advertência paulina é
contra o desejo desenfreado em acumular riquezas, a altivez das pessoas de alto
poder aquisitivo que exploram os indefesos e pobres e, de igual forma, às
pessoas que depositam suas esperanças nas riquezas em vez de confiar em Deus.
1.
Os cuidados com a tentação do desejo de acumular riquezas
O cristianismo difundia-se entre as
camadas mais baixas da sociedade, embora houvesse alguns cristãos abastados.
Quando grupos de classes diferentes unem-se por meio da religião, a tendência é
surgirem os conflitos. Deveria ser diferente na comunidade cristã. Os membros
mais abastados traziam consigo os costumes da sociedade e estavam em fase de
transição para as doutrinas cristãs. A mudança não ocorria de um dia para o
outro. A convivência mais próxima entre as classes certamente produzia nos
membros das camadas mais baixas o desejo de também se tomarem senhores e
patrões. Entre os mais abastados, todavia, existiam aqueles que continuavam com
a mesma cultura de “quanto mais melhor”. Sendo assim, o apóstolo alerta sobre o
perigo do desejo por acúmulo de riquezas. Se existe uma recomendação, é porque
esse sentimento estava presente na comunidade cristã destinatária da epístola.
A recomendação acerca do perigo de
acumular riquezas começa na perícope em 1 Timóteo 6.9-16. Aqueles que querem
ficar ricos dedicam toda a sua força e atenção para atingir esse objetivo. Por
isso, caem em tentação e laço (1 Tm 6.9a). Há um adágio que diz: “Uma coisa
puxa outra”; ou seja, a busca desenfreada por riquezas conduz à queda em muitas
concupiscências insensatas e perniciosas, além de afogarem essas pessoas na
perdição e ruína (1 Tm 6.9b). Em 1 Timóteo 6.10, fica claro que o mal não está
no dinheiro em si, pois ele é neutro. Sendo assim, o problema não é desejar o
dinheiro; o problema é o meio que se é usado para adquiri-lo (1 Tm 3.3,8; Tt
1.7,11). O autor esclarece que o amor ao dinheiro é a raiz de toda espécie de
males e que muitos da própria comunidade desviaram-se da fé quando se
alimentaram dessa cobiça. Ele acrescenta que, como resultado, eles atormentavam
a si mesmos com muitas dores.
O dinheiro pode ser investido na
eternidade quando utilizado para ajudar os menos favorecidos ou na
evangelização de pessoas. Por outro lado, ele também pode ser investido para
fazer o mal às pessoas. Por isso, Timóteo é advertido a ensinar a comunidade
com vistas a evitar que seus membros sejam arrastados por valores falsos e pela
ganância por bens materiais (1 Tm 6.11-16). O propósito é o livramento da pior
consequência do pecado, a saber, a separação eterna de Deus e a perda de todos
os benefícios que isso implica. Os ensinamentos de Paulo nas suas epístolas têm
uma relação próxima com os conceitos judaicos sobre o trabalho e a
prosperidade, como demonstra o livro de Deuteronômio. Em Deuteronômio 8.18,
encontramos a indicação de que o ser humano recebe de Deus forças para
trabalhar e produzir os bens necessários para a sobrevivência própria e da
família, podendo até tomar-se próspero no sentido material. A ênfase, no
entanto, está no reconhecimento de que a disposição, a condição de trabalho, o
próprio trabalho e a prosperidade financeira gerada por ele são dádivas
divinas. Por isso, a orientação é a dedicação ao trabalho de forma honesta,
tendo a prosperidade financeira como uma consequência natural, sem necessidade
de subterfúgios para alcançá-la. De outra forma, a prosperidade financeira
alcançada por meio do amor ao dinheiro é considerada maldição, e não bênção.
Paulo era testemunha viva das duas situações, preferindo a vida simples por
meio de trabalho honesto, porém desfrutando da comunhão e da paz com Deus.
2.
O rico altivo não entrará no Reino de Deus
Diferente da comunidade cristã em
Tessalônica, a comunidade de Éfeso desfrutava da presença de pessoas
proeminentes e mais abastadas em seu grupo. A condição social e financeira da
pessoa não é o determinante para a vida eterna com Deus, mas, sim, a maneira
como ela usa o dinheiro e relaciona-se com o próximo. Na primeira epístola
enviada a Timóteo, os ricos são advertidos sobre não serem altivos de coração e
não colocarem suas confianças na incerteza das riquezas (1 Tm 6.17).
Um grande número de pessoas acredita que
o acúmulo de riqueza é um sinal de segurança e paz, mas isso é um grande
equívoco. Por exemplo, existem pais que trabalham com tanta obstinação por
longos anos em busca de acumular riquezas para oferecer segurança para suas
respectivas famílias que se esquecem justamente delas. Quando alcançam seu
objetivo, percebem que perderam a família por falta de atenção e cuidado. Já
outras pessoas não medem os meios para acumular riquezas. Se for necessário,
sacrificam vidas, famílias e instituições. São pessoas que conquistam suas riquezas
com base em corrupção, negócios fraudulentos, tráfico, roubo, assassinatos,
entre outras formas inapropriadas. São vários os casos da realidade política
brasileira que retratam bem essa situação. Essas pessoas correm o risco de
perder tudo o que conquistaram de uma hora para outra. Tiago adverte os membros
ricos de sua comunidade para clamar e chorar pela miséria que passariam, pois o
clamor das pessoas exploradas havia chegado diante de Deus e serviría para a
condenação deles (Tg 5.1-6).
A carta destinada a Filemom, homem rico
que provavelmente se converteu a Cristo por meio da pregação de Paulo e por
quem o apóstolo nutria muita afeição tanto por ele quanto para as pessoas que
se reuniam em sua casa (F1 1.1-3), tem um apelo particular em favor de um
escravo fugitivo chamado Onésimo, que era “propriedade” de Filemom, sendo,
portanto, um bom exemplo sobre o relacionamento entre membros da comunidade
cristã pertencentes à classes sociais diferentes. O escravo além de fugir, ao
que tudo indica, também roubou dinheiro de seu senhor. Isso fazia dele um dos
seres mais desprezíveis daquela sociedade segundo os costumes e cultura romana.
Paulo, enquanto estava preso em Roma, acolhe Onésimo e conduz-lo a Cristo.
Agora, como irmãos, Paulo intercede por Onésimo em sua carta a Filemom (F1
1.9-11). A exemplo de Cristo, ele coloca-se no lugar do escravo e irmão em
Cristo: “E, se te fez algum dano ou te deve alguma coisa, põe isso na minha
conta. Eu, Paulo, de minha própria mão o escrevi: Eu o pagarei” (F1 1.18-19).
Paulo aproveita a oportunidade para ensinar tanto a Filemom como a toda a
comunidade cristã que se reunia em sua casa, como também as demais e até mesmo
a nossa comunidade cristã atual sobre o respeito ao ser humano. O apóstolo
ensina que o fato de um membro do corpo de Cristo possuir riquezas não o faz
melhor do que seu irmão no Reino de Deus. Ele também ensina que a arrogância e
o orgulho podem comprometer a vida eterna com Deus.
3.
O cristão deve depositar suas esperanças em Deus e usar o dinheiro para o bem
A cidade de Efeso estava situada num
porto que possibilitava o escoamento do comércio até o Mar Mediterrâneo. Em 133
a.C., ela foi declarada capital da província romana da Ásia. Quando Paulo
escreve aos efésios, ele faz uma séria advertência com relação a antigas
práticas relacionadas ao dinheiro e ao trabalho: “Aquele que furtava não furte
mais; antes, trabalhe, fazendo com as mãos o que é bom, para que tenha o que
repartir com o que tiver necessidade” (Ef 4.28). Na sociedade secular, as
distinções entre as pessoas eram mantidas, e cada classe (escravo, pobre,
mulher, ricos, entre outras) tinha um lugar e uma função a exercer, não podendo
haver troca de papéis ou intimidades e aproximações. Para a comunidade cristã,
Paulo apregoa a queda dessas barreiras, pois todos são considerados filhos de
Deus, “escravos” de Cristo e irmãos com disposição para trabalhar ou servir ao
próximo e ao Reino de Deus.
Fonte: Cobiça e Orgulho – Combatendo o desejo
da carne, o desejo dos olhos e a soberba da vida. Editora CPAD | Autor: Pr.
Natalino das Neves.
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