Introdução
O
“altar’” palavra ilustra um lugar de sacrifício e é derivada do verbo que significa
abater em sacrifício (Êx 20.24; Dt 16.2). Os altares eram o lugar dos
sacrifícios de adoração (Gn 8.20) e podiam ser feitos de terra (Êx 20.24),
pedras (Js 8.31; Jz 13.19) e até mesmo de bronze (Êx 38.17). Quais eram as
dimensões do altar do Tabernáculo? Qual é o seu significado para nós cristãos?
Qual é o altar dos crentes em Jesus? No estudo de hoje buscaremos respostas
para essas perguntas.
I - O ALTAR DO HOLOCAUSTO (Êx 27.1-7;
38.1-7)
O
altar do holocausto (também conhecido como
altar de bronze) era fabricado em madeira de acácia e revestido de bronze. Suas
medidas eram aproximadamente 2,20m de comprimento por 2,20m de largura por 1,30
m de altura. Havia um chifre em cada canto do altar,
além de argolas para carregá-lo por meio de varais.
Vejamos Êxodo 27.1-8 (Nova
Almeida Atualizada – SBB):
“Faça
também o altar de madeira de acácia. Seu comprimento será de dois metros e
vinte e a largura será de dois metros e vinte; o altar será quadrado. A altura
será de um metro e trinta. Nos quatro cantos coloque quatro chifres, os quais
formarão uma só peça com o altar, que deverá ser revestido de bronze. Faça
também recipientes para recolher a cinza do altar, além de pás, bacias, garfos
e braseiros; todos esses utensílios serão feitos de bronze. Faça também para o
altar uma grelha de bronze em forma de rede e fixe quatro argolas de metal nos
seus quatro cantos. Coloque as argolas dentro do rebordo do altar para baixo,
de maneira que a rede chegue até o meio do altar. Faça também cabos para o
altar, cabos de madeira de acácia revestidos de bronze. Os cabos devem ser passados
pelas argolas, de um e de outro lado do altar, quando este for transportado. Oco
e de tábuas você fará o altar; como lhe foi mostrado no monte, assim o farão”.
1. A primeira peça da mobília
do Tabernáculo
Era
a primeira peça da mobília [que se via] quando se adentrava o tabernáculo pela
entrada oriental. Entre a base e o topo, abria-se, pelo centro, uma grade. Um
chifre localizava-se em cada canto do altar para ajudar a prender os
sacrifícios de animais oferecidos ali.
2. A utilidade dos
instrumentos do altar
Os
instrumentos usados com relação ao altar eram feitos de bronze. Havia
caldeirinhas (recipientes) para recolher as cinzas, pás para remover
as cinzas, bacias para receber o sangue, garfos para organizar os
pedaços de carne e braseiros, usados provavelmente para levar as brasas
de fogo para o altar de incenso.
3. A finalidade do Altar do
holocausto
O
Altar de Bronze (do holocausto) servia para duas finalidades básicas no
contexto dos rituais dos sacrifícios de animais:
(1)
para os holocaustos por pecados cotidianos e (2) para a expiação do pecado uma
vez por ano (Êx 38.30; 30.28). As ofertas queimadas eram feitas sobre o Altar
de Bronze duas vezes por dia, um pela manhã, e outro à tardinha.
Vejamos 28.38-42 – NTLH:
“Todos
os dias, e para sempre, sacrifique dois carneirinhos de um ano. Sacrifique um
deles de manhã e o outro à tarde. Junto com o primeiro carneirinho ofereça um
quilo de farinha de trigo misturada com um litro de azeite. E, como oferta,
derrame um litro de vinho. À tarde ofereça outro carneirinho e junto com ele a
mesma quantidade de farinha, azeite e vinho, como de manhã. Essa é uma oferta
de alimento trazida para mim, o SENHOR, e o seu cheiro me agrada. E essa oferta
a ser queimada deve ser oferecida para sempre na minha presença, na entrada da
Tenda da Minha Presença”.
O
animal sacrificado era totalmente queimado no holocausto, e o cheiro da gordura
queimada sobre o altar exalava um cheiro que agradava a Deus; era um “cheiro
suave, uma oferta queimada ao Senhor” (Êx 29.18). Foi o que Cristo fez por
todos nós, entregando-se por nós em sacrifício suave a Deus (Ef 5.2).
4. Altar do holocausto, lugar
de derramamento de sangue
O
altar do holocausto era um lugar de derramamento de sangue e de morte, pois
"sem derramamento de sangue não há
remissão" (Hb 9.22). Se um pecador conseguisse entrar no átrio do tabernáculo
e se lavar na bacia, isso não era suficiente para salvá-lo, assim como também
não seria perdoado se entrasse no Lugar Santo e comesse dos pães da propiciação
ou queimasse o incenso.
O
caminho para a presença de Deus começava no altar de bronze, onde as vítimas
inocentes morriam pelos pecadores culpados.
Em
resumo, O altar de bronze nos remete ao Calvário, em que o Filho de Deus morreu
pelos pecados do mundo (Mt 26.26-28; Jo 1.29; 3.14-16; Rm 5.8; 1 Pe 2.24).
5. O simbolismo do Altar
O
altar do holocausto simbolizava a cruz do Calvário, lugar onde Cristo foi
crucificado (Hb 9.12-14, 25-28; 10.10-14; 13.10; 1 Jo 1.7; 2.2). O altar de holocausto nos
mostra que Jesus Cristo, tomando todos os pecados da humanidade sobre o Seu
corpo, derramou o Seu sangue e morreu na Cruz para ser condenado vicariamente
por estes pecados.
II - A SIMBOLOGIA DOS
CHIFRES DO ALTAR
Estes
chifres, apontando para o céu, “falavam do Deus a quem o altar fora construído,
e indicava a capacidade divina em ajudar, proteger e socorrer os seus
adoradores”. Denotavam a vitória do homem sobre o pecado mediante a expiação
simbolizada pelo altar.
Nos
quatro cantos do altar havia pontas que faziam parte da estrutura. Tinham
provavelmente a forma de chifre de animal. Eram importantes como símbolos de
poder e proteção (1 Rs 1.50).
a) Quatro chifres
As
pontas nos quatro cantos superiores do altar deveriam fazer parte do mesmo,
como uma só peça. Os materiais eram madeira e bronze. O bronze é o metal que
simboliza o julgamento. O sangue das ofertas pelo pecado era aplicado a essas
pontas ou chifres (Êx 29.12).
Esse
altar também funcionava como lugar de asilo onde um homicida não intencional
poderia obter refúgio temporário, até que o seu caso fosse julgado pelas autoridades
devidas. Durante uma rebelião, Adonias foi apanhado em pecado e correu para os
chifres do altar buscando um refúgio para escapar do julgamento do rei (1 Reis
1.50-53). Salomão foi misericordioso e lhe deu uma chance de se defender. Quando
Joabe se rebelou contra o rei, ele também correu para os chifres do altar, mas
não recebeu misericórdia (1 Reis 2.28-34).
III – O ALTAR DOS
CRENTES
O
único "altar" que os cristãos possuem hoje em dia é o próprio Cristo,
que carrega em seu corpo glorificado as feridas da cruz (HB 13.10; Lc 24.39; Jo
20.20). Como sacerdócio santo, os cristãos devem oferecer "sacrifícios
espirituais agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo" (1 Pe 2.5).
1. Os sacrifícios diários no
altar do Crente
A
cada manhã, os sacerdotes deviam oferecer um holocausto no altar de bronze (Êx
29.42,43), um retrato da absoluta consagração ao Senhor.
Ø
Diariamente podemos apresentar ao Senhor:
ü Apresentamos
como sacrifício nosso corpo
“ROGO-VOS,
pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em
sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional” (Rm
12.1 - ACF).
ü Apresentamos
como sacrifício nossa riqueza material (Fp 4.18)
“Mas
bastante tenho recebido, e tenho abundância. Cheio estou, depois que recebi de
Epafrodito o que da vossa parte me foi enviado, como cheiro de suavidade e
sacrifício agradável e aprazível a Deus” (Fp 4.18 -ACF)
ü Apresentamos
como sacrifício nosso louvor e Boas obras
“Por
meio de Jesus, pois, ofereçamos a Deus, sempre, sacrifício de louvor, que é o
fruto de lábios que confessam o seu nome. 16 Não se esqueçam da prática do bem
e da mútua cooperação, pois de tais sacrifícios Deus se agrada” (HB 13.15, 16 -
NAA).
ü Apresentamos
como sacrifício um coração quebrantado
“Sacrifício
agradável a Deus é o espírito quebrantado; coração quebrantado e contrito, não
o desprezarás, ó Deus” (Sl 51.17 – NAA).
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