Classe: Jovens | Trimestre: 2° de 2019 |
Revista: Professor | Fonte: Lições Bíblicas de Jovens, CPAD
TEXTO DO DIA
“Portanto,
deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos
uma carne.” (Gn 2.24)
SÍNTESE
Deus
criou o sexo para proporcionar satisfação e senso de realização, em um
casamento sem mácula.
AGENDA
DE LEITURA
SEGUNDA
– Gn 2.18: Deus viu que não era bom que Adão estivesse só
TERÇA
– Gn 1.27: Deus criou o homem e a mulher
QUARTA
– Gn 1.28; 5.3: Deus criou e ordenou que o homem se multiplicasse
QUINTA
– Gn 2.22-24: Deus, como um pai, conduziu Eva até Adão
SEXTA
- Ef 5.22;6.1-4: Modelo ideal para o relacionamento em família
SÁBADO
– Hb 13.4: Deus nos criou para termos uma vida sexual de realização no casamento
OBJETIVOS
• MOSTRAR que Deus criou o
homem e a mulher distintos e com objetivos específicos;
• SABER que o sexo é uma
dádiva divina para ser desfrutada no casamento.
INTERAÇÃO
Professor (a), esta lição dará início a uma série de quatro
lições que abordará a respeito do tema “sexo no casamento”. Tratar deste
assunto na igreja sempre foi temeroso devido aos diversos “tabus” e “mitos” que
foram criados ao longo da história sobre este tema. Falar a respeito de
sexualidade para jovens é um desafio a mais, porém é sempre bom ressaltar que o
sexo não é algo impuro, mas é somente para os casados. Os solteiros devem
aguardar e se manterem puros até o casamento. A juventude é a fase ideal para
se falar a respeito do assunto. Muitos problemas poderiam ser evitados entre os
jovens se o assunto fosse melhor trabalhado em nossas classes na Escola
Dominical. Por isso, professor (a) se dedique na preparação das aulas.
ORIENTAÇÃO
PEDAGÓGICA
Como o assunto pode ser considerando um tanto polêmico, a sua
atitude em relação aos alunos e alunas será o primeiro diferencial no resultado
do ensino.
Perceba que na lição é destacado o modelo ideal para o sexo, no
casamento. É evidente que alguns princípios bíblicos têm sido quebrados
constantemente entre os jovens ainda na fase do namoro. Essa aula e as próximas
três devem ser preparadas com muita atenção a fim de fortalecer os jovens para
que não abram mão dos princípios estabelecidos nas Escrituras Sagradas.
TEXTO
BÍBLICO
Gênesis
2.21-25
21 Então, o SENHOR Deus fez cair um sono
pesado sobre Adão, e este adormeceu; e tomou uma das suas costelas e cerrou a carne
em seu lugar.
22 E da costela que o SENHOR Deus tomou do
homem formou uma mulher; e trouxe-a a Adão.
23 E disse Adão: Esta é agora osso dos meus
ossos e carne da minha carne; esta será chamada varoa, porquanto do varão foi
tomada.
24 Portanto, deixará o varão o seu pai e a
sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne.
25 E ambos estavam nus, o homem e a sua
mulher; e não se envergonhavam.
INTRODUÇÃO
As
próximas quatro lições foram reservadas para refletirmos a respeito do sexo. Na
lição deste domingo, iremos estudar a respeito da narrativa da criação do mundo
e da humanidade na perspectiva conjugal. Veremos como Deus planejou o
relacionamento sexual entre o homem e a mulher no casamento e qual o seu
propósito. No segundo tópico vamos abordar o modelo bíblico para o casamento e
como esse modelo favorece uma vida conjugal feliz e sem pecado.
I - O SEXO E A
CRIAÇÃO DO SER HUMANO
1. O homem e a mulher
como obra prima de sua criação (Gn 1.1 — 2.22).
A
narrativa bíblica da criação traz uma sequência lógica na ordem das coisas
criadas. Na intenção de criar um local apropriado para suas criaturas, Deus
criou os céus e a terra. Por último, vemos a criação do ser humano, e neste
momento o padrão da narrativa muda. Surge um tom mais solene e detalhado,
afinal passa a ser apresentada a obra-prima de Deus, o homem e a mulher criados
à sua imagem, macho e fêmea (Gn 1.27). Diferente dos demais relatos da criação
do oriente, em que acreditavam na criação do ser humano para suportar o jugo
dos deuses e para servi-los, em Gênesis ele é criado para reinar sobre a
criação. Portanto, o relacionamento entre o ser humano e o restante da criação,
de espécie diferente, é de domínio e submissão. Domínio sobre a terra (Gn
1.28), os vegetais (Gn 1.29) e os animais (Gn 1.30).
2. Deus criou o homem
e a mulher distintos e com objetivos específicos.
Em
Gênesis 1.28 temos: “E Deus os abençoou e Deus lhes disse”. Aqui Deus se
comunica direto com o ser humano, demonstrando a relação especial, inclusive no
processo de fecundação. Para Israel, a fecundidade era precedida de uma palavra
de bênção divina.
Deus
criou macho e fêmea, homem e mulher, para procriação, mas dentro do casamento.
Em Gênesis 2.24, o texto do segundo relato da criação humana, que apresenta
primeiro a criação do homem e depois da mulher, é utilizada a expressão
hebraica kenegdô, que dá sentido de
algo distinto e que se ajusta perfeitamente. Portanto, os dois sexos têm a
mesma dignidade de imagem de Deus, para se complementarem e gerar filhos também
à sua imagem e semelhança (Gn 5.3). Portanto homem e mulher foram criados para
se relacionarem emocional, efetiva e sexualmente entre si no casamento.
3. O sexo foi criado
para a procriação e a felicidade no casamento (Gn 2.2124).
No
relato da criação, o homem foi criado primeiro. No entanto, teve uma vida
solitária, pois lhe faltava uma companheira, do sexo oposto, como tinham os
animais. O seu sentimento de solidão “comove” o coração de Deus que afirma não
ser bom que ele vivesse só. Deus então decide criar para ele uma companheira
(Gn 2.18). Após a criação da mulher, o homem a contempla e diz: “Esta é agora
osso dos meus ossos e carne da minha carne” (Gn 2.23). Agora, ele tem uma
companheira consanguínea, que o complementa e com a qual pode se relacionar
afetivamente.
II - SEXO, UMA
DÁDIVA DIVINA PARA SER DESFRUTADA NO CASAMENTO
1. O sexo no
casamento (Gn 2.24).
Uma
verdade já bem conhecida dos crentes é comprovada neste versículo: O casamento
foi a primeira instituição criada por Deus. O texto bíblico de Gênesis 2.24
demonstra que o casamento não é uma união acidental, mas planejada, incluindo a
participação das famílias envolvidas. Os pais são os responsáveis pela educação
e formação dos filhos e devem também orientá-los na constituição de novas
famílias. A Bíblia destaca a importância da família e o respeito entre os seus
membros. Em relação ao casamento não podemos ignorar as questões culturais,
identificando o que era costume nos tempos bíblicos. Contudo temos que
preservar os princípios morais e éticos que foram dados por Deus em relação ao
casamento, pois esses são imutáveis.
No
modelo do primeiro casamento, podemos ver a figura de Deus como a de um pai,
conduzindo a noiva, Eva, até àquele que seria o seu esposo, Adão. Ele os
abençoou e deu a autorização para serem fecundos. Esse é o modelo bíblico para
a formação das famílias e a consumação do ato sexual.
A
Carta aos Efésios fornece alguns preceitos que norteiam o relacionamento
familiar, entre o casal, pais e filhos. A recomendação do apóstolo Paulo é de
que haja uma plena união entre os casados, uma parceria de amor e de respeito.
No que tange aos filhos, ele exorta-os à obediência. Aos pais, recomenda-lhes a
cuidar bem de seus filhos (Ef 5.22 — 6.4). O modelo apresentado em Efésios é o
modelo ideal, pois segue os preceitos divinos.
2. As Escrituras
Sagradas prescrevem o casamento hetero, monogâmico e indissolúvel (Gn 2.24).
O
casamento entre um homem e uma mulher (monogamia), macho e fêmea (hetero) com
plena competência para procriar e gerar novos seres humanos, é o modelo de
casamento implícito em Gênesis 2.24. Se fosse criado outro homem para ser a
companhia de Adão, a humanidade não existiria. É algo abominável aos olhos de
Deus. Portanto, esse é o padrão ideal a ser buscado por aqueles que acreditam
na Bíblia como a Palavra de Deus, regra de fé e conduta, e que desejam estar
dentro da vontade e bênção do Criador.
O
texto diz que o homem deve deixar pai e mãe, mas é evidente que o mesmo se
aplica também à mulher. O termo “deixar” pressupõe que ambos estejam em
condições de assumir tal compromisso, nos aspectos físico, financeiro e
psicológico. O novo casal deve se separar fisicamente de seus pais e assim
terão liberdade para conduzir
suas
vidas, agora independentes. Os pais somente devem ajudar e opinar no
relacionamento conjugal dos filhos se forem convidados pelo casal.
A
expressão do verbo “apegar-se-á à sua mulher” pressupõe aliança (Dt 11.22-25);
afeição, amizade (Rt 1.14; Pv 18.24) e amor que une homem e mulher. A mulher
deve ser sujeita ao marido e o marido deve amá-la como a si mesmo.
3. O sexo sem culpa
(Gn 2.25).
O
primeiro casal estava nu e não tinha vergonha de sua nudez. Não havia motivo
para se envergonharem ou sentirem culpa. Eles somente vão sentir vergonha no
estágio da culpa que veio pela desobediência, ou seja, a perda da inocência. É
importante ressaltar que a culpa não veio com o ato sexual, mas pela
desobediência à Palavra de Deus (Gn 3.3, 6,7). Da mesma forma, se o
relacionamento enquanto namorado, noivo ou já casado estiver dentro do projeto
ideal de Deus, respeitando os limites estabelecidos por Ele, não haverá sentimento
de culpa, mas de prazer e realização.
Diferente
do que se defende em algumas culturas e até mesmo religiões, tanto o homem como
a mulher foram criados para a procriação e felicidade conjugal. Assim, não deve
ser praticado para a satisfação apenas de um dos cônjuges, mas de ambos. Casar
sem esse entendimento pode causar sérios problemas no relacionamento entre o
casal. Por isso, é fundamental que a compreensão ocorra durante o namoro, para
que ao chegar ao casamento desfrutem de uma vida sexual sem culpa e dentro dos
princípios estabelecidos pelo Senhor, como convém aos santos.
SUBSÍDIO 1
“Purifiquemo-nos de toda a impureza, tanto da carne quanto do
espírito [...]' (2 Co 7.1). Quando Paulo fala de ‘impurezas, tanto da carne
quanto do espírito', referia-se ao fato de que, tanto nosso corpo quanto nosso
espírito fazem parte do santuário do Espírito Santo; por isso, ambos devem ser
mantidos santificados para servir e agradar a Deus e para a felicidade própria.
Mas o que seriam ‘impurezas da carne'? No grego, a palavra ‘impureza' aparece
como molysmos, que significa literalmente ‘contaminação'. Essa mesma palavra
grega na forma verbal molyno e quer dizer ‘macular', ‘fazer impuro' ou ‘sujar'.
Essa palavra é empregada em Apocalipse 14.4 e expressa ‘impureza sexual'. Esses
pecados afetam o homem interior, por isso, são condenados de forma definitiva.
E as impurezas do espírito? O texto diz: ‘tanto da carne quanto do espírito' (2
Co 7.1). Ora, subentende-se que se trata do espírito humano, que pode pecar
contra Deus.
A cultura moderna da sociedade ensina que a masturbação é uma
prática normal, especialmente dos adolescentes. Entretanto, essa prática não se
restringe apenas aos adolescentes quando desponta a libido em suas vidas, mas é
uma prática também de adultos. Os especialistas denominam-na como uma das
anormalidades sexuais. É o prazer sem a presença do sexo oposto. A masturbação
é, indiscutivelmente, uma das ‘impurezas da carne' citadas por Paulo na carta
aos Coríntios (2 Co 7.1)” (CABRAL, Elienai. Mordomia Cristã. 1ed. Rio de
Janeiro: CPAD, p. 63).
SUBSÍDIO 2
“Escolhi não namorar durante todo o tempo da escola. Fiz as
minhas observações e também perguntei para diversas pessoas (professores,
pastores de jovens, pais, conselheiros) a respeito dessa questão vital. E todos
concordaram que poucos casais que namoram na escola, talvez nenhum, chegam
realmente a se casar. E todos concordaram que poucos casais que se encontram na
escola, caso haja algum, realmente termina por se casar. Então qual é a
finalidade do namoro? Você provavelmente observou que a maioria das tentações
de um jovem rapaz são (e continuarão a ser) tentações sexuais. E um encontro
sem um objetivo divino não faz sentido. Tudo o que ele faz é envolve-lo em um
turbilhão emocional que pode acabar conduzindo a problemas de natureza sexual.
Escolha ocupar-se de atividades em grupo, preferivelmente
atividades na igreja. Aproveite esse tempo para observar como se comportam as
jovens cristãs. O que elas observam? O que está no coração delas? (Lembre-se
que da mesma forma que você procura encontrar amigos rapazes espirituais, é
vital escolher também garotas espirituais para serem suas amigas) (GEORGE, Jim.
Um Jovem Segundo o Coração de Deus. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, p. 128).
CONCLUSÃO
Nesta
lição, nós aprendemos que de acordo com a narrativa bíblica da criação Deus
formou o homem e a mulher com um propósito definido. O Senhor também tem um
objetivo para o sexo no casamento: a procriação e a felicidade do casal.
O
modelo bíblico de casamento é hetero,
monogâmico e indissolúvel. Os desvios nos relacionamentos, no casamento e na
vida sexual antes do casamento devem ser tratados segundo os preceitos
bíblicos. Deus deseja que você tenha, no tempo certo, um casamento e uma vida
sexual saudável e feliz. Busque a Deus, ore e leia a sua Palavra para que você
agrade sempre ao Senhor.
1.
Segundo a lição, o domínio do homem é sobre quem?
É sobre “os peixes do mar, e sobre as aves dos
céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo réptil que se move
sobre a terra” (Gn 1.26).
2.
Qual o sentido da expressão hebraica Kenegdô?
A expressão hebraica kenegdô, dá sentido de
algo distinto e que se ajusta perfeitamente.
3.
De acordo com a lição, qual o propósito do sexo?
O sexo foi criado para a procriação e a felicidade
no casamento (Gn 2.21-24).
4.O que a expressão “apegar-se-à à sua
mulher” pressupõe?
Esta expressão pressupõe aliança (Dt 11.22-25).
5.
A culpa no relacionamento de Adão e Eva foi
resultado de quê?
Foi resultado do pecado, da desobência a Deus.