Lições Bíblicas do 2° trimestre de 2019 - CPAD | Classe: Adultos
| Data da Aula: 21 de Abril de 2019.
TEXTO ÁUREO
“Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e
entrará, e sairá, e achará pastagens." (Jo 10.9)
Verdade
Prática
Para
entrar à presença de Deus, no Lugar Santíssimo, o pecador deve passar por uma
única porta: Jesus.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Êx
25.8,9: O modelo divino do Tabernáculo
Terça - Êx
29.45,46: O lugar da habitação de Deus
Quarta - Lv
26.11-13: A presença de Deus no Tabernáculo
Quinta - Zc
2.10, 11: Deus deseja estar entre o seu povo
Sexta - Jo
10.7-9: Jesus é a Porta de acesso à presença de Deus
Sábado - Ef
2.13-18: Jesus uniu os povos diante de Deus
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Êxodo 27.9-19
9-
Farás também o pátio do tabernáculo; ao lado do meio-dia, para o sul, o pátio
terá cortinas de linho fino torcido; o comprimento de cada lado será de cem
côvados.
10
- Também as suas vinte colunas e as suas vinte bases serão de cobre; os colchetes
das colunas e as suas faixas serão de prata.
11
- Assim também do lado do norte as cortinas na longura serão de cem côvados de
comprimento; e as suas vinte colunas e as suas vinte bases serão de cobre; os
colchetes das colunas e as suas faixas serão de prata.
12
- E na largura do pátio do lado do ocidente haverá cortinas de cinquenta
côvados; as suas colunas, dez, e as suas bases, dez.
13
- Semelhantemente, a largura do pátio do lado oriental, para o levante, será de
cinquenta côvados,
14
- de maneira que haja quinze côvados de cortinas de um lado; suas colunas,
três, e as suas bases, três;
15
- e quinze côvados de cortinas do outro lado; as suas colunas, três, e as suas
bases, três.
16 - E à porta do pátio haverá uma coberta de
vinte côvados, de pano azul, e púrpura, e carmesim, e linho fino torcido, de
obra de bordador; as suas colunas, quatro, e as suas bases, quatro. 17 - Todas
as colunas do pátio ao redor serão cingidas de faixas de prata; os seus
colchetes serão de prata, mas as suas bases, de cobre.
18
- O comprimento do pátio será de cem côvados, e a largura de cada banda, de
cinquenta, e a altura, de cinco côvados, de linho fino torcido; mas as suas
bases serão de cobre.
19
- No tocante a todos os utensílios do tabernáculo em todo o seu serviço, até
todos os seus pregos e todos os pregos do pátio, serão de cobre.
HINOS SUGERIDOS: 134,
456, 495 da Harpa Cristã
OBJETIVO GERAL
Conscientizar acerca da centralidade de Deus
na Igreja de Cristo.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
- Apresentar o
Pátio entre as Tribos de Israel;
- Expor a
construção da cerca do Pátio;
- Enfatizar a
porta do Pátio.
INTERAGINDO COM O
PROFESSOR
O Tabernáculo está pronto. Os artesãos fizeram um lindo e precioso
trabalho. Rememore com os alunos essa construção artesanal revelada na lição
passada. Então, inicie a aula dizendo que agora entraremos no Tabernáculo.
Passaremos pela cerca e pela sua primeira porta. Pararemos no Pátio.
Assim, apresente a lição aos alunos, revelando os três tópicos principais: (I)
O Pátio entre as Tribos de Israel;
(II) A Construção da Cerca do Pátio;
(III) A Porta do Pátio.
Mostre também que o Pátio tinha uma posição especial entre as tribos
de Israel, conforme o primeiro tópico expõe. Isso aponta para a necessidade de
termos a consciência da centralidade do Pai Celestial em nossa vida e num mundo
onde múltiplas coisas nos convidam a violar a centralidade divina.
PONTO CENTRAL
Deus deve ser o centro de nossa vida.
INTRODUÇÃO
O
Tabernáculo representa um grande símbolo espiritual para o povo de Israel. Ali,
Deus se centralizava no meio de seu povo. E Ele esperava que essa nação reconhecesse
isso. Nessa perspectiva, estudaremos acerca da posição do Pátio do Tabernáculo
entre as Tribos de Israel, descreveremos a construção da cerca do Pátio e
conheceremos mais sobre o sentido da Porta Principal do Pátio. Cada imagem nos
revelará um valor espiritual edificante concernente à Obra Expiatória de Jesus
Cristo.
I - O PÁTIO ENTRE AS
TRIBOS DE ISRAEL
Quando
Moisés distribuiu as tribos em torno do Pátio do Tabernáculo, estava revelado
nesse ato um senso de organização divino. O Pátio do Tabernáculo ficava no
centro de todas as tribos de Israel. Era o símbolo de que Deus estaria no meio
de seu povo (Is 8.14).
1. As montagens provisórias
do Tabernáculo.
A
Palavra de Deus mostra que a construção do Pátio teve como primeira etapa a
montagem da estrutura do Tabernáculo no Sinai. Isso ocorreu no primeiro dia do
primeiro mês do segundo ano, após a saída do povo judeu do Egito (Êx 40.2,17),
isto é, quatorze dias antes da celebração da Páscoa.
Do
Sinai até Canaã passaram-se muitos anos. Antes de Israel entrar em Canaã,
Moisés orientou que um lugar fixo deveria ser estabelecido para o Tabernáculo.
Inicialmente, a estrutura foi montada em Gilgal (Js 4.19; 5.10; 9.6; 10.6,43).
Depois a transferiram para Siló (Js 18.1), que ficava no território de Efraim.
Tempos mais tarde, nos períodos de Saul e Davi, e por causa das guerras
internas e externas, a Arca da Aliança ficava alojada em lugares diversos, o
que demonstrava que o Tabernáculo já não tinha localização fixa. Finalmente,
Jerusalém foi conquistada por Davi e, no reinado de Salomão, o Tabernáculo deu
lugar ao Templo de Jerusalém, onde o próprio Deus confirmou o lugar e o aprovou
com a manifestação de sua glória (1 Rs 8.10,11).
2. A posição do Pátio do
Tabernáculo.
Para
entender a organização das tribos em torno do Pátio do Tabernáculo é preciso
compreender o propósito divino resumido em Êxodo 25.8: “E me farão um
santuário, e habitarei no meio deles” (cf. 29.45,46). Aqui está expressa a
vontade de Deus em ser o centro de seu povo. A localização geográfica do
Tabernáculo, o centro do acampamento e de frente para o Oriente, isto é,
voltado para o levante do Sol, revela exatamente a vontade de Deus em habitar
no coração do povo de Israel. Ora, Ele é quem deve estar no centro do nosso
coração. Deus é quem deve dominar a nossa mente e vida.
3. A posição do Exército de
Israel em torno do Tabernáculo.
Os
exércitos das tribos judaicas estavam localizados em torno do santuário divino.
1)
De frente para a porta principal de acesso ao Tabernáculo. Os exércitos de
Judá, Issacar e Zebulom estavam posicionados na porta principal do Pátio do
Santuário. Juntos, esses exércitos somavam 186.400 homens (Nm 2.3-9);
2)
Aos fundos, do Oeste para o Ocidente. Na retaguarda do Pátio do Tabernáculo
estavam as tropas de Efraim, Manassés e Benjamim que, juntas, somavam 108.100
homens (Nm 2.18-23);
3)
Ao norte. Na lateral do Tabernáculo, encontravam-se as hostes de Naftali, Dã e
Aser. Juntas, somavam 157.600 homens (Nm 2.25-30);
4)
Ao Sul. Na outra lateral do Tabernáculo, estabeleceram-se os exércitos de
Ruben, Simeão e Gade. Ambos somavam 151.450 homens (Nm 2.12-19).
Ao
todo eram 603.550 homens acima de vinte anos de idade que estavam entorno do
Pátio do Tabernáculo. Isso passava a mensagem de que Israel reconhecia a
centralidade de Deus na vida espiritual e social da nação. Assim, devemos tê-Lo
como o centro de todas as esferas da vida.
SÍNTESE DO TÓPICO I
A montagem do Tabernáculo era provisória e o
Pátio ficava no centro das Tribos de Israel.
II - A CONSTRUÇÃO DA
CERCA DO PÁTIO
1. O cortinado de linho
branco da cerca do Pátio.
Uma
cerca de 45 metros de comprimento com aproximadamente 22,5 centímetros de
largura separava o Tabernáculo das Tribos ao redor. As sessenta colunas de
bronze, sobre as quais havia um cortinado de linho branco torcido de
aproximadamente 2,25 metros de altura, sustentavam a cerca do Pátio. Assim, não
se podia ver o que passava-se no interior do pátio, senão a cobertura do
Tabernáculo.
2. Colunas, cortinas e
varais do Pátio (Êx 27.10-12).
As
colunas de bronze foram feitas de madeira de acácia e ficavam presas na parte
interior da cortina por bases ou placas de bronze colocadas sobre o solo. Já as
cortinas eram costuradas uma a outra até formarem uma tela bem firme. Por sua
vez, os varais encaixavam-se às colunas e ao cortinado da cerca. Tudo era
metricamente encaixado. Assim, as colunas, as cortinas e os varais são
elementos que didaticamente podem simbolizar a segurança, a estabilidade e a
comunhão na vida cristã, produzidas pela Obra Expiatória de Cristo.
Ora,
em Cristo toda a justiça de Deus foi satisfeita na obra expiatória; por isso
temos a segurança da salvação (Rm 8.33-39). Estamos seguros em Cristo (Jo
10.28-30)! Depois, a partir dessa obra, temos acesso às promessas de Deus, as
quais nos dão estabilidade na vida cristã (Rm 14.4; Cl 3.3). Por fim, a
Expiação de nosso Senhor não apenas salvou-nos, mas abriu-nos a porta da
comunhão cristã (1 Co 12.12,13; Ef 2.1216). Portanto, à semelhança das colunas,
cortinas e varais do Tabernáculo, a Obra Expiatória de Cristo nos traz
segurança, estabilidade e comunhão na vida cristã.
3. A cerca de linho: a
santidade e a justiça de Deus.
A
parte reservada na esfera interna do Pátio, separada pelo “linho branco
torcido”, revelava a santidade de Deus. Ali, os sacerdotes ministravam os
cerimoniais de sacrifícios pelos pecados do povo. Nesse sentido, o Pátio do
Tabernáculo revelava que o pecador não tinha acesso ao Deus Santo, senão por
meio do sacerdote.
Deus
é Santo e Justo. O homem carece de santidade e de justiça. No entanto, em
Cristo, o pecador é justificado e santificado para a salvação. Esse é o maior
milagre que o pecador pode desfrutar de seu encontro com Jesus. Só quem pode
justificá-lo e santificá-lo é Jesus!
SÍNTESE DO TÓPICO II
A cerca do Pátio era feita de um cortinado de
linho branco e de colunas de bronze.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“[...] Faz-se necessário examinar mais de perto alguns aspectos
da obra redentora de Cristo. Várias palavras bíblicas a caracterizam. Ninguém
que leia as Escrituras de modo perceptivo pode fugir à realidade de que o
sacrifício está no âmago da redenção, tanto no Antigo quanto no Novo
Testamento. A figura de um cordeiro ou cabrito sacrificado como parte do drama
da salvação e da redenção remonta à Páscoa (Êx 12.1-13). Deus veria o sangue
aspergido e ‘passaria por cima' daqueles que eram protegidos por sua marca.
Quando o crente do Antigo Testamento colocava as suas mãos no sacrifício, o
significado era muito mais que identificação (isto é: ‘Meu sacrifício'). Era um
substituto sacrifical (isto é: ‘Sacrifico isto em meu lugar')” (HORTON, M.
Horton (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de
Janeiro: CPAD, 2018, p.352).
III - A PORTA DO
PÁTIO
1. A Porta do Pátio: uma
tipificação do único caminho (Êx 27.16).
Para
se entrar no Pátio do Tabernáculo havia apenas uma Porta. Esta porta dava
acesso ao local sagrado, onde Deus habitava. Cristo, o nosso Senhor, é a
verdadeira Porta de acesso para todos os pecadores. Ele mesmo declarou: “Eusou
a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e entrará, e sairá, e achará
pastagens” (Jo 10.9). Essa palavra de nosso Senhor confirma toda a doutrina do
Novo Testamento que tem em Cristo o único caminho de entrada possível para
chegarmos ao Pai: “Ninguém vem ao Pai senão por mim” (Jo 14.6). Essa porta,
portanto, é o único meio de acesso a Deus (At 4.12; Ef 2.18).
2. As quatro colunas e suas
bases: uma tipificação do Evangelho (Êx 27.16).
Destacamos
aqui as quatro colunas e suas quatro bases. Essas bases e colunas sustentavam a
porta principal do Pátio. Esse fato nos faz rememorar os quatro Evangelhos
(Mateus, Marcos, Lucas e João), o maior instrumento que o ser humano tem para
conhecer a pessoa bendita de nosso Senhor Jesus Cristo. Toda a revelação de que
precisamos saber acerca da pessoa de Cristo está narrada nos Evangelhos. Por
isso, para ter uma base espiritual sólida e conhecer a pessoa de Jesus,
precisamos começar pelos Evangelhos. Assim, Leia toda a Palavra de Deus e a
guarde no seu coração.
3. As cores da cortina de
entrada: diversos tipos (Êx 27.16).
Azul,
púrpura, carmesim e branco eram as cores da cortina de entrada ao Pátio. Nas
Sagradas Escrituras, as cores sempre simbolizaram aspectos importantes da fé.
Muitas igrejas de tradições cristãs distintas (como as episcopais, as
reformadas e, até mesmo, algumas pentecostais) observam o que se convencionou
chamar de Calendário Litúrgico. Nele, os dias comemorativos são inspirados por
cores. Essa prática está ancorada nas comemorações litúrgicas do povo de Deus
do Antigo Testamento.
Nesse
aspecto, podemos destacar, por exemplo, que o azul lembra o céu. A púrpura
lembra a ideia de realeza. O carmesim lembra a ideia de humilhação e
sofrimento. O branco lembra a ideia de justiça, perfeição (Rm 5.18). O Senhor
Jesus remonta essas cores: Ele veio e foi para o céu, Ele é o Rei dos reis e
Senhor dos senhores, Ele é justo e perfeito, e foi humilhado e moído pelos
nossos pecados (Is 42.1; Fp 2.5-9).
SÍNTESE DO TÓPICO III
A porta do Pátio aponta para o único caminho:
Cristo.
SUBSÍDIO VIDA CRISTÃ
“A Palavra, não os Sentimentos
Que Deus nos dê uma posição séria e decidida, na qual a carne e
o sangue tenham de se render! Avançaríamos muito. Não seríamos movidos por
nossos sentimentos.
O indivíduo ora por uma noite inteira e recebe uma bênção, mas
amanhã, por ele não sentir exatamente o que acha que deve sentir, começa a
murmurar. Desse modo, ele troca a Palavra de Deus por seus sentimentos.
Deixe Cristo fazer sua obra perfeita. Você tem de deixar de ser.
Trata-se de algo difícil para você e para mim. Mas não é problema algum quando
você está nas mãos do oleiro. Você está errado quando fica esperneando. Você
está certo quando fica quieto e deixa Deus formar você de novo.
Portanto, permita que hoje Ele o forme de novo e faça de você um
vaso que aguentará a tensão” (WIG-GLESWORTH, Smith. Devocional. Série: Clássicos
do Movimento Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, pp.76-77).
CONCLUSÃO
Nesta
lição, estudamos a centralidade de Deus em nossa vida por meio da posição do
Tabernáculo. Fomos estimulados a termos uma base e segurança espiritual por
meio da construção do Pátio do Tabernáculo. E concluímos que o Senhor é o único
meio de acesso a Deus através da imagem da porta do pátio. Portanto, sejamos
conscientes de que Jesus Cristo se revelou ao seu povo como o único caminho
para o pecador alcançar a salvação. Ele é o único caminho que conduz ao Céu!
PARA REFLETIR
A respeito de “Entrando no Tabernáculo: o
Pátio”, responda:
• Em relação às tribos, em
qual posição o Tabernáculo ficava posicionado?
O
Pátio do Tabernáculo ficava no centro de todas as tribos de Israel.
• O que está expresso em
Êxodo 25.8?
O
propósito divino resumido em Êxodo 25.8 era: “E me farão um santuário, e
habitarei no meio deles” (cf. 29.45,46).
• Por que podemos ter a
segurança da salvação?
Ora,
em Cristo toda a justiça de Deus foi satisfeita na obra expiatória; por isso
temos a segurança da salvação (Rm 8.33-39).
• O que Cristo declarou a
respeito dEle mesmo?
Ele
mesmo declarou: “Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e
entrará, e sairá, e achará pastagens” (Jo 10.9).
• Quais eram as cores da cortina de entrada ao Pátio?
Azul,
púrpura, carmesim e branco eram as cores da cortina de entrada ao Pátio.