Lições Bíblicas do 2° trimestre de 2019 - CPAD | Classe: Adultos
| Data da Aula: 16 de Junho 2019.
TEXTO ÁUREO
“Porque nos convinha tal sumo sacerdote, santo, inocente,
imaculado, separado dos pecadores e feito mais sublime do que os céus.” (Hb
7.26)
Verdade
Prática
Nosso grande e único Sacerdote é Jesus Cristo. Ele
intercede eficazmente em nosso favor diante do Pai.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Êx 29.1-34: O
sacrifício levítico
Terça - Êx 29.35-46: A
santificação de Arão e de seus filhos
Quarta - Êx 39.1-32: A
vestimenta sacerdotal
Quinta - Hb 10.1-18: O
sacrifício perfeito
Sexta - Hb 7.4-9: O símbolo do sacerdócio
eterno de Cristo
Sábado - Hb 10.18-25: O novo
e vivo caminho para Deus
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Êxodo
28.1; Levítico 8.22; Hebreus 7.23-28; 1 Pedro 2.9
Êxodo 28:
1
- Depois, tu farás chegar a ti teu irmão Arão e seus filhos com ele, do meio
dos filhos de Israel, para me administrarem o ofício sacerdotal, a saber: Arão
e seus filhos Nadabe, Abiú, Eleazar e Itamar. Levítico 8
22
- Depois, fez chegar o outro carneiro, o carneiro da consagração; e Arão e seus
filhos puseram as mãos sobre a cabeça do carneiro;
Hebreus
7.23-28:
23
- E, na verdade, aqueles foram feitos sacerdotes em grande número, porque, pela
morte, foram impedidos de permanecer;
24
- mas este, porque permanece eternamente, tem um sacerdócio perpétuo.
25
- Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus,
vivendo sempre para interceder por eles.
26
- Porque nos convinha tal sumo sacerdote, santo, inocente, imaculado, separado
dos pecadores e feito mais sublime do que os céus,
27
- que não necessitasse, como os sumos sacerdotes, de oferecer cada dia
sacrifícios, primeiramente, por seus próprios pecados e, depois, pelos do povo;
porque isso fez ele, uma vez, oferecendo-se a si mesmo.
28
- Porque a lei constitui sumos sacerdotes a homens fracos, mas a palavra do
juramento, que veio depois da lei, constitui ao Filho, perfeito para sempre.
1 Pedro 2.9:
9
- Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo
adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas
para a sua maravilhosa luz.
HINOS SUGERIDOS: 56, 141, 176 da Harpa
Cristã
OBJETIVO GERAL
Mostrar a superioridade do sacerdócio de Cristo sobre o
levítico.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Explicar o processo de escolha
dos sacerdotes;
Descrever a vestimenta
sacerdotal para o serviço;
Expor sobre o sacerdócio de Cristo.
• INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Se na lição anterior vimos que o sistema de sacrifícios do Antigo
Testamento apontava para o sacrifício do Calvário, nesta veremos que a classe
sacerdotal levítica apontava para o sacerdócio perfeito de Cristo Jesus. Nosso
Senhor estabeleceu um novo e perfeito sacerdócio, trouxe uma salvação perfeita
por intermédio de seu santo ministério e tornou-se o único e verdadeiro
mediador entre Deus e os homens. O Senhor Jesus nos reconciliou com o Pai
Celestial!
PONTO CENTRAL
O Senhor Jesus é o grande e único sacerdote de seu povo.
INTRODUÇÃO
Há
uma relação especial entre o sacerdócio levítico e o sacerdócio cristão.
Enquanto o levítico foi estabelecido em Arão, o do Novo Testamento foi
estabelecido em Cristo, segundo a ordem de Melquisedeque.
Nesta
lição, veremos como se deu a escolha dos sacerdotes do Antigo Testamento.
Veremos também a importância de suas vestimentas como sinal de autoridade para
o serviço divino. E, finalmente, mostraremos por que o sacerdócio de Cristo é
superior. Ele é o Sumo Sacerdote perfeito!
I - A ESCOLHA DOS SACERDOTES (ÊX 28.1)
Deus
escolheu a linhagem sacerdotal levítica, e não Moisés. Essa escolha indicava a
soberania do Senhor para designar obreiros para sua Obra. No ministério
cristão, por meio do Espírito Santo, Deus é quem elege líderes para o
ministério (At 13.2).
1. Os sacerdotes
precisavam pertencer à tribo de Levi.
O
Altíssimo ordenou que Moisés contasse os filhos de Israel, excetuando a tribo
de Levi, a fim de que os levitas se encarregassem dos ofícios do Tabernáculo
(Nm 1.49,50; 3.6). Assim, o sacerdócio de Levi obteve uma posição proeminente
entre as demais tribos de Israel (Nm 1.52,53).
2. Características
especiais dos levitas.
Aqui,
destacaremos duas características especiais dos levitas:
(1)
O chamamento específico para o serviço do Tabernáculo;
(2)
A unidade, pois todos falavam a mesma língua, defendiam o mesmo comportamento e
mantinham a mesma fé. Ambas as características apontam para a importância da
unidade da Igreja. A igreja local é o Corpo de Cristo, portanto, o chamamento e
a unidade são a sua marca (Jo 17.20,21).
3. A consagração
sacerdotal tinha um só propósito.
Os
sacerdotes foram consagrados para servir no Tabernáculo. Separados pelo e para
o Senhor, não podiam executar outra atividade que fugisse a esse propósito (Nm
1.50; 3.12). Logo, o método de Deus para os obreiros do Novo Testamento não é
diferente: os obreiros do Senhor não se embaraçam “com negócio desta vida” (2
Tm 2.4). Ratificando esse princípio, nosso Senhor declarou que o vocacionado
para “arar a terra” não pode olhar para trás (Lc 9.62). É preciso olhar para
frente e fazer a obra divina com perseverança e fé (Hb 10.38).
SÍNTESE DO TÓPICO I
Para
ser sacerdote era necessário pertencer a tribo de Levi, ter um chamamento,
viver em unidade e servir no Tabernáculo.
SUBSÍDIO
DIDÁTICO-PEDAGÓGICO
Após fazer a exposição deste tópico, sugerimos as seguintes
perguntas: “O que é chamado?”; “O que é vocação?”; “Você é vocacionado para
alguma obra?”
É possível que muitos alunos ainda não tenham pensado a respeito
da vocação de Deus para suas vidas. Use este tópico para estimulá-los a pensar
seriamente sobre isso. Descobrir a nossa vocação, muitas vezes, significa
descobrir o sentido da vida. Deus deseja revelar sua vontade à vida de seus
alunos.
II - VESTIMENTA SACERDOTAL PARA O
SERVIÇO
1. Simbologia da
vestimenta sacerdotal.
O
capítulo 28 de Êxodo descreve a vestimenta sacerdotal para o serviço no
Tabernáculo. A vestimenta tinha características especiais e cerimoniais, pois
servia de “glória e ornamento” do ministério (Êx 28.2). A vestimenta era um
símbolo da autoridade sacerdotal. Além de despertar a atenção do povo, marcava
o caráter divino do serviço.
2. A túnica chamada
“éfode” (Êx 28.4).
Era
uma espécie de avental sem manga que cobria a frente e as costas, unido por
tiras em cada ombro e por um cinto (Êx 28.6-8). As tiras tinham engastes de
ouro com pedras de ônix, em cada uma tinha a gravação dos nomes dos filhos de
israel. Dos engastes de ouro dessas pedras pendia o peitoral. O éfode descia um
pouco abaixo da cintura, por cima da túnica de linho até os pés do sacerdote.
Por levar sobre os ombros os nomes dos filhos de Israel, o Sumo Sacerdote
constituía-se no mediador do povo diante de Deus.
3. O “Urim e Tumim”.
Provavelmente
eram uma forma de lançar sortes. No Antigo Testamento, o povo de Deus pedia a
orientação divina para tomar cada decisão importante (Nm 26.55,56). Para isso,
recorria ao Urim e Tumim. No hebraico, a expressão significa “luzes e
perfeições”. Eram pedras colocadas provavelmente sobre o peitoral do Sumo
Sacerdote, representando a vontade de Deus; numa pedra, a resposta positiva, e
na outra, a resposta negativa (Ed 2.63; Ne 7.65). O Sumo Sacerdote só tomava as
pedras do Urim e Tumim em casos muito especiais (1 Sm 28.6). No Novo Testamento,
é relatada uma prática semelhante ao Urim e o Tumim, na escolha do sucessor de
Judas Iscariotes (At 1.26).
SÍNTESE DO TÓPICO II
A vestimenta sacerdotal tinha uma simbologia cerimonial
relevante: a “glória” e o “ornamento” do santo ministério.
SUBSÍDIO
BIBLIOLÓGICO
"A estola. A
vestimenta usada pelo sumo sacerdote era ornamentada. Pedras colocadas em
fivelas nos dois ombros, nas quais os nomes das tribos estavam gravados,
pareciam sua mais importante característica. Ao usá-la, o sumo sacerdote
aceitava o papel de representante de todo o povo. O que ele fazia, fazia por
eles e por Deus.
Sacerdotes comuns vestiam simples estolas longas até as coxas,
feitas de linho fino branco quando ministravam (Êx 39.27; 1 Sm 2.18; 2 Sm
6.14).
O
peitoral. O peitoral era um colete finamente modelado. Era preso à estola
com correntes de ouro e decorado com quatro fileiras de joias, cada um
representando uma tribo de Israel. Há um significado especial em vestir o nome
das tribos de Israel sobre o coração do sumo sacerdote. Como representante de
outros diante Deus, ele deveria preocupar-se profundamente com eles, até mesmo
como o próprio Senhor. A adoração pode ser cerimonial. Mas pode tornar-se um mero
ritual” (LAWRENCE, Richards O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma Análise de Gênesis
a Apocalipse capítulo por capítulo. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p.70).
III - O SACERDÓCIO DE CRISTO (Hb
7.23-28)
A
origem do ofício sacerdotal remonta a Melquisedeque, rei de Salém (Hb 7.1), e,
posteriormente a Arão, da família de Levi (Êx 29.30). No Antigo Testamento, a
função sacerdotal restringia-se a tribo levita. Já no Novo Testamento, o Senhor
Jesus, no Calvário, ergue-se como o Sumo Sacerdote da ordem de Melquisedeque,
superior à ordem de Arão.
1. Um novo e perfeito
sacerdócio.
O
autor da Epístola aos Hebreus escreveu: “Porque, mudando-se o sacerdócio,
necessariamente se faz também mudança da lei” (Hb 7.12). O sacerdócio levítico
era imperfeito (Hb 7.11). Nele, os sacrifícios, o culto, as ofertas e a
liturgia dos serviços eram apenas sombra do verdadeiro sacerdócio a ser
oficiado por Cristo.
O
sacerdócio do Filho de Deus veio “segundo a ordem de Melquisedeque”, e não
segundo a ordem de Arão. Jesus Cristo foi capaz de reconciliar o homem com
Deus, por meio de seu sangue, abrindo o caminho para uma comunhão verdadeira
com o Pai. O Evangelho da Nova Aliança havia chegado!
2. Jesus trouxe
salvação perfeita.
Diferentemente
dos sacerdotes araônicos, que se sucediam no ministério, porquanto mortais e
pecadores, Jesus, sendo eterno e santo, salvou-nos eficazmente através de um
único sacrifício; Ele é a oferta e o ofertante (Hb 7.25). Além disso, Jesus
Cristo intercede por nós: “Porque nos convinha tal sumo sacerdote, santo, inocente,
imaculado, separado dos pecadores e feito mais sublime do que os céus, que não
necessitasse, como os sumos sacerdotes, de oferecer cada dia sacrifícios,
primeiramente, por seus próprios pecados e, depois, pelos do povo; porque isso
fez ele, uma vez, oferecendo-se a si mesmo” (Hb 7.26).
3. Jesus, o mediador de
uma melhor aliança.
Na
Antiga Aliança tudo era perfeito: mandamentos, estatutos e juízos. Mas o homem,
enfermo pelo pecado, não tinha forças para obedecer às ordenanças divinas como
o Senhor requeria de cada um. Mas Jesus, sendo o perfeito cumprimento da Lei e
dos Profetas, veio para morrer em nosso lugar, resgatando-nos do pecado.
Ele
é o sacrifício perfeito; expiou-nos as culpas, justificando-nos perante Deus
(Rm 5.1). Através de sua graça, vivemos no Espírito e cumprimos a Lei do
Espírito. Amém!
SÍNTESE DO TÓPICO III
O
sacerdócio de Cristo é novo e perfeito, pois trouxe uma salvação perfeita,
fazendo-se mediador de uma melhor aliança.
SUBSÍDIO DE
VIDA CRISTÃ
“Não
há vida fora de Jesus Cristo, não há vida eterna fora de Jesus Cristo, segundo
declaração do próprio Jesus. João disse: ‘E o testemunho é este: que Deus nos
deu a vida eterna; e esta vida está em seu filho. Quem tem o filho tem a vida;
quem não tem o Filho de Deus não tem a vida' (1 Jo 5.11,12). Observe estas
palavras: ‘Segundo as promessa da vida'. Não há promessa de vida fora de Jesus
Cristo. Jesus foi o mestre mais enfático que o mundo jamais viu. Ele disse:
‘Necessário vos é nascer de novo' (Jo 3.7). Não há uma maneira pela qual você
possa contornar a questão. Não há possibilidade de evitar esta verdade. Você
tem de ir diretamente até ela e encará-la. ‘Segundo a promessa da vida que está
em Cristo Jesus'” (LAKE, John G. Devocional. Série: Clássicos do Movimento
Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, pp.140-41).
CONCLUSÃO
Quem
recebe a Cristo como Salvador e Senhor, “nova criatura é; eis que tudo se fez
novo” (2 Co 5.17). Andemos em novidade de vida para a glória de Deus! Ele é o
nosso perfeito Sumo Sacerdote.
PARA REFLETIR
• À qual tribo os sacerdotes precisavam pertencer?
Os sacerdotes precisavam pertencer à tribo de Levi.
• Mencione as duas características especiais dos levitas.
O chamamento e a unidade.
• Para quê servia a vestimenta sacerdotal?
A vestimenta tinha características especiais e cerimoniais, pois servia
de “glória e ornamento” do ministério (Êx 28.2).
• Para onde remonta a origem do ofício sacerdotal?
A origem do ofício sacerdotal remonta a Melquisedeque, rei de Salém (Hb
7.1), e, posteriormente a Arão, da família de Levi (Êx 29.30).
• O que Jesus fez de diferente dos sacerdotes araônicos? Diferentemente dos
sacerdotes araônicos, que se sucediam no ministério, porquanto mortais e
pecadores, Jesus, sendo eterno e santo, salvou-nos eficazmente através de um
único sacrifício; Ele é a oferta e o ofertante (Hb 7.25).