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Lição: 11
Revista do 1° trimestre de
2019 – CPAD
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INTRODUÇÃO
De
acordo com o Novo Testamento, os dons de Deus estão à disposição de todos os
que creem, com a finalidade de promover graça, poder e unção à Igreja no
exercício de sua missão, de forma que Cristo seja glorificado 1 Coríntios
12.4-11,28,30,31; 14.1.
Entre
os dons divinos, destacaremos o dom de discernimento de espíritos por se tratar
de um dom indispensável para a Igreja de Cristo em sua batalha espiritual.
I
– O QUE É O DOM DE DISCERNIMENTO DE ESPÍRITOS (1 Co 12.10)
1.
Conceito
“A
palavra ‘discernir’ (grego “diakrisis”)
significa julgado através de, distinguir, e tem o sentido de penetrar por baixo
da superfície, desmascarando e descobrindo a verdadeira fonte dos motivos e da
animação”. O dom de discernir os espíritos é uma capacitação sobrenatural do
Espírito Santo que permite conhecermos a natureza e o caráter dos espíritos.
a) Objetivo
Ajuda
o crente a separar o falso do verdadeiro, o puro do impuro, o santo do pecador,
o joio do trigo e, especialmente, a intenção dos corações. Leia 1 João 4.1.
Através
desse dom, em suas diversas manifestações, a igreja pode detectar a presença de
demônios, no meio da comunidade ou congregação, a fim de expulsá-los, no nome
de Jesus.
2.
Exemplos de discernimento de espíritos
a)
Exemplo do Antigo Testamento
O
profeta Eliseu, homem de Deus, desmascarou o espírito do engano em seu servo
que desejou tomar de Naamã um talento de prata e duas mudas de roupa, como
pagamento da cura de sua lepra. O pobre Geazi herdou apenas a lepra. Os que
compram e vendem os dons de Deus morrem leprosos, mesmo que esta doença não
seja visível no corpo, inunda a alma com a imundície deste pecado, chamado de
simonia (2 Reis 5.20-27).
Outros exemplos
do uso desse dom:
ü Aías: “... e entrando ela pela porta, disse
ele: Entra, mulher de Jeroboão, porque te disfarças assim?” (1 Rs 14.1,2, 4,
6).
ü Eliseu: “Mas o profeta Eliseu, que está em
Israel, faz saber ao rei de Israel as palavras que tu falas na tua câmara de
dormir” (2 Rs 6.12).
ü Moisés (Ex 32.17, 18) etc.
b)
Exemplo do Novo Testamento
É
no Novo Testamento que este dom se manifesta em todo o seu vigor, revelando os
espíritos maus e enganadores dos últimos tempos. Em Atos 16.16-18, Paulo
enfrentou uma situação na qual precisou discernir os espíritos. Ele conheceu a
origem daquela bajulação e expulsou o demônio em nome de Jesus Cristo. Os
crentes precisam exercer este dom na atualidade, quando o espírito de mentira
está em muitos lábios, tanto ou mais que nos dias dos apóstolos.
Em
certa ocasião, Paulo defrontou-se com uma ação diabólica declarada com o
objetivo de impedir a pregação do evangelho ali, e a conversão de uma
autoridade pública. Mas o apóstolo, cheio do Espírito Santo, percebeu as
artimanhas do Adversário, e, na autoridade de Deus, declarou que o opositor do
evangelho ficaria cego por algum tempo, o que de pronto aconteceu. Diante de
tamanho sinal, “Então, o procônsul, vendo o que havia acontecido, creu,
maravilhado da doutrina do Senhor” (At 13.12).
Outro exemplo:
ü Pedro, no caso de Ananias e Safira (At
5.1-10).
II – O USO DO DOM (1 Jo 4.1-6; Mt 7.15-20).
Se
pode saber a diferença entre uma manifestação espiritual legítima e uma falsa
manifestação, através desse dom. “Pelo dom de discernimento que dá capacidade
ao possuidor para determinar se um profeta está falando, ou não, pelo Espírito
de Deus. Esse dom capacita o possuidor para ‘enxergar’ todas as aparências
exteriores e conhecer a verdadeira natureza duma inspiração.” A manifestação
espiritual precisa passar por duas provas de sua legitimidade: A prova
doutrinária e a prova prática.
“Amados, não creiais em todo espírito, mas
provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm
levantado no mundo. Nisto conhecereis o Espírito de Deus: todo espírito que
confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; e todo espírito que não
confessa que Jesus Cristo veio em carne não é de Deus; mas este é o espírito do
anticristo, do qual já ouvistes que há de vir, e eis que está já no mundo.
Filhinhos, sois de Deus e já os tendes vencido, porque maior é o que está em
vós do que o que está no mundo. Do mundo são; por isso, falam do mundo, e o
mundo os ouve. Nós somos de Deus; aquele que conhece a Deus ouve-nos; aquele
que não é de Deus não nos ouve. Nisto conhecemos nós o espírito da verdade e o
espírito do erro.” (1 Jo 4.1-6)
Neste
texto, o apóstolo nos indica um método pelo qual qualquer crente pode
identificar um espírito mau. Contudo, nem todas as circunstâncias são
apropriadas para este método de identificação. O dom de discernimento de
espíritos pode prover-nos dos meios evidentes para em qualquer ocasião
detectarmos os espíritos maus, e isto é obra de grande proveito para a causa de
Cristo.[1]
1.
O dom é indispensável para não sermos enganados pelos demônios
E
preciso usar o discernimento espiritual para não se deixar enganar por
espíritos malignos que, eventualmente, podem aparecer como anjos do Senhor para
trazer mensagens falsas, trazendo revelações em total desacordo com a Palavra
de Deus.
Exemplo
disso foi a aparição do “anjo Maroni”,
a Josef Smith, dando-lhe instruções extravagantes, como a liberdade de um homem
poder se casar com até dez mulheres! Outras aberrações também estavam incluídas
nas suas falsas revelações. Para resumir, dessa visitação nasceu a Igreja de
Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, conhecida como a Igreja Mórmon. É
claro que fatos semelhantes a esse não invalidam a possibilidade de um salvo
ter, eventualmente, uma visitação angelical, mas é sempre preciso valer-se do
discernimento espiritual (1 Co 12.10).
2.
Discernindo os Milagres
A
luz das Escrituras, os milagres podem ter três origens: divina (Êx 7.3,4; Jó
9.10; SI 96.3 e At 10.38; Mc 16. 15-20); humana, no caso de truques e
ilusionismo (At 13.8); e demoníaca, mediante sinais e prodígios de mentira (2
Ts 2.9-11; 2 Tm 3.8 e 1J o 2.18).
Deus
permite que ocorram no meio do seu povo falsos milagres, verificados também
entre muçulmanos, hindus, espíritas e católicos romanos, para provar se o
amamos de verdade (Dt 13.1-4 e Mt 7.21-23). Muito do que acontece em nossos
dias é uma amostra do que ocorrerá na Grande Tribulação, quando o Falso Profeta
(segunda Besta) fará sinais extraordinários para enganar (Mt 24.24 e Ap
13.11-18).
3.
Discernindo os espíritos
Podem
ser de:
ü mentira (At 5.3;
Ap 21.27; 22.15);
ü apostasia (2 Ts
2.3; 2 Co 6.17);
ü traição (2 Sm
3.27);
ü ciúme (Nm
11.29);
ü falsidade (Mt
7.15);
ü ecumenismo (Ap
13.12; Gn 11.1);
ü prostituição (Os
5.4);
ü demônios (Mt
17.21; 1 Co 10.21);
ü adivinhação (At
16.16-18);
ü enfermidade (Lc
13.10-16).
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