Classe: Jovens | Trimestre: 1° de 2019 |
Revista: Professor | Data da Aula: 31/03/2019 - Fonte: Lições Bíblicas de
Jovens, CPAD | Divulgação: Subsídios EBD
TEXTO DO DIA
“Não to mandei eu? Esforça-te e
tem bom ânimo; não pasmes, nem te espantes, porque o SENHOR, teu Deus, é
contigo, por onde quer que andares.” (Js 1.9)
SÍNTESE
A
caminhada do povo de Deus pelo deserto deste mundo em breve terminará e
estaremos para todo o sempre com o Senhor.
AGENDA DE LEITURA
SEGUNDA
- Js 24.14: Temor e sinceridade diante do Senhor
TERÇA -
Js 24.15: Escolha a quem quer servir
QUARTA -
Js 24.17: O Senhor é o nosso Deus
QUINTA -
Js 24.19: Deus é santo e zeloso
SEXTA -
Js 24.23: Inclinai o coração ao Senhor
SÁBADO -
Js 24.13: A terra, a herança do Senhor
IMPERDÍVEL PARA VOCÊ:
1)
Capacitação de
Missionários
– Missiologia – Acesse Aqui
2)
A Cidade dos
Arrebatados:
Jerusalém Celestial – Acesse Aqui
3)
Práticas Pedagógicas
para Professores de Escola Dominical – Acesse Aqui
OBJETIVOS
• MOSTRAR o perigo de ficar no liminar da
Terra Prometida;
• COMPREENDER que para receber os benefícios
do Senhor é preciso ter fé;
• CONSCIENTIZAR de que um dia nossa jornada
nesse mundo chegará ao fim.
INTERAÇÃO
Chegamos ao final do estudo do livro de Números. Caminhamos pelo
deserto, juntamente com o povo de Deus. O trimestre foi concluído, mas nosso
trabalho docente não. É hora de iniciar o planejamento do próximo trimestre.
Esmere-se fazendo o melhor para Deus, investindo no estudo bíblico e na oração.
Com isso, você continuará aprendendo a respeito de Deus. Certo professor em uma
conferência de Escola Dominical disse o seguinte: “Quando eu aprendo, consigo
ensinar; ensinando, aprendo de novo”.
ORIENTAÇÃO
PEDAGÓGICA
Chegamos
ao final de mais trimestre. Com certeza a sua fé no Deus que guiou o seu povo
pelo deserto à Terra Prometidas foi fortalecida mediante o estudo de cada
lição. Conclua mostrando aos alunos que embora sejamos filhos (as) de Deus
estamos sujeitos a enfrentar algumas crises em nossa caminhada, como os hebreus
enfrentaram no deserto. Contudo, as crises não são para nos destruir, castigar,
desanimar, mas o Pai as permite para nos moldar, lapidar e para que possamos
confiar mais nEle, em sua fidelidade. Incentive os alunos a verem os “desertos”
como oportunidades de crescimento espiritual, de transformação. O Deus que
sustentou o povo no deserto durante os anos é o mesmo que vai sustentá-lo e
ajudá-lo a enfrentar as dificuldades da vida.
TEXTO BÍBLICO
31
E responderam os filhos de Gade e os filhos de Rúben,
dizendo: O que o SENHOR falou a teus servos, isso faremos.
32
Nós passaremos, armados, perante o SENHOR à terra de
Canaã e teremos a possessão de nossa herança daquém do Jordão.
33
Assim, deu-lhes Moisés, aos filhos de Gade, e aos
filhos de Rúben, e à meia tribo de Manassés, filho de José, o reino de Seom,
rei dos amorreus, e o reino de Ogue, rei de Basã: a terra com as suas cidades
nos seus termos, as cidades do seu contorno.
50
E falou o SENHOR a Moisés, nas campinas dos moabitas,
junto ao Jordão, de Jericó, dizendo:
51 Fala
aos filhos de Israel e dize-lhes: Quando houverdes passado o Jordão para a
terra de Canaã,
52 lançareis
fora todos os moradores da terra diante de vós e destruireis todas as suas
figuras; também destruireis todas as suas imagens de fundição e desfareis todos
os seus altos;
53 e
tomareis a terra em possessão e nela habitareis; porquanto vos tenho dado esta
terra, para possuí-la.
54 E por
sortes herdareis a terra segundo as vossas famílias; aos muitos, a herança
multiplicareis, e, aos poucos, a herança diminuireis; onde a sorte sair a
alguém, ali a terá; segundo as tribos de vossos pais, tomareis as heranças.
55 Mas, se
não lançardes fora os moradores da terra de diante de vós, então, os que
deixardes ficar deles vos serão por espinhos nos vossos olhos e por aguilhões
nas vossas costas e apertar-vos-ão na terra em que habitardes.
INTRODUÇÃO
Neste
trimestre acompanhamos a longa jornada do povo hebreu pelo deserto. Eles
caminharam por aproximadamente 40 anos, num lugar onde as pessoas, em regra,
não se arriscavam a fixar residência pelas condições extremamente
desfavoráveis, um “grande e terrível deserto de serpentes ardentes, e de
escorpiões, e de terra seca, em que não havia água” (Dt 8.15). A jornada estava
chegando ao fim.
A
geração que atravessou o mar Vermelho a pé enxuto havia sido consumida durante
a peregrinação, mais de seiscentos mil homens; entretanto, nenhum deles faleceu
por falta do cuidado de Deus, morreram pela desobediência; tentaram a Deus e
caíram no deserto (Hb 3.16,17).
I - CHEGANDO AO FIM DA JORNADA
1. A antecipação da herança.
Os
filhos de Rúben, Gade, e metade da tribo de Manassés eram afeitos à pecuária,
donos de muitos animais. Eles solicitaram a antecipação da sua herança a
Moisés. Porém, essas tribos se prontificaram a transpor o Jordão e ajudar a
derrotar os exércitos cananitas (Js 4.12,13).
2. O perigo de ficar à margem de
Canaã.
Ao que
tudo indica, os rubenitas, gaditas e os homens da meia tribo de Manassés não
perceberam o perigo que corriam em ficar, na verdade, no “limiar da herança”. O
futuro revelaria o erro daquela decisão, pois aqueles israelitas separados do
restante das tribos pelo Jordão, e sem nenhuma defesa natural contra os
inimigos — foram os primeiros a se tornarem idólatras e, vulneráveis, também os
primeiros a serem levados cativos à Assíria (1 Cr 5.25,26).
Convém
observar que aquelas duas tribos e meia tinham um sério problema: não anelavam
entrar na Terra Prometida. Qualquer campina serviria para eles.
3. Recordando a viagem no
deserto.
Depois
da purificação do exército de Israel (Nm 31. 13-24), e da resolução a respeito
das terras a leste do Jordão, que ficaram com as tribos de Rúben, Gade e metade
da tribo de Manassés (Nm 32), chegou a hora da despedida do grande líder.
Moisés então faz um longo discurso. Ele discorre a respeito da história da
travessia pelo deserto, começando com a saída do Egito (Nm 33). Esse capítulo
possui uma peculiari¬dade: relembra o passado e, por isso, traz consigo uma
forte carga de informações valiosas sobre como viver no presente. É necessário
trazer a memória do povo as experiências do passado, a fim de que os mesmos
erros não sejam praticados novamente.
Por fim,
o Senhor (vv. 50-56) adverte o povo a respeito das consequências para quem se
tornar relapso em obedecê-lo. O amor do Altíssimo por seu povo, a cada novo
parágrafo das Escrituras, mostra Deus como um Pai cuidadoso, que não quer que
nenhum dos seus filhos se perca, mas cheguem ao pleno conhecimento da verdade
(1 Tm 2.4).
Pense!
Se era
tão ruim ficar ao leste do Jordão, por que Moisés autorizou a antecipação da
herança das duas tribos e meia?
Ponto Importante
As duas
tribos e meia desprezaram todo o esforço empreendido e, por isso, pagaram um
alto preço anos depois.
II - FÉ E HERANÇA
1. Chegando ao fim da viagem.
Os hebreus
fixaram acampamento nas campinas dos moabitas, junto ao Jordão, na direção de Jericó
(Nm 33.50). A cansativa viagem pelo deserto estava chegando ao fim e esse era
um momento de especial alegria. Há cerca de 38 anos eles estavam em Cades
Barneia (Nm 13) e ali, tomados pelo desânimo e pela falta de fé, decidiram
retornar ao Egito.
O Deus
que guiou os hebreus até a Terra Prometida deseja nos guiar em nossa trajetória
por esse mundo tenobroso; precisamos crer nisso, ter fé. Deus é bom e tem
cuidado de nós; por isso podemos descansar o nosso coração, pois o Senhor nunca
erra, nem se atrasa, ou permite que a luta da vida seja mais dura do que
possamos suportar. Tenha fé!
2. A herança pela fé, uma visão.
Em
Números 34.2, Deus está falando a respeito do futuro, no qual os israelitas herdariam,
pela fé, a Terra Prometida. A vinda do tempo de Deus para aquela geração não
tardaria. As profecias bíblicas, agora, teriam seu cabal cumprimento.
O Senhor
estava fornecendo uma visão aos hebreus do que seria a herança deles. O
propósito era encorajar o povo a seguir caminhando e conquistando as muitas
cidades. Aos olhos dos israelitas não havia nenhuma possibilidade de êxito nas
batalhas, mas a visão espiritual fornecida a eles pelo Senhor tornou-se o
combustível necessário para lançá-los à guerra.
3. A herança pela fé, uma
proteção.
O
Senhor, ao estabelecer os limites da herança dos hebreus, estava aguçando a fé
do povo e os protegendo contra a cobiça. O Eterno não desejava que a aquisição
de bens materiais fosse a força motriz de Israel, — eles precisavam anelar,
como Abraão, a cidade que tem fundamentos (Hb 11.10). A herança oferecida pelo
Senhor, entretanto, deveria ser conquistada com força e coragem, pela fé (Js
1.9).
Pense!
Por que
os hebreus deveriam lutar por uma herança que já lhes pertencia?
Ponto Importante
O servo
de Deus deve buscar a realização de seus projetos pessoais, mas desde que seja
segundo a vontade divina.
III - O FIM DA JORNADA
1. A oferta aos levitas.
Os dois
últimos capítulos do livro de Números trazem as últimas recomendações de Moisés
para o povo, pouco antes da entrada em Canaã. Segue-se, após, a repetição da
lei em Deuteronômio e a morte de Moisés, quando encerra-se a história da
caminhada de 40 anos no deserto.
Depois
de determinar a divisão da terra, o Senhor fez lembrar da necessidade de os
levitas morarem em cidades próprias e da existência, também, de cidades de
refúgio. Santidade e justiça são virtudes imprescindíveis para quem quer ser
abençoado. Israel sabia que a bênção do Senhor decorreria da obediência ao seu
padrão ético e moral e, por isso, essas determinações foram atendidas.
2. Estabelecimento de leis
justas.
Por fim,
o Senhor entregou, por intermédio de Moisés, as últimas leis penais (homicídio
culposo e doloso) e hereditárias (bastante avançadas para a época). Deus
estabeleceu diversas leis devido a dureza do coração dos hebreus. Israel
deveria refletir a glória do Senhor em seu ordenamento jurídico.
As leis
tinham um propósito maior: apontavam, sobretudo, para a justiça que provém da
cruz do Calvário. Eram justas, proféticas, e messiânicas.
3. Conquistando o impossível.
Ao longo
de 40 anos, Israel palmilhou por uma estrada de muitas dificuldades. Agora, às
margens da Terra Prometida, receberia as últimas instruções de Deus e, debaixo
da sua bênção, entraria triunfantemente em Canaã, para conquistar o que aparentemente
era impossível. Isso poderia ter acontecido há quase quatro décadas, mas, pela
incredulidade da primeira geração de hebreus, a porta foi fechada.
Agora, o
caminho estava aberto e uma nova geração que cresceu no deserto, marcharia
vitoriosa. O rio Jordão estava cheio, transbordando pelas suas ribanceiras, mas
não haveria problema quanto a esse fato, pois Deus cumpriria brevemente sua
promessa.
A vida
do crente é semelhante a do povo de Deus no deserto. São muitas estradas
empoeiradas pelas quais devemos trilhar, tendo em vista o aprimoramento
espiritual para, depois, tomarmos posse das bênçãos que estão preparadas para
aqueles que amam a Deus.
Pense!
Qual era
o real propósito das muitas leis entregues aos hebreus?
Ponto Importante
A dureza
do coração dos hebreus fez com que Deus, por amor, concedesse leis civis e
cerimoniais.
SUBSÍDIO 1
“Números
34.1-15. Aqui temos a definição da linha pela qual a terra
de Canaã foi medida e limitada por todos os lados. Havia uma concessão muito
maior prometida a eles, a qual, no devido tempo, teriam possuído, se tivessem
sido obedientes, chegando até o rio Eufrates (Dt 11.24). E até lá o domínio de
Israel estendeu-se, nos tempos de Davi e de Salomão (2 Cr 9.26). Mas o que aqui
está descrito é apenas Canaã, que era a parte das nove tribos e meia, pois as
outras duas e meia tribos já tinham sido assentadas (vv. 14,15).
Aqueles que estivessem dentro destas fronteiras, e somente a eles, os
israelitas deveriam destruir. Até aqui a sua espada sanguinária devia ir, e não
além. Deus não desejava que o seu povo aumentasse o seu desejo de possessões
mundanas, mas que soubesse quando tivesse o suficiente, e ficasse satisfeito
com isto. Os próprios israelitas não deveriam estar sozinhos no meio da terra,
mas deveria deixar lugar para que seus vizinhos vivessem a seu lado. Deus
determinou os limites da nossa terra. Devemos, então, definir limites aos
nossos desejos, fazendo com que o nosso pensamento e a nossa vontade estejam de
acordo com nossa condição” (HENRY, Matthew. Comentário Bíblico do Novo
Testamento. 1.ed. Vol. 1. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, pp. 554,555).
SUBSÍDIO 2
“Números 32. Nesse mesmo tempo, as tribos de Gade
e de Rúben e a metade da de Manassés, que eram muito ricas em gado e em todas
as espécies de bens, rogaram a Moisés que lhes desse o país dos amorreus,
conquistado algum tempo antes, porque era muito rico em pastagens. Esse pedido
fê-lo crer que o desejo deles era evitar, sob esse pretexto, o combate contra
os cananeus. Assim, disse-lhe que era apenas por covardia que lhe faziam aquele
pedido, para viver em tranquilidade numa terra conquistada pelas armas de todo
povo. Eles responderam que estavam tão longe da intenção de querer evitar o
perigo quanto desejavam colocar, por esse meio, as suas mulheres, os seus
filhos e os seus bens em segurança, para estar sempre prontos a seguir o
exército aonde os quisessem levar. Moisés, satisfeito com a explicação,
concedeu-lhes o que pediam, com a condição de que essas tribos marchariam com
as outras contra os inimigos até que a guerra estivesse completamente
terminada. Assim, eles tomaram posse daquele país e ali construíram cidades
fortificadas. Puseram nelas as suas mulheres, filhos e bens, a fim de estarem
mais livres para tomar as armas e cumprir a sua promessa” (JOSEFO, Flávio.
História dos Hebreus. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, pp. 214,215).
CONCLUSÃO
O livro
de Números, ao narrar a caminhada dos hebreus, por cerca de 40 anos, em uma
região desértica, simboliza a vida de fé de cada cristão, em todos os tempos.
Cabe a cada crente se apropriar de cada fato narrado no livro de Números e
assim guardar as importantes lições que o ajudarão na jornada de fé até a Canaã
Celestial.
1.
Por que as tribos de Rúben, Gade e a meia tribo
de Manassés resolveram antecipar a sua herança?
Porque essas tribos eram afeitas à pecuária, donos de
muitos animais e as terras pareciam excelentes para a pecuária.
2.
Segundo a lição, por que é necessário relembrar
as experiências do passado?
Faz-se necessário que a memória do povo esteja atenta
para experiências do passado, a fim de que os mesmos erros não sejam praticados
novamente.
3. Por que
as leis foram dadas por Deus?
Deus estabeleceu diversas leis devido a dureza do
coração dos hebreus. Israel deveria refletir a glória do Senhor em seu
ordenamento jurídico.
4.
Segundo a lição, por que foi importante Deus
mencionar os limites da Terra Prometida ?
Foi
importante para proteger os hebreus da cobiça.
5.
O que você aprendeu de mais significante a
respeito do livro de Números? Resposta pessoal.