TEXTO DO DIA
“Dá ordem aos filhos de
Israel e dize-lhes: Da minha oferta, do meu manjar para as minhas ofertas
queimadas, do meu cheiro suave, tereis cuidado, para mas oferecer a seu tempo
determinado.” (Nm 28.2)
SÍNTESE
No
deserto, Deus se relacionava intimamente como seu povo e lhe concedeu leis, que
o ajudara a ter relacionamentos saudáveis, e a oportunidade de adorá-lo.
LEIA
TAMBÉM:
AGENDA DE LEITURA
SEGUNDA
- Sl 44.3: Foi Deus quem concedeu vitória a Israel
TERÇA -
Js 1.7,8: Guardando a lei de Deus
QUARTA -
Sl 119.97: Amando a lei de Deus
QUINTA –
Rm 12.11: Cuidado redobrado
SEXTA –
1 Tm 4.16: Cuidando da doutrina
SÁBADO –
1 Tm 5.8: Cuidando da família
OBJETIVOS
• MOSTRAR
o propósito do censo que foi ordenado pelo Senhor;
• EXPLICAR
a importância das leis divinas para os hebreus;
• RECONHECER
a importância da adoração.
INTERAÇÃO
Estimado (a) professor (a), estamos no último mês do trimestre e, diante
disso, é possível que alguns alunos tenham perdido a empolgação inicial e, por
isso, faltaram algumas aulas. Ante essa circunstância seja proativo e convoque
os outros professores e alunos para que façam um jejum pelos discentes que
estão afastados da Escola Dominical. Se possível, planeje com a turma ou parte
dela, uma visita a cada um dos faltosos. Essa estratégia, sem dúvida, vai
melhorar significativamente a frequência de sua classe. O professor (a)
comprometido (a) com a obra para a qual foi vocacionado, jamais desiste de seus
alunos!
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Para apresentar o terceiro tópico da lição, faça alguns esquetes.
Lembrando que o objetivo dessa atividade é aumentar a participação dos alunos
nas aulas.
Divida a turma em dois grupos e peça que representem, em cinco minutos,
uma cena que simbolize a adoração no tabernáculo (apresentação de uma oferta).
Escolha três jurados e ofereça um prêmio ao grupo vencedor, que poderá ser caixa
de bombons. Parabenize a todos que participaram. Ao final, conclua dizendo que
a adoração era o cerne da vida comunitária hebraica.
TEXTO BÍBLICO
Números 26.1,2,52-55,64,65
1 Aconteceu, pois, que, depois daquela
praga, falou o SENHOR a Moisés e a Eleazar, filho de Arão, o sacerdote,
dizendo:
2 Tomai a soma de toda a congregação dos
filhos de Israel, da idade de vinte anos para cima, segundo as casas de seus
pais, todo que, em Israel, vai para o exército.
52 E falou o SENHOR a Moisés, dizendo:
53 A estes se repartirá a terra em herança,
segundo o número dos nomes.
54 Aos muitos, multiplicarás a sua herança;
e, aos poucos, diminuirás a sua herança; a cada qual se dará a sua herança,
segundo os que foram deles contados.
55 Todavia, a terra se repartirá por sortes;
segundo os nomes das tribos de seus pais, a herdarão.
64 E entre estes nenhum houve dos que foram
contados por Moisés e Arão, o sacerdote, quando contaram aos filhos de Israel
no deserto do Sinai.
65 Porque o SENHOR dissera deles que certamente
morreriam no deserto; e nenhum deles ficou, senão Calebe, filho de Jefoné, e
Josué, filho de Num.
INTRODUÇÃO
Os
capítulos 26 a 30 do livro de Números, seguem o mesmo padrão dos capítulos
iniciais e o intervalo entre um evento e outro dista quase quatro décadas. As
gerações são diferentes: A primeira foi escrava no Egito e morreu no deserto,
restando apenas Moisés, Josué e Calebe (Nm 26.64,65). A segunda geração era
formada por pessoas com, no máximo, 59 anos de idade. Diante de um novo grupo
de indivíduos, o Senhor ordenou que fosse feito novamente um censo (Nm
26.1-51), relembrou a lei e estabeleceu algumas leis civis (Nm 26.52-56;
27.1-11; 30.1-16; 36.1-13). O Senhor também falou a respeito da importância da
adoração (Nm 28,29), pois os novos hebreus precisavam conhecer sua identidade e
força (censo), suas responsabilidades civis e familiares (leis) e o dever de adorar
ao Senhor em todo o tempo.
I - A IMPORTÂNCIA DAS PESSOAS
1. Um censo providencial.
“Aconteceu,
pois, que, depois daquela praga, falou o SENHOR a Moisés e a Eleazar, filho de
Arão, o sacerdote, dizendo: Tomai a soma de toda a congregação dos filhos de
Israel, da idade de vinte anos para cima, segundo as casas de seus pais, todo
que, em Israel, vai para o exército” (Nm 26.1,2). As provações do deserto
consumiram os últimos ex-escravos hebreus que saíram do Egito e, agora, o povo
deveria ser numerado novamente pois, conforme Deus prometera, o caminho para
Canaã estava liberado, mas ainda havia muitas terras a serem conquistadas.
Deus
estava “cansado” da ingratidão e da rebelião dos hebreus. Por isso, Ele
intentou ferir todo o povo, exterminando-os para fazer a partir de Moisés um
novo povo (Nm 14.11,12). Mas Moisés, como um líder amoroso e humilde,
intercedeu em favor dos seus irmãos. Então, o Senhor ouviu e aceitou a súplica
do seu servo. Deus ouve e responde as nossas súplicas, por isso nunca desista
de clamar.
2. Um exército poderoso.
Segundo
Números 26.2, “todos os filhos de Israel”, maiores de 20 anos, deveriam ser
contabilizados em um novo censo. Deus estava tratando da nova geração do
deserto. Eles precisavam aprender que, diante dos inimigos e das guerras vindouras,
não deveriam se gloriar quanto ao número de guerreiros ou à força física dos
jovens soldados. Precisavam aprender a confiar inteiramente no Deus que os
tirou do Egito e que já havia prometido que eles possuiriam “a porta dos seus
inimigos” (Gn 22.17).
Quando
Balaque tentou empreender um “ataque espiritual” em desfavor de Israel, por
intermédio do suborno ao profeta Balaão, o rei dos moabitas afirmou que Israel
era um grande e poderoso povo.
Deus fez
dos hebreus um povo valente, guerreiro. Ele também fez cair um pavor, um
respeito, nas nações circunvizinhas em relação a Israel.
3. Um povo abençoado.
Depois
que foi concluído o recenseamento, “falou o SENHOR a Moisés, dizendo: A estes
se repartirá a terra em herança, segundo o número dos nomes” (Nm 26.52,53). O
Senhor poderia ter dado essas instruções após a conquista da Terra, mas
preferiu animar e fortalecer o coração e a fé de todos previamente. Israel
deveria esperar, confiar e descansar nas promessas de Deus.
Sabemos
que as pessoas só vão até onde a visão delas alcança. Assim, o Senhor estava
internalizando naquela nova geração o sentimento de luta e conquista,
mostrando, sobretudo, que eles eram mais que vencedores, pois havia a garantia,
em Deus, de que tudo fluiria bem; tanto que o Altíssimo instruiu em como
dividir a herança da Terra Prometida.
Pense!
O fato
de Moisés ter “mudado a opinião” de Deus a respeito do extermínio dos hebreus
incrédulos, demonstra que o Senhor não é imutável?
Ponto Importante
Moisés
não “mudou a opinião” de Deus acerca da morte dos hebreus incrédulos, mas
apenas retardou o acontecimento; com isso, o próprio Moisés também não pôde
entrar em Canaã.
II - A IMPORTÂNCIA DAS LEIS
1. Lei acerca da divisão da
terra (Nm 26.52-65).
O povo
que fora criado no deserto precisava de regras e normas. Era um povo santo,
separado e não poderia viver segundo os costumes adquiridos no Egito e nem
segundo os hábitos das nações vizinhas. Por isso, no livro de Números, vamos
encontrar várias leis civis e normas de condutas. Por exemplo, em Números
26.52-65, o Senhor determina regras para a divisão das terras que seriam
conquistadas. O Altíssimo conhecia o seu povo, sabia da dureza de coração deles
e que poderia haver brigas e discórdias na partilha das terras que haveriam de
ser conquistadas.
2. Lei
para proteger os relacionamentos (Nm 30.1-16).
Deus
estabeleceu leis acerca dos votos das mulheres e dos homens. O propósito do
Senhor era evitar que os votos feitos viessem afetar os relacionamentos entre
marido e mulher ou entre pai e filha. Sabemos que um povo forte e próspero é
também o resultado de famílias fortes e unidas. Contudo, o objetivo não era
apenas evitar os conflitos familiares, pois segundo a Bíblia de Estudo
Pentecostal “esse capítulo deixa claro que Deus requeria do seu povo o
cumprimento das promessas feitas a Ele e ao próximo.” O Senhor desejava mostrar
a seriedade de um voto ou promessa.
3. Lei a respeito da divisão da
presa (Nm 31.25-47).
O Senhor
também estabeleceu critérios a respeito dos espólios de guerra. Eles deveriam
ser divididos em duas partes iguais, sendo que uma parte seria dada aos
guerreiros que lutaram na batalha e a outra seria distribuída entre os “que
ficaram com a bagagem” (1 Sm 30.24,25). Uma parte também deveria ser entregue
ao Senhor como uma oferta. Desta forma ninguém ficaria com tudo e nem ninguém
ficaria sem nada.
Pense!
Sendo
Israel um povo santo, poderia aproveitar o ordenamento jurídico de outros
povos?
Ponto Importante
Deus
sabia que as leis de outros povos eram injustas. Por isso, os hebreus deveriam
ser um referencial para outras nações.
III - A IMPORTÂNCIA DA ADORAÇÃO
1. Uma vida bem cuidada.
A partir
do capítulo 21, o livro de Números narra vários conflitos bélicos vencidos
pelos hebreus, os quais trouxeram muitas riquezas das cidades despojadas. Em
várias ocasiões, naquela jornada extenuante, faltou água, mas nunca faltou o
cuidado divino. Sempre houve milagres. Quer seja a rocha proporcionando água em
abundância, como rios caudalosos, para dessedentar a necessidade de milhões de
pessoas e animais, quer fazendo brotar água de um poço seco (em Beer), depois
de, juntos, os israelitas cantarem um louvor a Deus, “falando” ao poço.
O
fornecimento milagroso de água e de maná ao longo da peregrinação demonstra de
maneira inequívoca uma verdade que permeia todas as Escrituras: Deus provê as
necessidades daqueles que o servem e o adoram em espírito e em verdade.
2. O dever de um povo
agradecido.
Em Números
28 e 29 o Senhor revela que o seu povo não deveria descuidar da adoração. Então
Ele mostra, mediante o estabelecimento das ofertas, a primazia da adoração.
Israel seria uma comunidade de adoradores, por isso deveriam aprender a serem
agradecidos. A gratidão ao Senhor seria revelada mediante as ofertas.
A
especificação de algumas regras para o recebimento de ofertas, na presença do
Senhor, demonstrava que os hebreus não poderiam fazer o que bem quisessem. As
regras eram de Deus e isso deveria ser cumprido reverentemente sob pena de
danos terríveis aos adoradores. Vivemos debaixo de uma nova aliança, mas tal
aliança não admite permissividade. As mortes de Ananias e Safira servem como
exemplo disso, a fim de que se entenda o que pode acontecer com alguém que
desobedece, voluntariamente, dentro de uma ambiência litúrgica e cultural
divina.
3. Um Deus que merece ser
adorado.
A vida
deve ser como um culto contínuo de adoração; esse era e é o propósito do Deus
de Israel. O cerne da existência e das atividades do povo de Deus. Não era por
acaso que o tabernáculo encontrava-se no centro do acampamento e tudo se movia
ao seu redor.
Números
28 começa com uma grave advertência de Deus: “Dá ordem aos filhos de Israel e
dize-lhes: Da minha oferta, do meu manjar para as minhas ofertas queimadas, do
meu cheiro suave, tereis cuidado, para mas oferecer a seu tempo determinado”.
Deus demonstrou o cumprimento da aliança com seu povo. Todavia, agora, o Senhor
estava deixando claro que as falhas da jornada no deserto não deveriam se
repetir e que a adoração dos hebreus, na Terra Prometida, deveria se
transformar num estilo de vida.
Pense!
A
liturgia do culto ao Senhor pode ser compatível com os modismos sociais e
culturais do nosso tempo?
Ponto Importante
O culto
a Deus deve ser solene e reverente, calçado na simplicidade, santidade e
obediência.
CURSOS BÍBLICOS
PARA VOCÊ
5)
Capacitação de
Professores da Escola Dominical – Clique
Aqui
SUBSÍDIO
“Imediatamente após um ato de apostasia (capítulo 25), vem um censo mais
detalhado, semelhante ao descrito no capítulo 1. Esse censo inclui os
descendentes dos israelitas que saíram do Egito (v. 4b) e que eram da idade de
vinte anos ou mais, a idade mínima para a inclusão no primeiro censo. A frase
da NVI, ‘estes foram os israelitas que saíram do Egito' não pode dizer respeito
à primeira geração, pois os versículos 64,65 dizem expressamente que ninguém
dessa geração, exceto Calebe e Josué, estavam entre eles. O propósito imediato
desse levantamento é produzir dados estatísticos para a partilha da terra após
a sua conquista (vv. 52-56). Isso, por si só, já é um fato curioso,
considerando-se a formidável oposição que tinham pela frente.
A visão de Deus para o futuro era diferente da visão dos espias. Os
espias haviam dito: ‘Não somos capazes de tomar a terra'. Deus dizia: ‘Tomarão
a terra'. Com esse intuito, Israel inicia confiantemente suas preparações sem
sentir que está se precipitando. A primeira geração estava fadada a perecer no
deserto, por causa de seus pecados. Deus havia levantado um segunda geração
para pôr os pés na terra prometida” (HAMILTON, Victor P. Manual do Pentateuco.
1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2016, pp. 405,407).
CONCLUSÃO
A partir
da morte dos últimos representes da antiga geração, um novo grupo de
israelitas, que conquistaria a terra dos cananeus, precisava entender alguns
princípios acerca da vontade de Deus. Por isso, o Senhor determinou um novo
censo, estabeleceu leis e fez um apelo incisivo sobre a necessidade de que
Israel adorasse ao Senhor voluntariamente, de todo o coração. A conquista de
Canaã exigiria muitos esforços dos israelitas.
HORA DA REVISÃO
1. Qual
referência bíblica demonstra que todos da geração de ex-escravos que saiu do
Egito morreram no deserto?
Números 26.64,65.
2. Quais os nomes das duas pessoas que
saíram do Egito e entraram em Canaã?
Josué e Calebe.
3. Cite dois tipos de assuntos versados nas
leis mencionadas à segunda geração dos hebreus.
Lei que trata de herança e de relacionamento familiar.
4. Qual a referência na qual Deus exige que
a oferta seja prestada com cuidado, no tempo certo?
Números 28.2.
5. Segundo a lição, o propósito de Deus era
que a vida dos hebreus fosse como um culto contínuo de adoração?
Sim. Esse era o real propósito divino.