Lição 11- Despertamos para a Vinda do Grande Rei
Subsídio
para a lição: 11
Classe: Adultos |
Trimestre: 4° | Ano: 2018
INTRODUÇÃO
Nesta
oportunidade estudaremos uma parábola que envolvem dez virgens e um noivo, a
fim de nos ensinar valiosas lições sobre o Reino dos Céus (Mt 25.1-13). A
parábola das dez virgens é apresentada para enfatizar a importância de estar
preparado para a volta de Cristo a qualquer momento — mesmo se ele demorar mais
do que o esperado. Pois quando ele voltar, não haverá uma segunda chance para
os que estiverem despreparados (Mt 25.11-12).
I- DEZ
VIRGENS E UM NOIVO
“Portanto, o Reino dos céus será semelhante a
dez virgens que pegaram suas candeias e saíram para encontrar-se com o noivo”
(Mt 25.1 – KJA).
1. O noivo em
busca da noiva
“À meia-noite,
ouviu-se um grito: ‘Eis que vem o noivo! Saí ao seu encontro! (Mt 25.6 -
KJA)”.
Havia
duas fases nos casamentos judaicos típicos da época de Cristo. Na primeira, o
noivo ia à casa da noiva e participava da cerimônia de entrega da noiva. Na
outra fase, o noivo voltava e a levava para um grande banquete em sua casa. As
virgens eram damas de honra e tinham o dever de preparar a noiva para o
encontro com o noivo.
“Essa
parábola se refere a um casamento. Naquela época, no dia do casamento, o noivo
ia à casa da noiva para a cerimônia, então, os nubentes e um grande número de
convidados dirigia-se à casa do noivo, onde se realizava uma festa, que
geralmente durava uma semana inteira. As dez virgens eram damas de honra que
esperavam para juntar-se aos convidados, a fim de participar da festa, mas, na
parábola, devido à demora do noivo, cinco delas ficaram sem óleo para as suas
lâmpadas. Quando conseguiram comprar o óleo necessário, já era tarde demais,
não puderam unir-se aos outros na festa. Isso significa que, quando Jesus
voltar para levar o seu povo para o céu deveremos estar prontos. A preparação
espiritual não pode ser comprada ou emprestada no último minuto. O nosso
relacionamento com Deus é pessoal e individual, pertence somente a cada um de
nós (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal – CPAD)”.
2.
Interpretações sobre o Noivo e as virgens (Mt 25.1)
1)
A nação judaica daquela época.
2)
A nação judaica no tempo futuro da segunda vinda de Cristo..
3)
Outros estudiosos dizem que o noivo é a igreja judaica restaurada, e que os
convidados são os gentios, que também serão beneficiados em face dá volta do
noivo.
4)
A noiva, naturalmente, mui provavelmente é símbolo da igreja, neste caso;
todavia, ao mesmo tempo, os convidados, embora apareçam como entidades
separadas nessa parábola, devem representar os membros da igreja, bem como
aqueles que aparentemente tinham fé autêntica, mas não verdadeiramente,
porquanto não estavam esperando pelo noivo, pois essa expectação, nesta
parábola, é exposta como uma qualidade essencial dos verdadeiros discípulos do
reino, conforme também se vê na parábola do servo bom e dos servos iníquos
(Mat. 24.45-51).
O
comentário bíblico Broadman, volume 8. 3ª edição da JUERP[1],
afirma que “Jesus é o noivo, as dez virgens são o povo (possivelmente, mas não
necessariamente a Igreja) que espera a sua volta”.
3. As lâmpadas das virgens (Mt 25.1,3,
7,8 - ARC)
As
lâmpadas eram tochas capazes de permanecer acesas ao ar livre, feitas com
longas varas, com trapos enrolados numa das pontas, embebidos em azeite de
oliva. Pequenas candeias de barro eram comumente usadas no interior das
residências.
a) O azeite
(Mt 25.4)
Quando
o azeite era consumido pelo fogo cortavam-se as pontas chamuscadas dos trapos e
adicionava-se mais óleo para um novo período médio de iluminação de 15 minutos.
O
azeite para a lâmpada não representa Espírito Santo, porque Ele não pode ser
vendido ou dividido entre as pessoas. Esse texto não se refere ao Espírito
Santo, e sim ao azeite, como em Gênesis 28.18; 2 Reis 4.1-6; Lucas 7.46; 16.6.
Divergência
de opinião
A
Casa Publicadora das Assembleias de Deus (CPAD) publicou duas boas bíblias de
Estudos, mas que divergem sobre quem representa o azeite. Embora o Azeite,
geralmente seja símbolo do Espírito Santo nas Escrituras (Zc. 4; Is. 61.1),
Bíblia de Estudo Dake (CPAD/ATOS) afirma que o azeite para a lâmpada não
representa Espírito Santo, porque Ele não pode ser vendido. Já a Bíblia de
Estudo Pentecostal (CPAD) afirma que “o azeite nesta parábola representa no
crente a presença permanente do Espírito Santo [...]”. O Comentário Bíblico
Moody concorda com esta posição da bíblia de Estudo Pentecostal, quando diz:
“O
Espírito Santo é um dom gratuito, mas pode ser descrito por essa metáfora (Mt
25.9; Is. 55.1). Cada pessoa deve obter seu próprio fornecimento”.
Ambas
as bíblias a cima citada, também tem opiniões divergentes em relação a quem
representa as noivas. A bíblia de Estudos Pentecostal afirma que “a parábola
das dez virgens refere-se aos crentes vivos antes da tribulação”. Já a Bíblia
Deke (CPAD/ATOS) deixa claro que as virgens não representam os crentes.
4. Quem
representa as Virgens (Mt 25.2)
A
lição bíblica da Escola Dominical classe de Adultos, 4° trimestre de 2018 -
CPAD deixa claro que as virgens prudentes “simbolizam
os crentes fieis, sinceros, constantes e santos”. Já as virgens loucas “representam os crentes mornos e nominais [...]”.
Em outras palavras: representam a igreja que será arrebatada e a igreja que
ficará no arrebatamento. A pergunta que não quer calar é: Ora se as virgens
representam os crentes preparados e os despreparados, quem é a noiva que casou
com o noivo da parábola?
Na
linguagem escatológica, a Igreja é a
noiva de Cristo porque está comprometida com Ele (Ap 19.7; 21.9; 22.17). Ora já
que a noiva representa a igreja, logo as virgens não podem representar também a
igreja (as cinco virgens prudentes). O salmista fala das virgens como
"companheiras" que seguem a noiva (SI 45.14), isso mais uma vez
reforça a ideia de que as virgens não pode representar a igreja, uma vez que é
a noiva que representa a igreja.
Três
correntes de interpretação:
a) A primeira, interpreta
“as virgens” como sendo “um grupo especial” que representa o “remanescente
judeu” que professar sua fé no Messias quando ele voltar. Naturalmente, essa
interpretação diz respeito aquele tempo especial que acontecerá no período da
Grande Tribulação.
b) A segunda interpretação
refere-se às virgens que representa a Igreja como um todo. Existem dois grupos
distintos no seio da Igreja: o grupo das cinco loucas e o das cinco prudentes.
Dividem em duas metades, ou seja, 50% representando as “cinco loucas”, e os
outros 50% representando as “cinco prudentes”. Ensinam que uma metade será
salva (as prudentes), e a outra metade (as loucas) será deixada. Uma metade
subirá e a outra não subirá no arrebatamento da Igreja. Usa-se como argumento o
texto de Mateus 24.40-42 que diz: “Então, estando dois no campo, será levado
um, e deixado o outro; estando duas moendo no moinho, será levada uma, e
deixada outra”. Esse texto precede uma exortação de Cristo à sua Igreja que
será tirada antes que venha o grande dia da vinda pessoal e visível do Messias.
Portanto, a ideia de duas metades é incompatível com o ensino geral sobre o
arrebatamento da Igreja (1Ts 4.16,17).
c) A terceira interpretação
refere-se ao número dez que tem o sentido de totalidade; por isso, as dez
virgens representam os cristãos como um todo (a Igreja) e cada cristão
individualmente. Esta interpretação é a que ganha maior aceitação no meio
evangélico. As “dez virgens” representam “uma totalidade”, ou seja, a
totalidade dos crentes em Cristo no mundo. Assim como estas virgens aguardavam
a chegada do esposo, assim, também, a Igreja aguarda a vinda do Esposo.
No
meio de interpretações conflitantes das parábolas, a nossa responsabilidade pessoal
é "vigiar", pois o ato de vigiar implica um suprimento constante de
azeite. No meio das densas trevas do mundo nossa lâmpada deve brilhar, e
"quando o Espírito de Deus é dado, na vida submissa ao Espírito e dominada
por esse Espírito, há sempre o azeite que produz a luz". A pergunta que
cada coração deve responder é: "Estarei pronto quando o Noivo vier”?
Para continuar a Leitura deste
Estudo, em Nosso E-book Subsídios EBD,
Clique Aqui