Natal é a festa que
comemora, no dia 25 de dezembro, o nascimento de Jesus Cristo. É, também, uma
das épocas de maior atividade do comércio. É grande o movimento nos centros
comerciais, pois as lojas se enchem de pessoas comprando presentes, fazendo
preparativos para festas, renovando o vestuário, gastando o dinheiro do 13°
salário que recebeu no final do ano. É uma época de muitas compras, festas,
enfeites e luzes.
É momento que muitos
aproveitam para elaborar uma decoração especial com motivos natalinos. Alguns
destes enfeites fazem alusão ao nascimento de Cristo, como estrela e presépios,
mas o que predomina, na decoração natalina, são árvores, guirlandas, luzes,
velas, duendes e, principalmente, o Papai Noel.
1. A origem da comemoração do Natal
A comemoração desta
festa tem origem no decreto do papa Júlio
1, no século 4 d.C., aproveitando a ocasião de uma festa pagã, que marcava
o início do inverno, no hemisfério Norte.
Junto com a data vieram os símbolos pagãos: árvore, velas, guirlandas e outros. O Papai Noel foi
inspirado em São Nicolau, um idoso que viveu na Turquia, no século 3 d.C., que
distribuía presentes para as crianças. A roupa
vermelha, o trenó, as renas e os ajudantes duendes foram difundidos através do
marketing da Coca-cola, a partir de 1930.
A maioria das
pessoas, principalmente, nos países ocidentais, comemora o Natal. Vestem roupas
novas, dão presentes, participam dos jantares, decoram os ambientes e acendem
luzes para a festa. Muitos, entretanto, não se dão conta do verdadeiro
significado do Natal. Quando as luzes se apagam, não passou de mais um feriado
ou um momento de confraternização.
2. O personagem
verdadeiro
O Natal comemora o
nascimento de Jesus Cristo, o filho de Deus, e não podemos permitir a intromissão de qualquer outro personagem,
como Papai Noel, duendes, fadas, gnomos ou semelhantes. Não se faz
necessário “enfeitar” as casas e, menos ainda, as igrejas, com decoração
natalina. Se forem necessários em uma peça teatral ou algo parecido, os símbolos que representam o Natal são a estrela, a
manjedoura, os pastores e outros descritos na Bíblia.
Imagine que em uma casa se vai preparar a
festa de aniversário do pai da família, cujo nome é José. As pessoas convidadas
para a festa são estranhas ao aniversariante, a decoração da festa é de bonecas
e casinhas e, bem destacado, acima da mesa este escrito: “Parabéns,
Saci-Pererê!”. Como você acha que se sentiria o aniversariante? É o que
acontece com a celebração de Natal de muitos: convidados, decoração e
aniversariante totalmente estranhos a Jesus.
O Natal é de Jesus e não cabe outro. É
a história do nascimento daquele que é o maior personagem da história. O
apóstolo Paulo diz que ele é “Aquele que se manifestou em carne foi justificado
em espírito, visto dos anjos, pregado aos gentios, crido no mundo e recebido
acima, na glória” (1 Tm 3.16). O Natal é a grande ocasião para glorificar a
Jesus, “Porque dele, e por ele, e para ele são todas as coisas; glória, pois, a
ele eternamente. Amém!” (Rm 11.36).
3. A motivação
verdadeira
O Natal não deve ser visto como a
comemoração de uma data, mas de um evento. É certo
que Jesus não nasceu em 25 de dezembro. Esta data ocorre no inverno em
Israel, que é um período frio e chuvoso. Belém está próxima de Jerusalém, que
está sobre montes e, no inverno, chega a nevar, em alguns anos.
O período de dezembro corresponde ao nono
mês do calendário judaico e está escrito que “todos os homens de Judá e
Benjamim, em três dias, se ajuntaram em Jerusalém; era o nono mês, no dia vinte
do mês; e todo o povo se assentou na praça da Casa de Deus, tremendo por este
negócio e por causa das grandes chuvas” (Ed 10.9). Jeremias informa que o rei
estava diante de um braseiro no nono mês, pois era inverno (Jr 36.22).
No nascimento de Jesus
“pastores
estavam no campo e guardavam durante as vigílias da noite o seu rebanho” (Lc
2.8), o que indica ser verão ou primavera, e nos mostra que o nascimento de
Jesus foi bem antes de dezembro.
O Natal, portanto, não
celebra uma data, mas o maior evento de todos os tempos: O grande e
poderoso Deus, criador dos céus e da terra, encarnou e viveu entre os homens,
com a finalidade de dar a sua vida em sacrifício por todos os homens.
Jesus Cristo
não deve
ser visto apenas como um lindo bebê nos braços de sua mãe ou em uma manjedoura,
mas como o verdadeiro Deus, que se fez carne e habitou entre nós (Jo 1.14). O
apóstolo João admira-se com o grande milagre da encarnação, dizendo que Jesus é
a Palavra de Deus encarnada, que os seus olhos viram e as mãos tocaram. Ele
estava dizendo: “nós tocamos em Deus, o apalpamos!” (1 Jo 1.1,2).
Jesus sabia que a sua
missão era dar a sua vida em resgate dos homens pecadores. O que iniciou em
Belém, na manjedoura, terminaria no Calvário, em uma cruz. Quando o anjo
anunciou a Maria que o seu filho salvaria a humanidade, significava que ele
morreria, levando sobre si os pecados de todo o mundo. Não havia outra
possibilidade!
O Deus Eterno
resolveu ter uma limitada existência humana para garantir a nossa presença ao
seu lado na eternidade. Ele é o Senhor que se fez servo para nos tornar
participantes do seu reino (Ap 3.21). O grande Deus resolveu ser homem para nos
fazer participantes da sua santidade (Hb 12.10). Como diz a letra do hino: ele
“morreu a nossa morte pra vivermos sua vida”.Esse é o
grande tema e o propósito do Natal.
Festejar o
Natal sem experimentar a salvação que o Cristo do Natal veio nos trazer é fazer
festa sem saber o motivo e sem ter recebido qualquer benefício.
É como gastar
dinheiro para fazer uma festa comemorando o resultado das eleições do
Casaquistão, sem saber onde fica e sem ter nenhum parente lá. É uma festa vazia,
sem sentido e sem propósito.
A mensagem do Natal é a revelação da
graça de Deus, que enviou seu filho para ser homem e morrer pelos homens, a fim
de salvá-los. E a demonstração máxima do grande amor de Deus, enviando o único
filho para nos livrar do terrível destino eterno que estava preparado. Como diz
a letra do antigo hino: “No Natal a gente sempre agradece / Por Jesus ter
nascido em Belém. / Mas nem. sempre se lembra, na prece, / Que ele nasce na
gente também”.
Quando as luzes do
Natal se apagam o que deve ficar é a certeza da vida eterna, garantida pela
comunhão com o Jesus Salvador, que nasceu em Belém, e a gratidão pelo grande
sacrifício que ele fez, em nosso lugar, para nos dar a gloriosa salvação e nos
fazer filhos de Deus.
Se isto for
verdadeiro para mim e para você, então podemos fazer muita festa, pois quando
as luzes se acenderem ou quando elas se apagarem, sempre será Natal!
Reverberação: www.subsidiosebd.com | Fonte:
Jornal Mensageiro da Paz, Dezembro de 2018 – Acervo: Subsídios EBD | Artigo: Márcio
Klauber Maia.