Subsídios para a classe de Jovens. Lição 13
– 4° trimestre de 2018
1.
O Vento como uma Representação do Espírito Santo
No
capítulo 3 de seu Evangelho, em um diálogo com Nicodemos, um líder respeitado
de seu tempo, João registra duas grandes verdades. A segunda verdade acha-se no
versículo 16: Deus amou o mundo de tal forma que deu o seu Filho para morrer
por nós, e que todo aquele que nEle crer terá a vida eterna.
A
primeira verdade está no versículo 8: o vento sopra onde quer. Podemos ouvir a
sua voz, mas não podemos saber para onde ele vai.
Jesus
estava anunciando uma nova forma de Deus agir. Não era uma reforma, mas uma
construção. O sistema religioso dos judeus não comportaria a realidade da nova
estrutura que Deus estava trazendo. A adoração não seria mais vinculada a um
lugar, mas a adoradores que prestassem culto em Espírito e em Verdade. As
pessoas nasceriam da Palavra e do Espírito. E Deus derramaria do seu Espírito
sobre toda carne.
A
estrutura religiosa a que Nicodemos pertencia não era adequada à realidade do
Reino de Deus que Jesus estava trazendo, e o Senhor lhe disse que era
necessário nascer de novo, ter uma nova experiência com Deus. Jesus trouxe uma
forma dinâmica de relacionamento com o Pai.
A
oração e o jejum seriam para agradar a Deus, não para fazer marketing pessoal,
e as ofertas não seriam medidas pela quantidade, mas, sim, pela intenção do
ofertante. O direito de retaliar seria substituído pela prática do perdão, e a
salvação ultrapassaria os limites de Jerusalém, indo até os samaritanos e
gentios. Uma nova estrutura exigia uma nova experiência, e Deus faria com que
seu Espírito Santo habitasse naqueles que receberiam Jesus.
O
Espírito Santo é comparado ao vento, que, como disse Jesus, “assopra onde quer,
e ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai” (Jo 3.8). O que
Jesus ensinou é que um fenômeno como o vento não pode ser comandado pelo homem.
O homem fez barcos a vela, que conduziram as grandes navegações, e utiliza a
energia eólica para gerar eletricidade com grandes torres, mas não pode
controlar a corrente natural de ar. Somente Deus controla a origem e a direção
do vento. Este é formado por causas naturais, como os movimentos de rotação e
translação da terra, ou a pressão atmosférica. São fatores que somente Deus
controla, e não o homem. Pode ser uma brisa, um vento forte ou um furacão, mas
é um deslocamento de ar que ocorre por conta da mão de Deus. A força do vento
depende da pressão atmosférica e da temperatura, levando o vento de um lugar a
outro. Ele leva nuvens de um lugar para outro. O vento frio do mar vai para a
terra quente, trazendo uma temperatura mais amena.
Da
mesma forma, o mover do Espírito não está condicionado à vontade do homem, e
sim aos planos de Deus. O homem pode tentar controlar o vento, ou pode
beneficiar-se dele.
2.
A Fé para Receber o Revestimento de Poder
Deus
espera que em nossa vida cristã tenhamos fé. Mas ter fé em quê? Naquilo que
Deus disse. Jesus ordenou que seus discípulos aguardassem em Jerusalém para
serem visitados pelo Espírito Santo, e o que os discípulos fizeram? Foram
viajar, ou saíram de Jerusalém? Não. Eles aguardaram com fé, crendo no que o
Senhor Jesus disse, e foram recompensados.
Aqui
entra a questão da fé. A Palavra de Deus não brinca quando define que a fé é
essencial para que Deus se agrade de nós. “De fato, sem fé é impossível agradar
a Deus” (Hb 11.6, ARA). O revestimento de poder é bíblico, agrada a Deus e está
disponível para aqueles que creem. Somos salvos pela graça, mas é preciso que
tenhamos fé. É preciso ter fé para crer nas coisas que Deus disse que
aconteceriam. Foi pela fé que os discípulos de Jesus estavam no cenáculo
reunidos. Eles acreditavam naquilo que Jesus disse.
A
fé no que Deus diz é tão importante para qualquer aspecto da nossa vida, que
Tiago diz que, se alguém precisa de sabedoria, que peça a Deus, mas que o faça
com fé. O irmão do Senhor deixa claro que aquele que duvida é como a onda do
mar, sem rumo, e que não receberá do Senhor coisa alguma. Veja que aquilo que
começa com um pedido de sabedoria alcança qualquer esfera de nossa vida, se
pedirmos com ou sem fé. O que é para Deus nos dar sabedoria? Algo tão simples
para Deus é um referencial para outras coisas mais elaboradas e complexas.
A
mesma coisa acontece com a experiência do batismo com o Espírito Santo. A
promessa está relatada em Joel e no Evangelho de Marcos. O cumprimento está
registrado em Atos dos Apóstolos e em nossos dias. Não é uma promessa apenas
para pentecostais, mas para todos os crentes. E como a lei da semeadura e da
colheita. Semear é opcional, mas a colheita é certa para quem semeia. Você pode
decidir usufruir a semente da forma que lhe convier, ou pode plantar a semente.
Se a semente for plantada, é certo que você verá o resultado da sua escolha.
Se
não crermos nas promessas e projetos de Deus, em que creremos? Se vemos o
registro do Espírito agindo nas pessoas e por meio delas, o que nos falta para
crer que a promessa é para os nossos dias?
Muitas
críticas são feitas a pentecostais por excessos em seus cul tos. Outras
críticas colocam pentecostais e neopentecostais em pé de igualdade, quando os
últimos criam práticas que alegam ter recebido de Deus. A questão é: Deus é
responsável quando homens limitados falham na obra de Deus? Os planos de Deus
que foram mal elaborados? Que grupo cristão desde a época da Reforma acertou em
todas as suas interpretações do texto sagrado?
Todas
as heresias desde a Reforma realmente surgem do meio pentecostal? Vieram do
pentecostalismo as ordens de matar pessoas por pensarem de forma diferente no
tocante à obra da salvação? De onde veio o liberalismo teológico que solapou as
igrejas há pouco menos de duzentos anos, reduzindo a Palavra de Deus a um
conjunto de textos produzidos pela mente humana, sem qualquer participação do
sobrenatural? Quantos seminários tradicionais contaminaram seus estudantes
roubando-lhes a fé e tornando-os pregadores sem o poder de Deus e conduzindo-os
a participarem de sociedades secretas?
Naturalmente,
não se pode tomar o todo por uma parte. Por isso, não é razoável pensar que o
meio pentecostal é feito de hereges que deturpam ou interpretam mal a Palavra
de Deus. Isso é um erro. O fato de existirem pessoas em todo o mundo que abusam
das coisas de Deus não significa que todas as pessoas no mundo abusam das
coisas de Deus. Essa premissa vale para todas as Igrejas.
Os
problemas vistos nas diversas igrejas cristãs não retiram a garantia da
promessa de Deus, do revestimento de poder dado pelo próprio Deus.
3.
Sola Scriptura
Obras
literárias escritas por ícones da teologia evangélica vêm sendo traduzidas para
a língua portuguesa. Seu conteúdo é enfático em associar o falar em línguas a
uma manifestação contrária à vontade do Espírito em nossos dias, como também a
ocorrência de milagres, curas divinas e outros eventos. Dentre essas obras,
destaco a de Jonh MacArthur, Fogo Estranho.
Há um capítulo inteiro em que o autor destaca a opinião histórica de diversas
pessoas, como Crisóstomo, Agostinho, Martinho Lutero, John Gill, Jonathan
Edwards, Charles Spurgeon, Martyn Lloyd-Jones, todos corroborando a opinião de
que os dons cessaram.
Curioso
é que MacArthur não menciona Jesus, Mateus, Marcos, Lucas, Pedro, Paulo, Tiago,
João, Judas, homens que verdadeiramente foram inspirados a trazerem a revelação
de Deus no Novo Testamento.
SAIBA MAIS:
1)
A
contemporaneidade dos dons Espirituais – Acesse AQUI
2)
Os dons Espirituais
são para os nossos dias? Acesse AQUI
3)
Dons de Deus para os Homens - Acesse
AQUI
Fonte: O Vento sopra onde Quer. O
Ensinamento bíblico do Espírito Santo e sua Operação na Vida da Igreja. Autor:
Alexandre Coelho. Editora CPAD
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