Subsídios
para a lição: 7
Fonte:
E-book Subsídios EBD. Edição: 14
Classe: Adultos |
Trimestre: 4° | Ano: 2018
INTRODUÇÃO
Em
nosso estudo de hoje abordaremos acerca da “parábola
do servo que não queria perdoar (Leia Mt 18.21-35)”. Onde aprenderemos a
lidar com a ofensa e com o perdão. A parábola ilustra o poder do perdão. Trata
do perdão entre irmãos, não entre os pecadores e Deus. A ênfase deste capítulo
é sobre irmãos perdoando irmãos (Mt 18.15, 21).
RESUMO DESTE SUBSÍDIO:
I- PERSONAGENS DESTACADOS NA
PARÁBOLA (Mt 18.23,24, 28)
1. Um certo Rei (Mt 18.22,23)
2. Dois devedores (Mt 18.24,28)
a) Consequências para os que
não podiam pagar suas dividas
b) Um cervo que devia cem
talentos (Mt 18.24-26)
c) Um conservo que devia cem
dinheiros (Mt 18.28-34)
3. Perdão revogado
II- BASE DE RELACIONAMENTOS
SAUDÁVEIS: O PERDÃO
1. Conflitos nos
relacionamentos (Cl 3.13)
2. As duas dimensões do perdão
3. A dádiva do perdão
4. Perdoar não é uma opção
5. Perdoar não é esquecer
III- O QUE É O PERDÃO
1. Nas línguas bíblicas
2. Nos atos e ensinos de Jesus
3. Nos ensinos das epístolas
IV- O QUE NÃO É PERDÃO
1. Não é fraqueza e covardia
2. Não é tolerância ao erro
3. Não é anular a justiça (Lc 23.39-43)
LEIA UM TRECHO
PERSONAGENS
DESTACADOS NA PARÁBOLA (Mt 18.23,24, 28)
1. Um certo
Rei (Mt 18.22,23)
O
rei da parábola representa o Pai celestial e retrata o seu papel como juiz. No
contexto da punição dentro da igreja, a parábola poderia ressaltar a
responsabilidade corporativa da igreja em tratar com justiça os membros
pecadores. Isto inclui o julgamento severo daqueles que ferem a comunhão
recusando-se a perdoar os outros. Mas como Deus perdoou todos os nossos
pecados, nós não deveríamos negar perdão aos outros. Perceber o quão
completamente Cristo nos perdoou deveria produzir uma atitude livre e generosa
de perdão em relação aos outros. Quando não perdoamos os outros, estamos
dizendo que apreciamos o amor e o perdão de Deus, mas que não estamos dispostos
a estendê-los a ninguém mais.
2. Dois
devedores (Mt 18.24,28)
O
“talento” era uma medida de peso,
usada para pesar ouro e prata, equivalente, a cerca de 35 quilos. Cada talento
valia cerca de 6.000 denários. O “denário”
era uma moeda de prata que equivalia a um dia de trabalho braçal (Mt 20.2). Dez
mil talentos então eram o salário de sessenta milhões de dias de trabalho, uma
quantia impossível de ser paga. Foi assim que Jesus retratou de modo bem claro
a situação desesperadora do homem (Mt 18.26).
a)
Consequências para os que não podiam pagar suas dividas
Naquela
época, havia sérias consequências para os que não podiam pagar suas dividas. Um
credor podia apoderar-se do devedor e de sua família, forçá-los a trabalhar
para ele até que a dívida fosse paga. O devedor também podia ser enviado para a
prisão, seus familiares podiam ser vendidos como escravos, para ajudar a pagar
o débito. Esperava-se que, enquanto estivesse na prisão, as terras do devedor
fossem vendidas ou que seus parentes pagassem a divida em seu lugar. Caso
contrário, o devedor permaneceria na prisão por toda a vida.
b) Um cervo
que devia cem talentos (Mt 18.24-26)
O
homem da parábola estava roubando do rei e, depois de uma auditoria contábil,
seu crime foi descoberto. Porém, o homem pensou ser possível livrar-se dessa
dívida e disse ao rei que seria capaz de saldá-la, caso tivesse mais tempo.
Vemos aqui dois pecados: orgulho e falta de arrependimento sincero. O homem não
estava com vergonha por ter roubado o dinheiro, mas sim por ter sido
descoberto. Além disso, se considerava poderoso o suficiente para ganhar o
dinheiro que havia roubado.
Este
Homem devia dez mil talentos. Dez mil talentos foram usados para descrever uma
dívida impossível de ser paga (Mt 18.25). A atitude deste devedor do rei:
“Então o servo, caindo aos pés dele, implorava: “Tenha paciência comigo, e
pagarei tudo ao senhor (Mt 18.27 –NAA)”
O
rei era um homem compassivo. Aceitou o prejuízo e perdoou o servo. “E o senhor daquele servo, compadecendo-se,
mandou-o embora e perdoou-lhe a dívida (Mt 18.27 – NAA)”.
Assim,
o homem ficou livre, e ele e sua família não seriam jogados na prisão. O servo
não merecia ser perdoado; o perdão foi um ato do mais puro amor e misericórdia
por parte de seu senhor.
c) Um conservo
que devia cem dinheiros (Mt 18.28-34)
Este
homem devia, apenas cem denários (Mt
18.28 - NAA), para aquele que teve a dívida de dez mil talentos perdoada pelo
rei. Em vez de compartilhar com esse amigo a alegria do perdão que havia
recebido, o servo perdoado maltratou-o e exigiu que pagasse a dívida. O segundo
servo usou o mesmo argumento que o primeiro havia usado com o rei: "Tenha
paciência comigo, e eu lhe pagarei o que devo!" Mas o servo injusto não estava
disposto a conceder a outros aquilo que desejava que lhe concedessem.
3. Perdão
revogado
“Vendo os seus
companheiros o que havia acontecido, ficaram muito tristes e foram relatar ao
seu senhor tudo o que havia acontecido. Então o senhor, chamando aquele servo,
lhe disse: “Servo malvado, eu lhe perdoei aquela dívida toda porque você me
implorou”. Será que você também não devia ter compaixão do seu conservo, assim
como eu tive compaixão de você?” E, indignando-se, o senhor entregou aquele
servo aos carrascos, até que lhe pagasse toda a dívida (Mt 18.31-34,
NAA)”.
Jesus
concluir a parábola com uma alerta muito séria para todo cristão: “Assim também
o meu Pai, que está no céu, fará com vocês, se do íntimo não perdoarem cada um a
seu irmão (Mt 18.35, NAA)”.
Por
incrível que pareça, existem aqueles que se dizem cristãos, mas não serão
perdoados, pois não querem perdoar. Há quem deseja ser bem tratado, mas não
trata bem ao seu próximo.
Mt 6.16: Se, porém, não perdoarem aos outros as
ofensas deles, também o Pai de vocês não perdoará as ofensas de vocês
(NAA).
Lc 6.31: “Façam aos outros o mesmo que vocês querem
que eles façam a vocês (NAA)”.
De
acordo com a Bíblia de Estudo Pentecostal “Jesus nesta parábola ensina que o
perdão divino, embora seja concedido graciosamente ao pecador arrependido, é,
também, ao mesmo tempo condicional, de conformidade com a disposição do
indivíduo, de perdoar ao seu próximo. Por isso, uma pessoa pode ficar sem
perdão divino por ter um coração cheio de amargura, que não perdoa ao próximo
(ver Mt 6.14,15; Hb 12.15; Tg 3.14; Ef 4.31,32). Estes textos mostram que
amargura, ressentimento e animosidade contra o próximo são totalmente
incompatíveis com a verdadeira vida cristã, e que devem ser banidos da vida do
crente”.
O QUE É O PERDÃO
1. Nas
línguas bíblicas
O
vocabulário para “perdão” nas Escrituras do Antigo e Novo Testamento é variado
e rico. No hebraico, salach, designa
a ação misericordiosa de Deus mediante a qual Ele perdoa, desculpa e livra o
pecador da culpa e do castigo advindos pela transgressão (Gn 18.26; Lv 4.20; Nm
14.19; 15.25; Sl 25.18; 32.1,5; 85.2; Rm 4.6-8). No grego, aphiemi, quer dizer
“soltar”, “cancelar”, “remir” e “perdoar” e aparece nos Evangelhos referindo-se
ao perdão dos pecados (Mt 26.28; Mc 2.5; Lc 7.47), de dívidas (Mt 6.12) e
“ofensas” (Mc 11.25).
2. Nos
atos e ensinos de Jesus
O
perdão foi ensinado (Mt 6.9-15; 18.25-35; Lc 7.36-50; 15.11-32) e praticado por
Jesus (Mt 9.6; Lc 23.34, 39-42). A pregação das Boas-Novas era o anúncio do
perdão irrestrito ao pecador penitente (Mt 1.21; Mc 10.45). Incluía desde o
cancelamento do efeito do pecado cometido (Mc 2.5; Jo 8.11) à aceitação
graciosa do pecador à comunhão com Deus (Lc 15.20-24). A morte de Jesus Cristo
no Calvário cumpria assim a oferta escatológica do perdão anunciada pelos
profetas (Jr 31.34; 33.8 ver Lc 1.76-79; 4.18,19).
3. Nos
ensinos das epístolas
O
perdão nas epístolas aparece no contexto da doutrina da justificação e da graça
divina (Rm 3.21-26; 5.1,2, 6-11). A pessoa não é tão somente perdoada dos
pecados e livre da culpa, mas liberta completamente do poder do pecado sobre
ela. O perdão promove a reconciliação do homem com Deus (Rm 5.10,11; 2Co
5.18-21) e faz com que o pecador participe da justiça de Cristo em Deus (Rm
3.21-28; 8.1; 9.30; 1Co 1.30,31).
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