Lições Bíblicas Dominical Adultos 1° Trimestre 2025 CPAD

Lições Bíblicas Dominical Adultos 1° Trimestre 2025 CPAD Título da Revista Dominical: EM DEFESA DA FÉ CRISTÃ : Combatendo as Antigas Heresias que se Apresentam com Nova Aparência Comentarista: Esequias Soares | Classe: Adultos TEMAS DAS LIÇÕES Lição 1 – Quando as Heresias Ameaçam a Unidade da Igreja Lição 2 – Somos Cristãos Lição 3 – A Encarnação do Verbo Lição 4 – Deus É Triúno Lição 5 – Jesus é Deus Lição 6 – O Filho É igual com o Pai Lição 7 – As Naturezas Humana e Divina de Jesus Lição 8 – Jesus Viveu a Experiência Humana Lição 9 – Quem É o Espírito Santo Lição 10 – O Pecado Corrompeu a Natureza Humana Lição 11 – A Salvação não É Obra Humana Lição 12 – A Igreja Tem uma Natureza Organizacional Lição 13 – Perseverando na Fé em Cristo

Lição 6- Alegrias e Felicidades

TEXTO BÍBLICO
Filipenses 4.4-13
Destaque
"Tenham sempre alegria, unidos no Senhor! Repito: Tenham alegria!” (Fp 4.4)

LEITURA DEVOCIONAL
SEG............................................ SI 16.11
TER............................................. SI 51.8,15
QUA............................................. Lc 2.10
QUI.............................................. 1Pe 4.13
SEX............................................. Sl 31.7
SÁB............................................. Fp 1.25
DOM............................................ Mt 5.12

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Objetivos
1- Definir o que é alegria;
2- Mostrar que a alegria cristã não deve estar baseada em circunstâncias;
3- Enfatizar o contentamento como forma de triunfo sobre todas as coisas.

Material Didático
Professor, para a aula de hoje Você precisará de uma caixa de sapato ou um saco preto, bem como algumas imagens (1 foto com rosto sorrindo, 1 foto de pomba branca) e objetos (1 limão, 1 pedra, 1 lenço, 1 espinho).
 
QUEBRANDO A ROTINA
Caro professor, nesta aula sugerimos a realização da dinâmica chamada "alegria, alegria”. Passe a caixa ou saco com as imagens e objetos para que cada aluno retire algo. Após todos terem apanhado, peça-os que pensem o que pode significar, esse objeto ou imagem nas lutas da vida cristã. A seguir, incentive-os a socializarem o que pensam, mostrando primeiro a figura/objeto. A fim de auxiliá-los, você pode ajudá-los no decorrer da apresentação oferecendo alguns significados aos objetos. Por exemplo: Rosto sorrindo - aletria na tribulação;
Lenço — para enxugar as lágrimas; Pedra — dificuldades no caminho; Espinho - incômodo, sofrimento; Limão- angústia, tristeza; Pomba - Paz, Espírito Santo.
Para terminar a dinâmica, leia com eles os seguintes textos; Neemias 8.10; Filipenses 4.4. Deus abençoe!

ESTUDANDO A BÍBLIA

Professor, inadvertidamente muitos de nós temos confinado a Educação Cristã às quatro paredes do templo, aos domingos pela manhã e num período de tempo de aproximadamente 50 minutos de aula. Entretanto, caso não ampliemos nosso campo de ação e incluamos outros ambientes não convencionais junto ao nosso programa educacional, correremos o risco de não frutificarmos tanto quanto poderíamos. Nós precisamos entender que o mundo/a vida é a nossa sala de aula.

Devemos aproveitar todas as oportunidades para ensinar e aprender. Jesus ensinou no monte, no barco, em casas, no velório, no vale, no Templo, nas festas, e, à mulher samaritana no poço.
 
Paulo fundou a igreja de Filipos quando realizou sua segunda viagem missionária (At 16.9-40). Nessa cidade, o evangelho da graça chegou de forma maravilhosa levando salvação à vendedora de púrpura, Lídia (At 16.13,14), à jovem escrava de Satanás e dos homens (At 16.16-18), ao carcereiro romano (At 16.27- 34) e a muitas outras pessoas.

A carta aos filipenses foi escrita por Paulo quando ele estava preso na cidade de Roma, por volta de 62 d.C. Por intermédio dela o apóstolo agradeceu a generosidade dos irmãos (4.15-18), mas alertou sobre os perigos da quebra da comunhão (2.3,4; 4.2) e da heresia (3.2), bem como convocou os irmãos a se alegrarem no Senhor, razão pela qual a epístola é chamada por alguns como a "carta da alegria”.

O que é alegria?
De acordo com alguns manuais de Ética Cristã, alegria “é a emoção prazerosa resultante da satisfação da sede insaciável do homem por uma vida mais plena". Essa definição se confirma na prática quando observamos em todas as partes do mundo, entre religiosos e ateus, das mais variadas idades, o empenho de homens e mulheres na incansável busca da tão almejada alegria plena.

Em sua legítima busca pela alegria, o ser humano tem sido distraído pelas ilusões momentâneas dos prazeres sexuais, da aquisição de riquezas, do glamour oferecido pela fama, do sucesso profissional, do consumismo e da sensação de autos- suficiência ocasionada pela aquisição do poder. Entretanto, em sua velhice, o sábio Salomão entendeu o caráter transitório da alegria terrena fundamentada meramente no prazer: não passa de vaidade (£c 2.1-12).

Ao estudarmos a Bíblia Sagrada, percebemos que a alegria está por todo lugar fazendo parte da história de vida do povo de Deus (Dt 12.6,12; Fp 4.4; 1 Pe 4.13). Ela é experimentada quando o ser humano se aproxima do Eterno (SI 16.11) e recebe o seu perdão (SI 51.8,15) ou encontra o seu amor (SI 31.7). O próprio Evangelho é uma mensagem de grande alegria (Lc 2.10). Só em filipenses o tema "alegria” aparece dezesseis vezes (1.4,18,25; 2.2,28; 3.1; 4.1,4,11). 0 conteúdo da alegria bíblica não está no entretenimento que distrai, mas no relacionamento com o Deus que se revelou em Cristo Jesus para nos salvar e possibilitar a restauração da comunhão que no Jardim do Éden, por intermédio da Queda, foi afetada. Por isso, o mundo não pode nos conceder ou remover essa alegria, pois esta vem exclusivamente de Deus.
 
AUXÍLIO DEVOCIONAL
Sustentado pela Alegria
As suas mãos são torcidas e os seus pés são inúteis. Ele não consegue tomar banho sozinho. Ele não consegue comer sozinho, nem escovar os dentes, nem pentear o cabelo, nem vestir a sua roupa debaixo. As suas camisas são fechadas por tiras de velcro. A sua fala se arrasta como em uma fita cassete já muito usada.
Robert sofre de paralisia cerebral.

A doença impede que ele possa dirigir um automóvel, andar de bicicleta e sair para um passeio. Mas não o impediu de concluir o colégio nem de frequentar as aulas da Universidade Cristã Abilene, onde obteve um título universitário em Latim. A doença não impediu que ele lecionasse em um ginásio em Sr. Louis nem de ir para o outro lado do oceano em cinco viagens missionárias.

E a doença de Robert não o impediu de ser um missionário em Portugal.

Ele se mudou para Lisboa, sozinho, em 1972.
Ali, ele alugou um quarto de hotel e começou a estudar português.
Conheceu um dono de restaurante que poderia lhe dar comida depois da hora do rush e um professor que poderia lhe ensinar o idioma.

Depois, ele passou a ir diariamente a um parque onde distribuía folhetos que falavam de Cristo. Em um período de seis anos, ele conduziu setenta pessoas ao Senhor, uma das quais tornou-se a sua esposa, Rosa.

Recentemente ouvi Robert em uma palestra. Eu vi outros homens carregando-o na sua cadeira de rodas até a plataforma. Observei quando eles colocaram uma Bíblia no colo dele. Eu vi os seus dedos rígidos e o seu esforço para abrir as páginas. E vi as pessoas na plateia enxugando as lágrimas de admiração. Robert poderia ter pedido consolo ou piedade, mas ele fez exatamente o oposto. Ele levantou a sua mão curvada ao ar e anunciou: ‘Tenho tudo o que preciso para ser alegre’.

As suas camisas são fechadas com velcro, mas a sua vida é sustentada pela alegria” (LUCADO, Max. Experimentando o coração de Jesus. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, pp. 151,52).
“Tenham sempre alegria, unidos no Senhor”!
Por mais estranha que pareça a frase citada acima, ela não foi escrita por alguém que estava fazendo a viagem turística dos seus sonhos. A frase é fruto de um homem maduro, que embora esteja injustamente encarcerado, aprendeu a confiar e a descansar em Deus em meio às circunstâncias que o convidavam a questioná-lo. Embora não tivesse as rédeas da situação, Paulo cria no controle de Deus. O apóstolo é uma prova de que embora a alegria possa ser ofuscada momentaneamente pelas frequentes aflições do tempo presente (Jo 16.20-22), ela será constantemente renovada pelo Espírito Santo que habita em nós e por intermédio da esperança eterna (Rm 8.22-30).

Escrevendo aos filipenses, o apóstolo nos ensina algumas valiosas lições sobre a verdadeira alegria desfrutada pelo povo de Deus:

a) Ela não é circunstancial.
Paulo está preso, porém escrevendo e desfrutando da alegria interior. A soma dos problemas do lado de fora do corpo não foi capaz de subtrair a alegria de dentro do seu coração.

b) Ela não é opcional.
O apóstolo dos gentios exorta aos irmãos a se manterem alegres. Afinal de contas, eles têm o Evangelho, o Reino e o Espírito Santo que nos oferecem alegria gratuita, plena e verdadeira.

c) Ela não é humana.
O apóstolo diz: legrem-se no Senhor”. A nossa alegria não nasce a partir das circunstâncias favoráveis nem tão pouco do coração enganoso do homem, mas de Jesus Cristo — aquele que morreu, ressuscitou e está assentado à direita de Deus Pai e que em breve voltará para tomar a sua "noiva” para si eternamente.

d) Ela não é descartável.
A alegria não é algo que se desfaz como um copo de plástico. Ela é uma joia preciosa dada por Deus aos homens e que precisa ser preservada e desfrutada diariamente em todos os momentos da vida. Ela não acaba quando chega o sofrimento, pelo contrário, é em meio aos sofrimentos, e sob a graça de Deus, que a nossa alegria é renovada.

Unidos a Cristo triunfaremos em alegria diante das maiores tristezas que a vida possa nos apresentar. Nele, somos mais do que vencedores (Rm 8.31-39), pois "essa pequena e passageira aflição que sofremos vai nos trazer uma glória enorme e eterna, muito maior do que o sofrimento" (2 Co 4.17).

AUXÍLIO DIDÁTICO
Professor, você precisa conduzir seus alunos adolescentes ao amadurecimento. E para isso é preciso tempo, dedicação, cuidado e amor sincero. Instrua-os mostrando que Deus tem compromisso com eles independente das circunstâncias difíceis vivenciadas por eles.

“Posso todas as coisas naquele que me fortalecei”
Paulo é um servo de Deus exemplar. Sua vida inspira fidelidade a Deus, cuidado ao próximo e contentamento com a vida. Após ordenar aos irmãos que se alegrassem no Senhor (4.4), destacar o papel da oração como um antídoto à preocupação (4.6) e a falar sobre a paz de Deus que guarda o coração e a mente daqueles que entregam confiantemente suas inquietações ao Senhor em oração (4.7), o apóstolo Paulo revela o porquê de ele poder todas as coisas em Cristo (4.10-23):


a) Ninguém nasce sabendo tudo sobre o contentamento (v.11). Paulo aprendeu o segredo de viver contente. Como é bom ter humildade para aprender. lnfelizmente, muitas jovens que estão iniciando avida não têm paciência e humildade para ouvir experiências e aprender lições com os mais velhos. £ com isso acabam aprendendo as coisas da forma mais difícil e dolorosa. Porém, o apóstolo nos ensina que na vida é preciso estar disponível ao aprendizado. Ele diz que aprendeu a viver contente; significa estar satisfeito com o que tem, seja pouco ou muito (Pv 30.7-9; Mt 6.11).

b) As circunstâncias geram vítimas ou vencedores (v.12).
Paulo não foi vítima das circunstâncias, pelo contrário, ele andou sobre as circunstâncias. Aprendeu a viver contente em todos os lugares e em qualquer situação. Transitava com naturalidade entre a escassez e a abundância. Apesar de ter razões suficientes para reclamar ou se vitimar, escolheu acreditar na providência, no poder e na promessa de Deus. O apóstolo não permitiu que as circunstâncias externas determinassem suas atitudes internas. Ao invés de fracassar, escolheu triunfar sobre as circunstâncias.

c) Contentamento nasce da comunhão com Deus (v.13).
O contentamento de Paulo não foi resultado de sua autodisciplina, conhecimento intelectual, dons e talentos pessoais, experiência ministerial ou força física. Ele é categórico ao dizer que a fonte de seu contentamento e força foi Jesus Cristo. Que preciosa lição o apóstolo nos ensina! Era o poder de Cristo nele que o habilitava a viver contente em todas as situações. Jesus disse que sem Ele nada podemos fazer (Jo 15.5).

Assim como Paulo, cada um de nós deve aprender a valiosa lição do contentamento para que possamos triunfar sobre as circunstâncias sendo fortalecidos pela comunhão em Jesus Cristo, para um dia dizermos com plena certeza; "Posso todas as coisas naquele que me fortalece!”.
Você tem contentamento em Cristo?

AUXÍLIO PEDAGÓGICO
Professor, introduzo o terceiro tópica com a seguinte ilustração extraída do livro editado pela CPAD Experimentando coração de Jesus, de Max Lucado: "Uma lenda da Índia conta de um rato que morria de medo de gatos, até que um mágico o transformou num gato. Isto resolveu o problema do seu medo... até que ele encontrou um cachorro, então o mágico transformou-o num cachorro. Então o rato-virado-gato-vira- do-cachorro ficou satisfeito até encontrar um tigre - então, uma vez mais, o mágico transformou-o no que lhe dava medo. Mas quando o tigre chegou reclamando que tinha encontrado um caçador, o mágico recusou-se a ajudar. 'Eu vou transformar você novamente num rato, porque embora você tenha o corpo de um tigre, ainda tem o coração de um rato’.”

Em seguida, reflita com eles sobre a questão do contentamento. Pergunte-os por que as pessoas se demonstram tão insatisfeitas com o que são e têm. Diga-lhes que é preciso que busquemos contentamento em Deus, para que possamos triunfar sabre todas as circunstâncias da vida, pois é muito triste viver a vida refém das coisas que nos cercam.

Recapitulando
O ser humano peregrina incansavelmente em busca da experiência da vida plena, da felicidade, da alegria verdadeira. Experiência que só pode ser vivida por meio do relacionamento sincero com Jesus Cristo.

O cristão, em meio às adversidades da vida, é capaz de desfrutar da verdadeira alegria, uma vez que ela não é circunstancial, opcional, humana ou descartável.

Refletindo
1. Você já teve uma experiência de sofrimento em que seu coração foi confortado por uma alegria inexplicável?
Resposta pessoal.
2. Quais as quatro lições abordadas nesta lição sobre a verdadeira alegria?
A alegria do cristão não é circunstancial, opcional, humana, descartável.
3. Como você definiria contentamento?
Resposta pessoal.

Fonte: Lições Bíblicas de Adolescentes – 4° trimestre de 2018, CPAD – Divulgação: Subsídios EBD