TEXTO BÍBLICO
Filipenses
4.4-13
Destaque
"Tenham
sempre alegria, unidos no Senhor! Repito: Tenham alegria!” (Fp 4.4)
LEITURA
DEVOCIONAL
SEG............................................
SI
16.11
TER............................................. SI
51.8,15
QUA.............................................
Lc
2.10
QUI..............................................
1Pe 4.13
SEX.............................................
Sl
31.7
SÁB.............................................
Fp
1.25
DOM............................................
Mt
5.12
Veja também:
Próximas Lições de Adultos
Próximas Lições de Jovens
Objetivos
1- Definir
o que é alegria;
2- Mostrar que a
alegria cristã não deve estar baseada em circunstâncias;
3- Enfatizar o
contentamento como forma de triunfo sobre todas as coisas.
Material
Didático
Professor, para a aula de hoje Você precisará de uma caixa de sapato
ou um saco preto, bem como algumas imagens (1 foto com rosto sorrindo, 1 foto
de pomba branca) e objetos (1 limão, 1 pedra, 1 lenço, 1 espinho).
QUEBRANDO A ROTINA
Caro professor, nesta aula sugerimos a realização da dinâmica
chamada "alegria, alegria”. Passe a caixa ou saco com as imagens e objetos
para que cada aluno retire algo. Após todos terem apanhado, peça-os que pensem
o que pode significar, esse objeto ou imagem nas lutas da vida cristã. A
seguir, incentive-os a socializarem o que pensam, mostrando primeiro a
figura/objeto. A fim de auxiliá-los, você pode ajudá-los no decorrer da
apresentação oferecendo alguns significados aos objetos. Por exemplo: Rosto
sorrindo - aletria na tribulação;
Lenço — para enxugar as lágrimas; Pedra — dificuldades no caminho;
Espinho - incômodo, sofrimento; Limão- angústia, tristeza; Pomba - Paz,
Espírito Santo.
Para terminar a dinâmica, leia com eles os seguintes textos; Neemias
8.10; Filipenses 4.4. Deus abençoe!
ESTUDANDO
A BÍBLIA
Professor,
inadvertidamente muitos de nós temos confinado a Educação Cristã às quatro
paredes do templo, aos domingos pela manhã e num período de tempo de
aproximadamente 50 minutos de aula. Entretanto, caso não ampliemos nosso campo
de ação e incluamos outros ambientes não convencionais junto ao nosso programa
educacional, correremos o risco de não frutificarmos tanto quanto poderíamos.
Nós precisamos entender que o mundo/a vida é a nossa sala de aula.
Devemos
aproveitar todas as oportunidades para ensinar e aprender. Jesus ensinou no
monte, no barco, em casas, no velório, no vale, no Templo, nas festas, e, à
mulher samaritana no poço.
Paulo fundou a igreja
de Filipos quando realizou sua segunda viagem missionária (At 16.9-40). Nessa
cidade, o evangelho da graça chegou de forma maravilhosa levando salvação à
vendedora de púrpura, Lídia (At 16.13,14), à jovem escrava de Satanás e dos
homens (At 16.16-18), ao carcereiro romano (At 16.27- 34) e a muitas outras
pessoas.
A
carta aos filipenses foi escrita por Paulo quando ele estava preso na cidade de
Roma, por volta de 62 d.C. Por intermédio dela o apóstolo agradeceu a
generosidade dos irmãos (4.15-18), mas alertou sobre os perigos da quebra da
comunhão (2.3,4; 4.2) e da heresia (3.2), bem como convocou os irmãos a se
alegrarem no Senhor, razão pela qual a epístola é chamada por alguns como a
"carta da alegria”.
O
que é alegria?
De
acordo com alguns manuais de Ética Cristã,
alegria “é a emoção prazerosa resultante da satisfação da sede insaciável do
homem por uma vida mais plena". Essa definição se confirma na prática
quando observamos em todas as partes do mundo, entre religiosos e ateus, das
mais variadas idades, o empenho de homens e mulheres na incansável busca da tão
almejada alegria plena.
Em
sua legítima busca pela alegria, o ser humano tem sido distraído pelas ilusões
momentâneas dos prazeres sexuais, da aquisição de riquezas, do glamour
oferecido pela fama, do sucesso profissional, do consumismo e da sensação de
autos- suficiência ocasionada pela aquisição do poder. Entretanto, em sua
velhice, o sábio Salomão entendeu o caráter transitório da alegria terrena
fundamentada meramente no prazer: não passa de vaidade (£c 2.1-12).
Ao
estudarmos a Bíblia Sagrada, percebemos que a alegria está por todo lugar
fazendo parte da história de vida do povo de Deus (Dt 12.6,12; Fp 4.4; 1 Pe
4.13). Ela é experimentada quando o ser humano se aproxima do Eterno (SI 16.11)
e recebe o seu perdão (SI 51.8,15) ou encontra o seu amor (SI 31.7). O próprio
Evangelho é uma mensagem de grande alegria (Lc 2.10). Só em filipenses o tema
"alegria” aparece dezesseis vezes (1.4,18,25; 2.2,28; 3.1; 4.1,4,11). 0
conteúdo da alegria bíblica não está no entretenimento que distrai, mas no
relacionamento com o Deus que se revelou em Cristo Jesus para nos salvar e
possibilitar a restauração da comunhão que no Jardim do Éden, por intermédio da
Queda, foi afetada. Por isso, o mundo não pode nos conceder ou remover essa
alegria, pois esta vem exclusivamente de Deus.
AUXÍLIO DEVOCIONAL
Sustentado pela
Alegria
As suas mãos são torcidas e os seus pés são inúteis. Ele não
consegue tomar banho sozinho. Ele não consegue comer sozinho, nem escovar os
dentes, nem pentear o cabelo, nem vestir a sua roupa debaixo. As suas camisas
são fechadas por tiras de velcro. A sua fala se arrasta como em uma fita
cassete já muito usada.
Robert sofre de paralisia cerebral.
A doença impede que ele possa dirigir um automóvel, andar de
bicicleta e sair para um passeio. Mas não o impediu de concluir o colégio nem
de frequentar as aulas da Universidade Cristã Abilene, onde obteve um título
universitário em Latim. A doença não impediu que ele lecionasse em um ginásio
em Sr. Louis nem de ir para o outro lado do oceano em cinco viagens
missionárias.
E a doença de Robert não o impediu de ser um missionário em
Portugal.
Ele se mudou para Lisboa, sozinho, em 1972.
Ali, ele alugou um quarto de hotel e começou a estudar
português.
Conheceu um dono de restaurante que poderia lhe dar comida
depois da hora do rush e um professor que poderia lhe ensinar o idioma.
Depois, ele passou a ir diariamente a um parque onde distribuía
folhetos que falavam de Cristo. Em um período de seis anos, ele conduziu
setenta pessoas ao Senhor, uma das quais tornou-se a sua esposa, Rosa.
Recentemente ouvi Robert em uma palestra. Eu vi outros homens
carregando-o na sua cadeira de rodas até a plataforma. Observei quando eles
colocaram uma Bíblia no colo dele. Eu vi os seus dedos rígidos e o seu esforço
para abrir as páginas. E vi as pessoas na plateia enxugando as lágrimas de
admiração. Robert poderia ter pedido consolo ou piedade, mas ele fez exatamente
o oposto. Ele levantou a sua mão curvada ao ar e anunciou: ‘Tenho tudo o que
preciso para ser alegre’.
As suas camisas são fechadas com velcro, mas a sua vida é
sustentada pela alegria” (LUCADO, Max. Experimentando o coração de Jesus. Rio
de Janeiro: CPAD, 2007, pp. 151,52).
“Tenham
sempre alegria, unidos no Senhor”!
Por
mais estranha que pareça a frase citada acima, ela não foi escrita por alguém
que estava fazendo a viagem turística dos seus sonhos. A frase é fruto de um
homem maduro, que embora esteja injustamente encarcerado, aprendeu a confiar e
a descansar em Deus em meio às circunstâncias que o convidavam a questioná-lo.
Embora não tivesse as rédeas da situação, Paulo cria no controle de Deus. O
apóstolo é uma prova de que embora a alegria possa ser ofuscada momentaneamente
pelas frequentes aflições do tempo presente (Jo 16.20-22), ela será
constantemente renovada pelo Espírito Santo que habita em nós e por intermédio
da esperança eterna (Rm 8.22-30).
Escrevendo
aos filipenses, o apóstolo nos ensina algumas valiosas lições sobre a
verdadeira alegria desfrutada pelo povo de Deus:
a) Ela não é
circunstancial.
Paulo
está preso, porém escrevendo e desfrutando da alegria interior. A soma dos
problemas do lado de fora do corpo não foi capaz de subtrair a alegria de
dentro do seu coração.
b) Ela não é
opcional.
O
apóstolo dos gentios exorta aos irmãos a se manterem alegres. Afinal de contas,
eles têm o Evangelho, o Reino e o Espírito Santo que nos oferecem alegria
gratuita, plena e verdadeira.
c) Ela não é humana.
O
apóstolo diz: legrem-se no Senhor”. A nossa alegria não nasce a partir das
circunstâncias favoráveis nem tão pouco do coração enganoso do homem, mas de
Jesus Cristo — aquele que morreu, ressuscitou e está assentado à direita de
Deus Pai e que em breve voltará para tomar a sua "noiva” para si
eternamente.
d) Ela não é
descartável.
A
alegria não é algo que se desfaz como um copo de plástico. Ela é uma joia
preciosa dada por Deus aos homens e que precisa ser preservada e desfrutada
diariamente em todos os momentos da vida. Ela não acaba quando chega o
sofrimento, pelo contrário, é em meio aos sofrimentos, e sob a graça de Deus,
que a nossa alegria é renovada.
Unidos
a Cristo triunfaremos em alegria diante das maiores tristezas que a vida possa
nos apresentar. Nele, somos mais do que vencedores (Rm 8.31-39), pois
"essa pequena e passageira aflição que sofremos vai nos trazer uma glória
enorme e eterna, muito maior do que o sofrimento" (2 Co 4.17).
AUXÍLIO DIDÁTICO
Professor, você precisa conduzir seus alunos adolescentes ao
amadurecimento. E para isso é preciso tempo, dedicação, cuidado e amor sincero.
Instrua-os mostrando que Deus tem compromisso com eles independente das
circunstâncias difíceis vivenciadas por eles.
“Posso
todas as coisas naquele que me fortalecei”
Paulo
é um servo de Deus exemplar. Sua vida inspira fidelidade a Deus, cuidado ao
próximo e contentamento com a vida. Após ordenar aos irmãos que se alegrassem
no Senhor (4.4), destacar o papel da oração como um antídoto à preocupação
(4.6) e a falar sobre a paz de Deus que guarda o coração e a mente daqueles que
entregam confiantemente suas inquietações ao Senhor em oração (4.7), o apóstolo
Paulo revela o porquê de ele poder todas as coisas em Cristo (4.10-23):
a) Ninguém nasce
sabendo tudo sobre o contentamento (v.11). Paulo aprendeu o
segredo de viver contente. Como é bom ter humildade para aprender.
lnfelizmente, muitas jovens que estão iniciando avida não têm paciência e
humildade para ouvir experiências e aprender lições com os mais velhos. £ com
isso acabam aprendendo as coisas da forma mais difícil e dolorosa. Porém, o apóstolo
nos ensina que na vida é preciso estar disponível ao aprendizado. Ele diz que
aprendeu a viver contente; significa estar satisfeito com o que tem, seja pouco
ou muito (Pv 30.7-9; Mt 6.11).
b) As circunstâncias
geram vítimas ou vencedores (v.12).
Paulo
não foi vítima das circunstâncias, pelo contrário, ele andou sobre as circunstâncias.
Aprendeu a viver contente em todos os lugares e em qualquer situação.
Transitava com naturalidade entre a escassez e a abundância. Apesar de ter
razões suficientes para reclamar ou se vitimar, escolheu acreditar na
providência, no poder e na promessa de Deus. O apóstolo não permitiu que as
circunstâncias externas determinassem suas atitudes internas. Ao invés de
fracassar, escolheu triunfar sobre as circunstâncias.
c) Contentamento
nasce da comunhão com Deus (v.13).
O
contentamento de Paulo não foi resultado de sua autodisciplina, conhecimento
intelectual, dons e talentos pessoais, experiência ministerial ou força física.
Ele é categórico ao dizer que a fonte de seu contentamento e força foi Jesus
Cristo. Que preciosa lição o apóstolo nos ensina! Era o poder de Cristo nele
que o habilitava a viver contente em todas as situações. Jesus disse que sem
Ele nada podemos fazer (Jo 15.5).
Assim
como Paulo, cada um de nós deve aprender a valiosa lição do contentamento para
que possamos triunfar sobre as circunstâncias sendo fortalecidos pela comunhão
em Jesus Cristo, para um dia dizermos com plena certeza; "Posso todas as
coisas naquele que me fortalece!”.
Você
tem contentamento em Cristo?
AUXÍLIO PEDAGÓGICO
Professor, introduzo o terceiro tópica com a seguinte ilustração
extraída do livro editado pela CPAD Experimentando coração de Jesus, de Max
Lucado: "Uma lenda da Índia conta de um rato que morria de medo de gatos,
até que um mágico o transformou num gato. Isto resolveu o problema do seu
medo... até que ele encontrou um cachorro, então o mágico transformou-o num
cachorro. Então o rato-virado-gato-vira- do-cachorro ficou satisfeito até
encontrar um tigre - então, uma vez mais, o mágico transformou-o no que lhe
dava medo. Mas quando o tigre chegou reclamando que tinha encontrado um
caçador, o mágico recusou-se a ajudar. 'Eu vou transformar você novamente num
rato, porque embora você tenha o corpo de um tigre, ainda tem o coração de um
rato’.”
Em seguida, reflita com eles sobre a questão do contentamento.
Pergunte-os por que as pessoas se demonstram tão insatisfeitas com o que são e
têm. Diga-lhes que é preciso que busquemos contentamento em Deus, para que
possamos triunfar sabre todas as circunstâncias da vida, pois é muito triste
viver a vida refém das coisas que nos cercam.
Recapitulando
O
ser humano peregrina incansavelmente em busca da experiência da vida plena, da
felicidade, da alegria verdadeira. Experiência que só pode ser vivida por meio
do relacionamento sincero com Jesus Cristo.
O
cristão, em meio às adversidades da vida, é capaz de desfrutar da verdadeira
alegria, uma vez que ela não é circunstancial, opcional, humana ou descartável.
Refletindo
1. Você já teve uma
experiência de sofrimento em que seu coração foi confortado por uma alegria
inexplicável?
Resposta
pessoal.
2. Quais as quatro
lições abordadas nesta lição sobre a verdadeira alegria?
A
alegria do cristão não é circunstancial, opcional, humana, descartável.
3. Como você definiria
contentamento?
Resposta
pessoal.
Fonte: Lições Bíblicas de Adolescentes
– 4° trimestre de 2018, CPAD – Divulgação:
Subsídios
EBD