INTRODUÇÃO
A parábola, uma exortação à
vigilância, assemelha-se à dos dois servos, de Mateus 24.45-51. O presente
estudo (Leia LUCAS 12.35-48) é muito
oportuno para nós, os quais vivemos numa época em que há muito descuido em
relação à vinda do Senhor, não obstante surgirem os pretensos profetas do
catastrofismo apocalíptico, tão comum quando da proximidade do fim de século,
principalmente de milênio. É temerário marcar datas ou mesmo épocas. Quem o
fez, expôs-se ao ridículo e ao descrédito. O importante é estar preparado para
o encontro com o Senhor, em qualquer tempo.
I. ATITUDE DE PRONTIDÃO, ESPERANDO O SENHOR
1. Lombos cingidos (Lc 12.35a).
Segundo os costumes
antigos, na Palestina, as vestes dos homens eram longas e, nas ocasiões em que
se exigia pressa, elas dificultavam os movimentos. Assim, tomava-se
indispensável o uso de uma faixa em volta da cintura. Elias, o profeta, após o
episódio do Carmelo, teve de correr, sob forte chuva, de lombos cingidos (1 Rs
18.46).
SAIBA MAIS:
Veja
Aqui
os estudos bíblicos sobre mais treze parábolas do Novo Testamento.
No sentido espiritual,
“lombos cingidos” significam preparação para partir a qualquer momento, quando
do Arrebatamento da Igreja do Senhor. É necessário ter consciência da importância
deste preparo. Pedro, ao exortar quanto à santidade, ordenou que tenhamos
cingidos os lombos do entendimento, e esperemos inteiramente na graça do Senhor
Jesus (1 Pe 1.13). Em sua volta, Cristo levará os santos, os fiéis, os que, de
fato, o esperam conforme sua vontade. Paulo, o apóstolo dos gentios, diz que
devemos cingir os lombos com a verdade, quando fala da “armadura de Deus” (Ef
6.14). Quando os hebreus preparavam-se para sair do Egito, o Senhor os orientou
sobre a Páscoa, e disse-lhes que comessem o cordeiro com os lombos cingidos, e
o fizessem apressadamente (Êx 12.11). Da mesma forma, hoje, os crentes devem
estar com as vestiduras espirituais bem cingidas, na espera da volta do Senhor.
Não haverá tempo para o preparo de última hora.
2. Candeias acesas (Lc 12.35b).
O Senhor Jesus
evidenciou que, ao nos prepararmos para recebê-lo, devemos estar com a vida
iluminada. O crente é luz (Mt 5.14a) e deve emiti-la no seu testemunho e até no
seu corpo (Lc 11.35,36). A volta de Cristo dar-se-á no período das mais densas
trevas espirituais. Tempo de engano religioso, em nome de Cristo (Mt 24.5).
Estima-se que há cerca de vinte mil religiões e seitas no mundo, e cada uma diz
ser portadora da verdade; época de muito ódio aos servos de Deus (Mt 24.9);
ocasião de escândalos, traição e aborrecimento entre os próprios crentes (Mt
24.10); manifestação de falsos profetas (Mt 24.11); é poca de esfriamento do
amor, pela multiplicação da iniquidade (Mt 24.12) . Jesus virá no período em
que, para o mundo, será meia-noite (Mt 25.6). Diante disso, é indispensável
estarmos sempre com as candeias acesas, isto é, com a vida, o testemunho e as
obras em evidência (Mt 5.16).
II.
BEM-AVENTURADOS OS SERVOS VIGILANTES
No texto, Jesus
exorta os ouvintes a serem semelhantes aos homens que esperam, vigilantes, o
regresso do seu senhor. O mais importante, aqui, é termos um caso
extraordinário de inversão de papéis ou de atribuições entre os protagonistas
da história narrada pôr Jesus. Normalmente, eram os empregados que serviam o
banquete ao seu senhor, à sua esposa e aos convivas. Na parábola, dá-se o
contrário. O patrão, ao voltar, e encontrar os seus servos de prontidão, a
esperá-lo, age de modo surpreendente.
Primeiro: Cinge-se; segundo: manda que eles se sentem à mesa, e terceiro: passa a
servi-los! Que lição tremenda! Jesus dá
a entender que os vigilantes e fiéis, terão o inimaginável privilégio de serem
servidos por Ele. Em sua missão terrena, o Senhor demonstrou uma disposição
diferente da dos grandes da terra, quando disse: “...o Filho do homem não veio
para ser servido, mas para servir, e para dar a sua vida em resgate de muitos”
(Mt 20.28). Na eternidade, Ele recompensará a cada um d os seus servos com os
galardões, pela fidelidade e prontidão de cada um (Ap 2.10; Tg 1.12; Fp 4.1; 1
Co 9.25).
APROFUNDE SEU CONHECIMENTO:
-
Lição 8 - Encontrando o Nosso Próximo –
Acesse Aqui
- Lição 9 - O Perigo
da Indiferença Espiritual – Acesse Aqui
- Lição 10 -
Precisamos de Vigilância Espiritual - Acesse Aqui
-
Lição 11 - Despertemos para a Vinda do
Grande Rei - Acesse Aqui
- Lição 12 – Esperando, mas Trabalhando no Reino de
Deus – Acesse Aqui
- Lição 13 - A
Humildade e o Amor Desinteressado – Acesse Aqui
III. O
MOMENTO DA VOLTA É INCERTO
Na parábola, a volta
daquele senhor ocorreria na segunda ou terceira vigília da noite. Quanto a
estes horários, estudiosos opinam que o período noturno, entre os judeus, era
dividido em vigílias. Durante o domínio romano, havia quatro etapas: tarde,
meia-noite, cantar do galo e manhã (Mc 13.35; Mt 14.25).
A Pequena
Enciclopédia Bíblica (Boyer) indica que a terceira vigília ia da meia noite às
três horas da madrugada; a quarta, das três às seis da manhã; naturalmente, a
primeira seria das seis às nove horas da noite e a segunda, das nove à
meia-noite.
Como lição
espiritual, Jesus quis certamente ensinar que o período exato de seu retomo não
é permitido aos seus servos conhecer. Ele disse: “O Filho do homem virá à hora
que não imaginais” (Lc 12.40); “Virá o senhor daquele servo num dia em que não
espera e à hora em que não sabe” (Mt 24.50). Há quem diga que Jesus vem até o
ano 2000, devido o cumprimento dos sinais, e toma por base Mateus 24.1-8 ou
outros textos bíblicos. Isso nos parece temerário. No último versículo desta
passagem, vemos que tais acontecimentos indicam “o princípio das dores”. O
único sinal do fim, mesmo, é a pregação do Evangelho a todas as nações (Mt
24.14). Devemos falar sobre a volta de Jesus, mas nunca marcar épocas, datas ou
períodos. Ele não nos autorizou isso (At 1.7).
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