Lições Bíblicas do 1° trimestre de 2019 -
CPAD | Classe: Adultos | Data da Aula: 10 de Março de 2019
TEXTO ÁUREO
"Eis
que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade Jerusalém,
até que do alto sejais revestidos de poder." (Lc 24.49)
VERDADE PRÁTICA
As obras das trevas são demolidas pelo poder
de Deus no trabalho de pregação do Evangelho de Cristo.
LEITURA DIÁRIA
SEG. Mt
10.1:
O poder do alto liberta os oprimidos e cura os enfermos
TER. Mc 5.6-10: O Senhor Jesus faz os
demônios estremecerem
QUA. Lc 4.36: As hostes da maldade
só podem ser vencidas por Jesus
QUI. At 13.9-11: É necessário ser cheio do Espírito
Santo para vencer a força do Inimigo
SEX. At 19.13-16: Os exorcistas de
Éfeso confundiam o nome de Jesus com fórmulas mágicas
SÁB. At 19.18-20: O poder de Deus
destrói as obras das trevas
LEITURA BÍBLICA EM
CLASSE
Atos
8.5-13,18-21
5-
E, descendo Filipe à cidade de Somaria, lhes pregava a Cristo.
6-
E as multidões unanimemente prestavam atenção ao que Filipe dizia, porque
ouviam e viam os sinais que ele fazia,
7-
pois que os espíritos imundos saíam de muitos que os tinham, clamando em alta
voz; e muitos paralíticos e coxos eram curados.
8-
E havia grande alegria naquela cidade.
9-
E estava ali um certo homem chamado Simão, que anteriormente exercera naquela
cidade a arte mágica e tinha iludido a gente de Samaria, dizendo que era uma
grande personagem;
10-
ao qual todos atendiam, desde o mais pequeno até ao maior, dizendo: Esta é a
grande virtude de Deus.
11-
E atendiam-no a ele, porque já desde muito tempo os havia iludido com artes
mágicas.
12-
Mas, como cressem em Filipe, que lhes pregava acerca do Reino de Deus e do nome
de Jesus Cristo, se batizavam, tanto homens como mulheres.
13-
E creu até o próprio Simão; e, sendo batizado, ficou, de contínuo, com Filipe
e, vendo os sinais e as grandes maravilhas que se faziam, estava atônito.
18-
E Simão, vendo que pela imposição das mãos dos apóstolos era dado o Espírito
Santo, lhes ofereceu dinheiro,
19-
dizendo: Dai-me também a mim esse poder, para que aquele sobre quem eu puser as
mãos receba o Espírito Santo.
20-
Mas disse-lhe Pedro: O teu dinheiro seja contigo para perdição, pois cuidaste
que o dom de Deus se alcança por dinheiro.
21-
Tu não tens parte nem sorte nesta palavra, porque o teu coração não é reto
diante de Deus.
HINOS
SUGERIDOS: 5, 24, 432 da Harpa Cristã
OBJETIVO GERAL
Deixar
claro que precisamos do poder do alto para vencer as hostes da maldade.
OBJETIVOS
ESPECÍFICOS
I- Explicar o contexto histórico de Samaria;
II- Expor sobre o Evangelho entre os samaritanos;
III Mostrar Filipe em Samaria e Simão, o Mágico.
• INTERAGINDO COM O
PROFESSOR
A lição desta semana está centrada no relato do trabalho
missionário de Filipe. Esse trabalho se deu num contexto de animosidade que
havia entre judeus e samaritanos. Era uma animosidade histórica e social. Por
causa disso, nosso Senhor havia orientado para os discípulos não entrarem na
cidade dos samaritanos. Entretanto, a pregação do Evangelho de Cristo, bem como
o avivamento do Espirito, quebrou essa animosidade histórica. O poder do alto
trouxe alegria e libertação para uma cidade e desfez a obra das trevas naquele
lugar. Esse poder em Samaria lembra-nos o que Deus fez no início do século
passado na Rua Azusa, EUA, quando negros e brancos louvavam ao Senhor no mesmo
local e, debaixo do mesmo poder, as obras das trevas foram destruídas.
PONTO CENTRAL
As obras das trevas são destruídas pelo poder da pregação do
Evangelho de Cristo.
INTRODUÇÃO
O
relato do trabalho evangelístico de Filipe em Samaria nos chama a atenção
Primeiro, por causa da animosidade que havia entre judeus e samaritanos;
depois, porque Jesus havia dito antes: não "entreis em cidade de
samaritanos" (Mt 10.5). Mas a região foi palco de um grande avivamento com
a chegada do Evangelho. Isso aconteceu no poder do Espírito Santo, que trouxe muita
alegria, gozo e libertação na cidade, mas o Evangelho também veio para desfazer
as obras das trevas.
I - CONTEXTO
HISTÓRICO DE SAMARIA
Os
samaritanos eram os israelitas que se mesclaram como povos estrangeiros durante
o período da dispersão das Dez Tribos do Norte em 722 a.C. Com o passar do
tempo, essa mescla veio a ser também religiosa. Na era apostólica, o clima
entre judeus e samaritanos era tenso. O evangelho de João resume o
relacionamento entre judeus e samaritanos nas seguintes palavras: "Judeus
não se comunicam com os samaritanos" (Jo 4.9).
1. A fundação de
Samaria.
A
cidade foi fundada pelo pai do rei Acabe, o qual reinava sobre dez tribos do
norte, que se apartaram de Jerusalém no século 10 a.C. (1 Rs 12.19,20). O nome
do rei era Onri, que comprou um monte de um cidadão chamado Semer, onde fundou
uma cidade à qual deu o nome de Samaria, em homenagem ao dono anterior, e fez
dela a capital do seu reino (1 Rs 16.24). Mesmo antes da dispersão dos israelitas
do reino do Norte, já havia um clima de tensão entre Samaria e Jerusalém,
Israel e Judá, os dois reinos que se dividiram após a morte de Salomão.
2. O cativeiro.
Quando
o rei da Assíria, Salmaneser, sitiou Samaria em 722 a.C., levou para o
cativeiro as dez tribos do norte (2 Rs 17.3). Mas foi Sargom II, sucessor de
Salmaneser V, que concluiu o cativeiro dos israelitas das Dez Tribos do Norte.
Os assírios levaram as Dez Tribos do Norte para outras regiões e trouxeram
estrangeiros para povoarem a terra de Israel. Os poucos filhos de Israel que
ficaram na terra se misturaram com os estrangeiros deportados de suas terras (2
Rs 17.24-31). Desse modo, seus filhos não eram totalmente judeus nem
completamente gentios; eram os samaritanos.
3. As diferenças entre
judeus e samaritanos.
Os
judeus recusaram a ajuda dos samaritanos na reconstrução do templo de Jerusalém
quando Judá retornou do cativeiro babilônico (Ed 4.1-4). Os samaritanos
rejeitaram as Escrituras do Antigo Testamento, adotaram apenas o Pentateuco e
também construíram um templo rival no monte Gerizim. Com esses fatos, a ruptura
samaritana se consolidou, mas eles esperavam também a vinda do Messias (Jo
4.25). Na era apostólica, Samaria era o nome da cidade e ao mesmo tempo da
província romana.
SÍNTESE DO TÓPICO I
A cidade de Samaria foi fundada pelo pai do rei Acabe, Onri.
Samaria era a capital do Reino do Norte.
SUBSÍDIO
DIDÁTICO-PEDAGÓCICO
A aula desta semana é uma excelente oportunidade para você
estudar a cidade de Samaria, bem como o início da divisão do Reino de Israel.
Esse estudo o levará a compreender o contexto que se encontra o evangelista
Filipe em Atos dos apóstolos. Por isso, estudar Samaria e a divisão do Reino de
Israel é muito importante para essa lição. Sugiro para o seu estudo o Dicionário
Bíblico Wycliffe e Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento, ambas as
obras foram editadas pela CPAD.
II - O EVANGELHO
ENTRE OS SAMARITANOS
O
relacionamento cristão com os samaritanos começou de forma salutar com o Senhor
Jesus e depois continuou com Filipe. Este aqui é o mesmo que foi escolhido como
um dos sete diáconos (At 6.5), mas logo se destacou na pregação do Evangelho e
aparece cerca de vinte anos depois como evangelista (At 21.8).
1. Jesus e os
samaritanos.
Os
samaritanos, numa ocasião, recusaram-se a receber Jesus quando Ele estava a
caminho de Jerusalém (Lc 9.52,53). Mas, na aldeia de Sicar, em Samaria (Jo
4.5), os samaritanos receberam Jesus e creram na sua mensagem como resultado do
testemunho da mulher samaritana (Jo 4.39-42). A passagem do Bom Samaritano (Lc
10.25-28) foi uma lição para os judeus: eles não deviam imitar o levita nem o
sacerdote, mas o samaritano. Jesus proibiu os discípulos de entrarem em cidades
de samaritanos, porque Ele fora enviado às ovelhas perdidas da casa de Israel
(Mt 10.5,6), uma vez que ainda não era tempo. Mas, depois de sua ressurreição
dentre os mortos, Jesus mandou pregar também em Samaria (At 1.8). Filipe agora
estava cumprindo com êxito essa missão.
2. O poder de Deus
entre os samaritanos.
Filipe
foi impulsionado pelo Espírito Santo; do contrário, não ousaria enfrentar as
hostilidades dos samaritanos. Filipe "lhes pregava a Cristo" (v.5)
com poder, de modo que as multidões prestavam atenção no que ele dizia, pois
"ouviam e viam os sinais que ele fazia" (v.6). Era algo inédito e que
atraía as multidões: "pois que os espíritos imundos saíam de muitos que os
tinham, clamando em alta voz; e muitos paralíticos e coxos eram curados"
(v.7). Essa manifestação era o autêntico poder do alto contra as hostes por
meio da pregação do evangelho. Filipe revolucionou a cidade pelo poder de Deus.
3. O batismo no
Espírito Santo.
Havia
muita alegria na cidade com a chegada de Filipe, que batizava homens e mulheres
(v.12). A notícia desses fatos chegou à Igreja de Jerusalém, que enviou os
apóstolos Pedro e João, os quais trouxeram o que ainda faltava aos samaritanos
convertidos: o batismo no Espírito Santo. Ao chegarem à Samaria, eles impuseram
as mãos sobre os novos
crentes,
que "receberam o Espírito Santo" (v.13).
SÍNTESE DO TÓPICO
II
Jesus levou a primeira mensagem aos samaritanos e, por instrumentalidade
de Filipe, o Evangelho impactou aos samaritanos com o poder do Espírito.
SUBSÍDIO
TEOLÓGICO
De fato, deveriam ter sempre em mente que o batismo no Espírito
não é uma experiência climática. Assim como o próprio Pentecostes foi apenas o
começo da colheita, tendo trazido homens e mulheres a uma comunhão de adoração,
ensino e serviço, assim também o batismo no Espírito Santo é apenas uma porta
para uma relação crescente entre Ele mesmo e os crentes. Essa relação leva a
uma vida de serviço, onde os dons do Espírito proveem poder e sabedoria para a
divulgação do Evangelho e o crescimento da Igreja, como evidenciado pela sua
rápida propagação em muitas áreas do mundo atual. Novos preenchimentos e
orientações relativas ao serviço devem ser esperadas conforme surgirem novas
necessidades, e conforme Deus, em sua vontade soberana, cumprir o seu
plano" (MENZIES, William W; HOR-TON, Stanley M. Doutrinas Bíblicas: Os
Fundamentos da Nossa Fé. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p.106).
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III - FILIPE EM
SAMARIA E SIMÃO, O MÁGICO
Antes
da chegada de Filipe à Samaria, ali estava Simão, o mágico, um entre os vários
impostores que afirmavam possuir os segredos da natureza e comunicar-se com o
mundo invisível, dedicando-se ao ocultismo e ao curandeirismo. Tudo isso se
chama artes mágicas, superstições populares e práticas enganosas sob a égide do
príncipe das trevas.
1. Simão, o mágico.
Nesse
contexto de tanta alegria e gozo entre o povo mediante a obra realizada por
Filipe, surge a figura de um cidadão: "Simão, que anteriormente exercera
naquela cidade a arte mágica e tinha iludido a gente de Samaria, dizendo que
era uma grande personagem" (v.9). Ele já estava na cidade antes da chegada
de Filipe e era reconhecido pela população como "a grande virtude de
Deus" (v.10). Isso significa que Simão se declarava um tipo de emanação ou
representação do ser divino. No entanto, não passava de um embusteiro que,
durante muito tempo, iludia o povo com artes mágicas (vv.9,11).
2. A conversão de
Simão, o mágico.
O
texto sagrado afirma: “E creu até o próprio Simão; e, sendo batizado, ficou, de
contínuo, com Filipe e, vendo os sinais e as grandes maravilhas que se faziam,
estava atônito" (v. 13). É difícil saber até que ponto a conversão de
Simão, o mágico, era genuína, pois o relato indica tratar-se de uma conversão
meramente intelectual ou artificial. A avaliação do apóstolo Pedro foi: “o teu
coração não é reto diante de Deus" (v.21). Assim, impressionado com os
milagres que Filipe operava, Simão teria se convencido de ser Jesus o Messias,
mas não houve transformação em sua vida.
3. A repreensão do
apóstolo Pedro.
Simão,
o mágico, foi desmascarado na tentativa de subornar o apóstolo Pedro, pensando
ser possível comprar o poder do Espírito Santo. Essa atitude não condiz com a
postura de um novo convertido que ainda não compreende a natureza da fé cristã
(1 Tm 3.6). Parece que Simão imaginou ter descoberto uma nova fórmula mágica,
como os exorcistas de Éfeso (At 19.13) e, dessa forma, achou que podia comprar
essa "fórmula" para ampliar o seu curriculum e acrescentar ao seu
cardápio um novo serviço para o povo. Ele não agiu com sinceridade, por isso o
apóstolo Pedro o amaldiçoou (vv. 20-23). Foi do nome de Simão que veio o termo
"simonia", que consiste no ato deliberado de comprar ou vender as
coisas espirituais. Os discípulos de Simão ainda estão por aí negociando e
vendendo as coisas espirituais.
SÍNTESE DO TÓPICO III
O impostor Simão, o Mágico, foi repreendido
pelo apóstolo Pedro.
SUBSÍDIO DE
VIDA CRISTÃ
"O
Senhor considerará você tão responsável por acreditar numa mentira quando
considerou Adão. As falsas doutrinas matam a alma. Se sairmos da Palavra de
Deus para crermos numa mentira, perdemos o sangue e a vida de nossa alma. Não
deixe que ninguém o engane, ainda que venha como anjo de luz [...]. A Palavra
de Deus nos diz: ‘Tais falsos apóstolos são obreiros fraudulentos,
transfigurando-se em apóstolos de Cristo. E não é maravilha, porque o próprio
Satanás se transfigura em anjo de luz. Não é muito, pois, que os seus ministros
se transfigurem em ministros da justiça; o fim dos quais será conforme as suas
obras (2 Co 11,13-15)" (SEYMOUR. Devocional: 0 Avivamento da Rua Azusa.
Série: Clássicos do Movimento Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2003,
pp.40-41).
CONCLUSÃO
A
história de Simão, o mágico, nos mostra que seu comportamento foi reprovado por
Deus. Há uma diferença abissal entre o poder que vem do alto, o poder
sobrenatural do Espírito Santo, e os pseudomilagres operados por charlatões e
embusteiros, agentes a serviço do reino das trevas. Isso nos serve de lição
para estarmos alertas quanto aos líderes enganosos.
PARA REFLETIR
Os samaritanos rejeitaram as Escrituras do Antigo Testamento, adotaram
apenas o Pentateuco e também construíram um templo rival no monte Gerizim.
•
Qual a atitude dos samaritanos da cidade de Sicar,
de Samaria, em relação a Jesus?
Na aldeia de Sicar, em Samaria (Jo 4.5), os samaritanos receberam Jesus
e creram na sua mensagem como resultado do testemunho da mulher samaritana (Jo
4.39-42).
•
Como Filipe revolucionou a cidade de Samaria?
I ilipe revolucionou a cidade pelo
poder de Deus.
•
Como Simão, o mágico, foi desmascarado?
Simão, o mágico, foi desmascarado na tentativa de subornar o apóstolo
Pedro, pensando ser possível comprar o poder do Espírito Santo.
•
O que significa o termo "simonia" e de
onde vem?
Simonia consiste no ato deliberado de comprar ou vender as coisas
espirituais. O termo deriva do nome de Simão.