Revista Cristão Alerta : Edição 20, 1° trimestre de 2025: EM DEFESA DA FÉ CRISTÃ Subsídios Bíblicos : EM DEFESA DA FÉ CRISTÃ A Revista Evangélica Digital é uma fonte confiável de subsídios bíblicos que oferece os melhores recursos para professores e alunos de Escolas Bíblicas, especialmente para as lições dominicais de adultos da CPAD. 📚 VOCÊ ENCONTRA NESTA EDIÇÃO Subsídios para todas as lições bíblicas, classe dos adultos: Subsídios Lição 1: Quando as Heresias Ameaçam a Unidade da Igreja Subsídios Lição 2: Somos Cristãos Subsídios Lição 3: A Encarnação do Verbo Subsídios Lição 4: Deus É Triúno Subsídios Lição 5: Jesus é Deus Subsídios Lição 6: O Filho É igual com o Pai Subsídios Lição 7: As Naturezas Humana e Divina de Jesus Subsídios Lição 8: Jesus Viveu a Experiência Humana Subsídios Lição 9: Quem é o Espírito Santo? Subsídios...
Lição 2- Para Ouvir e Anunciar a Palavra de Deus (Subsídio)
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Subsídio para a classe de Adultos -
4°Trimestre de 2018| Por Ev. Jair Alves
INTRODUÇÃO
Em
nosso estudo de hoje, abordaremos acerca da parábola do semeador (Mt 13.18),
pois esta parábola ajudou os discípulos a entender por que Jesus não estava
impressionado com a grande multidão que o seguia: sabia que a maior parte
dessas pessoas jamais produziria os frutos de uma vida transformada, uma vez
que a Palavra que estava pregando era como uma semente caindo em solo infértil.
Destacamos
neste parábola (Mc 43-20), seis elementos que fazem parte dessa parábola, e com
isso obteremos valiosas lições.
1.
O SEMEADOR (Mc 4.3)
O
semeador pode ser entendido de duas maneiras.
Primeiro: Representa o
Senhor Jesus.
Segundo: O semeador é
o servo de Deus que compartilha a Palavra com outros (ver 1 Co 3.5-9).
Todos
os que recebem a semente tornam-se semeadores, portadores da luz e
transmissores da verdade de Deus (ver 1 Ts 1.5-8). Se guardarmos essa verdade
para nós mesmos, a perderemos; mas se a compartilhamos com outros, receberemos
ainda mais.
O
Senhor nos ordenou pregar o evangelho, pois Ele quer que a sua mensagem atinja
toda criatura (Mc 16.15), todas as nações (Mt 28.19), todo o mundo (Mc 16.15),
todas as aldeias (Mt 9.35), todo lugar (At 17.30). Ele ... amou o mundo...” (Jo
3.16) e quer que "... homens de toda tribo, e língua, e povo, e nação” (Ap
5.9) “...venham a arrepender-se" (2Pe 3.9) “... se salvem e venham ao
conhecimento da verdade” (1Tm 2.4).
Todos
os crentes, sem exceção, receberam esta incumbência do Senhor (1Pe 2.9; Mt
10.8). Alguns receberam a determinação de começar a trabalhar de madrugada,
outros na terceira hora, isto é, às 9 horas; outros, perto da hora sexta, ou
seja, entre 11 e 12 horas; e outros perto da hora undécima, isto é, faltando
apenas 1 hora para terminar o dia — os judeus contavam o período diurno das 6
horas da manhã às 6 horas da tarde — (Mt 20.1-6).
O
evangelho é a semente viva, poderosa, que ultrapassa qualquer elemento físico
porque “é poder de Deus para salvação de todo aquele que crê” (Rm 1.16). A
Bíblia diz que esta “semente” é “viva e incorruptível” (1 Pe 22-25); tem poder
e produz fé (Rm 1.16; 10.17); é celestial e divina (Is 55.10,11); imutável e
eterna (Is 40.8); pode ser enxertada e salvar(Tg 1.18,21).
1.1
Características esperadas do semeador
a)
O semeador deve ser prudente, orando
por ocasiões e campos para semear.
b)
Diligente, trabalhando como quem
precisa prestar contas da semeadura.
c)
Perseverante, semeando a tempo e
fora de tempo; consagrado, cordial, inteira e sinceramente entregue à maior de
todas as tarefas.
1.2
Observações para os semeadores
üTudo o que o
semeador precisa fazer é semear. Está acima do seu poder fazer a semente
brotar.
üOs semeadores
precisam aprender dessa parábola que muito do seu trabalho é duro e às vezes
infrutífero da perspectiva humana.
ü"Alguns
ouvintes nunca se apegarão efetivamente à verdade", e outros serão
desencorajados pelas dificuldades e seduzidos pela prosperidade.
üA semente que
semeamos, não é apenas a respeito de Cristo, é Cristo.
üVivemos em uma
época que espera resultados imediatos, mas ao semear a semente devemos fazê-lo
com paciência e esperança, e às vezes devemos esperar a colheita durante anos.
2. A SEMENTE (Mc 4.4).
A semente
representa a Palavra de Deus (Lc 8.11). Por que comparar a Palavra de Deus a
sementes? Porque a Palavra é "viva e eficaz" (Hb 4.12). Ao contrário
das palavras dos homens, a Palavra de Deus tem vida que pode ser concedida
àqueles que creem. A verdade de Deus deve se arraigar no coração, ser cultivada
e estimulada a produzir frutos.
3. OS DIFERENTES TIPOS DE SOLO
(Mc 4.15-20)
O coração
humano é como o solo: deve ser preparado para receber a semente de modo que
esta crie raízes e produza frutos.Jesus descreveu quatro tipos de
coração, sendo que três deles não produziram fruto.
3.1 Os quatro tipos de solos
a) O solo duro (Mc 4:4, 15; Lc 8.5,12) resiste à
Palavra de Deus e permite que Satanás (os pássaros) leve a semente embora. Da
mesma forma como a terra à beira da estrada é compactada pela passagem de
muitos transeuntes, também os que agem de modo descuidado e "abrem o
coração" a todo tipo de pessoa e influências correm o risco de se tornar
endurecidos (ver Pv 4.23). Corações endurecidos devem ser "arados"
antes de receber a semente, experiência que pode ser extremamente dolorosa (Ir
4.3; Os 10.12).
b) Solo raso [coração superficial] (vv. 5, 6, 16,
17)
Esse solo ilustra o ouvinte que se comove com facilidade e aceita a mensagem
prontamente, mas seu interesse vai morrendo e não há continuidade.
Uma vez que
esse solo não tem profundidade, qualquer coisa plantada nele não dura muito
tempo, pois não consegue criar raízes. Trata-se de uma representação do
"ouvinte emocional", que aceita com toda alegria a Palavra de Deus,
mas não compreende o preço que deve ser pago para se tornar um cristão genuíno.
c) Solo com espinhos (vv. 7, 18, 19) representa a
pessoa que recebe a Palavra, mas não se arrepende verdadeiramente nem remove os
"espinhos" do coração. Esse ouvinte tem vários tipos diferentes de
"sementes" competindo por seu coração - as preocupações do mundo, o
desejo de riqueza e as ambições -, e a boa semente da Palavra não encontra
espaço para crescer. Usando outra ilustração, essa pessoa quer andar pelo
"caminho largo" e pelo "caminho estreito" ao mesmo tempo
(Mt 7:13, 14), algo que não pode ser feito.
d) Solo bom
[coração frutífero] (vv. 8, 20) é a representação do cristão
verdadeiro, pois o fruto - uma vida transformada - é evidência da verdadeira
salvação (2 Co 5.17; GI 5.19-23).
Nem
todos produzem a mesma quantidade de frutos (Mt 13.8), mas todo cristão
verdadeiro produz algum tipo de fruto como prova de sua vida espiritual.
VEJA A VÍDEO AULA COMPLEMENTAR
SUBSÍDIO
HISTÓRICO-CULTURAL
Marcos 4.1-4:E
OUTRA vez começou a ensinar junto do mar, e ajuntou-se a ele grande multidão,
de sorte que ele entrou e assentou-se num barco, sobre o mar; e toda a multidão
estava em terra junto do mar. E ensinava-lhes muitas coisas por parábolas, e
lhes dizia na sua doutrina: Ouvi: Eis que saiu o semeador a semear. E aconteceu
que semeando ele, uma parte da semente
caiu junto do caminho, e vieram as aves do céu, e a comeram.
As estradas, ruas e atalhos, no
oriente, comumente passavam às margens dos campos de trigo, de cevada e de
outras plantações, e raramente esses campos tinham cercas ou muros; assim
sendo, quando a semente era espalhada, naturalmente não caia somente na terra
preparada para a semeadura, mas também podia cair na terra pisada pelas pessoas
e pelos animais, isto é, na terra batida. Podemos imaginar que as aves se
ajuntavam em bandos nesses lugares, quando a semente era lançada, a fim de
comerem as que caiam na terra batida. A referência aqui (ao caminho) é
principalmente aos atalhos que ficavam à beira dos campos ou que passavam pelo
meio dos campos plantados.
SUBSÍDIO EXEGÉTICO
Marcos 4.10-12: E, quando se achou só, os que
estavam junto dele com os doze interrogaram-no acerca da parábola. E ele
disse-lhes: A vós vos é dado saber os mistérios do reino de Deus, mas aos que
estão de fora todas estas coisas se dizem por parábolas, Para que, vendo, vejam,
e não percebam; e, ouvindo, ouçam, e não entendam; para que não se convertam, e
lhes sejam perdoados os pecados.
Provavelmente o
princípio ou ensino que temos nestes versículos é que, de conformidade com as
leis fixas da natureza da administração divina, os deveres que os homens se
recusam –voluntariamente – a cumprir, finalmente tornam-se para eles
–moralmente impossíveis.
As condições
do povo eram tão más que nem mesmo a presença do próprio Messias atraiu sua
atenção. Ele passou os dias de seu ministério no meio deles, proferindo
palavras do mais alto quilate, como o homem jamais ouvira, e fazendo prodígios
verdadeiramente notáveis, como nunca antes se vira; no entanto, os seus ouvidos
não ouviram a Palavra, e os seus olhos ficaram cerrados, quase sem haver
indicio, da parte deles, de que compreendiam que alguém fazia alguma coisa.
Outro lado se dá no terreno da fé. As palavras
de Jesus, neste caso, foram proferidas quando sua rejeição já atingira a muitos
(pois até já procuravam matá-lo), e assim sendo, tais palavras refletem essa
verdade. Entre Jesus e os lideres religiosos dos judeus já havia uma cisão
quase completa, e provavelmente a maioria do povo já preferia ficar ao lado de
seus lideres, não ouvindo nem obedecendo à mensagem do Messias. Os capítulos
décimo primeiro e décimo segundo deste do evangelho de Mateus dão detalhes
sobre essa situação. Em Mateus 11.23 lemos que Jesus foi rejeitado por sua
própria cidade adotiva, como também por outros lugares onde pregara
frequentemente e onde fizera tantos milagres. As acusações contra ele já haviam
amadurecido, e a chance de obter a confiança do povo e evitar a morte às mãos
do povo era bem pequena.
Alerta!
A paciência de
Deus não perdura para sempre, e a relutância do homem, não querendo ouvir,
fatalmente o leva à surdez espiritual. O desejo que o Homem tem de não ver,
finalmente lhe causa a cegueira espiritual.