Lições Bíblicas Dominical Adultos 1° Trimestre 2025 CPAD

Lições Bíblicas Dominical Adultos 1° Trimestre 2025 CPAD Título da Revista Dominical: EM DEFESA DA FÉ CRISTÃ : Combatendo as Antigas Heresias que se Apresentam com Nova Aparência Comentarista: Esequias Soares | Classe: Adultos TEMAS DAS LIÇÕES Lição 1 – Quando as Heresias Ameaçam a Unidade da Igreja Lição 2 – Somos Cristãos Lição 3 – A Encarnação do Verbo Lição 4 – Deus É Triúno Lição 5 – Jesus é Deus Lição 6 – O Filho É igual com o Pai Lição 7 – As Naturezas Humana e Divina de Jesus Lição 8 – Jesus Viveu a Experiência Humana Lição 9 – Quem É o Espírito Santo Lição 10 – O Pecado Corrompeu a Natureza Humana Lição 11 – A Salvação não É Obra Humana Lição 12 – A Igreja Tem uma Natureza Organizacional Lição 13 – Perseverando na Fé em Cristo

Lição: 1 – O que é o Movimento Pentecostal (Subsídio 2)

Subsídio para a classe de Jovens. Lição 1 – 4° trimestre de 2018 | Data da Aula: 07/10/18
Obs. Parte 2 – Acesse aqui a parte 1

III - Pentecostes, uma Promessa Cumprida em nossos Dias

1. O Pentecostes antes do Século XX
Uma das questões mais acirradas por parte de teólogos reformados e cessacionistas no que tange ao reconhecimento do pentecostalismo como um movimento genuinamente cristão é a alegação de que, ao longo da História da Igreja, as manifestações pentecostais, conforme relatadas em Atos, deixaram de ser vistas, o que levaria à conclusão de que Deus deixou de operar em sua Igreja por meio desses dons.

A questão, aqui, pode ser enquadrada como uma interpretação de viés histórico. Da mesma forma que se diz que os dons não são vistos ao longo da História da Igreja, essa ótica de interpretação considera o livro de Atos como uma obra histórica e, portanto, não deveria servir de base doutrinária para questões relacionadas às manifestações do Espírito.


Tal alegação não se firma historicamente diante dos relatos mais fiéis à História da Igreja, que traz diversos testemunhos que confirmam que Deus jamais deixou de manifestar os dons espirituais em diversas comunidades e grupos cristãos. No século II da nossa era, Irineu de Eyon (130 d.C-202 d.C) disse que “Temos em nossas igrejas irmãos que possuem dons proféticos e, pelo Espírito Santo, falam toda classe de idiomas”. A manifestação do poder de Deus, entretanto, não se restringe ao falar outras línguas.
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De acordo com as referências do Dicionário do Movimento Pentecostal, escrito pelo pastor e historiador Isael de Araújo,

• Clemente, bispo de Roma, documentou a continuidade dos dons proféticos conforme mencionados por Lucas em Atos, e o bispo de Antioquia, Inácio (35 d.C.-108 d.C.), documentou o mesmo em 96 da nossa era.

• No segundo século, Hipólito de Roma (170 d.C.-235 d.C.) registrou que aquele que já tinha a prática dos dons de cura não tinha a necessidade de impor as mãos sobre uma pessoa leiga.

• No mesmo século, Justino Mártir (100 d.C-165 d.C.) entendeu que Deus afastou a profecia e os milagres de Israel e manifestou-os à Igreja.

• No terceiro século, Novaciano (200 d.C.-258 d.C.) disse que “Este é aquele que coloca profetas na igreja, instrui mestres, envia línguas, concede poderes e curas, opera maravilhas, frequentes discernimentos de espíritos, dá poderes aos governantes, orienta os conselheiros [...]”.

• Uma obra escrita por Atanásio, O Santo Antão do Deserto, mostra homens santos que tinham discernimento de espíritos, dons de curar e sinais e maravilhas.

• No século 4, João Crisóstomo (347 d.C.-407 d.C.) respondeu a opositores que negavam os dons espirituais: “Por todos os cantos desse mundo habitável, não há país, ou nação, ou cidade onde essas maravilhas (dons espirituais) não sejam comuns e onde não se fale deles comumente. Se fosse uma invenção, nunca teriam causado tanta admiração. E vocês mesmos certamente poderão testificar disso.”

• Agostinho (354 d.C.-430 d.C.) relata em sua obra, Cidade de Deus, que, “em minha presença, sob os meus olhos, um comediante idoso de Curubis foi curado no batismo, não somente de paralisia, mas de hérnia também”.

• Ambrósio escreveu a obra OfThe Holy Spirit, mencionando que, em seus dias, o Pai concedia o dom de línguas.

• Hildegarda de Bingen (1098-1179) teve experiências de visões em êxtase, dons de sabedoria, conhecimento e profecia no século XII.

• No século XIV, Gregório Palamas (1296-1359) deu ênfase à imposição de mãos para que a pessoa recebesse os dons de curar, milagres, predições, variedade e interpretação das línguas.

• Vicente Ferrer, missionário dominicano cheio do Espírito, atraía multidões com sua pregação, e seu ministério era acompanhado de milagres, curas e ressurreição de mortos.

• Conforme relatado por Souer, em sua obra History 0} the Christian Church, vol 3, p. 40, Lutero era profeta, evangelista, falava em línguas e interpretava-as.

• Em 1646, houve um avivamento entre os Quacres na Inglaterra que falavam em línguas e manifestavam outros dons.

• Alexander Peden, professor em Talboton e homem que se dedicava realmente a Deus, ficou conhecido como “o profeta presbiteriano”; ele tinha visões de Deus e, quando foi celebrar um casamento, foi-lhe revelado que a noiva que iria casar-se carregava em seu ventre o filho de um homem casado, fato este que fez o ministro não celebrar o casamento; e logo os sinais de sua revelação foram vistos pela comunidade.

• Na Finlândia, os “avivados”, ou Awakend, no século XVIII, receberam o avivamento do Espírito, tiveram visões e falaram em línguas.

• Na Escócia Ocidental, o avivamento trouxe vários dons espirituais como a profecia, línguas, curas e interpretação de línguas.

• Na índia, nos estados de Travancore e Madras, foram relatados entre cristãos fenômenos pentecostais.
Dezenas de outros casos registrados comprovam que o Senhor não deixou de trazer avivamento aos seus servos ao longo dos séculos. Parece-nos, porém, que o fenômeno passou a ser manifestado de forma sistematizada no século XX. Não são poucos os casos de revestimento de poder desde a origem do moderno movimento pentecostal, e Deus continua a batizar pessoas com o seu Espírito Santo.
2. No Início do Século XX
As manifestações pentecostais ressurgiram, de forma sistemática, no fim do século XIX e multiplicaram-se no século XX. Na Suécia, em 1902, um pregador batista chamado Lewi Petrus (1884-1974) recebeu o batismo no Espírito Santo e falou em línguas, tornando-se, mais tarde, um dos mais importantes nomes pentecostais de seu país.

Charles Fox Parhan (1873-1929) foi um pastor metodista que motivou seus alunos a terem a experiência do falar outras línguas. Ele creu que o batismo no Espírito Santo era uma experiência distinta da conversão. Seus alunos creram e foram batizados no Espírito Santo. Parhan criou o Apostolic Faith Movement e ajudou a divulgar a mensagem pentecostal nos EUA.

William Joseph Seymour (1870-1922), um negro filho de escravos convertido ao metodismo em 1895, também foi um dos nomes mais mencionados no início do movimento pentecostal moderno. Tendo resistido à segregação racial de seu tempo, Seymour assistiu ao seminário de Parhan do lado de fora da sala de aula e foi instruído na doutrina pentecostal, tornando-se, posteriormente, pastor na Rua Azusa.

3. O Pentecostes no Brasil
E notório que o Pentecostes alcançou o Brasil no início do século XX. O Senhor trouxe em novembro de 1910 dois missionários batistas suecos que haviam recebido o batismo no Espírito Santo, Daniel Gustav Hogberg (1884-1963) (conhecido como Daniel Berg) e Adolf Gunnar Vingren (1879-1933), para evangelizarem no Brasil. Esses dois homens, juntamente com suas esposas, fundaram a Assembléia de Deus, e sua mensagem era acompanhada de milagres, testemunhos de cura e transformação de vidas.

No início do século XX, a Suécia, berço dos dois obreiros que fundaram a Assembléia de Deus, era de maioria luterana e não era um país desenvolvido como o é em nossos dias. Segundo o historiador Maxwell Pinheiro Fajardo,

No início do século XX, a Suécia era um país eminentemente rural e que ainda não experimentara a expansão econômica que a transformaria em uma das referências do welfare State algumas décadas mais tarde. Segundo dados de Freston (1994), entre 1870 e 1920, mais de um milhão de suecos migraram para os Estados Unidos, dentre os quais Berg em 1902 e Vingren no ano seguinte.

Procedendo dos Estados Unidos, esses dois suecos de nascimento chegaram de navio em Belém, no Pará. Mesmo sem falar o português, esses dois homens deram início à Igreja Assembléia de Deus, uma igreja continental para um país de dimensões continentais.

Fajardo comenta que A assembleia de Deus é a maior denominação evangélica e o segundo maior grupo religioso do país segundo os dados dos últimos Censos, perdendo em números apenas para a Igreja Católica. São mais de doze milhões de brasileiros que declaram-se membros desta agremiação, que em 2011 completou seu primeiro centenário de fundação. E a segunda igreja pentecostal a surgir no país, fundada apenas dez meses após a pioneira, Congregação Cristã no Brasil. Em números absolutos, é um dos grupos que mais cresce no país. No censo de 1991, os assembleianos eram 2,4 milhões, número que subiu para 8,4 no ano de 2000 e chegou a 12,4 em 2010, ou seja, 6% da população brasileira, (p. 23)

CONCLUSÃO
Há séculos, Deus declarou que seu Espírito seria derramado sobre toda a carne, e essa promessa foi primeiramente cumprida após o retorno de Jesus aos céus. No dia de pentecostes, Deus fez o seu Espírito revestir pessoas comuns para uma obra sobrenatural, e, segundo o livro de Atos, essas pessoas foram grandemente usadas por Deus para anunciar o Jesus ressurreto.

Em um mundo repleto de pensamentos que se voltam cada dia mais contra Deus, a mensagem pentecostal e o poder de Deus dão à Igreja a autoridade para testemunhar de Jesus, trazendo libertação aos oprimidos, cura aos enfermos e salvação aos perdidos. Esse movimento iniciado por Deus tem feito a diferença em nossos dias, mostrando que o Senhor pode agir da forma como lhe convier, cumprindo, assim, suas promessas e dando poder aos seus filhos.


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Fonte: O Vento sopra onde Quer. O Ensinamento bíblico do Espírito Santo e sua Operação na Vida da Igreja. Autor: Alexandre Coelho. Editora CPAD