Lições Bíblicas Dominical Adultos 1° Trimestre 2025 CPAD Título da Revista Dominical: EM DEFESA DA FÉ CRISTÃ : Combatendo as Antigas Heresias que se Apresentam com Nova Aparência Comentarista: Esequias Soares | Classe: Adultos TEMAS DAS LIÇÕES Lição 1 – Quando as Heresias Ameaçam a Unidade da Igreja Lição 2 – Somos Cristãos Lição 3 – A Encarnação do Verbo Lição 4 – Deus É Triúno Lição 5 – Jesus é Deus Lição 6 – O Filho É igual com o Pai Lição 7 – As Naturezas Humana e Divina de Jesus Lição 8 – Jesus Viveu a Experiência Humana Lição 9 – Quem É o Espírito Santo Lição 10 – O Pecado Corrompeu a Natureza Humana Lição 11 – A Salvação não É Obra Humana Lição 12 – A Igreja Tem uma Natureza Organizacional Lição 13 – Perseverando na Fé em Cristo
O Uso do Vinho no Antigo e Novo Testamento
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Nas Sagradas Escrituras, o
vinho, juntamente com o pão e o azeite, é visto como bênção de Deus (Os 2.22).
Aliás, o vinho era usado até mesmo como remédio (Lc 10.34). No entanto, o seu
mau uso levou homens santos a cometerem escândalos, torpezas e até crimes. Haja
vista os casos de Noé, Ló e Davi.
I - O
VINHO NA HISTÓRIA SAGRADA
1.
A embriaguez de Noé.
Após o Dilúvio, Noé
voltou-se ao ofício de lavrador, e pôs-se a plantar uma vinha (Gn 9.20). E,
após ter preparado o seu vinho, bebeu-o até embriagar-se. Já fora de si,
desnudou-se, expondo-se vergonhosamente em sua tenda (Gn 9.20-29). A
intemperança do patriarca trouxe-lhe sérios problemas familiares.
O álcool foi capaz de
transtornar até mesmo um dos três homens mais piedosos da História Sagrada (Ez
14,14). É por isso que devemos precaver-nos quanto aos seus efeitos (Pv 20.1;
23.31).
Num
devocional já antigo, li acerca de um pastor que, após embebedar-se numa
reunião social, acordou num quarto que não era seu, numa cama que não lhe
pertencia e ao lado de uma mulher longe de ser a sua querida esposa. Bastou-lhe
alguns minutos de intemperanças e desregramentos, para que perdesse tudo o que
amealhara ao longo de abençoadas décadas de ministério.
Declara o salmista que
bem-aventurado é o homem que não se assenta na roda dos escarnecedores. Aqui,
entre cervejas, licores e cachaças, nada é proibido. Já nos primeiros goles
caem as barreiras da moral e da ética. Nos segundos, olvidar-se até mesmo a santíssima
fé. Depois, enfileiram-se as concupiscências, discórdias, valentias e sujidades.
O que antes era um obreiro venerável não passa, agora, de um vil contador de
piadas. Com olhares lúbricos, cobiça essa mulher, almeja aquela moça e, mais
adianta, corteja aqueloutra donzela. Que atitude indigna de um homem, que, no
domingo anterior, pregara sobre a “santificação, sem a qual ninguém verá o
Senhor”.
Em
algumas culturas evangélicas, o vinho é usado livremente. Alguns o tomam com
moderação. Outros, entretanto, descontrolam-se; embriagam-se; esborracham-se
como os filhos das trevas. Não bastassem os males espirituais, morais e éticos,
há também os problemas físicos. Quando a mim, prefiro a cautela dos recabitas à
ousadia de certos obreiros que, fundados numa certa liberdade cristã, acham que
todas as coisas lhe são lícitas. Esquecem-se eles de que nem todas nos convêm.
Dizendo-se preocupadas com a
descendência do pai, as filhas de Ló embebedaram-no em duas ocasiões (Gn 19.31,32).
Em seguida, tiveram relações com o próprio pai, gerando dois povos iníquos (Gn
19.33-38). Quem se entrega ao vinho está sujeito às dissoluções (Ef 5.18). Já
imaginou um obreiro de Cristo em semelhante situação?
Muito se fala, no Brasil,
sobre violência doméstica e abuso infantil. O que muita gente não sabe é que
tais coisas também são ocasionadas pelo álcool. O que esperar de um pai bêbado?
Ou de uma mãe embriagada? Depois que o álcool chega ao cérebro, abre-se as
portas à violência, à permissividade e a todo tipo de atos impensáveis.
Eu
não gostaria de ver um obreiro do Senhor numa situação igual ou semelhante à de
Ló. O homem que se resguardara dos vícios de Sodoma e de Gomorra, não soube
como resguardar-se diante do vinho. Para se evitar tais males e desgraças, só
existe um caminho: a abstinência.
3.
O vinho como instrumento de corrupção.
Para encobrir o seu
adultério com Bate-Seba, o rei Davi convocou Urias, que estava na frente de
batalha, embriagou-o, e induziu-o a deitar-se com a esposa adúltera e já grávida
(2 Sm 11.13). Se o seu plano houvesse dado certo, aquela criança ficaria na
conta de Urias, o heteu.
A que
ponto chega um homem fora da orientação do Espírito Santo. O rei e pastor de
Israel usou o vinho para corromper um de seus heróis mais celebrado. Uma
reunião de obreiros não pode ser regada a vinho; tem de ser dirigida pelo
Espírito Santo.
Que
os encontros de pastores, evangelistas, presbíteros e diáconos sejam marcados
pela comunhão, fraternidade e profunda concórdia. E que, no final dos
trabalhos, possamos declarar como os santos apóstolos: “Pareceu bem a nós e ao
Espírito Santo”. Mas isso só acontecerá se, abstendo-nos do vinho, enchermo-nos
do Divino Consolador.
Se o
vinho é tão nocivo e deletério, por que foi usado pelos levitas, no Antigo
Testamento, e pelos santos apóstolos, no Testamento Novo? Antes de adentrarmos
o próximo tópico, consideremos esta proposição: tudo o que existe pertence ao
Senhor; logo, deve Ele ser glorificado por todas as coisas.
Aos olhos de Deus, tudo é
precioso, inclusive o vinho. Vejamos o que Ele ordenará no período da Grande
Tribulação: “E ouvi uma como que voz no meio dos quatro seres viventes dizendo:
Uma medida de trigo por um denário; três medidas de cevada por um denário; e
não danifiques o azeite e o vinho” (Ap 6.6, ARA).
II- O
VINHO NO OFÍCIO DIVINO
O vinho, por simbolizar as
bênçãos de Deus, foi usado no Antigo Testamento como oferenda ao Senhor e, no
Novo Testamento, serviu para simbolizar o sangue de Cristo. Todavia, a Palavra
de Deus faz sérias advertências quanto ao seu uso.
1.
No Antigo Testamento.
Em sua oferta de manjares ao
Senhor, os israelitas faziam-lhe também a libação de um quarto de him de vinho (Lv 13.13). Nessa oferenda,
o adorador reconhecia que tudo quanto existe pertence ao Senhor. Em razão disso,
deveria usar de forma santa e responsável tudo que Ele nos deixou (Pv 20.1).
Quanto
aos ministros do altar, eram severamente advertidos sobre o uso do vinho. Leia
com atenção Levítico 10.8-11. Essa passagem deve ser aplicada também a nós.
Tanto ontem quanto hoje, o álcool pode levar-nos à ruína.
É bem
provável que Nadabe e Abiú, julgando-se acima de recomendações e preceitos,
vinham abusando do álcool. E, assim, de abuso em abuso, e já desconsiderando a
santidade de Jeová, adentraram-lhe a Casa sem o fogo apropriado à queimação do
incenso. Se isso realmente aconteceu, que deprimente espetáculo não
representaram eles. Já imaginou dois obreiros embriagados, trôpegos e
resmungando com voz pastosa as fórmulas e credos sagrados? Imagine ambos,
agora, cambaleando entre o candelabro e a mesa dos pães da apresentação. Se
tropeçassem diante do altar do incenso, cairiam no Santo dos Santos.
Retornemos à nossa
realidade. Evoquemos a imagem de um pastor embriagado a batizar ou a ministrar
a Santa Ceia. O que o rebanho, sempre atento e observador, dir-nos-á em
semelhantes situações? Que o Senhor Jesus nos guarde das intemperanças e
desregramentos. Jesus, tem misericórdia de nós. Santifica-nos. Queremos chegar
à Jerusalém Celeste.
2.
No Novo Testamento.
O primeiro milagre de Jesus
foi transformar água em vinho (Jo 2.1-11). E, ao instituir a Santa Ceia, Ele
fez uso desse mesmo produto, a fim de simbolizar o seu sangue redentor (Mt
26.26-30). Desde então, a Igreja de Cristo vem utilizando o fruto da vide para
oficiar a sua maior celebração: a Ceia do Senhor (1 Co 11.23-32).
O que dizer do primeiro
milagre do Senhor? O vinho que Jesus fez surgir da água era vinho ou um mero
suco de uva? A Escritura não comporta dúvidas; era vinho de excelente qualidade.
Mas da narrativa sagrada, inferimos que, naquelas bodas, ninguém se embriagou;
os que presenciaram o milagre vieram a crer que Jesus era, de fato, o Salvador
do mundo e Messias de Israel.
3.
Advertência quanto ao uso do vinho.
Se, por um lado, o vinho é utilizado
para adorar a Deus, por outro, ele pode ser usado igualmente para trazer
escândalos e levar-nos a desvios espirituais, morais e éticos. Eis porque devemos
considerar as recomendações que nos fazem as Escrituras (Pv 21.17; 23,20; Tt
2,3).
Diante
das recomendações da Palavra de Deus, como proceder? Sejamos moderados e
sóbrios. À semelhança dos recabitas, abstenhamo-nos do álcool. Leia com atenção
o capítulo 35 de Jeremias. Que o exemplo daqueles homens cale-se profundamente
em nossa alma.
III-
ADVERTÊNCIAS QUANTO AO USO DO VINHO
Tendo em vista os exemplos
lamentáveis e vergonhosos da História Sagrada, o Novo Testamento faz-nos
severas advertências quanto ao uso do vinho.
1.
Recomendações aos ministros.
O candidato ao Santo
Ministério, na Igreja Primitiva, não podia ser um homem escravizado pelo vinho
(1 Tm 3.3,8; Tt 1;7). Como confiar o rebanho de Jesus Cristo a um alcoólatra? O
que governa tem de abster-se das bebidas alcoólicas (Pv 31.4).
Se você, querido obreiro,
tem algum problema com o alcoolismo, procure ajuda. Há sempre um bom homem de
Deus disposto a ouvir-nos e a auxiliarmos. Não leve tal fardo à sepultura. Por
mais difícil e vexatória que seja a sua situação, não se conforme. O Senhor
Jesus está ao nosso lado. Ele o resgatará do alcoolismo, guindando-o novamente
às regiões celestiais.
2.
Recomendações à Igreja.
A recomendação quanto aos prejuízos
decorrentes do vinho não se limita aos ministros do Evangelho. Ela diz respeito,
também, a toda a Igreja. Que o verdadeiro cristão, afastando-se do vinho,
busque a plenitude do Espírito Santo (Ef 5.18). A embriaguez não é um mero
adorno cultural; é algo sério que tem ocasionado sérios transtornos à Igreja de
Cristo.
Voltemos
ao cenáculo. Busquemos novamente a plenitude do Consolador. Que as nossas reuniões
sejam marcadas por conversões, batismos com o Espírito Santo, curas divinas,
sinais e maravilhas. E que jamais nos esqueçamos de que o Senhor Jesus, em
breve, virá buscar a sua Igreja. Aleluia!
3.
Ministros usados pelo Espírito Santo.
No dia de Pentecostes, o
Espírito Santo foi copiosamente derramado sobre os discípulos (At 2.1-4). De
início, eles foram tidos como bêbados (At 2.13). Mas, após o sermão de Pedro,
todos vieram a conscientizar-se de que eles falavam e operavam no poder de Deus
(At 2.40,41).
Na
sequência de Atos, deparamo-nos com os apóstolos e discípulos proclamando o
Evangelho sempre na virtude do Espírito Santo (At 4.8, 31; 7.55; 13.9).
CONCLUSÃO
Cuidado com o álcool. Fuja
dos colegas de ministério que, por serem já alcoólatras, querem induzi-lo a
esse vício maldito e perverso. Mantenha-se continuamente sóbrio. A caminhada
ainda é longa. Nessa peregrinação, não podemos andar tropegamente. Sejamos
firmes em cada passo.
Fonte: ANDRADE de.
Claudionor. Adoração, Santidade e Serviço. Os princípios de Deus para a sua
Igreja em Levítico1ª edição: Abril/2018
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