Subsídio para a classe
de Adultos - Lição 9 - Jesus, o Holocausto Perfeito | 3°Trimestre de 2018|Aula 26
de Agosto. Por Ev. Jair Alves
Apresentação
No Antigo Testamento, o sacrifício era a única maneira de aproximar-se
de Deus e restaurar o relacionamento com Ele. Havia mais de um tipo de oferta
ou sacrifício, e esta variedade tornava-os mais significativos porque cada um estava
relacionado a uma situação especifica da vida. Os sacrifícios eram oferecidos
em louvor, adoração e agradecimento, e também para perdão e comunhão. A
primeira oferta que Deus descreve é o holocausto. A pessoa que cometia um pecado
deveria trazer um animal sem defeito para o sacerdote. O animal inocente
simbolizava a perfeição moral demandada pelo santo Deus bem como a natureza perfeita
do real sacrifício futuro - Jesus Cristo.
I – O CONCEITO DE HOLOCAUSTO
1. Definindo
o termo (Lv 1.3)
O termo hebraico traduzido por holocausto (olah) significa, literalmente, “aquilo
que vai para cima” ou "aquilo que sobe" para Deus. Também se chamava
oferta queimada, porque o olah era
totalmente queimado no altar (com exceção do couro que ia para o sacerdote).
O holocausto era o sacrifício básico que
expressava devoção e consagração ao Senhor. Quando nos entregamos ao Senhor,
colocamos "tudo isso sobre o altar" (Lv 1.9) e não retemos nada. O
equivalente do Novo Testamento encontra-se em Romanos 12.1, 2, em que o povo de
Deus é desafiado a ser um sacrifício vivo, inteiramente consagrado ao Senhor.
a) Três classes de ofertas (Lv 1)
Havia três classes de ofertas, dependendo do
poder econômico do ofertante: novilho (v.
3; cf. v. 5) macho sem defeito, carneiro
ou cabrito (v. 10-14), também macho e sem defeito, e aves (v. 14-17), podendo ser rolas ou pombinhos. Todos esses
constituem animais pacíficos; nenhum animal feroz podia ser sacrificado no
altar do Senhor.
b) Os deveres do ofertante (Lv 1)
Trazer a oferta à porta da tenda da
congregação, próximo ao altar do holocausto (v. 3; também conhecido como altar
de bronze); colocar a mão sobre a cabeça da vítima (v. 4); imolar o novilho (v.
5), carneiro ou cabrito (v. 11); tirar a pele (esfolar) do animal e cortá-lo em
pedaços (v. 6,12); lavar as entranhas e as pernas com água (v. 9,13).
C) Os deveres do sacerdotes
O sacerdote examinava o sacrifício para
certificar-se de que não tinha qualquer defeito (Lv 22.20-24), pois devemos dar
ao Senhor o que temos de melhor (Ml 1.6-14). Jesus Cristo foi um sacrifício
"sem defeito e sem mácula" (1 Pe 1.19), que se entregou em total
consagração a Deus (Jo 10.17; Rm 5.19; Hb 10.10).
Aspergir o sangue do animal sacrificado ao
redor sobre o altar (v. 5,11); colocar lenha e atear fogo sobre o altar (v. 7)
e depois depositar em ordem os pedaços do animal sobre o fogo (v. 8,12).
O animal deveria ser completamente consumido
no altar, exceto o couro (v. 13; 7:8); no caso das aves, o sacerdote deveria
destroncar a cabeça, fazer o sangue correr na parede do altar, colocar o papo
com suas penas para o lado oriental do altar, rasgar o corpo da ave (sem
cortá-la em pedaços) e depois queimá-la sobre o altar.
ü Quando o sacrifício era de aves, o adorador colocava a mão sobre o
animal a ser sacrificado (Lv 1.4), gesto que simbolizava a identificação do
ofertante com o sacrifício. Era o
sacerdote e não o ofertante quem matava a ave; seu sangue era escorrido nas
laterais do altar, e seu corpo, queimado no fogo do altar (Lv 1. 15-17).
ü Nos sacrifícios que envolviam o derramamento de sangue, a imposição de
mãos simbolicamente transferia o pecado e a culpa para o animal que morria no
lugar do pecador. O corpo do
novilho, cordeiro ou cabrito era desmembrado, e as partes eram lavadas. Então,
tudo, exceto o couro, era colocado em ordem sobre a lenha e queimado no fogo. O
couro era dado ao sacerdote (Lv 7.8).
SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
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OFERECER OFERTA (Lv 1.2).
O termo "oferta" (heb. corban) é cognato do verbo que
significa "aproximar-se". Portanto, o sacrifício era uma dádiva que
o israelita fiel trazia a Deus, a fim de poder aproximar-se dEle e desfrutar
da sua comunhão e bênção (Sl 73.28).
Cinco ofertas
são descritas nos caps. 1-7: o holocausto (1.3-17), a oferta de manjares,
isto é, de cereais (2.1-16), a oferta
pacífica (3.1-17), a oferta pelo pecado e a oferta pela culpa
(5.14-6.7; 7.1-7).
2) Os adoradores apresentavam
ofertas com a finalidade de expressarem gratidão e fé, de renovarem a
comunhão, de aprofundarem a sua
dedicação ao Senhor, ou de pedirem perdão. As ofertas eram realmente orações
em forma de atos (Sl 116.17; Os 14.2; Hb 13.15).
3) Em muitos casos, a oferta
envolvia um sacrifício, i.e., era
ceifada a vida de um animal (9.8).
Essas ofertas ensinavam a Israel
que:
a) o ser humano é basicamente
pecaminoso, cujos pecados merecem a morte;
b) sem derramamento de sangue não
há perdão (17.11; Hb 9.22);
c) a expiação pelo pecado precisa
ser feita mediante substituição (v. 4; 17.11);
d) a santidade de Deus deve
regular e dirigir todas as áreas da
vida humana (cf. 10.3); e
e) Deus quer ser gracioso, perdoar
e ter comunhão com homens e mulheres (Êx 34.6,7).
Para que a oferta fosse aceita por Deus, devia haver, da parte do
ofertante, arrependimento genuíno,
do profundo do coração e uma sincera resolução de viver uma vida de bondade e
de retidão (23.27-29; Is 1.11-17; Mq 6.6-8).
(Bíblia de Estudo Pentecostal – CPAD)
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1 - Lições Bíblicas de Jovens – 3° Trimestre de 2018 – Acesse Aqui
2 - Lições Bíblicas de Adultos – 3° Trimestre de 2018 – Acesse Aqui
3 - Lições Bíblicas de Adolescentes – 3° Trimestre de 2018 – Acesse Aqui
II – JESUS, O HOLOCAUSTO PELO PECADO
Os primeiros cristãos compreendiam a morte de
Jesus como sacrifício pelo pecado, graças ao Antigo Testamento e ao pano de
fundo do judaísmo contemporâneo.
1. O sacrifício da nova aliança
A morte de Jesus representou o ponto
culminante e final da aliança com Israel (Rm 10.4) e introduziu uma nova e melhor
aliança. A velha aliança, que incluía o sistema sacrificial, fora feita com a
intenção de limpar Israel de seu pecado de forma que pudessem demonstrar às
nações o que representava viver em comunhão íntima com Deus. Contudo, ao longo
de toda a história, o povo de Deus lutara para ficar em comunhão com o Senhor,
mas, vez após vez, fora devastado pelo pecado e suas consequências.
O escritor de Hebreus compreendeu o significado
profundo da morte de Jesus. Jesus — de forma distinta dos sacrifícios do Templo
que foram oferecidos vez após vez, porque jamais deixavam o adorador limpo — ,
“uma vez se manifestou, para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo” (Hb
9.26). Jesus era a realidade da expiação da qual todos os sacrifícios do Antigo
Testamento não passavam de sombras e antecipações (“as figuras das coisas que
estão no céu”, Hb 9.23). A morte sacrificial introduziu um novo relacionamento na
aliança com Deus.
2. O sacrifício universal
O sacrifício de Jesus, como parte da nova
aliança, não era só para Israel, mas para o mundo todo. João Batista dissera,
recordando a imagem do Dia da Expiação, que Jesus era “Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29).
Certamente, Ele fora crucificado como resultado direto
do pecado daqueles que o rejeitaram; mas, em
um sentido profundo, morrera com o peso de todo o pecado do mundo sobre seus
ombros.
3. O sacrifício libertador e purificador
Como Jesus explicou aos discípulos na última
ceia, Ele estava indo para a morte para trazer o perdão dos pecados (Mt 26.28).
Suportaria a agonia devastadora das consequências verdadeiras do pecado em seu
próprio corpo, para que outros não tivessem de fazer isso. No momento em que
morreu, o véu no Lugar Santíssimo no Templo foi rasgado em dois (Mt 27.50,51).
O caminho para a comunhão e nova vida com Deus
— o caminho que estivera bloqueado pelo pecado — agora fora aberto para todos
(Ef 2.18; Hb 10.19,20; 1 Pe 3.18). Mas também, conforme retratado pelo Dia da
Expiação, o poder purificador de Deus se estenderia para fora do Templo,
alcançando o mundo todo. Por intermédio de Jesus, todos podem ser limpos e
purificados, de forma que podem adorar a Deus com a vida que Ele sempre quis
para nós (Hb 9.14).
A morte de Jesus como sacrifício pelo pecado
permite que uma magnífica e graciosa troca aconteça: Ele leva nosso pecado para
que possamos compartilhar de sua justiça (2 Co 5.21; Rm 3.21-26).
4. Holocausto Levítico, uma tipologia[1]
de Cristo
ü Cristo ofereceu-se como Cordeiro sem defeito.
ü Cristo fez expiação por nós.
ü A pessoa do ofertante era substituída pelo animal sacrificado, sendo
esse um dos aspectos da expiação.
ü O sacrifício franqueava o acesso a Deus (Hb 9.11-14; 10.5-7).
ü As ofertas eram voluntárias, aceitáveis ao Senhor (Lv. 1.3-5).