Classe:
Jovens – 4°Trimestre de 2018 | Data da Aula: 11/11/2018
TEXTO DO DIA
Por isso, o que fala
em língua desconhecida, ore para que a possa interpretar (1Co 14.13)
SÍNTESE
A manifestação do dom de Línguas, tanto
na Igreja quanto na devoção pessoal, é plano de Deus para os crentes em nossos
dias.
AGENDA DE LEITURA
SEGUNDA
- 1 Co 14.2 Quem fala em línguas estranhas fala com Deus
TERÇA
- 1Co 14.5 Busquemos falar em línguas e profetizar QUARTA - 1 Co 14.27 Falando em línguas e
interpretando
QUINTA
-1 Co 14.22 As línguas são um sinal para os infiéis
SEXTA
- 1Co 13.8 Profecias, o dom de Línguas e de ciência um
dia acabarão
SÁBADO
- 1 Co 14.39 Não proibais falar em línguas estranhas
OBJETIVOS
•
REFUTAR o argumento de que o dom de Línguas é
bíblico, mas não é para os nossos dias;
•
MOSTRAR que o falar em Línguas edifica a nossa vida
pessoal.
INTERAÇÃO
Professora
(a), você já recebeu o batismo com o Espirito Santo e experimentou o falar em
Línguas estranhas? Então, não se esqueça de partilhar com seus alunos como se
deu tal experiência e o que mudou em sua vida. Pois, estudaremos acerca do dom
de Línguas. No decorrer da aula, procure enfatizar que o falar em Línguas,
glossolalia, era e é um sinal divino para evidenciar o batismo com o Espírito
Santo. Como pentecostais cremos que os dons não foram somente para os crentes
do primeiro século e que o ser cheio do Espírito é uma recomendação do Pai para
os crentes da atualidade (Ef 5.18). O Senhor continua o mesmo e seu desejo de
que vivamos na plenitude do Espirito não foi alterado pelo fato de que algumas
pessoas não crerem na promessa de Joel 2.28 que teve o seu cumprimento em Atos
2. É importante ressaltar que as línguas (gr. glossa) podem ser humanas, atualmente faladas (At 2.6), ou
desconhecidas na terra (cf. 1 Co 13.1) e que a fala jamais será extática.
ORIENTAÇÃO
PEDAGÓGICA
Professor (a), para iniciar a
lição peça que os alunos citem algumas ideias erradas a respeito do dom de
línguas. Em seguida apresente 0 quadro abaixo e discuta com os alunos algumas
questões importantes a respeito do falar em Línguas.
1. É uma manifestação
sobrenatural do Espírito Santo.
2. Não é uma fala
extática.
3. É um sinal externo
do batismo com o Espírito Santo.
4. Este dom tem dois
propósitos principais: O falar noutras línguas seguido de interpretação, em
culto público, como mensagem verbal à congregação para sua edificação espiritual
(1 Co 14.5,6,13-17). O falar noutras línguas pelo crente para dirigir-se a Deus
nas suas devoções particulares e, deste modo, edificar sua vida espiritual (1
Co 14.4).
5. Somente devem ser
aceitas se elas procederem do Espírito Santo.
6. Cremos na atualidade desse dom.
TEXTO
BÍBLICO
1Coríntios
14.1-5,12-15
1 Segui o amor e
procurai com zelo os dons espirituais, mas principalmente o de profetizar.
2 Porque o que fala
língua estranha não fala aos homens, senão a Deus; porque ninguém o entende, e
em espírito fala de mistérios.
3 Mas o que profetiza
fala aos homens para edificação, exortação e consolação.
4 O que fala língua
estranha edifica-se a si mesmo, mas o que profetiza edifica a igreja.
5 E eu quero que
todos vós faleis Línguas estranhas; mas muito mais que profetizeis, porque o
que profetiza é maior do que o que fala línguas estranhas, a não ser que também
interprete, para que a igreja receba edificação.
12 Assim, também vós,
como desejais dons espirituais, procurai sobejar neles, para a edificação da
igreja.
13 Pelo que, o que
fala língua estranha, ore para que a possa interpretar.
14 Porque, se eu orar
em língua estranha, o meu espírito ora bem, mas o meu entendimento fica sem
fruto.
15 Que farei, pois?
Orarei com o espirito, mas também orarei com o entendimento; cantarei com o
espírito, mas também cantarei com o entendimento.
INTRODUÇÃO
O apóstolo Paulo,
escrevendo aos coríntios, trata a respeito das línguas estranhas e da profecia
no uso coletivo e individual. Ainda dentro da perspectiva de que as línguas e a
profecia são dons do Espírito Santo para a edificação da Igreja, o apóstolo
traz orientações sobre como a Igreja deve se portar nesse aspecto. Na prática,
o servo de Deus não ensina que esses dons devem deixar de ser exercitados, mas
orienta que sejam usados da forma correta, tendo em vista que a sua principal
função é edificar o corpo de Cristo.
VEJA TAMBÉM ESSAS LIÇÕES:
I - O
FALAR EM OUTRAS
1. As Línguas em Marcos 16.
Iniciemos nosso
estudo a respeito do dom de Línguas remontando às palavras de Jesus no
Evangelho de Marcos 16.17,18. Marcos, um escritor que tem o propósito de
demonstrar Jesus como o Filho de Deus, com poder e autoridade, registra que
parte desse poder, recebido de Deus, seria manifestado entre aqueles que
creriam em Jesus. Seus discípulos teriam poder para expulsar espíritos
malignos, curar enfermidades e falar em outras línguas.
2. O ensino paulino a respeito das línguas.
Paulo dá
prosseguimento à sua Primeira Carta aos Coríntios fazendo uma distinção sobre o
uso do dom de línguas e o uso da profecia. Deixemos claro que o ensino paulino
não restringe o falar em línguas, e sim o regulamenta. Qualquer entendimento
diferente deste deturpa a ideia original do escritor, e consequentemente, ataca
a própria inspiração divina, que moveu Paulo a escrevera respeito desse
assunto.
3. Orar em Línguas.
"Porque, se eu
orar em Língua estranha, o meu espírito ora bem, mas o meu entendimento fica
sem fruto” (1 Co 14.14). Paulo continua seu ensino tratando, agora, a respeito
de oração. A comunicação com Deus é inserida em seu discurso, desta vez incluindo
a oração em línguas, uma manifestação que entendemos ser genuinamente
pentecostal, mas não restrita aos arraiais pentecostais. Lembremo-nos de que a
promessa do derramamento do Espírito Santo é para toda a carne, e não é
patrimônio de uma única igreja.
Uma característica
destacada por Paulo no assunto das línguas é que quando utilizadas na oração,
fazem com que o espírito ore bem. Parece que não há qualquer impedimento na
oração ao Pai Celeste quando se utiliza o falar em línguas. Paulo também
destaca que quando se ora em línguas "o entendimento fica sem fruto”, ou
seja, é como se o intelecto da pessoa não tivesse participação, não entendesse
efetivamente o que está sendo falado. Paulo menciona isso, mas não dá a
entender que o texto seja uma condenação ao fato de orar em Línguas. Ele mesmo
diz que "o meu espirito ora bem”. Com certeza, pela revelação do Senhor
trazida a Paulo, orar em línguas manifesta uma conexão mais íntima e profunda
com o Espírito Santo de Deus.
II-O
FALAR EM OUTRAS LÍNGUNS NA VIDA PESSOAL
1. Línguas para falar com Deus (1 Co 14.2).
Uma das verdades
acerca do dom de línguas é que quem se utiliza dele fala com Deus. Por mais que
os homens não entendam o que está sendo pronunciado, a Palavra de Deus diz que
há uma comunicação entre a pessoa e Deus. Essa é uma revelação muito séria,
pois o falar em línguas tem sido combatido por cristãos cessacionistas, que
acreditam que essa manifestação não seria um dom para a Igreja de hoje. Eles se
baseiam no fato de que a revelação de Deus já está toda na Escritura, mas
curiosamente, para eles, esta parte da revelação não teria valor normativo (a
recomendação de orar em línguas) seriam relatos que não deveríam ser
reproduzidos na vida cristã em nossos dias. Como Paulo não demonstrou esse mesmo
entendimento, cremos que o falar em línguas inicia uma comunhão mais íntima com
Deus no momento em que o dom é manifesto, e é isso que a Bíblia diz.
2. Edificação pessoal.
"O que fala
língua estranha edifica-se a si mesmo, mas o que profetiza edifica a igreja” (1
Co 14.4). Paulo mostra a primeira diferença entre o ato de profetizar — e aqui
não é a pregação da Palavra de Deus — e o falar em línguas. O ato de profetizar
traz uma edificação coletiva, ao passo que o falar em línguas traz edificação
pessoal. É inegável que o ato de profetizar na língua vernácula traga uma
edificação muito maior, pois a profecia alcança a congregação. Mas é igualmente
inegável que o falar em línguas fortalece quem fala, e isso é o apóstolo Paulo
que está ensinando. Contradizer esse principio equivale a refutar o restante
dos escritos paulinos, pois não há um escrito mais inspirado e outro menos. Não
é pecado edificar a si mesmo. Na Igreja de Cristo há espaço para os que
profetizam e edificam a Igreja, e há espaço para os que falam em línguas
edificando a si próprios. A utilidade de cada dom tem sua oportunidade e espaço
para a glória de Deus. É notório que há cristãos que intelectualmente entendem
ser a profecia um dom de alcance plural, mas rejeitam sua manifestação genuína
em suas Igrejas. Para que sejamos honestos intelectualmente é preciso que
sejamos coerentes com o que a Palavra de Deus fala.
3. Agradecendo a Deus (1 Co 14.17).
A gratidão é uma das
características que traz contentamento a Deus em nossa relação com Ele. Tão
importante quanto à santidade, que nos desafia a ser pessoas separadas para o
Senhor, a gratidão faz de nós pessoas que reconhecem que o Todo-Poderoso nos
beneficiou, nos fez um favor, seja por meio de uma resposta de oração, seja
simplesmente por um ato de sua vontade para conosco sem que tivéssemos pensado
ou pedido.
Paulo mostra que,
apesar do fato de as línguas serem um instrumento de manifestação de gratidão
por parte de quem fala, essa manifestação não edifica outras pessoas. A
observação do apóstolo torna a mostrar que o falar em línguas tem um caráter
pessoal quando visto sobre a perspectiva do alcance da coletividade. Não há
impedimento para que se fale em línguas na congregação, pois tal manifestação
inclui a nossa gratidão a Deus. Concordamos que no contexto paulino há uma
diferenciação a respeito do alcance coletivo e o individual, mas entendemos que
essa diferenciação tem um caráter educativo, ou seja, o objetivo é efetivamente
incentivar o dom de uso coletivo sem desprezar o dom de alcance individual.
O Pense!
Você tem procurado
com zelo os dons espirituais?
Ponto importante
O falarem línguas tem
a capacidade de edificar o falante, mas se este a interpretar, tem equiparação
à profecia.
SUBSÍDO
“Ressaltamos
que os pentecostais têm uma hermenêutica distintiva, um modo particular de ler
a Bíblia. Nós, pentecostais, sempre lemos a narrativa de Atos e,
particularmente, o relato do derramamento pentecostal do Espírito Santo (At 2)
como modelo para a vida. As histórias de Atos são as nossas histórias, e nós as
lemos com um sentimento de grande expectativa.
Estou
convencido de que essa hermenêutica simples, essa abordagem direta à leitura de
Atos como modelo para a igreja hoje, é uma das principais razões por que a
ênfase no falar em línguas desempenhou papel tão importante na formação do
movimento pentecostal moderno. A ligação entre o falar em línguas e o batismo
no Espírito Santo marca o movimento pentecostal moderno desde o início e, sem
essa ligação, é duvidoso se o movimento teria visto a luz do dia, muito menos
sobrevivido. A glossolalia é de importância crucial para os pentecostais de
todo o mundo, por muitas razões, mas gostaria de propor que duas são de
particular importância. Primeiro, o falar em língua destaca, encarna e valida à
maneira única como os pentecostais entendem o livro de Atos: Atos não é um
documento histórico; Atos apresenta um modelo para a vida da igreja
contemporânea’’ (MENZIES, Robert. Pentecostes: Essa História é a Nossa
História. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2016, pp. 57.58).
CONCLUSÃO
A Bíblia é enfática
em dizer que o dom de línguas não pode ser desprezado, mas o culto deve ter
ordem. Que o dom de línguas ache espaço entre nós, em nossas orações e momentos
com Deus, mas também na Igreja, onde Deus se valerá de intérpretes para trazer
o entendimento do que está sendo falado.
HORA DA
REVISÃO
1- Transcreva o texto do Evangelho de Marcos que trata a
respeito do falar em línguas estranhas.
"E estes sinais
seguirão aos que crerem: em meu nome, expulsarão demônios; falarão novas
línguas: pegarão nas serpentes; e se beberem alguma coisa mortífera, não lhes
fará dano algum; e imporão as mãos sobre os enfermos e os curarão” (Mc
16.17,18).
2- O orarem línguas é restrito aos crentes pentecostais?
É patrimônio de uma única Igreja?
Não. A oração em
línguas, uma manifestação que entendemos ser genuinamente pentecostal, mas não
restrita aos arraiais pentecostais. Lembremo-nos de que a promessa do
derramamento do Espírito Santo é para toda a carne, e não é patrimônio de uma
única igreja.
3- Segundo 1 Coríntios 14.22, as línguas são um sinal
para os crentes ou para os incrédulos?
As línguas são um
sinal para os infiéis (1 Co 14.22).
4- O que os crentes cessacionistas dizem a respeito do
dom de línguas para a igreja atual?
Eles dizem que essa
manifestação não seria um dom para a Igreja de hoje.
5- Você crê que o dom de línguas é para a igreja da
atualidade?
Resposta pessoal. Mas
é imporante ler Marcos 16.17.18.