Classe: Jovens – 4°Trimestre de 2018 | Data da Aula: 09/12/2018
Atenção! DIA DA BÍBLIA
TEXTO DO DIA
E eu dirigi o meu
rosto ao Senhor Deus, para o buscar com oração e súplicas, com jejum, e saco e
cinza (Dn 9.3).
SÍNTESE
A oração, o jejum e a vigilância são
sempre necessários a todos
os cristãos.
AGENDA DE LEITURA
SEGUNDA-
Jo 14.14 Orar ao Pai em nome de Jesus
TERÇA
- Mt 6.5 Não ore para ser recompensado pelos homens
QUARTA
- At 19.6 Oração com imposição de mãos
QUINTA
- Mt 6.16 Não jejue para ser recompensado pelos homens
SEXTA-2
Cr 33.13 Deus ouve a oração de um pecador arrependido
SÁBADO
- Ef 6.18 Vigiar também é necessário
OBJETIVOS
•
APRESENTAR o que a Bíblia diz a respeito da oração;
•
SABER o que a Bíblia trata a respeito do jejum;
•
COMPREENDER a importância da oração e da vigilância.
Veja também:
2- As
Exigências Básicas de Justiça sob a Ótica de Jesus – Acesse
aqui
INTERAÇÃO
Professor (a),
a oração e o jejum são duas práticas marcantes na vida dos crentes
pentecostais. Nas Escrituras Sagradas, tanto no Antigo quanto no Novo
Testamento, encontramos várias referências ao jejum e a oração. Jesus, o Filho
de Deus, teve uma vida de oração e jejum. Diversas vezes Ele se afastou para
lugares desertos a fim de orar. Antes de enfrentar a cruz orou no jardim do
Getsêmani. O Salvador também jejuou e disse que chegaria o dia que seus
discípulos também teriam que jejuar. Ele não revogou tais práticas. Jesus nunca
pediu nada aos discípulos que Ele mesmo não tenha feito. Aproveite esta
oportunidade ímpar para incentivar seus alunos a jejuarem e orarem, pois tais
costumes são bíblicos e válidos para os cristãos de todas as épocas.
ORIENTAÇÃO
PEDAGÓGICA
Professor (a), escreva no
quadro as palavras “jejum” e “oração". Pergunte aos alunos o que vem à
mente deles quando ouvem essas palavras. À medida que forem falando, vá
relacionando as palavras no quadro. Depois de ouvi-los, explique que em geral
os crentes têm uma vida de oração. Em seguida faça a seguintes indagações:
“Mas, quanto ao jejum?” “Precisamos ainda manter essa prática?” Ouça-os e em
seguida exponha que o jejum é a abstinência total ou parcial de alimentos por
um período de tempo e que era muito utilizada no Antigo e Novo Testamento. Peça
que os alunos leiam Mateus 4.2 e explique que Jesus não aboliu tal prática, mas
a reforçou ao jejuar durante 40 dias. O Mestre não somente jejuou, mas também
ensinou qual deve ser o procedimento quando se jejua. Em seguida peça que leiam
Mateus 6.16-18 e observem o procedimento que a agrada a Deus durante um jejum.
Conclua enfatizando que no Dia de Pentecostes os irmãos estavam no cenáculo
orando quando foram cheios do Espírito Santo.
TEXTO
BÍBLICO
João 14.12-15
12 Na verdade, na
verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço e
as fará maiores do que estas, porque eu vou para meu Pai.
13 E tudo quanto
pedirdes em meu nome, eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho.
14 Se pedirdes alguma
coisa em meu nome, eu o farei.
15 Se me amardes,
guardareis os meus mandamentos.
Atos 13.1-4
1 Na igreja que
estava em Antioquia havia alguns profetas e doutores, a saber: Barnabé, e
Simeão, chamado Niger, e Lúcio, cireneu, e Manaém, que fora criado com Herodes,
o tetrarca, e Saulo.
2 E, servindo eles ao
Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para
a obra a que os tenho chamado.
3 Então, jejuando, e
orando, e pondo sobre eles as mãos, os despediram.
4 E assim estes,
enviados pelo Espírito Santo, desceram a Selêucia e dali navegaram para Chipre.
1 Pedro 5.6-9
6 Humilhai-vos, pois,
debaixo da potente mão de Deus, para que, a seu tempo, vos exalte,
7 lançando sobre ele
toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós.
8 Sede sóbrios,
vigiai, porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão,
buscando a quem possa tragar:
9 ao qual resisti
firmes na fé, sabendo que as mesmas aflições se cumprem entre os vossos irmãos
no mundo.
INTRODUÇÃO
De que forma,
efetivamente, a oração e o jejum podem fazer diferença na vida de um cristão? E
Deus espera que, além de orar e jejuar, estejamos atentos às coisas que nos
cercam? É isso que veremos nesta lição.
I - O QUE
A BÍBLIA FALA A REPEITO DA ORAÇÃO
1. No Antigo Testamento.
Homens e mulheres no
Antigo Testamento receberam destaque por suas orações. Abraão intercedeu a Deus
por Ló, e o Eterno o livrou da destruição de Sodoma (Gn 18.17-33). Isaque orou
por vinte anos até receber a promessa de Deus: ser pai (Gn 25.19-26). Ana, uma
mulher estéril, entrou para a história sagrada quando orou ao Senhor pedindo um
filho, e Deus lhe deu Samuel, o profeta, e mais cinco outros filhos (1 Sm
1.1-20; 2.21). Mesmo Sansão, cego e escravo dos filisteus após desobedecer ao
Senhor, teve sua oração ouvida antes de morrer e trazer livramento a Israel (Jz
16.23-31).
Mesmo um homem ímpio
como Manassés teve suas orações respondidas quando se arrependeu e se humilhou
diante do Senhor. Manassés era um rei tão ímpio, que "fez errar a Judá e
aos moradores de Jerusalém, que fizeram pior do que as nações que o SENHOR
tinha destruído" (2 Cr 33.9). Esse rei, quando julgado por Deus e preso,
se humilhou e orou ao Senhor, e Ele o ouviu (2 Cr 33.13).
Essas referências nos
mostram que orar é uma ação comumente vista na Bíblia para as pessoas que
temiam a Deus, ou por aqueles que tinham sido quebrantados por algum julgamento
e se arrependido de seus erros.
2. No Novo Testamento.
O pai de João
Batista, Zacarias, orava para ser pai mesmo sendo um homem já idoso, e Deus
ouviu sua oração (Lc 1.5-20). Pedro recebeu a orientação para falar com
Cornélio quando foi orar (At 10), e Paulo, após seu encontro com Jesus, em
Damasco, teve uma visão quando orava, e recebeu a visita de Ananias para que,
por meio da imposição de mãos, fosse curado (At 9.1-18). A Igreja orou por
Pedro, quando preso, e Deus proveu o livramento da morte para o seu servo (At
12).
A oração dos
seguidores de Jesus precedeu a vinda do Espírito Santo. É evidente que havia
uma promessa de Jesus sobre o revestimento de poder, e quando o Espírito de
Deus se manifestou na vida dos discípulos, os encontrou no cenáculo, em
comunhão uns com os outros e orando. Eles estavam em comunhão falando com Deus,
e naquele ambiente foram revestidos de poder para testemunharem do Cristo
ressurreto. Depois dessa experiência, na frente do Templo, justamente na hora
da oração, Deus usa Pedro e João para levantarem um paralítico, que após
curado, entrou no Templo pulando e louvando a Deus (At 3.1- 10). Foi buscando
um lugar para orar em Filipos que Paulo encontrou uma mulher chamada Lídia, que
servia ao Senhor e foi alcançada pela pregação, tendo sido depois batizada com
sua família (At 16).
3. A Oração na ótica de Jesus.
Jesus é o personagem
principal no Novo Testamento quando se trata de oração. Ele ensinou que
deveríamos orar crendo que receberíamos respostas de Deus, e que seríamos
recompensados por Ele. Quando contou a parábola da viúva e do juiz iníquo,
Jesus ensinou que não deveríamos desanimar no caso de, aos nossos olhos, Deus
demorar a atender nossas orações (Lc 18.1-8). A oração sacerdotal de Jesus,
relatada em João 17, mostra o cuidado do Senhor em interceder pelos que criam e
iriam crer nEle. Nesse mesmo Evangelho, Jesus diz que devemos orar, e que temos
garantia de que Deus ouve as nossas orações (Jo 14.13.14; 15.7.16:16.23.24).
II- O QUE
A BÍBLIA FALA A RESPEITO DO JEJUM
1. O jejum no Antigo Testamento.
Chamamos de jejum o
ato de não ingerir alimentos por um período de tempo, para finalidades médicas
ou espirituais. A Palavra de Deus nos mostra que em alguns casos o jejum é
associado à oração, em uma atitude de humilhação e reconhecimento de pecados.
Neemias ao ouvir a notícias de que Jerusalém estava destruída, orou e jejuou
lamentando pelos filhos de Israel terem pecado e trazido o julgamento divino.
Esdras jejuou pedindo
segurança para sua viagem de retorno a Jerusalém, e Deus o ouviu, fazendo-o
chegar em segurança à cidade, e assim, poder realizar a reconstrução dos muros.
O jejum é mais do que
abster-se de alimentos. Ele requer que tenhamos atitudes de humildade,
disposição de obedecer a Deus e praticar a justiça. O profeta Isaías fala do
tipo de jejum que agrada ao Senhor, e ainda menciona uma imagem interessante:
Vamos clamar e Deus é que vai dizer: "Eis-me aqui". Se antes o Eterno
chamava o homem e ouvia essa resposta, desta vez é Ele que vai nos responder.
2. O jejum sob a ótica de Jesus.
Diferente do que
pensavam os líderes religiosos de sua época, Jesus ensina que o jejum não deve
ser uma prática a ser exposta publicamente (Mt 6,17.18). Naqueles tempos,
existiam pessoas que faziam do Jejum uma propaganda de piedade, um marketing
pessoal de santidade e proximidade com Deus. Os hipócritas, assim chamados por
Jesus, desfiguravam seus rostos a fim de que as pessoas percebessem que eles
estavam jejuando. Pelas palavras de Jesus, podemos entender que nem a higiene
pessoal — lavar o rosto e ungir a cabeça — eles faziam nesse período. Jesus
ordenou aos seus ouvintes que não procedessem dessa forma, por dois motivos: o
primeiro, por que aqueles praticantes do jejum não tinham a intenção aparente
de estarem mais próximos de Deus, e sim de serem reconhecidos pelos homens.
Jesus deixa claro que essas pessoas, por esse motivo, "já receberam o seu
galardão". Em outras palavras, Deus não tem nada a tratar com esse tipo de
pessoa. Ou nosso jejum é para Deus ou para os homens. E o segundo motivo é que
se fizermos o jejum com discrição, sem parecer aos homens que estamos jejuando,
e sim ao nosso Deus, Ele nos recompensará.
Pense!
Você crê
que a prática do jejum é para os nossos dias?
Ponto
Importante
O jejum bíblico é
mais do que simplesmente abster-se de alimentos; seus efeitos devem alcançara
vida de quem o faz no convívio com outras pessoas.
III- ORANDO E VIGIANDO
1. A oração na vida pessoal e congregacional.
A oração para o
crente não deve ser opcional, mas uma necessidade. É um ato consciente pelo
qual a pessoa dirige-se a Dons paria se comunicar com Ele.
Ele e buscar a sua
ajuda por meio de palavras ou pensamento. Jesus não abriu mão de estar com o
Pai em oração, pois sabia que o seu ministério dependia de uma intensa
intimidade com o Pai.
Pentecostais são
conhecidos pelas reuniões de oração que costumam fazer, onde Deus manifesta seu
poder com curas, profecias, respondendo orações e batizando crentes com seu
Espírito Santo. Muitos livramentos e vitórias o Todo-Poderoso oferece pela
intercessão dos santos nas reuniões de orações. Por isso, pentecostais fazem
questão de orar tanto na coletividade, em reuniões de oração, quanto
particularmente, em seus lares ou outros lugares em que estejam a sós.
2. Vigiando em todo o tempo.
Uma das mais
importantes atitudes de um cristão é a vigilância. Estar alerta a sinais que
possam nos levar ao pecado, a falta de comunhão com Deus, é algo que deve ser
aprendido. Jesus recomendou que a oração fosse acompanhada da vigilância para
que os discípulos não caíssem em tentação (Mt 26.41). Ele também orientou que
fossemos vigilantes porque não sabemos o dia em que o Senhor voltaria para nos
buscar (Mt 24.42-44). e essa recomendação é tão séria que é repetida por Jesus
em Apocalipse 16.15: “Eis que venho como o ladrão. Bem aventurado aquele que
vigia e guarda as suas vestes [...]". Paulo inclui a oração associada à
vigilância quando trata da armadura espiritual (Ef 6.18). Ele sabia que ter a
armadura espiritual e não estar em oração e vigilância certamente não traria
benefícios na batalha espiritual.
Vigiar exige foco. É
preciso que o cristão esteja atento em todo momento às circunstâncias em que
vive. Pedro diz que devemos ser sóbrios e vigiar pois temos um adversário que
anda em derredor (1Pe 5.8,9), a quem devemos resistir com firmeza não em nosso
preparo intelectual ou experiência, e sim na fé. A recompensa de ser uma pessoa
vigilante é resistir a Satanás, não tomar atitudes precipitadas nem se deixar
levar pelo pecado.
3. Oração com imposição de mãos.
Há casos na Bíblia em
que a oração ou a transmissão de uma bênção foi feita com imposição de mãos.
Jesus é descrito como recebendo crianças em seus braços e abençoando-as com
imposição de mãos (Mc 10.16). Ananias impôs as mãos sobre Saulo para que ele
fosse curado. Paulo impôs as mãos sobre os efésios para que eles fossem cheios
do Espírito Santo, e lembra a Timóteo que não despreze o dom que recebeu por
imposição de mãos do presbitério e por profecia (1 Tm 4.14).
O mesmo Paulo
recomendou para que Timóteo não impusesse as mãos precipitadamente sobre ninguém
(1 Tm 5.22), resguardando o pastor inclusive de ser participante dos pecados de
outras pessoas. Imaginemos um apóstolo impondo as mãos em uma pessoa
reconhecidamente pecadora, que pede oração para fazer aquilo que é contrário à
Palavra de Deus. Tal obreiro pode acabar participando dos pecados dos outros,
por isso a recomendação paulina de não ser precipitado numa hora tão séria como
essa. Impor as mãos durante a oração é um mandamento bíblico, mas que deve ser
feito com cuidado e vigilância.
Pense!
Você está vigilante?
Tem orado, jejuado e buscado obedecera Deus diariamente?
Ponto
Importante
Somos chamados para
orar e jejuar, mas também para andar de forma vigilante, atentos àquilo que nos
cerca.
SUBSÍDIO
A
oração não é apenas uma prática; têm firmes e provados alicerces bíblicos e
teológicos. Não é uma invenção humana; é uma necessidade que Deus nos colocou
no coração e plantou-nos na alma. Quando lemos a Bíblia, deparamo-nos com
notáveis exemplos de homens e mulheres que, movidos pela fé, lograram realizar
o impossível através da oração. Noé escapou do dilúvio juntamente com a sua
família. Abraão, Isaque e Jacó, apesar de peregrinos em terra nada amistosa e
idólatra, vieram a possuir toda aquela área como intransferível promessa.
Moisés arrancou, com poderoso braço, os filhos de Israel do Egito.
A
oração jamais se ausentou da Igreja; sem aquela, inexistiria esta. Se Jesus foi
um exemplo de oração, por que, diferentemente, agiram seus discípulos? Veja,
por exemplo. Paulo. Seja em Atos, seja em suas epístolas, deparamo-nos com o
doutor dos gentios endereçando a Deus as mais ferventes orações. Depois da era
apostólica, os pais da igreja, além de suas lides teológicas, congregavam-se à
oração. Com o Movimento Pentecostal a Igreja de Cristo desfez-se em orações e
súplicas por aqueles que sem ter esperanças de ver Deus, caminhavam para o
inferno. Em suas orações pessoais, Daniel Berg e Gunnar Vingren descrevem suas
ricas experiências oriundas de uma vida de profunda oração" (ANDRADE,
Claudionor. As Disciplinas da Vida Cristã: Como Alcançar o Verdadeira
Espiritualidade. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2008, p. 36).
CONCLUSÃO
Orar, jejuar e vigiar
são disciplinas das quais todos os servos de Deus deveriam ser praticantes dado
à sua importância para a vida espiritual. O Inimigo deseja que nos esqueçamos
de ter uma vida de oração, jejum e que sejamos desatentos às circunstâncias que
nos cercam. Por isso, é necessário que oremos em todo o tempo, estejamos
vigilantes e tenhamos momentos com Deus em jejum, e que esses elementos façam a
diferença em nossas vidas e nas vidas daqueles que nos cercam.
HORA DA
REVISÃO
1- Segundo a lição, o que é a oração?
A oração é o ato de
falar com Deus, manifestando gratidão, temor, pedindo auxilio para nós mesmos
ou para outras pessoas. Mas a oração é igualmente uma forma de estreitarmos os
laços com o nosso Deus por meio da comunhão.
2- Quem é o personagem principal no Novo Testamento
quando se trata de oração?
O Senhor Jesus
Cristo.
3- O que é o jejum? E qual é o jejum que agrada a Deus?
Chamamos de jejum o
ato de não ingerir alimentos por um período de tempo, para finalidades médicas
ou espirituais. O jejum que agrada a Deus é realizado com atitude de humildade,
disposição de obedecer a Deus e praticar a justiça.
4- Para que o jejum não se tome apenas um ato onde nos
abstemos de alimentos, quais atitudes devemos tomar?
Agir com justiça,
ajudar os oprimidos, repartir o pão com o faminto e ajudar os pobres.
5- Por que não devemos impor as mãos precipitadamente
sobre as pessoas (1 Tm 5.22)?
Para nos resguardar
de ser participante dos pecados de outras pessoas. Impor as mãos durante a
oração é um mandamento bíblico, mas que deve ser feito com cuidado o
vigilância.