Lições Bíblicas Dominical Adultos 1° Trimestre 2025 CPAD Título da Revista Dominical: EM DEFESA DA FÉ CRISTÃ : Combatendo as Antigas Heresias que se Apresentam com Nova Aparência Comentarista: Esequias Soares | Classe: Adultos TEMAS DAS LIÇÕES Lição 1 – Quando as Heresias Ameaçam a Unidade da Igreja Lição 2 – Somos Cristãos Lição 3 – A Encarnação do Verbo Lição 4 – Deus É Triúno Lição 5 – Jesus é Deus Lição 6 – O Filho É igual com o Pai Lição 7 – As Naturezas Humana e Divina de Jesus Lição 8 – Jesus Viveu a Experiência Humana Lição 9 – Quem É o Espírito Santo Lição 10 – O Pecado Corrompeu a Natureza Humana Lição 11 – A Salvação não É Obra Humana Lição 12 – A Igreja Tem uma Natureza Organizacional Lição 13 – Perseverando na Fé em Cristo
Lição 3 - O Crescimento do Reino de Deus
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Lições Bíblicas do 4° trimestre de 2018 -
CPAD | Classe: Adultos | Data da Aula: 21 de Outubro de 2018
TEXTO ÁUREO
"[...]
Porque eis que o Reino de Deus está entre vós." (Lc 17.21)
VERDADE PRÁTICA
Reino
de Deus cresce e continuará crescendo até a consumação dos séculos.
LEITURA
DIÁRIA
Seg. Jo 3.3-6: Só pode ver o
Reino de Deus quem experimenta o novo nascimento
Ter. Mc 4.26-29: O Reino de
Deus é semelhante a uma plantação
Qua. Lc 13.18,19: O Reino de
Deus comparado a uma semente de mostarda
Qui. Lc 13.20,21: O Reino de
Deus comparado a um fermento
Sex. 1Co 6.9-11: A lista dos
que não herdarão o Reino de Deus
Sab. Gl 5.19-21: Os que
praticam as obras maléficas da carne não herdarão o Reino de Deus
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE
Marcos 4.30-32; Mateus 13.31-33;
Lucas 13.18,19
Marcos 4.30-32:
30
E dizia: A que assemelharemos o reino de Deus? ou com que parábola o
representaremos?
31
É como um grão de mostarda, que, quando se semeia na terra, é a menor de todas
as sementes que há na terra;
32
Mas, tendo sido semeado, cresce; e faz-se a maior de todas as hortaliças, e
cria grandes ramos, de tal maneira que as aves do céu podem aninhar-se debaixo
da sua sombra.
Mateus 13.31-33:
31
Outra parábola lhes propôs, dizendo: O reino dos céus é semelhante ao grão de
mostarda que o homem, pegando nele, semeou no seu campo;
32
O qual é, realmente, a menor de todas as sementes; mas, crescendo, é a maior
das plantas, e faz-se uma árvore, de sorte que vêm as aves do céu, e se aninham
nos seus ramos.
33
Outra parábola lhes disse: O reino dos céus é semelhante ao fermento, que uma
mulher toma e introduz em três medidas de farinha, até que tudo esteja
levedado.
Lucas 13.18,19:
18
E dizia: A que é semelhante o reino de Deus, e a que o compararei?
19
É semelhante ao grão de mostarda que um homem, tomando-o, lançou na sua horta;
e cresceu, e fez-se grande árvore, e em seus ramos se aninharam as aves do céu.
HINOS
SUGERIDOS: 42, 242, 259 da Harpa Cristã
OBJETIVO
GERAL
Evidenciar que o propósito de muitas
parábolas é revelar o Reino de Deus.
OBJETIVOS
ESPECÍFICOS
I- Interpretar as
parábolas acerca do Reino de Deus;
II- Demonstrar a
singeleza do início do crescimento do Reino de Deus; III - Narrar o perfil dos participantes do Reino de Deus.
Esta lição, a partir
de duas pequenas parábolas, trata do tema principal da mensagem de Jesus
Cristo, o Reino de Deus (Mc 1.14,15). Na verdade, ambas as parábolas tratam do
crescimento e da expansão do Reino de Deus, vistos a partir da singeleza e da
aparente simplicidade de uma semente ou de uma pequena porção de fermento,
cujos efeitos podem ser subestimados pela aparência de ambas.
Não obstante tais
elementos não aparentar grande coisa, ambos provocam um efeito totalmente
desproporcional à sua aparência, pois a primeira depois de plantada e
germinada, cresce e torna-se uma árvore que abriga muitas aves; o segundo, o
fermento, basta uma pequena quantidade aplicada a uma porção de massa milhares
de vezes maior, provoca nesta uma transformação incrível, tornando-a maior
ainda. Essas duas figuras foram tomadas por Jesus para exemplificar o início
despretensioso do Reino de Deus.
PONTO CENTRAL:
O Reino de Deus iniciou-se
de forma simples, mas vem se expandindo a cada dia.
VEJA A VÍDEO AULA
INTRODUÇÃO
Podemos
dizer que, de alguma forma, todas as parábolas de Jesus pressupõem o Reino de
Deus. Na verdade, em praticamente cada parábola encontramos algum elemento
dele. Algumas, contudo, tratam especificamente do desenvolvimento e do
crescimento do Reino de Deus sobre a terra. Os textos abordados nesta lição
trazem as parábolas que Jesus contou para ensinar a respeito do crescimento do
Reino de Deus. Elas enfatizam a presença do Reino, mostrando que este está
presente, ainda que não possamos distinguir exatamente onde ele está de forma
concreta. Um dia tudo será consumado e todos os discípulos autênticos de Cristo
farão parte do Reino de Deus naquele Grande Dia.
I - INTERPRETAÇÃO DAS PARÁBOLAS SOBRE O
REINO DE DEUS
Essas
parábolas enquadram-se bem na categoria de similitude. A similitude nada mais é
que uma comparação expandida. Ela quer pintar um quadro que se repete e, para
isso, usa predominantemente o tempo presente em função de uma analogia.
Portanto, a parábola não apresenta um enredo totalmente desenvolvido. Aqui
Jesus se volta para o mundo da botânica. O Mestre utiliza-se da figura de um
grão de mostarda a fim de ilustrar o Reino de Deus.
1. A semente de mostarda.
A
semente de mostarda simboliza de forma proverbial aquilo que é pequeno e
insignificante. Essa semente é muito pequena; mas, quando plantada, cresce e se
torna uma hortaliça muito grande. Essa mostarda é de origem egípcia (sinapis) e a encontramos mencionada nos
Evangelhos Sinóticos por cinco vezes (Mt 13.31; 17.20; Mc 4.31; Lc 13.19;
17.6). Nosso Senhor utiliza aqui a "mostarda negra" conhecida como sinapis nigra. Uma semente pequena que
produz um grande arbusto.
2. Os contrastes.
A
parábola do grão de mostarda é uma história dos contrastes entre um começo
aparentemente insignificante e uma coroação surpreendente; entre o oculto hoje
e o revelado no futuro. O Reino de Deus é como tal semente. O tamanho atual do
Reino de Deus possui um aspecto insignificante; mas isso não indica, de modo
algum, o que ele, em sua consumação, abrangerá, ou seja, o Universo inteiro (Mc
13.24-27; Ap 5.9-13; 7.9; Dn 2.33,34).
3. As aparências enganam.
O
Senhor nos ensina aqui a não nos deixarmos levar pelas aparências. Muitas vezes
julgamos as coisas pelo aspecto exterior. O ensino de Cristo apresenta o poder
misterioso da fé que dá início ao Reino de Deus. Jesus começou seu ministério
com alguns discípulos. Ao longo da história a Igreja alcançou milhares de
pessoas. Hoje a Igreja de Cristo compõe-se de bilhões de crentes espalhados
pelo planeta (Mt 8.11).
SÍNTESE DO TÓPICO I
O princípio aparentemente
insignificante do Reino de Deus não retrata o que ele será na consumação de
todas as coisas.
SUBSÍDIO EXEGÉTICO
“Jesus aqui continuou
com o seu esforço para ajudar os discípulos a entender a verdadeira natureza do
Reino de Deus (30). (E como eram lentos para aprender! Cf. At 1.6) Ele
perguntou: A que assemelharemos o Reino de Deus?, graciosamente incluindo os
ouvintes no projeto. De forma incidental, podemos notar a importância do
pensamento ilustrado nos assuntos espirituais. Com que parábola o
representaremos? As ideias abstratas precisam ser revestidas de histórias e
imagens para que possam atingir o coração e a mente.
”O tema da parábola é
que, embora o Reino possa ter tido o menor começo possível, algum dia crescerá
e chegará a um tamanho fenomenal. Um grão de mostarda (31) foi usado proverbialmente
para representar alguma coisa muito pequena (veja Mt 17.20). Apesar do seu
tamanho, a semente de mostarda produz uma planta ou arbusto maior do que
qualquer outra hortaliça do jardim, com cerca de três metros de altura, ou
mais. Os galhos da planta têm tamanho suficiente para permitir que as aves do
céu façam os seus ninhos e possam se abrigar debaixo da sua sombra. (Os
pássaros gostam da semente de mostarda.)" (SANNER, A. Elwood. Comentário
Bíblico Beacon. Vol.6. l.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p.250).
II - A EXPANSÃO DO REINO DE DEUS
1. O campo de semeadura.
Nos
textos sinóticos que lemos - Mateus, Marcos e Lucas - existe um pequeno detalhe
que chama a atenção. Mateus descreve o homem semeando na terra, Marcos, no
campo, enquanto Lucas fala de horta. Esses detalhes, por se tratar de uma
parábola, não devem nos prender. Muitas pessoas têm se perdido aos detalhes na
interpretação de parábolas. O “campo", sem dúvida alguma, trata-se do
mundo e o mesmo exemplifica as parábolas similares. O Evangelho vem sendo
pregado ao redor do mundo desde o dia de Pentecostes, pois esta é uma ordem do
Senhor (At 1.8).
2. Um lugar debaixo da sombra.
O
arbusto de mostarda aqui retratado tem cerca de três metros de altura, ou pouco
mais. Seus galhos possuem tamanho suficiente para permitir que pássaros
construam seus ninhos e consigam abrigar-se debaixo da sua sombra. Essa imagem
de uma grande árvore, onde pássaros habitam seus galhos e animais descansam à
sua sombra, é uma reminiscência do ensino veterotestamentário a respeito do
destino dos grandes impérios, bem como sobre a ascensão do Reino de Deus (Ez
17.22-24; Dn 4.10-14).
3. Não despreze os pequenos começos.
A
certeza que Cristo dá ao ensinar essa parábola certamente provocou uma forte
conscientização e um enorme encorajamento para a igreja nascente, na época dos
evangelistas Mateus, Marcos e Lucas. Uma igreja que estava enfrentando diversas
lutas neste mundo. A parábola escatológica lembra o que disse o soberano Senhor
a respeito do cedro no qual os pássaros encontrarão abrigo "à sombra dos
seus ramos" (Ez 17.23 cf. 31.6). Também nos desperta para a pergunta
levantada pelo profeta Zacarias: "[...] quem despreza o dia das coisas
pequenas?" (Zc 4.10).
SÍNTESE DO TÓPICO II
À medida que o Evangelho é pregado e
mais pessoas o aceitam, o Reino de Deus avança e cresce mais e mais.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
"Jesus diz que a
semente de mostarda *é realmente a menor de todas as sementes'. Trata-se de
hipérbole, designada a enfatizar a natureza minúscula da semente. Entre os
rabinos esta semente era usada proverbialmente por sua pequenez (M. Nidá 5.2). O que Jesus quer dizer é
que se torna um arbusto de tamanho significativo e até proporciona abrigo para
pássaros. Assim também o Reino dos Céus tem começo modesto não observado por
muitos, mas eventualmente tem grande efeito. 0 avanço da igreja primitiva desde
seu começo desanimador à transformação do império Romano fornece comentário
apropriado para o significado da passagem. A referência à árvore indica um
império em expansão (e.g., Ez 17.23; 31.1-9; Dn 4.10-12); os pássaros
representam as nações do império (Dn 4.20-22 [...]).
"A Parábola do
Fermento reforça o começo da semente de mostarda. 0 fermento tem imagem
negativa ou má na Bíblia, como em Mateus 16.6,11: 'Adverti e acautelai-vos do fermento
dos fariseus e saduceus'. Também é usado negativamente no Antigo Testamento
(e.g., Êx 12.15; Lv 2.11), embora também tenha imagem positiva (e.g., Lv 7.13;
23.15-18). Aqui Jesus usa o fermento para mostrar como um item pequeno não
observado pode penetrar o todo. Muitos não reconhecem que o Reino esteja em
ação, porque está escondido e é considerado insignificante por muitos. Mas não
devemos menosprezar o dia das coisas pequenas. 0 fruto segue a fidelidade (Gl
6.9). 0 trabalho do discípulo mais humilde pode ter efeitos de longo
alcance" (SHELTON, James in AR- RINGTON, French L.; STRONDAD, Roger
(Eds.), Comentário Bíblico Pentecostal. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2003,
p.90).
III- QUEM PARTICIPA DO REINO DE DEUS?
Todos
os autênticos discípulos de Cristo participam do Reino de Deus. Não basta
apenas ser frequentador de Igreja. É preciso ser discípulo de Cristo (Mc
8.34-38). Ao questionarmos quem participa do Reino de Deus nos surge a ideia do
discipulado. O tema do discipulado tem sido esquecido em muitos arraiais
evangélicos na atualidade. Contudo, se prestarmos atenção à chamada Grande
Comissão, temos o mandamento de "fazer discípulos" (Mt 28.19,20). O
crescimento do Reino de Deus é, de fato, surpreendente. Mas Deus escolheu que
isso aconteça através da prática do discipulado. Afinal, somente os discípulos
de Cristo, na consumação dos séculos, entrarão no Reino de Deus.
1. Quem tomou uma decisão.
Para
que possamos participar do Reino de Deus é preciso atender ao convite de Cristo
(Mc 8.34). Ser discípulo de Cristo significa muito mais que atender a um
convite de "vir à frente". O texto de Marcos diz que o convite é
dirigido a quem "quiser". Isso significa que a soberania divina não
violenta a liberdade humana. Depois de receber o chamado do Espírito, é preciso
que haja uma decisão pessoal e essa decisão envolve renúncia.
2. Quem tem uma relação pessoal com Jesus.
Um
discípulo de Cristo não é um "admirador", mas um seguidor. Jesus nos
chama a segui-lo. Um verdadeiro discípulo segue as pegadas de Cristo (1 Pe
2.21). Aquele que participa do Reino de Deus é uma pessoa obediente (Jo 15.14).
Nós devemos obedecer ao seu comando por Ele ser Senhor e também por gratidão à
grandiosa salvação que Ele nos deu.
3. Quem tem uma caminhada dinâmica com
Cristo.
O
discípulo de Cristo tem uma caminhada dinâmica com Ele. Trata-se de um desafio
diário. Todas as nossas escolhas, propósitos, nossos sonhos e realizações devem
ser pautados na vontade do Senhor. O discípulo de Cristo é alguém que vive em
um mundo cujos valores estão invertidos (Mc 8.35), por isso, entende que no
âmbito do Reino de Deus "ganhar" é perder, e "perder" é
ganhar. Somos chamados para assegurar os interesses do Reino e, para isso,
muitas vezes, temos de deixar de lado os interesses egoístas e a aparente
segurança terrena.
SÍNTESE DO TÓPICO III
Somente os discípulos de Cristo farão
parte do Reino de Deus.
SUBSÍDIO DIDÁTICO- ECLESIOLÓGICO
Em seu
Manual do Discipulador Cristão (CPAD), o pastor Cyro Mello elenca quatro
requisitos para que alguém seja considerado um discípulo de Cristo: Decisão
Voluntária; Determinação; Consciência e Disposição para o Trabalho. Cada um
desses requisitos possui desdobramentos e são fundamentados em textos bíblicos.
Procure este conteúdo nas páginas 23 a 51 do referido livro e enriqueça a
abordagem deste terceiro tópico.
CONCLUSÃO
É
interessante notar que nem todas as parábolas possuem uma aplicação direta e
marcante. Em muitas delas, o crente precisa contentar-se em deixar que a
parábola cumpra seu objetivo sem que haja uma hermenêutica forçada. A parábola
do grão de mostarda nos apresenta a realidade de que o Reino de Deus teve um
início insignificante e, desde então, cresce assustadoramente. Ao final dos
tempos, ele atingirá todo o Universo. Que todos nós possamos fazer parte desse
glorioso Reino, que não terá fim.
PARA REFLETIR
A respeito
de "O Crescimento do Reino de Deus", responda:
• As parábolas do Reino encaixam-se em qual
categoria?
Essas
parábolas enquadram-se bem na categoria de similitude.
• Por que a parábola do grão de mostarda é
considerada uma história dos contrastes?
Por
ser uma história dos contrastes entre um começo aparentemente insignificante e
uma coroação surpreendente; entre o oculto hoje e o revelado no futuro.
• Qual o detalhe que chama a atenção nessa
parábola contada por todos os Sinóticos?
O
fato de que Mateus descreve o homem semeando na terra, Marcos, no campo,
enquanto Lucas fala de horta.
• O que é um discípulo de Cristo?
Um
discípulo de Cristo não é um "admirador", mas um seguidor.
• Por viver em um mundo de valores
invertidos, o que o discípulo de Cristo entende no âmbito do Reino de Deus?
O
discípulo de Cristo é alguém que vive em um mundo cujos valores estão
invertidos (Mc 8.35), por isso, entende que no âmbito do Reino de Deus "ganhar"
é perder, e "perder" é ganhar.