LEITURA DIÁRIA
SEG. Is 32.17: O efeito da Graça
TER. Rm 6.18: Servos da Justiça
QUA. Dt 16.20: Seguindo ajustiça
QUI. SL 50.6: Proclamando ajustiça de
Deus
SEX. 1 Cr 18.14: Um rei justo
SÁB. Jo 7-24: O julgamento justo
REFLEXÃO
“Porquanto tem determinado um dia em que
com justiça há de julgar o mundo, por meio do varão que destinou; e disso deu
certeza a todos, ressuscitando-o dos mortos” (At 17.31).
OBJETIVOS
Discorrer
sobre o conceito da justiça de Deus.
Detalhar as diferenças e semelhanças entre a justiça de Deus e
dos homens.
Mostrar que somente o Senhor é a nossa justiça.
LEITURA BÍBLICA EM
CLASSE:
Romanos
2.1-8,11-13
SINTETIZANDO
O que é justiça? Para
essa pergunta há várias repostas, dependendo do aspecto a ser abordado. Nesta
lição, importa-nos tratar, sobretudo, da
justiça como atributo divino, a qual possui semelhanças e diferenças em relação
à justiça dos homens; sem esquecer, também, de abordar a justiça original do
primeiro casai no Éden, e a loucura da justiça própria. O Senhor é o Deus da
Justiça, pois ela está na base do seu trono (SI 89.14). Ademais, um
dos nomes de Deus é
Jeová Tsídkenu: Senhor, Justiça Nossa (Jr 23.5,6).
INTRODUÇÃO
Nesta lição, o assunto constitui-se da
mais alta importância, pois a compreensão da justiça de Deus abrirá as portas
para um íntimo relacionamento com o Criador: nada se baseia em méritos humanos,
tudo vem de Deus. Veremos que a justiça própria não pode ser alegada perante
Deus. A única solução para o homem é aceitar o Deus da Justiça (Jeová Tsidkenu)
e ser defendido por Jesus, a graça que provém da cruz do Calvário, diante da
Justiça de Deus. Não podemos perder o senso divino de justiça.
A AULA VAI COMEÇAR!
Professor, o trabalho em
grupo pode trazer muitos benefícios à interação entre os alunos - ao
trabalharem com um mesmo objetivo, os que não são amigos, naturalmente, se
aproximam. Nesta lição você tem a oportunidade de usar tal ferramenta. No
segundo tópico, divida a classe em dois grupos, um para estudar sobre as
diferenças entre a justiça de Deus e a dos homens e o outro para estudar sobre
as semelhanças entre as duas. Os alunos vão ler e debater o assunto dentro de
seus grupos e, em seguida, apresentarão para o restante da classe o conteúdo
estudado, da forma que escolherem (usando o quadro-branco, cartolina, tiras de
papel A4 etc.). Complemente as informações apresentadas, se houver necessidade.
Estabeleça e cronometre o tempo de realização de cada etapa, a fim de evitar
que o restante da aula fique prejudicado. Disponibilize os materiais
necessários à confecção do trabalho.
1. JUSTIÇA
1.1. O que é isso?
Muitos são os conceitos de justiça,
pois há várias acepções do uso dessa palavra. A justiça pode ser definida como
uma virtude (aspecto filosófico), sendo a qualidade inerente àquele que é
justo. Retidão. Sob o olhar da ciência do Direito, pode se dizer que a justiça
é a base do pensamento jurídico, a razão de ser do Direito (todo o conglomerado
de regras escritas e costumes) e, por isso, seu objetivo. Pode significar,
ainda, no aspecto moral, “dar a cada um o que lhe é devido”, propiciando
igualdade e liberdade a todos.
2. A JUSTIÇA DE
DEUS
2.1. Definição
O pastor Claudionor Andrade (In Dicionário
Teológico, Rio de Janeiro: CPAD, 1998, p. 198) assim define a justiça de Deus:
“Atributo moral e básico de Deus, manifestado pela fidelidade com que o Supremo
Ser trata seus propósitos e decretos. É a sua fidelidade com a própria
natureza. A justiça de Deus entra em ação todas as vezes que sua santidade é
agredida. Sua justiça e santidade acham-se intimamente associadas: não se pode
abstrair uma da outra sem violar sua inefável natureza”.
2.2. Características
Para mencionar as suas características,
serão apresentados dois quadros com as diferenças e semelhanças entre a justiça
de Deus e a justiça dos homens, assim entendida como aquela que o Estado utiliza
nos julgamentos.
2.2.1. Diferenças entre justiça divina e a
humana Justiça de Deus
• Perfeita
(Sl 19.7; Jó 37.23);
• Tem
sua fonte no Céu (Sl 119.89);
• Perdoa
e salva o pecador da perdição (Rm 2.7,10);
• Recompensa
as boas ações (Rm 2.6,7);
• Eterna
(Sl 119.142);
• Aplicação
no tempo de Deus (Rm 2 4);
• Não
há como escapar (Rm 2.3ª).
Justiça dos Homens
• Falha
(às vezes erra);
• Tem
sua fonte na Terra;
• Não
consegue transformar o transgressor, só puni-lo:
• Não
recompensa as boas ações, pois são deveres do homem;
• Transitória
(pode ser mudada);
• Aplicação
imediata (não se fala em longanimidade);
• Há
escapatória, por exemplo, para os inimputáveis (loucos).
2.2.2. Semelhanças entre a justiça divina e a
humana:
• Têm
como objetivo o bem da humanidade (Rm 2.4b):
• Não
têm o culpado por inocente (Rm 2.6);
• Exigem
condições para excluir a culpa do transgressor (1 Jo 1.7,9);
• Não
fazem acepção de pessoas (Rm 2.1,11);
• Toda
transgressão deve ser penalizada (Rm 2.9);
• O
juiz deve conhecer profundamente a causa e ser imparcial no julgamento (Jr
11.20);
• Condena
o transgressor (Rm 2.8).
3. OUTROS “TIPOS" DE JUSTIÇA
Além da justiça dos homens, assim
entendida como aquela caracterizada no item 2 do primeiro quadro, ao lado da
justiça de Deus, pode-se falar, ainda, em dois “tipos” que interessam ao estudo
teológico: a justiça originai e ajustiça própria.
3.1. Justiça original
Diz respeito à condição moral e espiritual
desfrutada pelo primeiro casal, no Éden. Foi o estado primeiro outorgado por
Deus à obra-prima da Criação, O Senhor os cobriu com o manto (espiritual) de
sua justiça, Por isso, Adão e Eva podiam, diariamente, falar com Deus, até o
dia em que pecaram (Gn 3.8). Eles estavam vestidos moral e espiritualmente, Não
havia necessidade, antes da Queda, de sacrifícios, de derramamento de sangue,
pois o pecado não tinha invadido, ainda, a personalidade, o caráter e os
instintos humanos. Com o pecado, porém, a inclinação carnal passou a fazer
parte do nosso cotidiano, O manto da justiça de Deus, sobre o primeiro casal,
foi “rasgado" e eles precisaram de vestes novas. Fizeram vestes de folhas
de figueira (que aponta para o próximo tipo de justiça, a própria). O Senhor
não aceitou aquilo. Por isso Deus matou um animal, em sacrifício, e fez túnicas
para o casal. Assim estava começando um novo capítulo na história da
humanidade.
3.2. Justiça própria
Diz respeito à declaração de que o
homem faz do si mesmo, na qual atesta ser justo por seus próprios méritos. É a
tentativa da humanidade de se vestir, exclusivamente, com suas boas ações,
excluindo qualquer favor divino. É uma declaração de autossuficiência humana.
Na Bíblia, são abundantes os exemplos de pessoas que preferiram confiar mais em
sua própria justiça, do que na justiça de Deus. Veja o exemplo de Caim: Ele
apresentou uma oferta dos alimentos que produzira. Era o fruto do seu trabalho,
Ali, diante de Deus, ele trazia o seu esforço e o seu suor. Estava cheio de
justiça própria. Desprezou a vontade de Deus, a justiça de Deus. Tinha o
coração maligno (1 Jo 3.12). O Senhor, por isso, não recebeu sua oferta.
Observe também o caso de Uzá, que considerou que, por sua condição de levita,
poderia colocar a mão na arca de Deus (2 Sm 6.6-8). Sua justiça própria não
pôde protegê-lo. Deus o matou no mesmo instante, No mesmo erro incorreram os
judeus do tempo de Paulo (Rm 10.3). A Bíblia revela que “todas as nossas boas
ações são como trapos sujos" diante de Deus (Is 64.6 — NTLH).
4. O DEUS DA JUSTIÇA
4.1.
Padrão da justiça divina
Ajustiça de Deus é um atributo pelo qual
o Senhor manifesta a sua santidade e a glória. Como a Bíblia diz que Deus é
totalmente santo, e não há nada em Deus que tenha mácula, esse é o padrão que
Ele exige de nós (Sl 119.4). Assim, se agirmos de acordo com sua santidade
receberemos a recompensa por nossos atos, seja salvação e vida, mas perdição e
morte, se agirmos indignamente. Isso foi claramente explicado por Deus ao seu
povo (Dt 30.19). Como Deus não muda, Ele sempre age da mesma forma, coerente
com as exigências do seu caráter e da sua palavra.
4.2.
Senhor, justiça nossa
A Bíblia declara que “não há uma só
pessoa que faça 0 que é certo” (Rm 3.10 — NTLH). Então, como enfrentar ajustiça
de Deus? Morreremos todos? Ora, nunca houve, sobre a terra, em tempo algum,
pessoa que tenha amado a Deus acima de todas as coisas. E isso é verdade. Mas é
verdade também que não houve um momento sequer em que Jesus não tenha amado a
Deus acima de todas as coisas. Então, está aqui a resposta: temos que nos
apropriar da justiça de Jesus, pela fé, para não enfrentar a ira justa de Deus.
Jesus é a nossa justiça (Rm 1.17; 3.22).
Jesus cumpriu todos os requisitos da
justiça de Deus, inclusive o batismo em águas (Mt 3.14,15), para poder salvar
nossas vidas. Ele é o nosso Jeová Tsidkenu: Senhor, Justiça Nossa (Jr 23.5,6).
SUBSÍDIO 1
JUSTIÇA DE DEUS.
Ajustiça é um atributo
de Deus que manifesta a sua santidade. (...)
Presumindo a doutrina
uniforme da Igreja de que Deus é um Ser pessoal, a declaração significa 'Deus é
justo’, e Ele sempre age de uma forma coerente com as exigências de seu
caráter, conforme revelado em sua Lei. Ele governa a sua criação com retidão,
Ele mantém a sua Palavra, retribui a todas as suas criaturas o seu direito.
Justo és, ó Senhor, e retos são os teus juízos. Os teus testemunhos, que
ordenaste, são retos e muito fiéis (Sl 119.137-138). Ajustiça de Deus é um
correlato necessário de sua santidade ou excelência moral.
A doutrina da justiça de
Deus tem muitas ramificações, mas ela é mais frequentemente discutida em relação
ao pecado do homem, e nesta relação é mais próxima em significado à severidade
de Deus.
As Escrituras não
ensinam que ajustiça de Deus seja puramente corretiva. Ela não é uma expressão
da benevolência de Deus. É a qualidade que faz parte de Deus, e que garante a
todas as suas criaturas que o pecado deve ser castigado por causa de sua
inerente apostasia, e que a retidão deve ser reconhecida e recompensada por
causa do seu mérito e dignidade intrínsecos (PFEIFFER, Charles F VOS, Howard F.
e REA, John. Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD. 2012.
pp.1122,23).
SUBSÍDO 2
“A ficha limpa de Jesus foi dada a
você, e sua ficha imperfeita foi dada a Ele. Jesus não tinha culpa, mas
‘padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus’
(íPe 3.18). Como resultado, a santidade de Deus é honrada, e seus filhos são
perdoados.
Por sua vida perfeita, Jesus cumpriu
as exigências da lei. Pela sua morte, satisfez a exigência do pecado,
Considere o feito de Deus. Ele não
fecha os olhos aos nossos pecados, nem compromete seus critérios. Não ignora
nossa rebelião, nem afrouxa suas exigências. Em vez de descartar nosso pecado,
Ele o assume e, inacreditavelmente, sentencia a si próprio. A santidade de Deus
é honrada. Nosso pecado é punido. E nós somos redimidos. Deus ainda é Deus. O
salário do pecado ainda é a morte. E nós somos tornados perfeitos.
É isto: perfeito. 'Porque, por meio de
um único sacrifício, ele aperfeiçoou para sempre os que estão sendo
santificados' (Hb 10.14 - NVI).
Deus justifica (torna perfeito), e
então santifica (toma santo). Deus faz o que não podemos fazer, e assim podemos
ser o que nem ousamos sonhar: perfeitos diante de Deus. Ele simplesmente
justifica o injusto (LUCADO, Max. Nas garras da graça. Rio de Janeiro: CPAD,
2012, p.76).
PARA CONCLUIR
Como foi observado, de nada adianta
desejar ser aceito por Deus pelos méritos dos atos de bondade praticados. Ser
bondoso, sem dúvida, é importante, entretanto, as boas obras somente têm valor
perante o Senhor se a pessoa estiver livre da santa ira de sua justiça, ou
seja, salvo. É como um criminoso condenado querer se livrar da prisão por ter
dado uma esmola. Nunca conseguirá desse jeito. O único escape para o homem é
entregar a vida a Jesus e receber o livramento da salvação, pela justiça
consumada na cruz do Calvário.
CARO
PROFESSOR, a assiduidade
dos alunos da Escola Bíblica Dominical sempre foi um dos maiores desafios de
seus professores. Por isso, no final da aula de hoje, proponha aos alunos que
tragam na próxima aula alguns testemunhos de pessoas a quem Deus fez promessas
e que, após o período de espera, viram o seu cumprimento. Sugira que, para a
realização de tal tarefa, consultem a internet, bem como entrevistem
familiares, amigos e/ou membros da igreja.
HORA DA REVISÃO
Assinale “V” se a frase, no
seu entender, for verdadeira e “F" se for falsa:
1.(V) A justiça de Deus é eterna, perfeita,
e tem sua fonte no céu.
2.(F) A justiça dos homens é imperfeita,
porém é eterna.
3.(V) Na justiça própria, o homem declara
que é justo, confiando em suas boas obras.
4. (V) A justiça é um atributo moral
de Deus, que entra em ação toda vez que sua santidade é agredida,
5. (F) A justiça original é aquela que
o homem possui quando nasci.
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Lições Bíblicas Juvenis – 3° Trimestre de 2018 | Data da Aula: 29° Julho de 2018
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Assunto do Trimestre:
QUEDA E REDENÇÃO
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Classe:
de 15 a 17 anos – Juvenis
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Editora:
CPAD