Há
vários tipos de recomendações de especialistas em aconselhamento. A
autorrecomendação é quando a própria pessoa procura o serviço de um
conselheiro. A recomendação do professor é quando a pessoa é enviada ao
conselheiro por alguma outra pessoa na igreja, como o professor da Escola
Dominical. Um terceiro tipo de recomendação é quando o conselheiro vê a pessoa
em dificuldades e a chama para o aconselhamento.
1. Aconselhamento aos Jovens
Aconselhar é guiar uma pessoa em meio aos seus
problemas para que obtenha um melhor entendimento do seu potencial. Aqui, estamos
falando a respeito de ajudar pessoas comuns com problemas comuns. A intenção
não é o aconselhamento psicológico nem terapêutico.
2. Como Realizar o
Aconselhamento
Relaxamento.
A
pessoa deve ficar à vontade para que possa haver
uma
conversa saudável. Os primeiros minutos da situação de aconselhamento são muito
importantes.
Há diversos fundamentos para o bom aconselhamento, que devem ser
seguidos:
1.
A pessoa deve ser informada de que o conselheiro não conhece
todas
as respostas para os seus problemas, mas que examinará a Palavra de Deus para
encontrar as soluções.
2.
A pessoa deve ser informada de que ela e o conselheiro trabalharão juntos para
solucionar o problema.
3.
A pessoa deve ser informada de que qualquer pessoa que esteja
lutando
para viver por Cristo terá problemas, por causa da carne, do
Diabo
e do poder do mundo contra Ele.
Sintonia significa um
“relacionamento caracterizado pela harmonia, conformidade, concordância ou
afinidade”. Deve prevalecer uma atmosfera liberal. O conselheiro deve ter o
cuidado de responder aos sentimentos de maneira a construir a confiança no
adolescente, e construir a sintonia.
O
conselheiro deve ter calor e entendimento, mas emoções controladas.
A Revelação não
lida com a solução do problema, mas somente
com
um claro entendimento do problema propriamente dito. Os conselheiros de jovens
devem perceber que, muitas vezes, as pessoas trazem um problema que não é a
verdadeira fonte da sua dificuldade. Portanto, não responda aos problemas “fruto”
negligenciando os problemas “raiz”. Quando o conselheiro sente que entende o
problema, deve determinar se a pessoa entende o problema. Perguntas, novas declarações
dos fatos e apresentação de outros materiais devem ser usadas para certificar
que a pessoa entende o seu problema. Quando o conselheiro sentir que a pessoa
entende o seu problema, então o problema pode ser claramente declarado.
Os Resultados têm a ver com ajudar os jovens
com os seus problemas.
1. Determinação das
alternativas.
As
alternativas podem envolver
quaisquer
soluções que possam ser aplicadas ao problema. A pessoa deve entender todas as
diferentes alternativas que pode escolher. O conselheiro e a pessoa aconselhada
devem tentar explorar todas as soluções possíveis, antes de tomar quaisquer
decisões.
2. A fase do discernimento
das Escrituras.
O
conselheiro não deve dar conselhos, mas deve guiar a pessoa à Palavra de Deus e
a Jesus Cristo. Aqui, o conselheiro assume o papel do professor.
3. A confissão dos pecados a
Deus.
A
confissão do pecado é a admissão da falha naquilo que está sob a nossa responsabilidade.
A purificação e a libertação da culpa e das tensões, por meio da confissão, resultam
em felicidade.
4. Tomada de decisões.
Este
é o ponto em que o conselheiro guia uma pessoa à Palavra de Deus e às aparentes
soluções. O conselheiro deve ser advertido de que a solução deve ser a sugestão
do adolescente.
As
decisões são difíceis. Cada pessoa deve aprender a tomar decisões independentes
de modo gradual, e precisa da ajuda do conselheiro humano, bem como do
Conselheiro divino.
O
problema é solucionado, da maneira como acontece na vida. O conselheiro deve
orar com a pessoa, e então mapear um ataque ao problema. Pode-se fazer um
planejamento diário de leitura da Bíblia, memorização das Escrituras, leitura
de livros sugeridos e momentos em silêncio. O conselheiro deve avaliar
frequentemente o progresso espiritual da pessoa. Resista a todas as tentações
de partilhar com outras pessoas o que lhe foi dito em confidência.
Cada
situação de aconselhamento pode ter uma forma diferente. Os problemas são
diferentes, as circunstâncias variam e as soluções são complexas. A abordagem
geral, aqui sugerida, será usada em uma situação ideal, porém não existe uma
situação ideal. Ainda que essa abordagem não possa ser plenamente empregada em
todas as situações, as diretrizes gerais e atitudes de abordagem podem ser
usadas em todas as situações. Em algumas situações de aconselhamento, o
problema é evidente, e pode-se saltar a etapa do relaxamento. Na situação
seguinte, o conselheiro e a pessoa terão que dedicar atenção ao relaxamento e à
sintonia. Em uma nova situação de aconselhamento, os resultados deverão receber
toda a atenção.
É
preciso ter em mente o objetivo, e não a técnica. O conselheiro deve
se centrar na pessoa, e não na técnica. O conselheiro sensato escolherá essas
técnicas na ordem necessária para conduzir uma pessoa à solução dos seus
problemas e a uma adaptação à vida.
Divulgação: www.subsidiosebd.com | TOWENS, Elmer
L. Enciclopédia da Escola Dominical. Um guia de referência para a sua EB. Edição: 1ª/2017 - CPAD