Lições Bíblicas Dominical Adultos 1° Trimestre 2025 CPAD

Lições Bíblicas Dominical Adultos 1° Trimestre 2025 CPAD Título da Revista Dominical: EM DEFESA DA FÉ CRISTÃ : Combatendo as Antigas Heresias que se Apresentam com Nova Aparência Comentarista: Esequias Soares | Classe: Adultos TEMAS DAS LIÇÕES Lição 1 – Quando as Heresias Ameaçam a Unidade da Igreja Lição 2 – Somos Cristãos Lição 3 – A Encarnação do Verbo Lição 4 – Deus É Triúno Lição 5 – Jesus é Deus Lição 6 – O Filho É igual com o Pai Lição 7 – As Naturezas Humana e Divina de Jesus Lição 8 – Jesus Viveu a Experiência Humana Lição 9 – Quem É o Espírito Santo Lição 10 – O Pecado Corrompeu a Natureza Humana Lição 11 – A Salvação não É Obra Humana Lição 12 – A Igreja Tem uma Natureza Organizacional Lição 13 – Perseverando na Fé em Cristo

A Unidade da Fé

Fé é uma palavra tão pequena, composta apenas por duas letras, mas que contém um profundo significado para a nossa salvação. O escritor da Epístola aos Hebreus concede-nos seu melhor significado: "E o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se veem", Hb 11.1. Paulo nos lembra que ela é essencial à vida cristã: "Porque nele se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como está escrito: Mas o justo viverá da fé", Rm 1.17.

A fé é essencial à comunhão com Deus: "Ora, sem fé é impossível agradar-lhe, porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que é galardoador dos que o buscam", Hb 11.6. Pedro destaca sua importância para uma vida frutífera: "...que, mediante a fé, estais guardados na virtude de Deus, para a salvação já prestes para se revelar no último tempo, em que vós grandemente vos alegrais. Ainda agora importa, sendo necessário, que estejais por um pouco contristados com várias tentações, para que a prova da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro que perece e é provado pelo fogo, se ache em louvor, e honra, e glória na revelação de Jesus Cristo", 1Pd 1.5-7.

A fé é indispensável para que o homem seja salvo da condenação eterna: "Aquele que crê no Filho tem a vida eterna, mas aquele que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece", Jo 3.36. Também o é na relação entre Cristo e o homem.

Vejamos os seguintes exemplos:
a) O centurião: "E maravilhou-se Jesus, ouvindo isso, e disse aos que o seguiam: Em verdade vos digo que nem mesmo em Israel encontrei tanta fé", Mt8.10.
b) A mulher siro-fenícia: "Então respondeu Jesus e disse-lhe: Ó mulher, grande é a tua fé. Seja isso feito para contigo como tu desejas. E, desde aquela hora, a sua filha ficou sã", Mt 15.28.
c) Bartimeu: "E Jesus lhe disse: Vai, a tua fé te salvou. E logo viu, e seguiu a Jesus pelo caminho", Mc 10.52.
SAIBA MAIS:

SIGNIFICADO DA FÉ

Há três tipos de fé: a natural, a sobrenatural e a espiritual.

1) A fé natural é possuída por todos os homens.
É aquela que faz com que você confie no piloto do avião, no motorista do ônibus, no médico com que se trata etc. Ninguém, ao entrar em um avião, solicita o brevê do piloto para constatar se está habilitado ou não para conduzir aquela aeronave. Todos têm tanta certeza de que ele é capaz de levá-los ao destino final, que até dormem durante o vôo. O mesmo acontece em relação ao cardiologista que faz transplante de coração. A família do paciente confia tanto nele que o entrega para ser operado durante 10 a 12 horas, convicta que seu ente querido sobreviverá, pois está nas mãos de um profissional competente. Se a fé natural não existisse, ninguém confiaria em ninguém. Portanto, ela é necessária para a nossa sobrevivência.

2) A fé sobrenatural, por sua vez, é possuída por alguns.
É aquela que atua quando todos os recursos da fé natural se esgotam. Ela é demonstrada diante de um quadro clínico irreversível, quando o médico diz: "Não há mais o que fazermos. Só um milagre de Deus para que este paciente sobreviva".

Um dos grandes exemplos deste tipo de fé foi o demonstrado pela mulher curada de um fluxo de sangue, milagre este registrado em Marcos 5.28-29: "Porque dizia: Se tão-somente tocar nas suas vestes, sararei. E logo se lhe secou a fonte do seu sangue, e sentiu no seu corpo estar já curada daquele mal". Através da fé natural, ela confiou nos médicos durante 12 anos, com os quais gastou tudo o que tinha entre consultas e medicamentos. Ao perceber que a medicina não tinha solução para a sua enfermidade, creu no poder sobrenatural de Jesus e recebeu a cura de sua enfermidade.

3) Já a fé espiritual é possuída apenas pelos salvos, e é demonstrada:

a) Na confiança em Deus: "E, pela manhã cedo, se levantaram e saíram ao deserto de Tecoa; e, saindo eles, pôs-se em pé Josafá e disse: Ouvi-me, ó Judá e vós, moradores de Jerusalém: Crede no Senhor, vosso Deus, e estareis seguros; crede nos seus profetas e prosperareis", 2Cr 20.20;

b) Na certeza do poder de Deus: "Ah! Senhor Jeová! Eis que tu fizeste os céus e a terra com o teu grande poder e com o teu braço estendido; não te é maravilhosa demais coisa alguma", Jr 32.17;

c) Na recepção do Cristo do Evangelho: "Mas a todos quantos o receberam deu- lhes o poder de serem feitos filhos de Deus: aos que creem no seu nome", Jo 1.12;

d) Na confiança no poder da Palavra de Deus: "Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida", Jo 5.24;

e) Na certeza da vontade de Deus: "Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito", Jo 15.7;

f) No recebimento do Evangelho de Cristo: "Porque não me envergonho do Evangelho de Cristo, pois é poder de Deus para salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego", Rm 1.16;

g) Na certeza da resposta de Deus: "E esta é a confiança que temos nele: que, se pedirmos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve. E, se sabemos que nos ouve em tudo o que pedimos sabemos que alcançamos as petições que lhe fizemos", 1Jo 5.14-15.
SAIBA MAIS:

A FÉ EM RELAÇÃO ÀS OBRAS (Tg 2.20-22,26)

Somos salvos por uma fé que produz obras (Tg 2.14-18). Se dissermos que temos fé e não a demonstramos através de nossos atos, ela é morta.
A Bíblia apresenta vários casos em que as pessoas foram salvas pela demonstração de uma fé prática e não teórica. Entre eles, encontramos o exemplo da mulher cananéia, registrado em Mateus 15.27: "E ela disse: Sim, Senhor, mas também os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos seus senhores". Ao que Jesus lhe respondeu: "Ó mulher, grande é a tua fé. Seja isso feito para contigo, como tu desejas. E, desde aquela hora, a sua filha ficou sã", v28.


A FÉ EM RELAÇÃO AO SEU POSSUIDOR

Atua através dos seguintes elementos:

Emoção: "Se, com a tua boca, confessares ao Senhor Jesus e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dos mortos, serás salvo. Visto que com o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação", Rm 10.9-10.

Intelecto: "Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem não ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue? De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus", Rm 10.14,17.

Vontade: "Mas a todos quantos o receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus: ao que creem no seu nome", Jo 1.12.

A Palavra de Deus, como uma espada de dois gumes, penetra até a divisão da alma e do espírito e mexe com a emoção. A mensagem do Evangelho torna o pecador sensível ao ponto de atingir o seu intelecto para entender que é um condenado e precisa de um salvador. A vontade dele, então, o leva a aceitar a Jesus como o Redentor de sua alma.

SUA MANEIRA DE ATUAR

Pelo lado divino, a fé procede das pessoas da Trindade:

a) Deus Pai é a fonte originadora da fé: "Porque, pela graça que me é dada, digo a cada um dentre vós que não saiba mais do que convém saber, mas que saiba com temperança, conforme a medida da fé que Deus [Pai] repartiu a cada um", Rm 12.3;
b) Deus Filho é a fonte medianeira da fé: "Olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus", Hb 12.2;
c) Deus Espírito Santo é a fonte capacitadora: "Porque a um, pelo Espírito, é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência; e a outro, pelo mesmo Espírito, a fé...", 1Co 12.8-10.

Pelo lado humano, a fé manifesta- se através da pregação, mediante:

a) A vontade submissa: "Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam. E não quereis vir a mim para terdes vida", Jo 5.39-40;
b) O motivo certo: "Como podeis vós crer, recebendo honra uns dos outros e não buscando a honra que vem só de Deus?", Jo 5.44;
c) A oração: "Disseram, então, os apóstolos ao Senhor: Acrescenta-nos a fé", Lc 17.5.

Os RESULTADOS DA FÉ
A fé gera a salvação (Ef 2.8-10) mediante:

a) A vida eterna: "Estes, porém, foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome", Jo 20.31;
b) O perdão: "A este dão testemunho todos os profetas, de que todos os que nele creem receberão o perdão dos pecados pelo seus nome", At 10.43;
c) A justificação: "Sendo, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus por nosso Senhor Jesus Cristo", Rm 5.1;
d) A filiação a Deus: "Porque todos sois filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus", G1 3.26;
e) A presença de Cristo no coração; "...para que Cristo habite, pela fé, no vosso coração; a fim de, estando arraigados e fundados em amor...", Ef 3.17.

A fé conduz-nos à experiência cristã (Hc 2.4) mediante:

a) O descanso e a paz: "Vinde a mim [pela fé], todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei", Mt 11.28;
b) O canal da bênção: "Quem crê em mim, com diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre", Jo 7.38;
c) A santificação: "Para lhes abrires os olhos e das trevas os converteres à luz e do poder de Satanás a Deus, a fim de que recebam a remissão dos pecados e sorte entre os santificados pela fé em mim", At 26.18;
d) O poder conservador de Deus: "que, mediante a fé, estais guardados na virtude de Deus, para a salvação já prestes para se revelar no último tempo", 1Pd 1.5;
e) A alegria e satisfação: "ao qual, não o havendo visto, amais; no qual, não o vendo agora, mas crendo, vos alegrais com gozo inefável e glorioso", 1 Pd 1.8;
f) A vida vitoriosa: "Porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé", 1Jo 5.4.

As realizações da fé (Hb 11.1-2) manifestam-se mediante:

a) A cura física: "E Jesus, voltando- se e vendo-a, disse: Tem ânimo, filha, a tua fé te salvou. E imediatamente a...mulher ficou sã", Mt 9.22;
b) O poder de operar maravilhas: "Jesus, porém, respondendo, disse-lhes: Em verdade vos digo que, se tiverdes fé e não duvidardes, não só fareis o que foi feito à figueira, mas até, se a este monte disserdes: Ergue-te e precipita- te no mar, assim será feito", Mt 21.21;
c) O impossível que se torna possível: "E tudo o que pedirdes na oração, crendo, o recebereis", Mt 21.22.

A UNIDADE DA FÉ
Apóstolo Paulo, ao escrever aos efésios, afirmou: "Um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus e Pai de todos, o que é sobre todos, e por todos, e em todos", Ef 4.5-6.

Por esses dois versículos apresentados pelo apóstolo dos gentios, cremos que existe uma só fé, exclusiva e necessária para a salvação do homem. No entanto, há divergências entre as correntes teológicas e os grupos religiosos existentes dentro do cristianismo. Por isso, é necessário apresentarmos esses pensamentos para que o leitor os conheça. Contudo, no final, devemos optar pela unidade da fé.

A REGRA DE FÉ ROMANA

Essas são as características da regra de fé da Igreja Católica Romana:
1) Rejeita a doutrina de que a verdade divina é revelada a cada pessoa pelo Espírito Santo.
2) Declara que essa revelação é em parte escrita; isto é, a regra de fé inclui tanto a Escritura como a tradição.

A regra de fé romana nega a suficiência das Escrituras Sagradas. No entanto, nós afirmamos que todas as revelações de Deus, as quais constituem a regra de fé para sua Igreja, estão contidas na Bíblia. Em contrapartida, os romanistas declaram que algumas doutrinas nas quais todos os cristãos são obrigados a crer estão reveladas só imperfeitamente nas Escrituras; outras estão só obscuramente insinuadas; e outras não estão ali contidas de modo algum.

A tradição é sempre representada pelos romanistas não apenas como o intérprete, mas como o complemento das Escrituras. A Bíblia, portanto, é, segundo a Igreja Romana, incompleta. Ela não contém tudo aquilo que a Igreja é obrigada a crer; nem as doutrinas que ela contém são plena e claramente perceptíveis ali.

Na Igreja Primitiva, a tradição foi usada num sentido amplo. Fazia-se constante apelo às "tradições", às instruções que as igrejas recebiam quando eram fundadas. Somente algumas comunidades evangélicas receberam instruções escritas por parte dos apóstolos. E somente no término do primeiro século os escritos dos evangelistas e dos apóstolos foram colecionados e organizados num cânon ou regra de fé. E, quando os livros do Novo Testamento foram organizados em um só volume, os pais da Igreja falavam deles como possuidores das tradições, as instruções derivadas de Cristo e seus apóstolos.

Portanto, durante os primeiros séculos do cristianismo, a distinção entre Escritura e tradição não era tão vivamente delineada como o foi a partir das controvérsias entre romanistas e protestantes, especialmente a partir das decisões do Concilio de Trento.

Concilio de Trento ensina o seguinte sobre este tema:
1) Cristo e seus apóstolos ensinaram muitas coisas que não se destinaram à es crita, ou seja, não foram registradas nas Escrituras Sagradas.
2) Essas instruções têm sido fielmente transmitidas pela Igreja Romana.
3) Constituem uma parte da regra de fé para todos os cristãos.

Baseados nestes três itens, os romanistas afirmam:

1) Essas tradições são chamadas não escritas porque não fazem parte das Escrituras. Podem, em sua maior parte, ser encontradas agora escritas em palavras dos pais da Igreja, decisões dos concílios, constituições eclesiásticas e éditos papais.

2) A função da tradição é comunicar um conhecimento de doutrinas, preceitos e instituições não contidos nas Escrituras; e também servem como guia para o correto entendimento do que está ali escrito.

3) A autoridade devida à tradição é a mesma que pertence às Escrituras. Ambas derivam da mesma fonte; ambas são recebidas através do mesmo canal; e ambas são autenticadas pelas mesmas testemunhas.

A REGRA DE FÉ PROTESTANTE
Eis a regra de fé protestante: "A Palavra de Deus, como expressa nas Escrituras do Antigo e Novo Testamentos, é a única regra infalível de fé e prática."

Um dos 39 artigos da Igreja da Inglaterra declara: "A Santa Escritura contém todas as coisas necessárias à salvação; de modo que tudo o que não se lê nela, nem se pode provar por meio dela, não deve ser requerido que pessoa alguma creia como artigo de fé, ou que seja uma ideia indispensável à salvação."

A Confissão de Westminster ensina: "Sob o título de Sagrada Escritura, ou Palavra de Deus escrita, estão agora contidos todos os livros do Antigo e Novo Testamentos. Todos foram dados por inspiração divina para serem a regra de fé e prática. Todo o conselho de Deus, concernente a todas as coisas indispensáveis à sua glória, à salvação, fé e vida do ser humano, ou está expressamente registrado na Escritura, ou pode ser lógica e claramente dela deduzido; à qual nada, e em tempo algum, se acrescentará, seja por novas revelações do Espírito, seja por tradições humanas. Todas as coisas, por si sós, não são igualmente claras nas Escrituras, nem igualmente evidentes a todos; não obstante, aquelas coisas que precisam ser conhecidas, cridas e observadas para a salvação estão tão claramente expostas e visíveis, em um ou outro lugar da Escritura, que não só os doutos, mas ainda os indoutos, no devido uso dos meios ordinários, podem alcançar suficiente entendimento delas."

As Escrituras são infalíveis

"A infalibilidade e a autoridade divina das Escrituras se devem ao fato de serem a Palavra de Deus; e elas são a Palavra de Deus em virtude de terem sido dadas pela inspiração do Espírito Santo". Essas palavras foram proferidas pelo afamado teólogo protestante Charles Hodge, que apresenta cinco razões por que as Escrituras são infalíveis:

1) Deus não é o fundamento inconsciente de todas as coisas; nem uma força destituída de inteligência; nem um nome para a ordem moral do universo; nem mera causalidade; mas um Espírito - um agente autoconsciente, inteligente, voluntário, possuidor de todos os atributos de nossos espíritos, sem limitação e em grau infinito.

2) Ele é o Criador do mundo, extra- terreno, preexistente e independente dele; não sua alma ou princípio vivificante; mas seu Criador, preservador e governante.

3) Como Espírito, está presente e ativo em toda parte, preservando e governando todas as suas criaturas e todas as ações delas.

4) Embora tanto no mundo externo como no mundo da mente, Ele age geralmente de acordo com leis fixas e através de causas secundárias, é livre para agir, e amiúde age imediatamente, ou sem a intervenção de causas, tal como fez na criação, na regeneração e nos milagres.

5) A Bíblia contém uma revelação divina ou supernatural. A presente questão não é se a Bíblia é o que alega ser; mas, o que ensina quanto à natureza e efeitos da influência sob a qual ela foi escrita. (Teologia Sistemática de Charles Rodge, pg.115.)

O QUE É "UNIDADE DA FÉ"?

A expressão unidade da fé diz respeito a eu e você crermos que a Bíblia é a única regra de fé e prática. Ela é a Palavra de Deus. Foi escrita por homens inspirados pelo Espírito de Deus. Ela está completa. Para sermos salvos, basta obedecê-la.

No decorrer da história do cristianismo, muitas idéias surgiram, tanto entre os romanistas como protestantes, com o intuito de confundir as mentes e desestabilizar a nossa fé. Mas estamos firmados na Rocha, que é Cristo Jesus. Apóstolo Paulo declarou com propriedade: "Por cuja causa padeço também isto, mas não me envergonho, porque eu sei em quem tenho crido e estou certo de que é poderoso para guardar o meu depósito até aquele dia", 1Tm 1.12.

Toda Escritura, de Gênesis a Apocalipse, fala da salvação, a qual é alcançada pela fé no sacrifício expiatório do Cordeiro de Deus.

A fé é o primeiro passo que damos para alcançarmos a salvação. Por intermédio dela, somos justificados para, em seguida, sermos regenerados e santificados.

Este é um dos slogans da Teologia: "Nas coisas essenciais, unidade; nas não essenciais, liberdade; em todas as coisas, caridade".

A fé constitui uma das essências para a salvação. Portanto, não há o que discutir. Jesus disse ao apóstolo incrédulo: "Porque me viste, Tomé, crestes; bem-aventurados os que não viram e creram". Não precisamos ver Cristo para crermos Nele, mas cremos em Cristo para o vermos pessoalmente num futuro não muito distante de nós. Acreditamos que as Escrituras são a Palavra de Deus que nos revelam o plano da salvação, o que é aceito pela fé.

Nada temos a declarar ou discutir, senão aceitar que Jesus é o Filho de Deus, o Salvador do mundo, o Messias que viria para morrer e ressuscitar, a fim de salvar todos os que nele cressem.

A unidade da fé, portanto, é um padrão divino para a salvação da humanidade em todos os recantos da Terra. O que contrariar esse princípio seja considerado anátema.

Somos salvos pela fé e esta não permite discussão e, sim, aceitação. Por isso, constitui uma unidade para todos os que têm sede de salvação.
A unidade da fé dever ser para sempre motivo de união e não de contenda entre os evangélicos. Ela é necessária para mantermos nossa comunhão com o Pai, o Filho e o Espírito Santo, na esperança de um dia entrarmos na glória eterna.

A fé demonstra sua unidade tanto no Oriente como no Ocidente; tanto no passado como no presente. Por intermédio dela, os santos do Antigo Testamento dormem tranquilos no aguardo daquele momento em que ouvirão o soar da trombeta da ressurreição, quando receberão corpos imortalizados e, em seguida, serão glorificados, pela esperança da vinda do Filho de Deus. Que a fé nos una e jamais nos separe, para que possamos estar de pé diante do Filho do homem no dia do Arrebatamento da Igreja. Maranata!

Autor: Pr. Mardônio Nogueira