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Introdução
A política exerce
influência em todas as áreas da vida, portanto, não faz sentido o crente dizer
que não quer envolver-se com ela. Ainda que não seja militante nesta área, ele
deve procurar estar informado sobre o desempenho de seus governantes, orar por
eles, e saber que eles são eleitos para trabalhar a seu favor. Para exercer cidadania
é necessário estar consciente de seus direitos e deveres, e isto demanda uma
compreensão do que vem a ser o verdadeiro exercício político.
I
- O CRISTÃO E A POLÍTICA
O vocábulo política
vem do grego, polis, “cidade”. A política, pois, procura determinar a conduta
ideal do Estado, pelo que seria uma ética social. O objetivo da política é de
organizar de melhor forma possível a convivência social.
1. O cristão como cidadão dos céus.
Quando nos convertemos a Cristo, imediatamente
somos registrados no “cartório do céu”. Nos registros divinos, nosso nome passa
a fazer parte do Livro da Vida (Fp 4.3; Ap 13.8). Tornamo-nos seus filhos e
cidadãos do céu “Mas a todos quantos o receberam deu-lhes o poder de serem
feitos filhos de Deus: aos que creem em seu nome” (Jo 1.12). Já somos eleitos e
temos um representante divino que é o Espírito Santo: “Bendito o Deus e Pai de
nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais
nos lugares celestiais em Cristo, em quem também vós estais, depois que
ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele
também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa” (Ef 1.3,13).
2. Nossa pátria está nos céus.
A filiação divina nos
dá o direito de sermos herdeiros de Deus, como diz a Bíblia em Romanos 8.17.
Por isso, nossa pátria (ou cidade), é celestial: “Mas a nossa cidade está nos
céus, donde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo” (Fp 3.20).
3. Não temos permanência aqui.
“Porque não temos
aqui cidade permanente, mas buscamos a futura” (Hb 13.14). Essa é uma realidade
da qual muitos crentes não têm consciência. Vivem neste mundo, tão arraigados
com ele, que perdem a visão da cidadania celestial. Na verdade, nem somos deste
mundo! (cf. Jo 15.18,19). Somos peregrinos e forasteiros (Hb 11.13). Aqui, a
corrupção “destrói grandemente” (Mq 2.10). Se há uma atividade em que há
corrupção, esta é a política aqui na terra.
II.
DIREITOS POLÍTICOS DO CRISTÃO
1. Os direitos políticos.
O cristão, como
cidadão brasileiro, tanto pode votar, como candidatar-se a cargos eletivos.
2. O cristão como eleitor.
É de grande
importância que o servo ou serva de Deus saiba exercer o seu direito, quando do
momento das eleições municipais, estaduais ou federais. É hora de mostrar que é
cidadão do céu, exercendo um direito de cidadão da terra. Como tal, lembrar-se
de que é sal da terra e luz do mundo (Mt 5.13,14).
a) Antes de votar.
Antes de qualquer
decisão, o crente em Jesus deve orar a Deus, pedindo sua direção, pois um voto
errado pode ser motivo de tristeza, frustração e arrependimento tardio. É votar
por fé, pois “tudo o que não é de fé é pecado” (Rm 14.23). Conheço casos de
crentes que votaram em alguém, e depois choraram de amargura pelos prejuízos
que sofreram.
b) Jamais vender seu
voto.
Ele é arma de grande
valor. Diante dos candidatos, o cristão jamais deve aceitar vender seu voto.
Isso é antiético para um cidadão do céu e revela um profundo subdesenvolvimento
cultural.
c) Preferência por
candidato cristão.
Havendo um cristão
que tenha um perfil claramente identificado com Cristo, sério, comprometido com
o Reino de Deus, de bom testemunho na igreja, que seja honesto, cumpridor de
seus deveres como pai e esposo, que tenha vocação para a vida pública, o
eleitor crente deve dar preferência à sua candidatura, em lugar de eleger um
descrente, que não tem qualquer compromisso com a igreja do Senhor. A Palavra
de Deus recomenda: “Então, enquanto temos tempo, façamos o bem a todos, mas
principalmente aos domésticos da fé” (Gl 6.10). Não convém (1Co 6.12; 10.23), o
envolvimento de pastores na política, se têm chamada divina para o ministério.
Que isso fique para os membros que têm vocação terrena para tal.
d) Exemplos de
políticos sábios.
É bom lembrar o que
diz a Bíblia: “Não havendo sábia direção, o povo cai, mas, na multidão de
conselheiros, há segurança” (Pv 11.14).
e) Quando os justos
são eleitos.
“Quando os justos
triunfam, há grande alegria; mas, quando os ímpios sobem, os homens
escondem-se” (Pv 28.12). Os cidadãos cristãos precisam orar a Deus para que
levante candidatos que honrem seu nome ao serem eleitos, pois “quando os justos
triunfam, há grande alegria”.
f) Quando os ímpios
são eleitos.
A Bíblia é realista:
“Quando os ímpios sobem, os homens se escondem, mas, quando eles perecem, os
justos se multiplicam” (Pv 28.28). É verdade. Quando são eleitos ímpios, homens
carnais, materialistas, muitos ateus, macumbeiros, adoradores de demônios,
infiéis aos compromissos, soberbos, corruptos, ingratos, insolentes e
insensíveis, os quais, se eleitos, não querem servir e sim serem servidos. Não
temem a Deus, nem respeitam o próximo (Lc 18.2). Quando os tais são eleitos, os
verdadeiros homens de bem desaparecem de cena. É bom os crentes pensarem bem,
em oração, e não usarem seus votos para elegerem ímpios. Aqui, cabe um
esclarecimento. Nem todo descrente é ímpio no sentido em que estamos usando o
termo. Todo ímpio é incrédulo, mas nem todo incrédulo é ímpio. Há não
evangélicos que são homens de bem. E há evangélicos que não são honestos. Se
não houver um candidato com perfil cristão, o crente pode sufragar o nome de um
cidadão de boa reputação. A Bíblia diz que devemos examinar tudo e ficar com o
bem (1Ts 5.21).
g) O que a igreja
pode sofrer com os maus políticos.
No novo milênio, a
Igreja poderá sofrer grandemente, com a ação de homens ímpios. Já há, no
Congresso, projeto de lei, propondo a “união civil entre pessoas do mesmo
sexo”, que nada mais é que a legalização pura e simples do homossexualismo, que
é na Bíblia, um pecado gravíssimo, “uma abominação ao Senhor” (cf. Lv 18.22,23;
Rm 2.24-28). Projeto, legalizando o aborto já foi apresentado. Em breve,
poderão vir projetos, legalizando a eutanásia, a clonagem de seres vivos
(inclusive humanos), o jogo do bicho, os cassinos, e a maconha, além de outros,
que destroem a dignidade da raça humana, conforme os princípios do Criador. A
Nova Era já está nas ruas e na mídia apregoando “a paz”, iludente e absurda. Em
muitas escolas, é utilizada “meditação transcendental”. Quem faz as leis? Os
pastores? Evangelistas? Missionários? Não! São aqueles que são eleitos,
inclusive com o voto dos cristãos. Portanto, é tempo de despertar; de agir com santidade,
mas sem ingenuidade.
h) O perigo do
envolvimento da igreja local.
Os crentes como
cidadãos, podem votar e ser votados. Mas a igreja, como instituição de Cristo,
não deve ser envolvida com a política, mediante a troca de favores de quaisquer
espécies. O prejuízo pode ser irreparável. É de bom alvitre que os pastores não
declarem sua preferência. Estes foram chamados para unir o rebanho. A política
divide as pessoas, pela própria natureza partidária (Ler 1Co 1.10). O púlpito,
de igual modo, não é lugar para os políticos. A eles, deve ser dada honra, mas
o uso do púlpito é para os homens santos, consagrados a Deus.
O cristão não pode
ser contrário a uma atividade que busca a “conduta ideal do Estado”. Como
cidadãos da terra, precisamos viver num determinado local físico e social, que
faz parte de um Estado, que faz parte de um País. Esses precisam ser
administrados por homens de bem. Melhor seria que fossem cristãos. Que Deus nos
der sabedoria e visão.
III
– A BÍBLIA E A POLÍTICA
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