1°. A Puxada do Mastro
Puxada do mastro é a cerimônia de levantamento do mastro de São
João, com banda e foguetório. Além da
bandeira de São João, o
mastro pode ter as de Santo Antonio e São Pedro, muitas vezes com frutas, fitas de papel e flores
penduradas. O ritual tem origem em cultos pagãos,comemorativos da fertilidade da terra, que eram
realizados no solstício de verão, na Europa.
Acredita-se que se a bandeira vira para o lado da casa do anfitrião da
festa no momento em que é içada, isto é sinal de boa sorte.
O contrario indica desgraça. E caso aponte em direção a uma pessoa essa
será abençoada.
2°. As Fogueiras
Sobre as fogueiras há duas explicações para o seu uso. Os pagãos
acreditavam que elas espantavam os maus espíritos. Já os católicos acreditavam
que era sinal de bom presságio. Conta uma lenda católica que Isabel
prima de Maria, na noite do nascimento
de João Batista, ascendeu
uma fogueira para avisar a novidade à prima Maria, mãe de Jesus. Por isso a tradição é acendê-las na hora da Ave
Maria (às 18h). Você sabia ainda que cada uma das três
festas exige um arranjo, diferente de fogueira? Pois é, na de Santo Antonio, as lenhas são atreladas em formato quadrangular; na de São
Pedro, são em formato triangular e na
de São João possui formato
arredondado semelhante à pirâmide.
3°. Os Fogos de Artifício
Já os fogos dizem alguns, eram utilizados na celebração para “despertar” São João e chamá-lo para as comemorações de seu aniversário. Na
verdade os cultos pirolátricos são de origem portuguesa. Antigamente em Portugal, acreditava-se que o estrondo de bombas e rojões tinha
como finalidade espantar o diabo e seus demônios na noite de São João.
4°. Os Balões
A saciedade “Amigos do Balão” nasceu em 1998 para defender a presença do "balão
junino" nessas festividades. O
padre jesuíta Bartolomeu de Gusmão e o inventor Alberto Santos são figuras ilustres entre os brasileiros por soltarem
balões por ocasião das festas juninas de suas épocas, portanto podemos dizer que eles foram
os precursores dessa prática.
Hoje, como sabemos, as autoridades seculares recomendam os devotos a
abster-se de soltar balões pelos incêndios que podem provocar ao caírem em urna
floresta, refinaria de petróleo, casas ou fábricas. Essa brincadeira virou
crime em 1965, segundo o artigo 26 do Código
Florestal.
Também está no artigo 28 da lei das
Contravenções penais, de 1941. O
infrator pode ir para a cadeia. Não obstante, essa prática vem resistindo às
proibições das autoridades. Geralmente, os balões trazem inscrições de louvores aos santos de devoção
dos fiéis, como por exemplo,“VIVA SÃO JOÃO!! !”, ou a outro santo qualquer comemorado nessas épocas.
Todos os cultos das festas juninas estão relacionados com a sorte. Por isso os devotos
acreditam que ao soltar balão e ele subir sem nenhum problema, os desejos serão
atendidos, caso contrário (se o balão não alcançar as alturas) é um sinal de azar. A tradição também diz que os
balões levam os pedidos dos homens até São
João. Mas tudo isso não passa de
crendices populares.
OS SANTOS
• Santo Antônio
Alguns dizem que o nome verdadeiro desse santo não é Antônio, mas Fernando
de Bulhões, segundo estes, ele nasceu
em Portugal em 15 de agosto de 1195 e faleceu em 13 de junho de
1231.
Outros porém,
afirmam que Fernando de Bulhões foi a cidade onde nasceu. Aos 24 anos,já na Escola Monástica de Santa Cruz de Coimbra, foi
ordenado sacerdote. Dizem que era famoso por conhecer a Bíblia de cor. Ao tomar
conhecimento de que quatro missionários foram mortos pelos serracenos, decidiu mudar-se para Marrocos. Ao retomar para Portugal, a embarcação que o trazia desviou-se da rota por causa
de uma tempestade, e ele foi parar na Itália. Lá, foi nomeado pregador da Ordem Geral. Depois de um
encontro com os discípulos de Francisco de Assis, entrou para a ordem dos franciscanos e foi rebatizado de Antônio. Viveu tratando dos
enfermos e ajudando a encontrar coisas perdidas. Dedicava-se ainda em arranjar
maridos para as moças solteiras. Sua devoção foi introduzida no
Brasil pelos padres franciscanos, que
fizeram erigir em Olinda (PE) a primeira igreja dedicada a ele.
Faz parte da tradição que as
moças casadouras recorram a Santo Antônio, na
véspera do dia 13 de junho, formulando
promessas em troca do desejado matrimônio. Esse fato acabou curiosamente
transformando 12 de junho no “Dia dos Namorados”. A fama de casamenteiro surgiu mesmo depois de sua
morte, noséculo XIV. Diz à
lenda que uma moça pobre pediu ajuda a Santo Antonio e conseguiu o dote que precisava para poder casar. A
história se espalhou e hoje é o santo que homens e mulheres recorrem quando o
objetivo é encontrar sua metade. No dia 13, multidões se dirigirem às igrejas pelo pão de Santo
Antônio. Dizem que é bom carregar o
santo na algibeira para receber proteção. Uma outra curiosidade é que a
imagem deste santo sempre aparece com o menino Jesus no colo.
Você sabe por quê?
Existem duas versões para isso: uma, diz que o menino
representa o quanto ele era adorado pelas crianças; a outra, que ele era um
pregador tão brilhante que dava vida aos ensinos da Bíblia. O menino seria a
personificação da palavra de Deus.
. É bastante comum entre as devotas de Santo
Antônio colocá-lo de cabeça para baixo no sereno amarrado em um esteio. Ou
então jogá-lo no fundo do poço até que o pedido seja satisfeito. Depois cantam:
“Meu Santo Antônio querido, Meu santo de carne
e osso, Se tu não me deres marido, Não te tiro do poço”.
As festas antoninas são urbanas, caseiras,
domésticas, porque Santo Antônio é o santo dos nichos e das barraquinhas.
Na A Tribuna de 14 de junho de 1997, página A8, lemos: “O dia de Santo Antônio, o santo
casamenteiro, foi lembrado.., com
diversas missas e a distribuição de 10 mil pãezinhos. Milhares de fiéis
compareceram às igrejas para fazer pedidos, agradecer as graças realizadas e
levar os pães, que, segundo dizem os fiéis, simbolizam a fé e garantem fartura
à mesa”.
Ainda para Santo Antônio, cantam seus admiradores:
“São João a vinte e quatro, São Pedro a vinte e nove, Santo Antônio a
treze, Por ser o santo mais nobre”.
• São João
A Igreja Católica Romana o consagrou santo. Segundo essa igreja, João
Batista nasceu em 29 de agosto, em 31 A .D., na Palestina, e morreu degolado por Herodes Antipas, a pedido de sua enteada Salomé
(Mt 14.1-12).
A Bíblia, em Lucas 1.5-25, relata que o nascimento deJoão Batista foi um milagre, visto que seus pais, Zacarias
e Isabel, na ocasião, já eram bastante
idosos para que pudessem conceber filhos. Em sua festa, São João é comemorado com fogos de artifício, tiros, balões
coloridos e banhos coletivos pela madrugada. Os devotos também usam bandeirolas
coloridas e dançam. Erguem uma grande fogueira e assa batata-doce, mandioca,
cebola do reino, milho verde, aipim etc. Entoam louvores e mais louvores ao
santo. As festas juninas são
comemoradas de uma forma rural, sempre ao ar livre, em pátios e/ou grandes
terrenos previamente preparados para a ocasião.
João Batista, biblicamente
falando, foi o precursor de Jesus e veio para anunciar a chegada do Messias.
Sua mensagem era muito severa, conforme registrado em (Mateus
3.1-11). Quando chamaram sua atenção
para o fato de que os discípulos de Jesus estavam batizando mais do que ele, isso não lhe
despertou sentimentos de inveja (Jo 4.1), pelo contrário, João Batista se alegrou com a notícia e declarou que não era digno
de desatar a correia das sandálias daquele que haveria de vir, referindo-se ao
Salvador (Lc 3.16). Se em vida João Batista recusou
qualquer tipo de homenagem ou adoração, será que agora está aceitando essas
festividades em seu nome, esse tipo de adoração à sua pessoa? Certamente que
não!
• São Pedro
É atribuída a São Pedro a fundação da Igreja Católica, que o considera o “príncipe
dos apóstolos” e o primeiro papa.
Por esse motivo, os fiéis católicos tributam a esse santo honrarias dignas de um deus. Para esses devotos, São
Pedro é o chaveiro do céu. E para que
alguém possa entrar lá é necessário que São Pedro abra as portas. Uma das crendices populares sobre São
Pedro (e olha que são muitas!) diz que
quando chove e troveja é por que ele está arrastando os móveis do céu. Pode!
Na ocasião, ocorrem procissões marítimas em sua homenagem com grande
queima de fogos. Para os pescadores, o dia de São
Pedro é sagrado. Tanto é que eles não
saem ao mar para pescaria. É ainda considerado o santo protetor das viúvas.
A brincadeira de subir no pau-de-sebo (uma
árvore de origem chinesa) é a que mais
se destaca nas festividades comemorativas a São Pedro. O objetivo para quem participa é alcançar os presentes
colocados no topo. Os sentimentos do apóstolo Pedro, eram extremamente diferentes do que se apregoa hoje, no
dia 29. De acordo com sua forma de agir
e pensar, conforme mencionados na Bíblia têm razões para crer que ele jamais
aceitada os tributos que hoje são dedicados à sua pessoa. Quando Pedro, sob a autoridade do nome de Jesus, curou o coxo que jazia à porta Formosa do templo de
Jerusalém e teve a atenção do povo voltada para ele como se por sua virtude
pessoal tivesse realizado o milagre não titubeou, mas declarou com muita
segurança sua dependência do Deus vivo e não quis receber nenhuma homenagem cf. (Atos
3.12-16; 10.25,26).
Os Evangélicos e as Festas Juninas
Diante de tudo isso, perguntamos: “Teria algum problema os evangélicos acompanharem seus filhos em uma
dessas festas juninas realizadas nas escolas, quando as crianças, vestidas a
caráter (de caipirinha), dançam quadrilha e se fartam dos pratos oferecidos
nessas ocasiões: cachorro-quente, pipoca, milho verde etc?”. É
óbvio que nenhum crente participa dessas festas com o objetivo de praticar a
idolatria, pois tal procedimento, por si só, é condenado por Deus!
Quanto à essa questão, tão polêmica, é oportuno mencionar o
comportamento de certas igrejas evangélicas, com a alegação de estarem propagando o evangelho
durante o Carnaval, dedicam-se a um tipo duvidoso de evangelização nessa época
do ano. Fazem de tudo, inclusive usam blocos carnavalescos com nomes bíblicos.
Não devemos nos esquecer, no entanto, de que as estratégias evangelísticas
devem ocorrer o ano todo, e não apenas em determinadas ocasiões, O mesmo acaba
acontecendo no período das festas juninas.
Ultimamente, surgiram determinadas igrejas evangélicas que, a fim de
levantar fundo para os necessitados e distribuir cestas básicas aos pobres,
estão armando barracas junto com os católicos em locais em que as festas
juninas são promovidas por órgãos públicos. Os produtos que vendem, diga-se de
passagem, são característicos das festividades juninas.
Os “cristãos” que ficam nas barracas vestem-se a caráter e pensam
que, dessa forma, estão procedendo biblicamente.
E o que dizer das igrejas que promovem festas juninas em suas próprias
dependências com a alegação de arrecadarem fundos? Asfestas juninas têm um caráter religioso que desagrada a Deus. Nestas
festas ocorrem rezas, canções e missas; as comidas e doces são oferecidos a
estes santos - claro que os que comem não são os santos, mas os que participam
dela. Este procedimento de "oferecer comida aos
santos" é muito parecido aos
despachos espíritas nos cemitérios e encruzilhadas; talvez a diferença seja o
local da "festa". Então, como separar o
folclore da religião se ambas estão intrinsecamente ligadas?
O povo de Israel abraçou os costumes das nações pagãs e foi criticado
pelos profetas de Deus. A vida de Elias é um exemplo específico do que estamos falando. Ele
desafiou o povo de Israel a
escolher entre Jeová Deus e Baal. O profeta pôs
o povo à prova: “Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor
é Deus, segui-o, e se Baal, segui-o”(1Rs 18.21).
É claro que o contexto histórico do texto bíblico em pauta é outro, mas,
como observadores e seguidores da Palavra de Deus, devemos tomar muito cuidado
para não nos envolvermos com práticas herdadas do paganismo. Pois é muito
arriscada a mistura de costumes religiosos, impróprios à luz da Bíblia, adotada
por alguns evangélicos. É preciso que os líderes e pastores aprofundem a
questão, analisem a realidade cultural do local em que desenvolvem certas
atividades evangelísticas e ministério e orientem os membros de suas
respectivas comunidades para que criem e ensinem os filhos nos preceitos
recomendados pela Palavra de Deus. O simples fato de proibirem as crianças de
participar dessas comemorações na escola em que estudam não resolve o problema,
antes, acaba agravando a situação.
O que diz a Bíblia
Para muitos cristãos, pode parecer que a participação deles nessas festividades juninas não
tenha nenhum mal, e que a Bíblia não se posiciona a respeito. O apóstolo
Paulo, no entanto, declara em
(I Coríntios 10.11) que as coisas que
nos foram escritas no passado nos foram escritas para advertência
nossa. Vejamos o que ele disse: “Ora, tudo isto lhes
sobreveio como figuras, e estão escritas para aviso nosso, para quem já são
chegados os fins dos séculos” (1Co 10.11)ACF
O que nos mostra a história do povo de Israel em sua caminhada do Egito
para Canaã? Quando
os israelitas acamparam junto ao Monte Sinai. Moisés subiu ao monte para receber a lei da parte de Deus. A
demora de Moisés despertou
no povo o desejo de promover uma festa a Deus.Arão foi consultado e, depois de concordar, ele próprio
coletou os objetos de ouro e fabricou um bezerro com esse material, O
texto bíblico diz o seguinte:
“E ele os tomou das suas mãos, e trabalhou o ouro com um buril, e fez
dele um bezerro de fundição. Então disseram: Este é teu deus, ó Israel, que te
tirou da terra do Egito. E Arão, vendo isto, edificou um altar diante dele; e
apregoou Arão, e disse: Amanhã será festa ao SENHOR” (Ex 32.4-5)ACF
Qual foi o resultado dessa festa idólatra ao Senhor? Deus os puniu severamente:
“E aconteceu que, chegando Moisés ao arraial,
e vendo o bezerro e as danças, acendeu-se-lhe o furor, e arremessou
as tábuas das suas mãos, e quebrou-as ao pé do monte; E tomou o bezerro que
tinham feito, e queimou-o no fogo, moendo-o até que se tornou em pó; e o
espargiu sobre as águas, e deu-o a beber aos filhos de Israel” (Ex 32.19-20)ACF
O teor religioso das festas juninas não passa de um
ato idólatra quando se presta culto a Santo Antônio, São João e São Pedro. Como
crentes, devemos adorar somente a Deus: “Então disse-lhe Jesus:
Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele
servirás” (Mt 4.10)ACF
Assim, nossos lábios devem louvar tão-somente o
Senhor Deus: “Portanto, ofereçamos sempre por ele a Deus sacrifício de
louvor, isto é, o fruto dos lábios que confessam o seu nome” (Hb 13.15).
O texto de (Apocalipse 7.9) é
um bom exemplo do que estamos falando:
“Depois destas coisas olhei, e eis aqui uma
multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e
línguas, que estavam diante do trono, e perante o Cordeiro, trajando vestes
brancas e com palmas nas suas mãos; E clamavam com grande voz, dizendo:
Salvação ao nosso Deus, que está assentado no trono, e ao Cordeiro”
(Ap 7.9-10)ACF
É possível imaginar um cristão
cantando louvores a São João Batista? O cântico seria mais ou menos assim:
“Onde está o Batista?”. Ele não está na igreja, Anda de mastro em
mastro, A ver quem o festeja”.
Lembramos a atitude de Paulo e Barnabé diante de um ato de adoração que
certos homens quiseram prestar a eles:
“E as multidões, vendo o que Paulo fizera,
levantaram a sua voz, dizendo em língua licaônica: Fizeram-se os deuses
semelhantes aos homens, e desceram até nós. E chamavam Júpiter a Barnabé, e
Mercúrio a Paulo; porque este era o que falava. E o sacerdote de Júpiter,
cujo templo estava em frente da cidade, trazendo para a entrada da porta touros
e grinaldas, queria com a multidão sacrificar-lhes. Ouvindo, porém, isto
os apóstolos Barnabé e Paulo, rasgaram as suas vestes, e saltaram para o meio
da multidão, clamando, E dizendo: Senhores, por que fazeis essas coisas? Nós
também somos homens como vós, sujeitos às mesmas paixões, e vos anunciamos que
vos convertais dessas vaidades ao Deus vivo, que fez o céu, e a terra, o mar, e
tudo quanto há neles” (At14.11-15)ACF
Os Santos não Podem Ajudar
Normalmente, as pessoas que participam das festas
juninas querem tributar louvores a seus
patronos como gratidão pelos benefícios recebidos. Admitem que foram atendidas
por Santo Antônio, São João Batista e São Pedro. Crêem também que esses santos podem interceder por
elas junto a Deus. Entretanto, os santos não podem fazer nada pelos vivos. Pedro
e João, como servos de Deus obedientes
que foram, estão no céu, conscientes da felicidade que lá os cercam cf. (Lc 23.43; 2Co 5.6-8; Fp 1.21-23). Não estão ouvindo, de forma nenhuma, os pedidos das
pessoas que os cultuam aqui na terra. O único intercessor eficaz junto a Deus é
Jesus Cristo. Diz a Bíblia: “Porque há um só Deus, e um só
Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem” (1Tm 2.5)ACF
E mais:
. “Quem é que condena? Pois é Cristo quem
morreu, ou antes quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está à
direita de Deus, e também intercede por nós” (Rm 8.34)ACF
. “Meus filhinhos, estas coisas vos
escrevo, para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o
Pai, Jesus Cristo, o justo. E ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não
somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo” (1Jo2.1-2)ACF
Foi o próprio Senhor Jesus quem nos disse que
deveríamos orar ao Pai em seu nome para que pudéssemos alcançar respostas aos
nossos pedidos:
“E tudo quanto pedirdes em meu nome eu o
farei, para que o Pai seja glorificado no Filho.
Se pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei” (Jo 14.13-14)ACF
Quanto ao teor religioso das festas juninas,
podemos declarar as palavras de Deus ditas por meio do profeta:
“Odeio, desprezo as vossas festas, e as vossas
assembléias solenes não me exalarão bom cheiro” (Am 5.21)ACF
Como seguidores de Cristo, suplicamos, diante desta
delicada exposição, que Deus nos conceda sabedoria para que consigamos proceder
de uma maneira que o agrade em todas as circunstâncias, pois: “toda ação de
nossa vida toca alguma corda que vibrará na eternidade” (E. H.Chapin).
Algo em Que se Pensar
O Brasil é um dos maiores países agrícola do mundo. Até conhecemos
aquela frase elogiando as terras brasileiras: nas
quais, "... em se plantando tudo dá". No entanto (pasmem), o governo está importando (isto é,
comprando) de outros países arroz,
feijão, trigo, café, cacau etc. Era para estarmos exportando, vendendo,
aumentando o capital, e não comprando, pois temos terras de excelente
qualidade. Um dos problemas da falta de produção agrícola é a desvalorização do "homem
do campo". Sabemos que existe um
êxodo rural muito grande, 80% da população brasileira vivem nas cidades e somente 20 % vivem no campo.
Não estariam as festas juninas contribuindo para formar uma imagem
negativa de nosso povo da zona rural? Não é exagerado o ponto de vista em que sugere que a
imagem do homem do campo por vezes é humilhada nas festas juninas.
Veja: qual criança se espelharia
no típico caipira das quadrilhas de festas juninas? Quais
delas diria: "quando crescer quero ser um caipira, ou
homem do campo, com as roupas remendadas"? As crianças querem ser médicos, professoras, atrizes, pois estes não são humilhados nas
festas juninas. As Festas Juninas inconscientemente ou não, servem mais para humilhar as
pessoas do campo do que para honrá-las como pretendem; o caipira, quando não é
banguela, é desdentado, seu andar é torto, corcunda por causa da enxada, a
botina é furada, suas roupas são rasgadas e remendadas, uma alusão ao
espantalho, um pobre coitado! - pois talvez seja assim que os grandes latifundiários
vêem o caipira, e essa visão é reproduzida por nossas crianças nas escolas. Poderia isto
ser chamado de FOLCLORE e CULTURA?
A Bíblia diz categoricamente que “O
que escarnece (Humilha) do pobre insulta ao seu Criador, o que se alegra da
calamidade não ficará impune” (Pv 17.5)ACF
Disso decorrem problemas urbanos graves como o favelamento e os menores abandonados, pois como os "caipiras" não conseguem sobreviver no campo, pensam que na
cidade encontrarão trabalho. A esse processo dá-se o nome de "Êxodo
Rural". E o nosso país agrícola é
desmatado, onde só se planta pasto para boi gordo, e expulsa o homem do campo.
Motivos para não Participar de Festas Juninas
Diante de tudo o que foi dito acima daremos uma recapitulação expondo o
"porquê" de não participarmos de festas juninas. Vejamos então:
1° Plágio do Paganismo - Como vimos, as bases das festas juninas estão fincadas nas práticas das festividades
pagãs, onde os pagãos na mesma data
ofereciam seus louvores e suas festas em honra daqueles deuses. Eram as festas
pelas colheitas. As festas
juninas usurpou isto dos gentios, com apenas o detalhe de transvestir tais
festas com roupagem cristã. No entanto, quando Deus introduziu o povo de Israel
na terra prometida adverti-os severamente para que não usassem esse tipo de
costume, diz Ele:
“Quando entrares na terra que o SENHOR teu Deus te der, não aprenderás a
fazer conforme as abominações daquelas nações” (Dt18.8)ACF
Independentemente das intenções, fossem elas boas ou não, o plágio fora
terminantemente proibido por Deus.
2° Os Santos não Intercedem - É notório que estas festividades são para homenagear os
três santos. Nestas datas as pessoas
invocam sua proteção através de missas e fazem promessas e pedidos confiando em sua suposta
intercessão. Não obstante, temos razões bíblicos em abundancia para rejeitarmos
estas mediações que os devotos tanto acreditam. A Bíblia nos diz
que existe um só mediador entre Deus e os homens:“Porque há um só Deus, e um só
Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem” (1Tm 2.5)ACF Este verso exclui todos os demais mediadores forjados
pela mente humana. Se temos que pedir alguma coisa a alguém, esse alguém tem de
ser Jesus Cristo, veja o que Ele mesmo diz:
“E tudo quanto pedirdes em meu nome eu o farei, para que o Pai seja
glorificado no Filho.
Se pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o
farei” (Jo 14.13-14)ACF
Em toda a Bíblia não se encontra nenhum incentivo para fazermos nossos
pedidos, promessas e votos a terceiros.
3° Os Santos não Escutam Orações - Um devoto junino acredita piamente que seus "santos" ouvem suas petições por ocasião destas festividades
natalícias ou fora delas, mesmo sabendo que estas personagens já morreram há
séculos! Mais uma vez a Bíblia rejeita este conceito por
declarar a posição correta dos mortos em relação aos vivos:
“Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa
nenhuma, nem tampouco terão eles recompensa, mas a sua memória fica entregue ao
esquecimento. Também o seu amor, o seu ódio, e a sua inveja já pereceram, e já
não têm parte alguma para sempre, em coisa alguma do que se faz debaixo do sol”
(Ec 9.5-6)ACF
Veja que o verso nos diz que os que já morreram não sabem coisa nenhuma
do que acontece aqui em nosso mundo, na terra (debaixo do sol). É claro que há
consciência onde eles estão, mas aqui em nosso mundo eles não podem ajudar ou
atrapalhar ninguém.
4° Invocação de Espíritos dos Mortos - Como já vimos, há uma crença em que o espírito de São
João possa ser despertado por ocasião da soltura de foguetes, afim de vir
participar daquela festividade em sua homenagem. Folclore ou não, isto reflete
de modo perfeito a crença católica da invocação dos santos. é claro que
se o santo já morreu, o que é invocado é o espírito dele, e isto bate de frente
com a advertência bíblica a respeito da consulta aos mortos. Vejamos:
“Quando, pois, vos disserem: Consultai os que têm espíritos familiares e
os adivinhos, que chilreiam e murmuram: Porventura não consultará o povo a seu
Deus? A favor dos vivos consultar-se-á aos mortos?” (Is 8.19)ACF
E mais:
“Quando entrares na terra que o SENHOR teu
Deus te der, não aprenderás a fazer conforme as abominações daquelas nações.
Entre ti não se achará quem faça passar pelo fogo a seu filho ou a sua filha,
nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro;
Nem encantador, nem quem consulte a um espírito adivinhador, nem
mágico, nem quem consulte os mortos; Pois todo aquele que faz tal coisa é
abominação ao SENHOR; e por estas abominações o SENHOR teu Deus os lança fora
de diante de ti” (Dt18.9-12)ACF
No fundo a prática de invocar o espírito dos
santos nada mais é do que uma prática espírita e como tal, é reprovada por
Deus.
5° Outro Espírito Recebe em Lugar do Santo - Como ficou demonstrado
biblicamente os espíritos dos santos não sabem de nada do que acontece em nosso
mundo, portanto não podem interceder por ninguém. Já que eles
são neutros nisso tudo, para quem vai então às honras e os louvores destas
festividades afinal? O apostolo Paulo estava ensinando quase a mesma coisa aos
cristãos de Corinto quando disse:“Antes digo que as coisas que os gentios
sacrificam, as sacrificam aos demônios, e não a Deus. E não quero que sejais
participantes com os demônios” (1Co 10.20)ACF
Um pouco antes, ele acabara de dizer que o ídolo nada é (1Co 8.4 ), ou
seja, quando os gentios sacrificavam suas oferendas e suas festividades a tais
deuses, eles na verdade estavam sacrificando aos demônios (que
eram os únicos a receberem tais oferendas), pois o ídolo nada é. Não
estaria acontecendo algo similar nas festas juninas? Quando um
devoto oferece sua colheita, suas oferendas e festividades a tais santos que
segundo a Bíblia, não pode interceder e saber o que está acontecendo, quem
então as recebe? Ou então, quando o pedido é atendido, quem concede estas
"graças" às pessoas nas festas juninas? De uma coisa
temos certeza: dos santos é que não são!
6° Comidas e Imagens - Por último temos duas práticas rejeitadas pela Palavra
de Deus. As comidas que são oferecidas nas festas juninas por vezes são
benzidas e oferecidas ao santo
que nada mais é do que um
ídolo, pois a ele se fazem orações,
carregam sua imagem em procissões, beijam-na, prostram-se diante dela
etc. Como exemplo, temos o
famoso pãozinho de Santo Antonio! Entretanto, a Bíblia
diz: “Que vos abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos,
e do sangue, e da carne sufocada, e da prostituição, das quais coisas bem
fazeis se vos guardardes. Bem vos vá” (At 15.29)ACF
. “Não podeis beber o cálice do Senhor e
o cálice dos demônios; não podeis ser participantes da mesa do Senhor e da mesa
dos demônios” (1Co 10.21)ACF
Quanto às imagens dedicadas aos santos, elas
são proibidas pela Bíblia nos seguintes termos:
“Não farás para ti imagem de escultura, nem
semelhança alguma do que há em cima no céu, nem em baixo na terra, nem nas
águas debaixo da terra; Não te encurvarás a elas, nem as servirás; porque eu, o
SENHOR teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos,
até à terceira e quarta geração daqueles que me odeiam” (Dt 5.8-9)ACF
Estes são resumidamente alguns poucos motivos,
para todo cristão genuíno não participar de tais festividades.
Conclusão
Pare e pense: como vimos, todas as práticas
encontradas nas festas juninas são rejeitadas pela Palavra de Deus. Será que
Deus se agradaria de tais festividades, quando sabemos que elas desobedecem
explicitamente o que Ele ordenou em sua santa Palavra? Será que os católicos realmente
estão honrando a Deus com isso? Pense novamente: Se Deus rejeitou as festas de
Israel que eram dedicadas somente a Ele {Amós 5.21-23} , mas que haviam
sido mescladas com elementos dos cultos pagãos dos países vizinhos, não
rejeitaria com mais veemência ainda as ditas festas "cristã" dedicada
aos santos?
“Odeio, desprezo as vossas festas, e as vossas assembleias
solenes não me exalarão bom cheiro. E ainda que me ofereçais holocaustos,
ofertas de alimentos, não me agradarei delas; nem atentarei para as ofertas
pacíficas de vossos animais gordos. Afasta de mim o estrépito dos teus
cânticos; porque não ouvirei as melodias das tuas violas” (Am 5.21-23).
Fonte:
Pr. João Flávio & Presb. Paulo Cristiano
Matéria compilada e adaptada pela equipe editorial
do CACP.
Fontes de consultas:
Defesa da Fé - junho de 2002 nº45;
Jornal - Folha de Rio Preto, 22/06/2003;
Revista - Galileu Junho 2003 nº143;
Artigo do CACP - "As Maldições das Festas
Juninas" - Pr. Afonso Martins;
Anotações particulares do Pb. Paulo Cristiano
da Silva.