TEXTO ÁUREO
“Do
SENHOR é a terra e a sua plenitude, o mundo e aqueles que nele habitam.” (Sl
24.1)
VERDADE PRÁTICA
Tudo
quanto existe pertence ao Senhor e ao Senhor deve ser consagrado,
principalmente o nosso ser.
LEITURA
DIÁRIA
Segunda – Sl 24.1: Do Senhor é a
Terra
Terça – Lv 19.4: Nenhum ídolo
pode tomar o lugar de Deus
Quarta – Êx 23.15: Ninguém se
apresentará de mãos vazias a Deus
Quinta – Lv 1.2: Os animais como
oferta no culto divino
Sexta – Rm 12.1-3: O nosso culto
racional
Sábado – 1 Ts 5.23: Nossa
consagração total a Deus
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Levítico 9.1-14
1
- E aconteceu, ao dia oitavo, que Moisés chamou a Arão, e a seus filhos, e aos
anciãos de Israel
2
- e disse a Arão: Toma um bezerro, para expiação do pecado, e um carneiro, para
holocausto, sem mancha, e traze-os perante o SENHOR.
3
- Depois, falarás aos filhos de Israel, dizendo: Tomai um bode, para expiação
do pecado, e um bezerro e um cordeiro de um ano, sem mancha, para holocausto;
4
- também um boi e um carneiro, por sacrifício pacífico, para sacrificar perante
o SENHOR, e oferta de manjares, amassada com azeite; porquanto hoje o SENHOR
vos aparecerá.
5
- Então, trouxeram o que ordenara Moisés, diante da tenda da congregação, e
chegou-se toda a congregação e se pôs perante o SENHOR.
6
- E disse Moisés: Esta coisa que o SENHOR ordenou fareis; e a glória do SENHOR
vos aparecerá.
7
- E disse Moisés a Arão: Chega-te ao altar e faze a tua expiação de pecado e o
teu holocausto; e faze expiação por ti e pelo povo; depois, faze a oferta do
povo e faze expiação por ele, como ordenou o SENHOR.
8
- Então, Arão se chegou ao altar e degolou o bezerro da expiação que era por si
mesmo.
9
- E os filhos de Arão trouxeram-lhe o sangue; e molhou o dedo no sangue e o pôs
sobre as pontas do altar; e o resto do sangue derramou ŕ base do altar.
10
- Mas a gordura, e os rins, e o redenho do fígado de expiação do pecado queimou
sobre o altar, como o SENHOR ordenara a Moisés.
11
- Porém a carne e o couro queimou com fogo fora do arraial.
12
- Depois, degolou o holocausto, e os filhos de Arão lhe entregaram o sangue, e
ele espargiu-o sobre o altar em redor.
13
- Também lhe entregaram o holocausto nos seus pedaços, com a cabeça; e
queimou-o sobre o altar.
14
- E lavou a fressura e as pernas e as queimou sobre o holocausto no altar.
OBJETIVO GERAL
Explicar
que tudo quanto existe pertence ao Senhor e ao Senhor deve ser consagrado,
principalmente o nosso ser.
HINOS SUGERIDOS: 3,
23, 25 da Harpa Cristã
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo,
os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada
tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos
subtópicos.
I. Saber que a Terra é do
Senhor
II. Mostrar que os animais e
vegetais são do Senhor;
III. Compreender que
o ser humano é do Senhor.
INTERAGINDO COM O
PROFESSOR
Professor (a), na lição de hoje estudaremos três princípios
bíblicos expostos no capítulo 9 do livro de Levítico que todo israelita deveria
observar:
1) tudo quanto existe foi criado por Deus;
2) sendo Ele o Criador de todas as coisas, somente Ele deve ser adorado;
e
3) tudo quanto há deve ser consagrado ao Deus Único e
Verdadeiro. Embora o livro de Levítico tenha sido escrito na Antiga Aliança,
num tempo e contexto social diferente do nosso, tais princípios também devem
ser observados pela Igreja e crentes da atualidade. Que venhamos como filhos de
Deus, alcançados pela graça, consagrar tudo a Ele e em especial todo o nosso
ser.
INTRODUÇÃO
No
livro de Levítico, há uma teologia sublime e altamente devocional, cujo
objetivo é levar o crente israelita a reconhecer três verdades:
1)
tudo quanto existe foi criado por Deus;
2)
sendo Ele o Criador de todas as coisas, somente Ele deve ser adorado; e
3)
tudo quanto há deve ser consagrado ao Deus Único e Verdadeiro.
Se
observasse esse princípio, o povo de Israel ver-se-ia livre dos resquícios da
idolatria do Egito, prevenindo-se didaticamente quanto às abominações de Canaã.
Nesta
lição, veremos que a essência do culto levítico é conduzir o crente a adorar a
Deus e a consagrar-lhe tudo quanto tem. Porque tudo pertence ao Senhor, pois
Ele tudo criou e tudo preserva. Essa consagração, porém, só terá eficácia se
começar pelo nosso próprio ser (Rm 12.1-3).
PONTO CENTRAL
Deus é o Criador e
somente Ele merece ser adorado.
I – A TERRA É DO
SENHOR
O
livro de Levítico reafirma, através de suas ações litúrgicas, as mensagens do
Gênesis e do Êxodo. Ele mostra que Deus, sendo o Criador dos Céus e da Terra,
tem de ser adorado por tudo quanto existe e por tudo que temos.
1. Deus é o Criador dos Céus
e da Terra.
Se
o Gênesis mostra que Deus criou tudo quanto existe, o Levítico reivindica dos
israelitas que consagrem tudo ao Senhor (Gn 1.1; Lv 1.17). Ao mesmo tempo,
exorta-os didaticamente, por meios das ofertas e dos sacrifícios, que nenhum
ídolo pode ser honrado como o nosso Deus (Lv 19.4; Is 42.8).
2. Deus é o libertador de
Israel.
O
livro de Levítico patenteia aos filhos de Israel que Deus é o libertador de seu
povo. Por esse motivo, nenhum israelita poderia comparecer diante do Senhor de
mãos vazias (Êx 23.15; 2 Co 9.7).
3. Israel é o templo de
Deus.
A
teologia de Levítico tinha por objetivo também conscientizar Israel de sua
vocação divina (Lv 20.26). Logo, toda a nação israelita era (e no futuro o
será) um templo de adoração ao Senhor (Lv.10.3). Isso significa que o povo
hebreu não se limitava a ser uma mera teocracia, mas a comunidade de adoração
por excelência ao Senhor (Lv 9.23).
SÍNTESE DO TÓPICO I
A Terra foi criada
pelo Senhor, por isso pertence a Ele.
SUBSÍDIO
BÍBLICO-TEOLÓGICO
Levítico 9.1-24
Para preparar o aparecimento de Deus, Arão ofereceu por si e
seus filhos uma expiação de pecado e um holocausto (7,8). A oferta pelo pecado
de Arão era um bezerro (2,8), e seu holocausto, um carneiro. Esta é a única
ocasião na qual a legislação sacrificial exigia um bezerro. Rashi comenta a
respeito do bezerro: ‘Este animal foi escolhido como oferta pelo pecado para
anunciar ao sacerdote [Arão] que o santo, bendito seja Ele, lhe concedeu
expiação por meio deste bezerro por causa do incidente do bezerro de ouro
anteriormente feito’.
O pensamento judaico tradicional sempre vê significação em cada
detalhe deste processo. Snaith ressalta que o carneiro era lembrança da
obediência de Abraão em amar Isaque. Cita também a significação relacionada a
estas ofertas que o Targum de Jerusalém menciona: o bode é visto como lembrança
do bode que os irmãos de José mataram (Gn 37.31, ARA); o bezerro lembra o
bezerro de ouro; e o cordeiro recorda o fato de Isaque ter sido amarrado como
cordeiro para o sacrifício. A própria sofreguidão em ver significado em cada
detalhe sugere a importância que estes eventos representavam para antigo
Israel. Segundo o rito significa ‘de modo regular’ ou ‘de acordo com as
prescrições’.
O fato de Arão apresentar a oferta pelo pecado e o holocausto a
favor de si mesmo e de seus filhos mostra o autoentendimento que o Antigo
Testamento tinha das limitações de seu próprio sistema sacrificatório. Ninguém,
nem mesmo o sumo sacerdote Arão, estava preparado para servir a Deus ou adorar
a Deus sem que primeiro fosse feita expiação por ele. O escritor aos Hebreus
(Hb 7.27) aceita esta realidade como prova da superioridade do novo concerto e
de Cristo, o verdadeiro Sumo Sacerdote.
As ofertas de Arão pelo povo formavam um padrão para o culto de
Israel ao Senhor. Arão ofereceu a expiação do pecado, o holocausto, o
sacrifício pacífico e a oferta de manjares. A omissão da oferta pela
transgressão (culpa) confirma o fato de que esta oferta era primariamente para
ocasiões em que ocorresse o dano e a reparação estivesse sendo feita.
A ordem dos sacrifícios revela o entendimento levítico acerca da
aproximação apropriada a Deus na adoração (Comentário Bíblico Beacon. Vol. 1.
1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, pp. 275, 276).
II – OS ANIMAIS E OS
VEGETAIS SÃO DO SENHOR
A
teologia do Levítico mostra a criação como serva do Criador. Por essa razão, os
animais e os vegetais, em Israel, não eram adorados, mas serviam para adorar a
Deus.
1. No Egito, os animais eram
deuses.
Os
egípcios não faziam distinção entre o Criador e a criação, nem estavam
preocupados em distinguir os animais limpos dos impuros. Por isso, adoravam o
boi, o crocodilo, o falcão, o gato, etc (Rm 1.25). Eis porque Deus, ao punir o
Egito com as dez pragas, mostrou quão inúteis eram aqueles deuses.
2. Os animais e a adoração a
Deus.
Ao
contrário dos egípcios, os israelitas não se davam ao culto dos animais, mas
entregava-os em sacrifício ao Senhor (Lv 1.2). Além disso, faziam distinção
entre os animais limpos e impuros (Lv cap. 11). Nesse sentido, o povo de Israel
sabia que os animais não são deuses, e, sim, criaturas do Deus, que,
bondosamente, o sustenta (Sl 104.14).
3. Os vegetais e a adoração
a Deus.
Se
por um lado, a Lei de Deus preconiza a preservação da natureza, por outro,
condena a idolatria da natureza como acontecia em algumas antigas culturas
cananeias e no período de apostasia dos judeus (1 Rs 14.23). Em Israel, os
frutos da terra serviam para louvar e enaltecer a Deus (Lv 23.10).
SÍNTESE DO TÓPICO II
Os animais e vegetais
foram criados pelo Senhor e pertencem a Ele.
SUBSÍDIO DIDÁTICO
Professor (a), inicie o segundo tópico fazendo a seguinte
indagação: “Por que os animais e os
vegetais são do Senhor? Incentive a participação de todos os alunos. Eles são
do Senhor porque Ele os criou. Mas como saber a verdade a respeito do relato da
criação? Explique que o relato da criação não é uma alegoria. A narrativa da
criação é um fato histórico, ou seja, algo que aconteceu exatamente como a
Palavra de Deus narra. Quando o assunto é a criação do universo, sabemos que
existem várias teorias que tentam explicar a origem da vida, como por exemplo,
a teoria do Big Bang e a teoria da Evolução. Porém, como crentes, sabemos que o
universo e a vida não são produtos de uma evolução como alguns cientistas
tentam afirmar ou o resultado da explosão de uma partícula. Deus é o grande
Criador. Ele Criou os animais e vegetais, por isso pertencem a Ele. Os
israelitas precisavam ter a consciência de que o Deus que eles adoravam no
Tabernáculo era o único e que tudo foi criado por Ele. Enfatize também que os
sacrifícios de animais apontavam para o sacrifício vicário de Jesus e que
segundo a Bíblia de Estudo Pentecostal, “quando um sacrifício era oferecido com
fé e obediência a Deus, Deus se aprazia no ato do adorador e, deste modo,
outorgava ao penitente a graça e o perdão almejados”.
III – O SER HUMANO É
DO SENHOR
A
teologia do Levítico preconiza a sacralidade da vida humana como imagem e
semelhança de Deus. Em Israel, ao contrário das culturas cananeias, estava
proibido o sacrifício humano, pois o verdadeiro sacrifício a Deus é um coração
humilde e contrito (Is 57.15).
1. O ser humano é a imagem
de Deus.
O
livro de Levítico corrobora a teologia do Gênesis, ao mostrar que o ser humano
foi criado por Deus (Gn 1.26). Portanto, há vários dispositivos, visando
promover o ser humano como a obra prima das mãos divinas. Por esse motivo, o
crente israelita era intimado a cuidar de seu corpo tanto exterior quanto
interiormente (Lv 20.7). Nem marcas nem tatuagens eram admitidas (Lv 19.28). Ou
seja, o ser humano só agradará a Deus se buscar a excelência divina em toda a
sua maneira de ser, existir e pensar.
2. A vida humana é sagrada.
O
crente israelita é exortado a ver a vida humana como sagrada. Por isso mesmo,
não poderia, sob hipótese alguma, consagrar sua descendência aos ídolos (Lv
18.21). Portanto, toda a nação de Israel, como propriedade exclusiva do Senhor,
ao Senhor tem de ser consagrada.
3. O ser humano é servo e
adorador a Deus.
Sendo
Israel o povo do Senhor, deve, por conseguinte, dedicar-se totalmente ao
serviço divino, oferecendo-lhe sacrifícios, celebrando seus grandes feitos e
adorando-o na beleza de sua santidade (Lv 1.2; 23.2).
4. O sacrifício pacífico.
A
teologia do livro de Levítico tinha por objetivo, antes de tudo, levar o
israelita a servir voluntária e amorosamente a Deus. Esse ideal é realçado pelo
salmista (Sl 100.2). A síntese desse ensinamento está no sacrifício pacífico
com que Israel mostrava a sua gratidão ao Senhor (Lv 7.11-17). Quanto a nós,
somos exortados a oferecer a Deus, na pessoa de Jesus Cristo, por mediação do
Espírito Santo, sacrifícios de louvores (Hb 13.15).
SÍNTESE DO TÓPICO III
Os seres humanos
foram criados por Deus e pertencem a Ele.
SUBSÍDIO
BÍBLICO-TEOLÓGICO
Sobre o homem
Cremos, professamos e ensinamos que o homem é uma criação de
Deus: ‘E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra e soprou em seus narizes o
fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente’ (Gn 2.7). A palavra ‘homem’
no relato da criação em Gênesis 1 e 2 é Adam, que aparece depois como nome
próprio do primeiro homem. O ser humano foi criado macho e fêmea: ‘E criou Deus
o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou’ (Gn
1.27). Trata-se de um ser inteligente e que foi capaz de dar nome aos animais;
feito à semelhança de Deus: ‘os homens, feitos à semelhança de Deus’ (Tg 3.9);
um pouco menor do que os anjos; coroado de honra e de glória e dotado por Deus
de livre-arbítrio, ou seja, com liberdade de escolher entre o bem e o mal.
Mediante a graça, essa escolha continua mesmo depois da Queda no Éden: ‘Se
alguém quiser fazer a vontade dele, pela mesma doutrina, conhecerá se ela é de
Deus ou se falo de mim mesmo’ (Jo 7.17). Mais de uma vez, Israel teve a
liberdade de escolha quando foi chamado por Deus. Podemos afirmar que nenhuma
criatura foi feita como o homem, que é considerado a coroa da criação. Adão é o
primeiro homem, e dele e Eva veio toda a geração dos seres humanos que vivem
sobre o planeta terra (SILVA, Esequias Soares da (Org.). Declaração de Fé das
Assembleias de Deus. 3.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, pp. 77,78).
CONCLUSÃO
Nós
somos o templo do Espírito Santo (1 Co 6.19). E, como tais, somos intimados a
andar em novidade de vida, consagrando tudo ao Senhor, a começar por nós mesmos
(1 Ts 5.23). Se não nos ofertarmos amorosa e incondicionalmente a Deus, e
usarmos o nosso corpo para o pecado, como estaremos diante de Deus? Seremos
réus diante dEle (1 Co 6.18-20).
A
essência da teologia do Levítico continua válida ainda hoje. O Deus que exortou
Israel à santidade requer, de igual modo, a nossa santificação (Lv 19.2; 1 Ts
4.3).
PARA REFLETIR
A respeito de “A Doutrina do Culto
Levítico”, responda:
1) Qual é a essência do
Culto Levítico?
A
essência do culto levítico é conduzir o crente a adorar a Deus e a
consagrar-lhe tudo quanto tem, porque tudo pertence ao Senhor, pois Ele tudo
criou e tudo preserva.
2) Quais os três pontos doutrinários do Levítico?
(1)
Tudo quanto existe foi criado por Deus;
(2)
sendo Ele o Criador de todas as coisas, somente Ele deve ser adorado; e
(3)
tudo quanto há deve ser consagrado ao Deus Único e Verdadeiro.
3) Como devemos ver a
criação de todas as coisas?
Segundo
a teologia de Levítico devemos ver a criação como serva do Criador.
4) Como o Levítico vê os
animais?
Como
criaturas do Deus, que, bondosamente, os sustentam.
5) Qual a melhor oferta que
podemos fazer ao Senhor?
Um
coração humilde e contrito.
Fonte:
Lições Bíblicas 3° trimestre de 2018, Adultos – CPAD| Divulgação: Subsídios
EBD